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05/08/2015 1 1 Tecnologia Farmacêutica e Cosmetologia II 2 Sistemas Dispersos 3 Sólido Gasoso Líquido Sólido Líquido Gasoso Estado físico das Substâncias Estado físico do meio dispersor 4 Sistemas dispersos Homogêneo Heterogêneo 1) 2) 5 Sistemas dispersos Do que depende a formação do sistema homogêneo e heterogêneo? 1) Das características físico-químicas do fármaco (solubilidade), 2) Do tamanho das partículas dispersas no meio. Classificação dos sistemas dispersos quanto ao tamanho das partículas: •Soluções verdadeiras : < 0,001 µm (1nm) •Dispersões coloidais: faixa de 1 nm – 1µm •Dispersões finas: 0,5 a 10 µm •Dispersões grosseiras: 10 a 50 µm 6 Fármaco solúvel Sistema homogêneo 05/08/2015 2 7 Classificação quanto ao tipos de sistema disperso: Sólido / líquido Ex: Suspensões Líquido / líquido Ex: Emulsões cosméticas e farmacêuticas Líquido- sólido / gás Ex: Aerossóis Sólido/sólido Ex: pós, comprimidos, cápsulas Sistemas dispersos Sistemas coloidais: • Fase dispersa (interna): componente disperso como partículas ou gotas em outro componente • Fase dispersante (externa): meio no qual fase dispersa não é solúvel ou miscível 8 Fase/meio dispersante Fase dispersa Sistemas dispersos (bifásicos) compostos por partículas na faixa de 1 nm – 0,1µm. 9 Partículas dispersas e alta estabilidade Porque estudar os sistemas coloidais? Sistemas intermediários: propriedades comuns a sistemas homogêneos e heterogêneos grosseiros. Sistemas dispersos Classificação dos colóides • Colóide liofóbico: sem afinidade pelo solvente •Colóide liofílico: com afinidade pelo solvente (macromoléculas orgânicas solvatadas pela fase dispersante) Ex: dispersão de gotículas de óleo em água (O/A) ou de água em óleo (A/O). Ex: moléculas de tensoativo que tendem a formar micelas, proteínas, gomas, polímeros. 10 Sistemas dispersos Preparação dos sistemas coloidais: • Colóides liofílicos: produtos naturais, macromoléculas sintetizadas (polímeros) = afinidade pelo meio de dispersão = formação espontânea. 11 + Carbômero 12 1) Método de dispersão (top down): quebra de partículas maiores em partículas de dimensões coloidais métodos físicos. Sólido adicionado ao líquido por meio de dispositivos especiais. • Colóides liofóbico: não tem afinidade pelo solvente Moinho coloidal Ultrassom 05/08/2015 3 Sistemas dispersos 2) Método da condensação (bottom-up): síntese de partículas coloidais baseada nos arranjos formados átomos a átomos, moléculas a moléculas de uma maneira controlada. • Reações químicas iodeto de prata coloidal = solução de nitrato de prata + iodeto de potássio AgNO3 + KI = KNO3 + AgI (forma coloidal) Eficaz contra bactérias, fungos e vírus, queimaduras e cortes enxofre coloidal = solução de tiossulfato de sódio + ácido clorídrico • Mudanças no solvente: Solução de enxofre em acetona vertida lentamente em água quente = dispersão coloidal de enxofre 13 Sistemas dispersos Estabilidade dos sistemas coloidais: colóides liofóbicos Superfícies adquirem cargas em meio aquoso • Dissociação de íons: substâncias iônicas – cargas através da dissolução desigual dos íons de carga oposta (Ex: IAg = I- + Ag+) • Ionização: ionização de cargas de superfície, dependente do pH • Adsorção de íons: Adsorção desigual de íons de cargas opostas (agentes tensoativos) 14 + + + + + + + + + + Sistemas dispersos A dupla camada elétrica – estabilidade dos sistemas coloidais Carga da superfície influencia distribuição das cargas do meio, formação de dupla camada elétrica na interface da partícula com o meio •Carga da partícula •Interação com membranas biológicas •Estabilidade dos sistemas dispersos Potencial zeta: diferença de potencial entre a superfície da camada interna e a região eletroneutra 15 Sistemas dispersos + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Potencial Zeta : Estabilidade do sistema + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Forças atrativas Forças repulsivas • Colóides liofóbicos • Potencial zeta abaixo de determinado valor /30 mv/ = coagulação • Estabilidade de partículas (maior valor em módulo da carga superficial das partículas, maior estabilidade) Alta Estabilidade: Valor de potencial zeta maior do que -30mV ou +30 mV 16 Sistemas dispersos Fatores que interferem no potencial zeta • pH 17 Sistemas dispersos Fatores que interferem no potencial zeta • Força iônica do meio: maior força iônica do meio leva a compressão da dupla camada potencial zeta 18 + + + + 05/08/2015 4 Sistemas dispersos Medida de potencial zeta • Eletroforese: migração de espécies carregadas eletricamente quando elas estão dissolvidas ou suspensas em um eletrólito no qual uma corrente elétrica é aplicada. •Mobilidade eletroforética: velocidade de migração de uma partícula em um campo elétrico. Sistema de micro- eletroforese Aplicação de potencial: íons se movem em direção ao eletrodo de carga oposta Medida da velocidade Equação de Henry 19 Géis e magmas Dispersões de partículas inorgânicas (géis bifásicos) ou macromoléculas orgânicas (géis monofásicos) encerradas ou interpenetradas por um líquido Tipos de géis: 1) Gelificação de sóis liofóbicos (géis bifásicos): sóis liofóbicos floculados onde gel pode ser considerado um flóculo contínuo Sol liofóbico floculado Ex: Gel de hidróxido de alumínio e magnésio 20 3 Ca(OH)2 + Al2(SO4)3 = 3 CaSO4 + 2 Al(OH) 3 Géis e magmas Tipos especiais de floculado de sóis liofóbicos Ex: bentonita, silicato de alumínio e magnésio (Veegum), caulim Colóides hidratados cuja estrutura dos cristais apresenta-se como placas chatas O- Al3+/Mg2+ Flóculo de castelo de cartas 21 Géis e magmas 2) Geleificação de sóis liofílicos Macromoléculas distribuídas uniformemente na fase dispersante (géis monofásicos) Polímeros sintéticos: • Carbômero • Derivados de celulose (Natrosol) •Quitosana Gomas naturais • tragacanto Aumento da concentração da macromolécula: aumento da viscosidade do gel 22 23 Géis e magmas Gelificação in situ Géis mantidos por ligações intermoleculares muito fracas (ligações de hidrogênio), transição de sol-gel ocorre em função de agente externos com pH, temperatura Estrutura química do poloxamer • Polímero sintético, não iônico com propriedades tensoativas Micela Formação de gel 24 05/08/2015 5 25 Géis e magmas Polímero Imcompatibilidades Concentrações usuais (%) pH de estabilização Carbômero - Carbopol Polímeros catiônicos, ácidos fortes, eletrólitos 0,5 – 1,0 5-11 Carboximetilcelulose Sais de ferro, alumínio, zinco, gelatina, pectina, colágeno 4,0 – 6,0 2-10 Hidroxietilcelulose - Natrosol Soluções salinas 0,1 – 3,0 2-12 Metilcelulose Parabenose ácidos mineirais 2,0 – 5,0 3-11 26 Géis e magmas Técnica de preparo dos géis: • Fase crucial: manuseio e hidratação do polímero • Pesar os agentes conservantes e solubilizá-los no veículo • Polvilhar o agente geleificante sobre o veículo, sob agitação vigorosa • Caso haja formação de grumos, dispersar com agitação ou trituração • Adicionar agente alcalinizante quando necessário, após dispersão completa do polímero • Incorporar os ativos, misturando até homogeneizar. 27 Géis e magmas 1) Qual a função do agente geleificante no preparo do gel? 2) Quais cuidados devemos ter após a dispersão do carbopol, principal agente geleificante utilizado nas farmácias de manipulação? 28 Géis e magmas Bibliografia ANSEL, H. C., POPOVICH, N. G., ALLEN Jr, L.V. Formas Farmacêuticas e sistemas e liberação de fármacos. Ed. Premier, 6 a . Ed, 1999 AULTON, M. E. Pharmaceutics. The Science of Dosage Form Design. Churchill Livingstone, 1996 29
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