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Psicologia II Aula 8 Principais teorias do desenvolvimento humano Final do século XIX e início do século XX As principais contribuições ao estudo da personalidade vem da vertente da Psicologia Clínica => Charcot, Janet, Stern e Freud – Visão totalizante do ser humano. Para esse grupo de estudiosos era impossível auxiliar um paciente sem entendê-lo à luz do seu passado, do seu presente e do seu futuro, bem como sem considerar seu patrimônio biológico, cultural e social. Definindo personalidade O vocábulo "personalidade" se origina de persona expressão que se referia à máscara que os atores do antigo teatro grego utilizavam para caracterizar as personagens que representavam. Nesse sentido personalidade é aquilo que é mostrado através dos papéis sociais que as pessoas desempenham. ATENÇÃO "Mostre que tem personalidade!“; "Ele não tem personalidade!“; "Que personalidade fraca!"; Duas correntes filosóficas: Para John Locke a personalidade seria um produto do meio que age sobre o indivíduo, gravando nele marcas fundamentais. Kant, Brentano, Wundt, Dewey e outros tantos entendiam que o ser humano não era apenas o reflexo do meio. Hoje, a maioria dos psicólogos entende personalidade como conjunto dos traços e características singulares, típicas de uma pessoa, e que, portanto, distinguem-na das demais. Neste sentido a personalidade abrange: Constituição física - que se alicerçam nas disposições herdadas. Interação entre as pessoas e o mundo => seus hábitos, valores e capacidades; suas aspirações; seus modos de experimentar os afetos; suas maneiras habituais de se comportar no cenário social. Os determinantes da personalidade Divergencia quanto à importância atribuída a cada um dos fatores hereditariedade x meio. Os argumentos pró-hereditariedade Eugen Bleuler (1857-1939) procurou demonstrar que a personalidade é determinada basicamente pelos fatores hereditários. Francis Galton investigou um grande número de árvores genealógicas de personalidades de destaque, como militares e artistas, concluiu que a genialidade tinha seus fundamentos nas características genéticas transmitidas através das gerações. As argumentações em favor das influências ambientais Outras tantas investigações procuraram demonstrar que a influência do meio é mais decisiva do que a da carga genética, na configuração da personalidade. Para tanto, os estudiosos valeram-se de casos de crianças que foram isoladas do convívio social por períodos significativos. Considerações de Candolle - opõe-se às afirmações de Francis Galton a favor da influência maior da hereditariedade. De acordo com Candolle, o sucesso de tantas pessoas pertencentes a uma mesma árvore genealógica devia-se principalmente a influências ambientais favoráveis a que estiveram submetidas, quais sejam as condições de acesso fácil a recursos bibliográficos, laboratoriais e outros tantos, e não a componentes genéticos transmitidos de geração a geração. A caminho de uma síntese Hoje, a Psicologia tem a convicção de que a personalidade é uma totalidade sincrética (percepção global), resultante da ação dos fatores genéticos e dos paratípicos ou ambientais. A personalidade só se constituirá a partir das interações que ocorrerem entre a criança e o seu meio próximo. As influências ambientais não podem ir muito além das possibilidades implícitas na estrutura genética. EXEMPLO Nem o meio mais favorável poderá vir a tomar gênio uma pessoa cuja constituição genética tenha-lhe reservado déficit intelectual importante. Influências ambientais - Estudos mais recentes Personalidade é um termo que apresenta muitas variações de significado. Em geral, representa uma noção de unidade integrativa do ser humano, pressupondo uma ideia de totalidade. No senso comum é usada para se referir à capacidade de rápidas tomadas de decisão, para se referir a uma característica marcante da pessoa, como timidez ou extroversão, por exemplo, ou ainda para se referir a alguém importante ou ilustre: “uma personalidade”. A personalidade atribuída a uma pessoa pode definir, para o senso comum, se esta pessoa é boa ou má. A psicologia evita este juízo de valor. A personalidade deve ser apresentada como um conjunto de características que diferenciam os indivíduos. Estes atributos seriam permanentes e dizem respeito à constituição, temperamento, inteligência, caráter, um jeito específico de se comportar. Para as teorias que utilizam o conceito de personalidade, ela significa a “organização dinâmica dos aspectos cognitivos, afetivos, fisiológicos e morfológicos do indivíduo”. Deve-se deduzir que a personalidade pressupõe a possibilidade de um indivíduo se diferenciar, ser original e ter particularidades. A personalidade é fruto de uma organização progressiva do ser humano e não apenas entendida como um fenômeno em si. Ela evolui de acordo com a organização interna do indivíduo. Na Teoria Psicossocial do Desenvolvimento, o desenvolvimento evolui em oito estágios. Os primeiros quatro estágios decorrem no período de bebê e da infância, e os últimos três durante a idade adulta e a velhice.Erikson dá especial importância ao período da adolescência, devido ao fato de ser na transição entre a infância e a idade adulta, em que se verificam acontecimentos relevantes para a personalidade adulta. Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de serem ultrapassados. Teoria psicossocial do desenvolvimento A personalidade humana é determinada não apenas de experiências infantis, mas também pelas da vida adulta até a velhice e senescência. O desenvolvimento do ego é mais do que um resultado de desejos intrapsíquicos ou energias psíquicas internas. Também é uma questão de regulagem mútua entre a criança em crescimento e a cultura e as tradições da sociedade. Princípio Epigenético Sustenta que o desenvolvimento ocorra em estágios sequenciais e claramente definidos. Caso não ocorra a resolução eficaz de um determinado estágio, todos os estágios subsequentes refletirão este fracasso, na forma de um desajuste físico, cognitivo, social ou emocional. Crises Internas A crise interna pode ser considerada como ponto de virada, período em que o indivíduo se encontra em um estado de maior vulnerabilidade. Idealmente, se uma crise é dominada com sucesso, a pessoa ganha força e é capaz de avançar para o próximo estágio. Contribuições de Piaget Ênfase: O foco de Piaget estava sobre como as crianças e adolescentes pensam e adquirem conhecimento. Visão Interacionista: Procurando entender quais mecanismos mentais que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para poder apreender o mundo. Adaptação à realidade externa através do conhecimento. Piaget denominou sua teoria de epistemologia genética, definida como o estudo da aquisição, modificação e desenvolvimento de ideias e capacidades abstratas sobre base de um substrato herdado ou biológico. Herediatriedade A inteligência não é herdada; seu substrato neurológico e fisiológico é que sim. Portanto, a inteligência pode ser definida por uma interação do organismo com o meio ambiente. Para que isso ocorra, deve-se levar em conta o processo de adaptação = capacidade de ajustar-se ao ambiente e interagir com ele. Adaptação = homeostase = equilíbrio Na adaptação, estão implicados dois processos complementares: Assimilação e Acomodação. A seguir você verá a definição de cada um. Assimilação É quando a criança ou o adulto entra em contato com um determinado objeto novo (ou novas experiências) até apreendê-lo através do seu próprio sistema de conhecimentos. Tentativa do sujeito de solucionar uma determinada situação nova com base em estruturas antigas de conhecimento. Acomodação É o ajuste do sistema de conhecimentos do indivíduo às exigências da realidade do ambiente. Capacidade da pessoa de adaptar-se a um objeto já conhecido, mas com características diferentes. Modificação de estruturas antigas para dominar uma nova situação. Ex.: garrafa de café, bicicleta. ATENÇÃO É importante ressaltar que assimilação e acomodação fazem parte de um todo maior que é a aprendizagem. O ser humano está em constante assimilação e acomodação para adaptar-se à realidade externa. Juntos, os dois processos, em equilíbrio dinâmico, criam os esquemas. Esquema Piaget falava de esquemas de sucção, preensão e visão. Esses primeiros esquemas tornam-se mais complexos com o crescimento do indivíduo. Esquemas posteriores, a que chamou de operações, incluem imitações, abstração e inteligência superior. O esquema é como a inteligência que, para Piaget, não é herdada e só se constrói em interação com o meio. Na medida em que a criança conhece um objeto (assimilação / adaptação) ela forma um esquema referencial. Organização É tanto biológica quanto psicológica, e todas as espécies herdam a capacidade de organizar, que difere segundo as espécies: os pássaros organizam o voo; os bebês organizam o engatinhar. A organização varia para cada indivíduo, mas sua função é constante. Ex.: cada bebê engatinha a seu próprio modo, porém o engatinhar é uma constante. Equilíbrio A cada vez que o indivíduo passa por processos de acomodação e assimilação rumo à acomodação, ele entra em equilíbrio. É a tendência natural do organismo como um todo de manter-se ou procurar em homeostase. Porém, esse equilíbrio nunca é constante, pois sempre o indivíduo terá que se readaptar novamente à realidade. Psicologia II Aula 8 "É o ajuste do sistema de conhecimentos do indivíduo às exigências da realidade do ambiente. Capacidade da pessoa de adaptar-se a um objeto já conhecido, mas com características diferentes. Modificação de estruturas antigas para dominar uma nova situação. Ex.: garrafa de café, bicicleta". A definição anterior refere-se ao seguinte mecanismo mental, postulado por Piaget: Acomodação A teoria de Erikson considera o desenvolvimento da personalidade como algo que se desenrola da infância à velhice - mas reconhece na adolescência o período crucial em seu desenvolvimento. O período, a crise, que se passa na adolescência foi denominada por Erikson de: Identidade X confusão de papéis "É quando a criança ou o adulto entra em contato com um determinado objeto novo (ou novas experiências) até apreendê-lo através do seu próprio sistema de conhecimentos. Tentativa do sujeito de solucionar uma determinada situação nova com base em estruturas antigas de conhecimento". O foco de Piaget estava sobre como as crianças e adolescentes adquirem conhecimento, procurando entender quais mecanismos mentais que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para poder apreender o mundo. A definição anterior refere-se ao seguinte mecanismo mental: Assimilação. Hoje, a maioria dos psicólogos entende personalidade como conjunto dos traços e características singulares, típicas de uma pessoa, e que, portanto, distinguem-na das demais. Neste sentido a personalidade abrange: I - Constituição física - que se alicerçam nas disposições herdadas II - Interação entre as pessoas e o mundo => seus hábitos, valores e capacidades; suas aspirações; seus modos de experimentar os afetos; suas maneiras habituais de se comportar no cenário social. III - É aquilo que é mostrado através dos papéis sociais que as pessoas desempenham. Marque a alternativa correta: As alternativas I, II e III estão corretas Para o desenvolvimento cognitivo, Piaget descreveu quatro estágios principais que levam à capacidade para o pensamento adulto. Em um desses estágios, ele ressalta que a criança consegue nomear os objetivos, mas sem classificá-los logicamente. Identifique a que estágio essa citação se refere: pré-operacional. De acordo com Erik Erikson, a personalidade humana é determinada não apenas de experiências infantis, mas também pelas da vida adulta até a velhice e senescência. Sobre os Estágios de Desenvolvimento apresentados pelo autor, assinale a alternativa que constitui uma patologia da fase dos 21 aos 40 anos: O indivíduo pode ter transtorno de personalidade esquizóide e permanecer isolado com medo, incapacidade de assumir riscos ou incapacidade de amar.
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