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 1
DIREITO ECONÔMICO 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O nascimento do Direito econômico 
A necessidade de uma disciplina legal tem origem na própria sociedade, como é o 
caso dos direitos fundamentais, que delimitam bem a questão. 
Com efeito, José Afonso da Silva ressalta três momentos pertinentes à origem da 
tutela de direitos, quais sejam: 
 
(1) O homem procura liberar-se da opressão do meio natural, mediante 
descobertas e invenções; 
(2) Desenvolveu-se o sistema de apropriação privada, surgindo daí, a 
necessidade do homem de livrar-se não mais da opressão natural, mas, 
agora, da opressão social e política advindas da subordinação causada pelo 
titular da propriedade - o Estado - assim, nasce como aparato necessário 
deste sistema de dominação; 
São desenvolvidos os direitos fundamentais que t O nascimento do Direito 
econômico 
A necessidade de uma disciplina legal tem origem na própria sociedade, como é o 
caso dos direitos fundamentais, que delimitam bem a questão. 
Com efeito, José Afonso da Silva ressalta três momentos pertinentes à origem da 
tutela de direitos, quais sejam: 
 
(3) êm o escopo de minimizar os efeitos da opressão social e política. 
 
Desta forma, começou a desenvolver-se a noção de direitos fundamentais, hoje 
consolidada na Constituição Federal. 
Assim, se antes os direitos fundamentais só valiam no âmbito da lei, hoje as leis só 
valem no âmbito dos direitos fundamentais. 
O Direito Econômico, da mesma forma, vem como uma forma de disciplinar certas 
relações e proteger outras, visando a formação de um quadro coerente com os 
próprios postulados consolidados pela Constituição Federal. 
Com relação aos direitos fundamentais, o direito econômico configura-se como 
verdadeiro pressuposto da existência dos direitos sociais, pois, sem uma política 
econômica orientada para a intervenção e participação estatal na economia, não se 
comporão as premissas necessárias ao surgimento de um regime democrático que 
almeje tutelar o hipossuficiente de uma economia esmagadora. 
 
CONCEITO 
Desta forma podemos inferir um conceito para Direito Econômico como: disciplina 
jurídica decorrente de uma ideologia, estruturada em diretrizes, que através de 
normas jurídico / econômicas, regula a política econômica para proteger interesses 
individuais e coletivos, por conta da crescente transformação nacional e global, 
diante das necessidades da sociedade. 
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Podemos, também, servir-nos da definição de Geraldo Vidigal em que: direito 
econômico é a disciplina jurídica de atividades desenvolvidas nos mercados, visando 
organizá-los sob a inspiração dominante do interesse social. 
 
MÉTODOS 
 
1) Análise do fato econômico diante da ciência econômica: 
- Perceber se o fato realmente tem características econômicas. 
- Ex.: concentração de capitais (artigo 170 CF/88) 
2) Explicação do fato econômico diante da ciência política: 
- O Estado tem interesse no fato econômico para concretizar as necessidades da 
sociedade. 
- Perceber o que o Estado pretende. 
3) Conclusão jurídica: 
- O fato econômico adquire conotação jurídica, tornando-se um fato jurídico, para 
que se possa: 
* legislar sobre o tema; 
* elaborar princípios e regras econômicos. 
 
DIVISÕES DO DIREITO ECONÔMICO 
 
1) Direito Público /Privado/ de Síntese: 
Direito Público: O Estado que controla as questões econômicas, é único. 
Direito Privado: O Estado não controla as questões econômicas, apenas as 
regula. 
Direito de Síntese: O Estado cuida dos interesses e ações públicos e privadas. 
 Ex.: “AMBEV”. 
2) Direito Público Econômico: Direito aplicável às intervenções do Estado nas 
relações econômicas e aos órgãos dessa intervenção. 
 
 Bernard Chenot dividiu o Direito Público Econômico em: 
 - Regulamentar Econômico, quais sejam: 
? O executivo (medidas provisórias); 
? O legislativo (leis e decretos); 
? O judiciário (julgamento) que regem a intervenção do Estado na economia. 
 
 - Institucional Econômico, onde: 
? O Estado cria instituições que se submetem ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas. Ex.: sociedade de economia mista e empresa pública 
(artigo 173, parágrafo primeiro CR/88). 
 
3) Direito Privado Econômico: O direito econômico regulamenta, juridicamente, as 
relações econômicas entre os particulares, segundo uma ideologia de política 
econômica adotada. 
 
4) Sob o Prisma dos Fatos Econômicos: Os elementos de produção, distribuição, 
repartição e consumo são voltados para entes públicos, de forma que a riqueza seja 
repartida por toda a sociedade. 
 
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PRINÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA 
 
A) Soberania Nacional: 
? Não sofrer intervenção estatal na economia. 
? Os próprios mercados limitam a soberania. 
? Regula também o uso e o abuso do poder econômico. 
? Artigo 170, I CR/88. 
 
B) Propriedade Privada: 
? Garantia da pessoa de poder adquirir riqueza em benefício próprio. 
? Artigo 5, XXII c/c artigo 170, II CR/88. 
 
C) Livre Concorrência: 
? O Estado não participa da atividade econômica. 
? O Estado está limitado de responsabilidades pela CR/88, deve apenas: 
 * fiscalizar; 
 * incentivar; 
 * planejar. 
 
FORMAS DE USO DO PODER PÚBLICO 
 
A) Intervenção: é o próprio “Direito Regulamentar Econômico”. 
B) Criação de órgãos para promover justiça social, respeitando a norma do 
particular como se assim o fosse. Ex.: sociedade de economia mista. 
 
REGRAS DO DIREITO ECONÔMICO 
1) Equilíbrio: 
- Ponderação dos interesses individuais e sociais com a ideologia adotada. 
- Não liberar toda a economia, nem regular todas as relações econômicas. 
Ex.: artigo 173 “caput” e 174 CR/88. 
 
2) Equivalência: 
? O pagamento de uma obrigação combinada deve corresponder ao valor atual, 
sem que se tenha uma moeda como base. 
? Crítica: impossível não se utilizar uma moeda como referência, essa regra se 
aproxima da idéia de “correção monetária”. 
 
3) Flexibilização: 
? Garante a defesa dos direitos das partes envolvidas nos negócios (Estado e 
entes privados). 
? Estabelecimento de limites para ambas as partes, flexibilizando direitos, 
dependendo da situação pelo poder do Estado ou da iniciativa privada (esta 
através de lei). 
 
4) Indexação: 
? Ajuste de valor. 
? Quando a política econômica provoca uma variação da moeda muito 
preocupante, as autoridades agem para proteger interesses públicos e 
privados, através de medidas. 
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? Moeda de conta = antiga URV. 
? Moeda de troca = moeda circulante. 
 
5) Interesse Social: 
? Fundamento do juízo de valor do Estado para realizar a justiça distributiva. 
 
6) Irreversibilidade: 
? Preocupação do Estado em evitar uma situação tão grave a ponto de se 
tornar irreversível para o mercado. 
? A ação correspondente é o “mandado de segurança com pedido liminar”. 
 
7) Liberdade de Ação: 
? O Estado não pode responsabilizar pessoas e entes por atos de alteração 
estatal que não permitam atos anteriormente legais. 
 
8) Oportunidade: 
? Justificativa do sujeito de direito econômico (em termos de comportamento) 
dentro de uma política econômica. 
 
9) Razão: 
? Interpretação que contrarie a lei, desde que traga benefícios comuns e ao 
mercado e que seja bem justificada. 
? Garante a defesa da concorrência. 
 
10) Recompensa: 
? Há de se ter um mérito para o agente econômico, tendo em vista os 
sacrifícios e dispêndios por ele efetuados. Ex.: o investimento de uma 
empresa não pode ser todo revertido parao social. 
 
11) Primazia da Realidade Social: 
? A lei deve obedecer ao preceito da realidade econômica e não distorcê-la. 
 
12) Utilidade Pública: 
? Deve predominar. 
? O restante (tarifas e ônus) deve ser compatível com a administração e a 
política econômica. 
 
13) Subsidiariedade: 
? Referência para outros ramos jurídicos, para elaborar normas, decidir 
conflitos, aplicar e interpretar a lei. 
 
2. A ORDEM ECONÔMICA 
2.1. FUNDAMENTO DA ORDEM ECONÔMICA 
 Para o Art. 170, caput Constituição Federal: 
Ordem econômica = Valorização do trabalho humana e iniciativa privada + mercado, 
de natureza capitalista pautado no nos ditames da justiça social. 
 
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2.2. ESCOPO DA ORDEM ECONÔMICA 
 
Art. 170 Constituição Federal: assegurar a todos existência digna, conforme os 
ditames da justiça social. 
Embora pareça ser contraditório a expressão justiça social (que pressupõe 
distribuição de riqueza) frente ao modelo de mercado adotado (capitalista), a própria 
Constituição Federal estabelece os mecanismos para dar efetividade à justiça social, 
mitigando, assim, a própria noção de justiça social, como, igualmente, limitando a 
noção de capitalismo. Dentre os mecanismos estão: a defesa do consumidor, a 
defesa do meio ambiente, a redução das desigualdades regionais e pessoais e a 
busca do pleno emprego. 
 
3. CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA 
 
Constituição econômica, como assevera Fábio Ulhoa Coelho, é o conjunto de 
primados constitucionais acerca da disciplina jurídica da economia. Para José 
Afonso da Silva, constituição econômica formal brasileira consubstancia-se na parte 
da Constituição Federal que contém os direitos que legitimam a atuação dos sujeitos 
econômicos, o conteúdo e limites desses direitos e a responsabilidade que comporta 
o exercício da atividade econômica. 
Princípios da constituição econômica = art. 170 e 173, § 4º Constituição Federal. 
Em relação aos princípios ut supra, impende observar o seguinte: 
I. soberania nacional - colocado como postulado da ordem econômica, significa 
a preferência do nacional para as atividades de produção; 
II. liberdade de iniciativa econômica - considerando a justiça social, a liberdade 
de iniciativa econômica significa liberdade de desenvolvimento da empresa no 
quadro estabelecido pelo poder público; 
III. livre concorrência e abuso do poder econômico - visam tutelar o sistema de 
mercado e, especialmente, proteger a livre concorrência contra a tendência 
açambarcadora da concentração capitalista. 
 
4. DISCIPLINA INFRACONSTITUCIONAL 
 
1. Responsabilizações penais, que se concentra no artigo 195 da Lei n. º 
9.279/96 (crime de concorrência desleal) e, também, nos artigos 4º a 7º da 
Lei n. º 8.137/90, que tipificam os crimes contra a ordem econômica e 
relações de consumo; 
2. Responsabilização civil, isto é, responsabilidade pela indenização dos danos 
derivados ilícitos, com supedâneo na fórmula genérica do artigo 159 do 
Código Civil; e, 
3. Responsabilizações administrativas, disciplinadas pela Lei n. º 8.884/94, a 
denominada lei antitruste. 
 
6. CONDUTAS ILÍCITAS 
 
Segundo Nuno T. P. Carvalho são condutas ilícitas: 
 
 
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Abuso do poder econômico Concorrência desleal 
Ato praticado de modo a impedir que os 
concorrentes participem da competição 
(art. 173, § 4º CF). 
Meio fraudulento para desviar, em 
proveito próprio ou alheio, clientela de 
outrem (art. 195, III L 9.279/96). 
Resulta da destruição da concorrência. É fraude dirigida aos consumidores 
para enganá-los. 
 
Razões que levam o estado a intervir na economia (de acordo com “gaspar 
Ariño Ortiz: 
 
1) Fracasso do Mercado/ Necessidade de Intervir no Mercado/ Concorrência 
Imperfeita. A tendência do mercado é eliminar a concorrência, e para se evitar o uso 
de táticas monopolistas para isso, o Estado protege a livre concorrência. 
 
2) Critérios de Equidade na Distribuição: 
O Estado visa atingir a justiça distributiva (promover a justa distribuição da 
renda), para que seja: 
? Mais justa; 
? Mais eqüitativa. 
 
3) Obtenção Rápida de Determinados Objetivos de Política Econômica e na Luta 
contra o Ciclo da Economia. O Estado pretende determinados objetivos de política 
econômica que demorariam a serem atingidos pelos particulares. 
 
 
MODALIDADES DE INTERVENÇÃO (DE ACORDO COM “GASPAR ARIÑO 
ORTIZ”): 
 
1) Regulação Econômica: 
- Edição de normas que visam à concretização da política econômica. 
- O governo corrige, condiciona, altera os parâmetros naturais do mercado, 
através de: 
? Fiscalização administrativa dos agentes econômicos: para que o competidor 
não tome atitudes que venham a prejudicar o mercado e o consumidor. 
? Influência mais determinante, através do estímulo aos concorrentes (ex: 
melhor infra-estrutura para as empresas) e do apoio à atividade econômica. 
 
2) Atuação Fiscal e Financeira: 
Estimulação ou a repressão das atividades. (Ex.: baixando taxas de juros para 
estimular determinada atividade). 
 
3) Iniciativa Pública/ Intervenção Direta no Regime Concorrencial: 
O Estado exercendo atividade empresarial, criando empresas que terão iguais 
condições às empresas privadas, mas somente deve ocorrer quando existe um 
interesse geral. 
 
4) Reservas ao Setor Público/ Intervenção Direta no Regime Monopolista: 
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? Reserva com exclusividade para o Estado alguns setores da economia. É 
uma negação do livre empreendimento. Ex.: setor petrolífero brasileiro. 
 
AÇÃO (INTERVENÇÃO) DO ESTADO NA ECONOMIA DE ACORDO COM 
WASHINGTON ALBINO: 
 
1) Regulamentação: 
? Tendência para o “Estado Máximo”. 
? Imposição de normas para a economia. Ex.: sociedade comunista autoritária. 
2) Regulação: 
? Tendência para o “Estado Mínimo”. 
? Normas que limitam a plena liberdade do mercado e dos agentes privados. 
? O Estado quase se abstendo da economia. 
 
3) Planejamento: 
? Tendência para a “Redução do Mercado” (direcionamento, coerência de 
interesses com uma redução de mercado). 
? Sem planejamento: os interesses são divergentes. [ 
? Com planejamento: os interesses são coerentes. 
 
4) Ação por Omissão: 
? O Estado deixa de agira por opção. 
 
 
FORMAS MAIS COMUNS DE INTERVENÇÃO: 
 
1) Intervenção Direta: 
Primeira Forma: 
O Estado exerce atividade empresarial, visando mais rapidamente os objetivos 
de medidas econômicas, criando: 
(1a) Empresas Públicas: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado com patrimônio próprio e capital exclusivo da União. Ex.: Caixa 
Econômica Federal. 
(2a) Sociedade de Economia Mista: Entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado criada por lei para a exploração de atividades econômicas sob a 
forma de Sociedade Anônima, cuja maioria acionária pertença à União em 
caráter permanente. Ex.: Banco do Brasil. 
 
Segunda Forma: 
? O Estado assume a direção de uma empresa. 
? Âmbito do interesse social e coletivo. Ex.: Banco Central (que poderá intervir 
na gestão de instituições financeiras privadas ou públicas não federais). 
 
2) Intervenção Indireta: 
O Estado irá exercer as funções: 
? Fiscalização; 
? Incentivo; 
? Planejamento. 
A intervenção indireta se dá através de: 
? Regulação; 
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? Leis fiscais e monetárias; 
? Estimular ou desestimular determinadas atividades. 
 
7. ABUSO DO PODER ECONÔMICO 
 
Considerando-se o § 1º do artigo 20 da Lei 8.884/94, abuso é todo ato que, não 
decorrendo da maior eficiência do agente em relação aos seus competidores, 
elimina ou pode eliminarou restringir a concorrência no mercado relevante. 
Portanto, o domínio econômico de certo setor não é vedado pela Constituição 
Federal, mas, sim, o abuso, cuja repressão a própria Constituição impõe (§ 4º do 
artigo 173 da Constituição Federal). 
Hely Lopes Meirelles arrola as formas usuais de dominação dos mercados, quais 
sejam, os trustes e cartéis. 
O truste é a imposição das grandes empresas sobre os concorrentes menores, 
visando a afastá-los do mercado ou obrigá-los a concordar com a política de preços 
do maior vendedor. Aludida pratica, pode resultar em um monopólio, isto é, na 
existência de um único vendedor de bem ou serviço num determinado mercado, que 
gera, aliás, aumento de preços e redução da produção. 
O cartel, por sua vez, é a composição voluntária dos rivais sobre certos aspectos do 
negócio comum. 
A doutrina, em especial Nuno Carvalho, afirma que o cartel é o caso mais extremo 
de oligopólio (que seria o gênero), em que as empresas contratam entre si 
comportamentos uniformes. 
Oligopólio, assim, seria a situação do mercado no qual se encontram poucas 
empresas produtoras de um determinado bem ou serviço; por serem poucas as 
empresas, elas podem comportar-se de um modo que se aproxima do monopolista, 
ou seja, o oligopólio pode resultar em um monopólio compartilhado. 
O oligopólio gera interdependência, pois as empresas sabem que são poucas e 
conseguem vigiarem-se umas às outras. Faz nascer uma situação denominada 
paralelismo consciente, isto é, coincidência de comportamentos por concorrentes 
que se estudam e acompanham reciprocamente. 
 
8. ATUAÇÃO ESTATAL NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
 
A Constituição Federal restringiu a possibilidade de interferência do Estado na 
ordem econômica (artigo 173 da Constituição Federal): 
Ação Atuação 
Natureza Supletiva 
Forma Lei 
Os principais meios de atuação do Estado na economia são: Monopólio; 
Repressão ao abuso do poder econômico; Controle do abastecimento; 
Tabelamento de preços; Criação de empresas paraestatais. 
 
9. PLANEJAMENTO: 
 
1) Dados Históricos: 
- Iluminismo. 
- Individualismo. 
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- Necessidade de buscar o interesse coletivo, especialmente com a “Depressão 
de 29”. 
- Para atingir objetivos de política econômica. 
 
2) Planificadores Públicos: 
- Tentativa de adequar os interesses estatais e particulares (que são muito 
diferentes), numa economia de mercado, para que: 
 * as condições, para que dê certo, sejam maiores; 
 * a adesão dos particulares também seja maior. 
 
3) Técnica de Planejamento Econômico: 
Planejamento = racionalização = técnica de política econômica (em 
contraposição às medidas desordenadas de política econômica.). 
- Forma mais abrangente de intervenção do mercado. 
- Intervenção = planejamento “ordenado”. 
- Atua para fatos futuros, e não para determinados fatos apenas. 
- Objetivo: busca do melhor emprego dos meios disponíveis de produção. 
- O planejamento econômico envolve: 
 * Atos de Natureza Política (ditar a diretriz) 
 * Atos de Natureza Econômica (próprio conteúdo do planejamento) 
 * Atos de Natureza Administrativa (órgãos da Administração que irão pôr o 
planejamento em prática) 
 * Atos de Natureza Jurídica ( Institucionalização/ juridicidade do planejamento) 
peça Técnica (o momento em que o plano se torna lei). 
 
4) Plano Nacional 
“Conjunto de decisões harmônicas destinadas a alcançar, num período pré-
fixado, determinado estágio de desenvolvimento econômico e social”. (Artigo 2 da 
Lei Complementar Número 3, de 7/12/67). 
 
5) Análises e Divisões do Plano Nacional. Segundo: 
a) a) O Sujeito do Ato de Planejar: 
- Empresas incluem, voluntária ou involuntariamente, os objetivos dos planos 
econômicos do Estado. 
- As empresas poderão aderir ao plano de governo, assumindo a realização 
dos objetivos traçados no plano, ou se beneficiando de estímulos de várias 
espécies. 
 Ex. de “estímulos”: fiscais e financeiros. 
- Ao se ajustar uma política econômica, a iniciativa privada deve se adequar, 
estando comprometida. 
 Ex.: política inflacionaria. 
b) b) A Eficácia de sua Lei no Espaço: 
- Planos Nacionais; 
- Planos Estaduais; 
- Planos Regionais e etc. 
c) c) Sua Elaboração e Aprovação: 
- Democráticos (respeita o processo legislativo). 
- Autocráticos (não respeita o processo legislativo, é imposto). 
d) d) Seu Modo de Execução: 
- Indicativos (os particulares são estimulados a aderir). 
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- Imperativos (os particulares são forçados a aderir, por imposição. Ex.: os 
planos do governo militar). 
- O artigo 174 CR/88 mostra que os planos são imperativos para o Estado e 
indicativos para os particulares. 
e) e) Sua Eficácia no Tempo: 
- pode ou não pode ter sua vigência determinada. 
 Ex.: Plano Nacional de Desenvolvimento (que tem vigência determinada). 
- Exceção à regra: Plano Nacional de Habitação (não tem prazo certo, tem 
apenas objetivos a serem cumpridos). 
- Planos de curto, médio e longo prazo. 
f) Seu Próprio Âmbito: 
- Planos Globais (envolvem questões econômicas de forma ampla com maior 
raio de ação. Ex.: pnd’s, plano regional). 
- Planos Parciais (mais específicos e setoriais. Ex.: Plano Regional Nacional).

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