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Continuação do cap. XII de Nogami

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460. Principios de Economia - Editora TlfU/II'''" ~t
Capitulo XII O Papel e a Importância da Moeda _ PassoslNoga/lli • 461
QUADRO 4
Meios de pagamento e haveres titumceims
(Saldos na final do penado. em RS lIIil/làes)
QUADRO 5
11base tnoneteri: nu Brasit
'Saldos no final rio penado. em fi'S mitiuies}
~"'Fin':Id:P;rido~=r~I-M~~d~~'~íi-ese;;as ÍI~n~~r:r~~~
1994 10.046 7.639 17685'
% R$
Papel-moeda em poder do público
i 42.351 5.2 ~3064 4.5
Depósitos à vista '1 65.495 8. t 66.584I 6.9
Ml I 107.846 13,4 109.648 11,4!
: Depósitos para investimentos I Ii Depósitos de poupança 140.896 I 17.4
~
144118, I 15.0 158.91 t I
i Titulas privadas 148.761 18,4 159.128 ~4.959I
1M2 397.503 49,2 412.895 I 43,0 I 492.099
Cotas de fundos de renda fixa 279.560 34,6 408.096 42,5 476.670
Operações compromissadas com títulos
federais . 11.205 1,4 17.394 1,8 20.308 1,8
M3 688.269 85,2 838.386 87,3 989.077
Títulos federais (Selic) 117332 14,5 119.373 12,4 120069 10,8
.~ ,.Títulos jstaouats e municipais 1.922 0,2 2.302 0,2 2.678 0,2
M4 807.523 100,0 960.061 100,0 1.111:824 100,0
Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil, março de 2005.
. 7.3 O Conceito de Base Monetária
._-_._---_. ------------
!1995 13. 770 7.911 21.682
19961-------- .....---~-.L-- 1897
1998
19.796
31.82820.251 11.577
24.167 15.018 39.184
1999 29.838 18.592 48.430
2000 32.633 15.053 47686
53.256
-_._-, ._-------
2001 37669 15.587
73.219
2002 49.931 23.371 73.302
88.733
2003 51.364 21.855
____ 2~ .. __1... 61.936
Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil, março de 2005.
26.797
---------"--------
. 7.4 A Criação de Moeda
.Depois de termos examinado as definições de moeda, vamos agora analisar os aspectos
.' relativos à sua criação.
Amoeda escritural possui uma alta participação na composição do meio circulante,
e isso pode ser explicado pela capacidade dos bancos em multiplicar os depósitos à
vista realizados por seus correntistas. Trata-se, portanto, do mecanismo de criação de
moeda pelos bancos. .~ _ _ _ .
A'preferência do público em utilizar a moeda escritural pode ser justificada por
algumas razões simples. Ao efetuarmos um depósito em um banco, estamos, na ver-
dade, buscando uma forma segura de proteger nosso dinheiro contra perdas e roubos;
afinal, é mais fácil carregar um talonário de cheques que um maço de dinheiro no bolso,
principalmente quando se trata de vultosas quantias. Por outro lado, ao mantermos
nosso dinheiro em um banco, ele nos oferece um conjunto de vantagens (cheques espe-
ciais, cartões de crédito, facilidade para a obtenção de empréstimos etc.), além das
facilidades para a aplicação de nossos recursos disponíveis.
Outra grande vantagem que os bancos apresentam é que eles simplificam as opera-
ções de cunho financeiro dos agentes econômicos.
Agora, vamos ver como os bancos comerciais conseguem criar moeda. Suponha-
mos que o Banco Central decida expandir a quantidade de dinheiro em circulação na
economia, ou seja, a oferta de moeda. Assim, o BancoCentral compra no mercado títulos
do Tesouro no montante de $ 1.000.0'00. O vendedor dos títulos recebe o dinheiro ou o
cheque dessa transação e o deposita em sua conta em um BancoA. Suponhamos que os
depósitos compulsórios dos bancos e os encaixes sejam de 40'Yc, dos depósitos. Assim, o
.0 conceito de BaseMO,netáriaestá ligado ao total das exigibilidades monetárias líquidas'
.:-Gia Autond~~e Monetana em posse ~o pgblico e dos p"q11cos,comerciais.
,"" A base monetária é composta por papel-moeda emitido e pelas reservas bancárias.
As,reservas formadas pelos bancos compõem-se de: a) moeda corrente guardada nos
propnos bancos, feitas para compensar o excesso de pagamentos sobre recebimentos
em pap~l~moeda na "Boca do Caixa". É o caixa dos bancos comerciais, também chama-
do encaixes bancários; b) reservas voluntárias no Banco Central, feitas para atender o
excesso de pa,gamentos perante os recebimentos na compensação de cheques; e c) reser-
vas ~omp~lso.nas,pu o~ri_gat~~ias(legais), recolhidas pelo Bacen como proporção dos
d~posItos a vista e que sãc-utilizadas. para, por exemplo, garantir-se uma segurança
rruruma ao Sistema Bancário.
O Quadro 5 nos mostra a evolução da Base Monetária no Brasil no período de
1994 a 2004. '
I,
462. Princípios' de Economia -: Editora TI",,,,,,,,,
Banco A pode emprestar $ 60LJ.LJOOe reter $ 400 000 .$ f ) ) . , corno reserva Quem receb
1ll .LJOOC011l0empréstimo vai depositá-lo no Banco B que, por sua ~ez, terá condi e ,
de emprestar $ 3óO.000, que o tornador vai depositar em outro banco e rssirn sue \rei
mente, Nesse processo, o total de moeda criado pode ser obtido por: '" essi
M1= $ 1.000,000 + 600.000 + .360.0Il0 + '"
ou. ainda.'
M1= $ 1.000.000 [1+ 0,6 + 1l,6' + ,'o J
M1= $ 1.000.000 x _l_
1-0,6
2M = $ 2.500,000
J
i
.!
Pelo que vimos até agora, podemos então definir a variação na oferta de moed
como:
12M= --x/::,.R
2
ante ~ n=pr~sen~a o ,a~me~to inicial das reservas, ou seja, o primeiro depósito à vista
e a raça o ,os epositos a vista que é destinada aos depósitos com ulsórios e ao'
encaixes bancanos. Costuma-se chamar 1/2 de multiplicador de depóshos bancários.
QUADRO 6
Processo de criação de moeda pelo sistema bancário
1,000,000
2' etapa 1,000.000 600.000 400.000
,~
3' etapa 600.000 ;.:-":;~ 360.000 240,000':~;~ 4' etapa. 360.000 216,000 144.000
5' etapa 216000 129,600 86400
. .." :'
n' etapa Próximo a zero Próximo a zero Próximo a zero
Final do Proceóso 2,500,000 1500.000 1,000,000
w= -
A expreSsã(~ entre chavos é a soma dos termos de uma Progressão Geométrica Cresce t d ,- (1-)
Essa sorna e 19ual ao termo inicial dividido por 1 menos a razão, n e e razao r,.
t
-'t
Capitulo XII O Papel e a Importância da Moeda - Passos/Nosami • 463
8 ,DEMANDA DE MOEDA (VERSÃO KEYNESIAN~ '"
Falanws até o momento das diversas funçôes e características da moeda. Vamos agora
i1nalisar por que' os indivíduos e' firmas mantem saldos monetários em caixa. Dito de
outra torma. iremos analisar a demanda de moeda por parte das unidades econômicas
indi\'iduais, •
Existem três fatores que determinam d demanda por moeda:
dI '/,'U'fiJltld ,f,' 11/,1,·,/" "O/' l/Iotil'O tmnsncionní : decorre do fato de os indivíduos te-
rem a necessidade de utilizar a moeda para o pagamento de suas transações com
bens e serviços, Como, via de regra, não existe coincidência entre os fluxos de
recebimento e pagamentos (desencaixes), os agentes econômicos são levados a
reter moeda (encaixes) para que possam honrar seus compromissos ao longo de
um determinado período de tempo, A decisão de manter moeda para transações
vai depender do montante de renda recebido e do fluxo de recebimento. Em
outras palavras, a demanda transacional será função proporcional da renda,
sendo representada por uma parcela t da renda (tY). Assim, ternos
DT = I(Y)
onde
DT = demanda transação e Y = renda. Logo,
<:'!.'é"OT=tY
/lI denut n d a de IIlVerl,l por mo tiuo precaucionul: além do motivo transação, as
pessoas detêm moeda por motivo de precaução, como proteção contra acon-
tecimentos inesperados, tais como desemprego, doença ete. Da mesma forma
que a demanda transacional, a demanda precaucional dependerá da renda,
sendo proporcional a ela. A demanda por precaução será então uma parcela p
da renda (pY), Assim, temos:
I
I
I,
onde
Dp = demanda precaução e Y = renda, Logo,
Dp = pY
Como DT e Dp dependem de Y, podemos juntá-Ias, representando-as como
uma proporção k da renda, onde k = t + p. Dessa forma, teremos
DT+P = kY
Para exemplificar, suponhamos que a demanda transação seja tal que
DT= tY
e que
,~.
1=7%
--------------------------------------------------------------------------------------------~I
\
I·,
I
r-
i
464. Princípios de Economia - Editora TI""""""
Suponhamos, também, que a demanda precaução seja tal que:
O/' = pY
e que
Logo, 17 dcilltlllda trall~tlciolltll + ti dcnutndn nrccaucionat de moeda será dada por
0/+1, = kY
onde
k=t+p
Logo,
c.,= 10% Y
A Figura 1 represe~ta a demanda transação e precaução conjuga das. Se a
rend~ for d,e $ 500 milhõesde unidades monetánas, a demanda transação + pre-c.,
cauçao sera de $ 50 milhões 5Dr+p = 10% . $ 500 milhõss = $ 50 milhões). Se a '
rend~ aumentar para $ 1 bilhão, a demanda transação + precaução será de $ 100 :
milhões de unidades monetárias.
--
500-.;-
.~
~ 400"oE:
~c:~ 300
I-..'c::
C) ".. .g;
o ~ 2ÓÍJ
'o
~
& 100
50
FIGURA 1
Demanda transação e precaução da moeda
____________________ D,.p = kY
- -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - -- .•
----------------------c-------.
Y
(Em milhões de unidades mooeuttss,
cJ t/crtltlilt/a l"?'' I/w/·'/tr por« <"I/,'ell/tI( ti'/' as pessoas podem t .'. '. ,. re er seus ativos
fmanceiros de várias formas - como ações de companhias títulos p ibii .. 'd'" . r u lCOS ou
pnva os ou como moeda propriamente dit,a, no seu conceito M
j
• As vantagens
de se reter a moeda como ativo, em vez de titulos ou ações, é que ela é o ativo de
~I
Capitulo XII O PaRei e a Importância da Moeda _ Passos/Nogami • 465
maior liquidez da economia, podendo imediatamente ser utilizada para comprar
bens e serviços. A.desvantagem da retenção de moeda como um ativo, quando
comparada com a retenção de títulos, é que ela não rende juros. Se uma pessoa
retém moeda, ela incorre em um custo de oportunidade, pois a renda que poderia
obter com juros é sacriticada. Para exemplificar, vamos imaginar que um títulos
pague 10% ao anrt de juros. Se você retiver 5 1.nOO,00ou sob a forma de moeda em
m,105 ou em sua conta bancária (não remunerada), então não adquirir o título
custará para você 5100,00 por ano (ou seja, $ 100,00 é a renda sacrificada).
A quantidade demandada de moeda para fins especulativos depende basi-
camente da taxa de juros. Uma elevação na taxa de juros aumenta o custo de se
reter moeda. Quando for caro reter moeda, as pessoas preferirão comprar títu-
los que rendem juros, mantendo uma quantidade menor de dinheiro em mãos.
Como conseqüência, a quantidade demandada de moeda diminuirá. Inver-
samente, uma redução na taxa de juros diminui o custo de oportunidade de reter
moeda. Nesse caso, as pessoas preferirão reter uma quantidade maior de moeda,
e a quantidade demandada de moeda aumentará.
Existe, portanto, uma relação inversa entre a demanda especulativa e a taxa
de juros.
Por essa razão, a curva de demanda especulativa por moeda tem inclinação
negativa, como mostra a Figura 2.
FIGURA 2
Demanda especulativa de moeda
!f.,"-:- -"*"~
___________,_c~~
,,,
: B
- -- - -- - - -- - --- - ;----- - - - - - - - -- ..•
, ', ', ', ', ', :
100 300200
Quantidade Demandada de Moeda
(milhões de unidadesmonetárias)
Para simplificar, agruparemos todos os ativos diferentes da moeda em uma única categoria, denomi-
nada "títulos".
1
lL.,}
iJ:;-
fi - -,
~ •.
r,
•
1.
r
l":
i
.'.'-
"";'
466. Princíolos de Economia - Editora TI,"",s""
Podemos ver que a demanda especulativa de moeda aumenta à medida que a tax
de juros se reduz, Assim, para uma taxa de juros tal como -to!." a demanda de moed
para fins especulativos é de $ '100 milhões de unidades monetárias (ponto A na curva d '
demanda de moeda), significando que, a essa taxa de juros, a quantidade de moeda q{l ,
as pessoas desejam manter é de $ 100 milhões, Se houver uma redução da taxa de juros~
de -l"o para 2"'0, as pessoas preferirão reter uma quantidade maior de moeda, e a quan-
tidade demandada de moeda aumentará para $ 200 milhões de unidades monetárias'
(passando do ponto A para o ponto B da curva de demanda de moeda), Assim, quanto.
mais baixa a taxaêle juros, maior deverá ser a quantidade demandada de dinheiro, _
porque o custo de oportunidade de manter o dinheiro será menor.
Temos, então:
onde
DE = demanda especulativa
e
i = taxa de juros
Juntando os três motivos para reter encaixes monetários, obteremos a demanda
total de moeda, que será dada por:
-...:,.
ou, ainda,
onde
DM. = kY + lU)
"
DM = demanda total de moeda
Suponhamos, então, que K seja igual a 10%, Nesse caso, podemos observar que,
:li>arao nível-de renda de $ 1 bilhão, a dema'i'(ta transação mais precaução" é de $ 100
milhões, qualquer que seja o nível da taxa 'de juros. Suponhamos, também, que para
uma taxa de juros de 4% haverá uma demanda especulativa de moeda de $100 milhões
de unidades monetárias. Nessas condições, ou seja, para uma renda de $ 1 bilhão de
unidades monetárias e uma taxa de juros de 4%, a demanda total de moeda será dada
pela soma da demanda transação e precaução mais a demanda especulativa, totalizando
$ 200 milhões de unidades monetárias.
8.1 O Equilíbrio no Mercádo Monetário
Para que haja equilíbrio no mercado monetário, é preciso que a oferta de moeda seja
igual à demanda de moeda. Se chamarmos a oferta monetária de 0M e a demanda
monetária de DM (onde DM = DT+P + DE)' o equilíbrio vai requerer
OM=DM
~t ,
Capítulo XII O Papel e almportánca da Moeda - PassosfNogaml • 467
" "0,,. o'
o'o
M
o~--------------------- ~
I.--- - --- - - -- -- -- ------~------- -- -- ----- -- ---
I
I
I
I
I
<=>;-:+
I
I
I
I
I
I
I
I
I
:
I
I
I
I
I
I
I~---------------------
I
I
I
I
I
I
I
I
: ~1~.:
: E=~~-}<·
I 'l"~'
<=>
<=>
N
<=>
(%)",,--
sOJar ap exel
+
468. Principios de Economia - Editora Tltollls'J/l
.Quando iss_oocorrer, estará determinada a taxa de juros de equilibrio.
Essa situaçâo pode ser obs~rvada na Figura 4. Para tanto, faremos a.sltposição de~
que a oferta de moeda, determinada pelas autoridades rnonetarias. seja uma quanti_
dade fixa, lndependentemen:e do n~vel de renda e da taxa de juros. Isso significa dizer
que a curv ,) de oferta monetaria sera uma reta vertical. :Jl
A~slm, ~ada ,uma oferta monetária 011 = S 200 milhl\t's, o equilfbrio no mercado rt
monetário ocorrera no ponto de encontro entre i1 curva de oferta e de demanda de moed 2:
(ponto E na Figura 4) Nessas' di - i . '. a ~. con lçoes, a taxa l e jums de equilibrio será de -lu;,. ~
~.~.
FIGURA 4
O equilíbrio no mercado monetário
'\ I
-. -.- -. - - - - • . ~~';'::''; E. r-,
I <,
I <,
I
I
100 ,.,.;;o.}?O
.""~"'" ·t" I
Quantidade de Moeda
(milhões de ·unidadesmonetárias)
300 400
-r: • ...-
8.1.1 A Relação entre o Preço dos Títulos e a Taxa de Juros
A r~lação entre. 61JreçO-dos;tí.tulos e a taxa de juros pode ser facilmente explica da por
melO de um exemplo Suponh . , .I . a que voce compre no mercado fmanceiro um título de
?ngo prazo e de rend~ fix~, com um valor de face de $ 1.000 e que pague por ano juros
fixos de $ 50,00. Iss? sígnífíca que você passará a ter um rendimento fixo de $ 50 00 ao
ano. Em termos de Juros, o retorno desse título será de 5%: " ,
$50
= 0,05 ou 5'Yo I
I
.~
$ 1.000
I
"I
Caoitulo XII .0 Papel e a Importância da 'Moeda - Passos/Nogami • 469
Suponha, agora, que você resolva vender esse título no mercado financeiro, e
que, em decorrência de um aunteut» lia oferta de títulos, o preço do título diminua para
S (,25. Em termos de juros. o retorno desse título aumentou para 8%, como mostrado
a~t!guir:
S 50
= O,llH ou tl'X,
5625
Podemos concluir que, qual/do os preços dos tit ulos duuinuem, tiS taxas de juros se
elec'am.
Façamos, agora, o raciocínio inverso. Suponha que você deseje comprar mais um
título semelhante ao que já possui, mas que, em razão de um aumento na demanda por
títulos, o preço dele tenha aumentado para $ 1.250,00. Em termos de juros, o retorno
desse título diminui para 4%:
$ 50
= 0,04 ou 4%
$ 1.250
Podemos concluir que, quando os preços dos títulos aumentam, as taxas de juros
diminuem.
Conclusão: quando o preço do título diminui, a taxa de juros se eleva; inversa-
mente, quando o preço do título a~mtrrtà,'a taxa de juros se reduz.
8.1.2 Como a Política Monetária Afeta a Taxa de Juros
Veremos, nesta seção, como a taxa de juros de equilíbrio sofre alterações com aumentos e
diminuições na oferta monetária, a partir de uma demanda por moeda estacionária. As
expansões e contrações da oferta monetária fazem parte da Política Monetária, de
respóh~'~bilidade dó Banco Cêntrald~1asil e que será objeto de análise adiante .
-'-- - ~~~-- .'
a) Aumentona Oferta de Moeda
A Figura 5 nos mostra um mercado monetário inicialmente em equilíbrio. °ponto E,
nos mostra que a oferta de moeda de $ 200 milhões é igual à demanda de moeda, sendo
a taxa de juros de equilíbrio de $ 4%. Suponhamos que o Banco Central aumente a oferta
monetária para $ 300 milhões (de OMl para 0M2)' Com a taxa de juros em 4% a quan-
tidade de moeda que as pessoas desejarão reter ($ 200 milhões) é menor que a quantidade
de moeda ofertada pelo Banco Central ($ 300 milhões), gerando excesso de oferta de moeda
de 5 100 milhões. As pessoas que mantêm esse excesso de moeda tentarão se livrar dele
comprando títulos que rendem juros. A grande procura por títulos acaba por elevar seus
preços, ocasionando uma queda na taxa de juros. A taxa de juros cai até atingir um novo
equilíbrio, com uma taxa de 2% e uma quantidade demandada de moeda de $ 300 milhões
(ponto E2), quando então 0M2 = DM .
: ;
"
I
l-,
i
470. Princípios de Economia - Editam Thomson
FiGURA 5
Aumento na oferta de moeda e taxa de juros
6
---+
8
Excesso
de Ofena
de Moeda
-- - - -- - - - - - - h •• : :_
E 1
- - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - • E 2
o ,L----------:lo:o~--------~20~0----------3~0-0----------4+00--
Quantidade de Moeda
(milhões de unidades monetárias)
b) Diminuição na Oferta de Moeda
A Figura 6 apresenta um mercado monetário inicialmente em equilíbrio, O ponto E
nos mostra que a oferta de moed d $ 200 '1\.. _ " I
";! " ,",,' ," a e .m-l~10es e Igual à demanda 'd'-' -- , d ' ,'t de i "-,,'' e moe a e que
,a: axa e JUros de equilfbrio é de' $ 4%, Sup6~a que o B C I di ,, ' anco entra urunua a oferta
monetana para $ 100 milhões (de O para O ) C '
tidade MI M2' om a taxa de JUros em 4%, a quan-
de moeda que as pessoas desejarão reter ($ 200 milhões) e' maio '
dade d d f r que a quann-
e moe a o ertada pelo Banco Central ($ 100 ilh - )
demanda de moeda de ' _ rru oes), gerando excesso de
tid de reri $ 100 milhões. Como resultado, as pessoas tentam aumentar a
~;:7nui: e rehda,,~e moeda vendendo seus títulos, A grande 'oferta de títulos acaba por
té , , seus preços. oca..SlO~~do uma elevação na taxa dé juros, A taxa de juros sobe
a e atíngír uma nova taxa de equilíbrio, com uma taxa de 8% e uma quantidade deman-
dada de moeda de $ 100 mIlhões (ponto E2), quando então OM2 = DM'
j ,
Capitulo XII
~t
O Papel e a Importã~cia da Moeda'- Pas,,-,,(Noxami .471
FIGURA 6
Dirninui~àQ na oterteâe moeda e tsxe de juros
~ 4
Excesso
de Demanda
de Moeda
0M/ OM1--- ---- - - ----- ..-------- -- -- ---
C
E 1---------------, -------------- ..'----v---'
o 100 300-' .Ó: ,400200
Quantidade de Moeda
(milhões de unidades monetárias)
8.2 O Investimento e a Taxa de Juros
Até o momento, trabalhamos com a hipótese de que o investimento era constante em
relação à renda, O que iremos fazer agora será explorar um pouco mais a natureza da
Função Investimento, analisando a relii~ão existente entre investimento e taxa de juros,- ~~~,..
~;t~:
8.2.1 A Decisão de Investir e o Papel da Taxa de Juros
Dado que a empresa opera objetivando maximizar o lucro, podemos dizer que é a expecta-
tiva de lucros que determina a decisão de investir por parte do empresário, Essa expectativa,
por sua vez, baseia-se nas relações entre três elementos: ofluxo de renda esperado advindo
da aquisição do bem de capital, o preço de compra desse bem e a taxa de juros de mercado,
Consideremos, para exemplificar, o caso de uma firma que compra uma máquina
ao preço de $ 50,000, Suponhamos também que a duração dessa máquina seja exata-
mente de um ano, período durante o qual ela se deprecie totalmente." Suponhamos,
finalmente, que, descontados os custos operacionais (mão-de-obra, matéria-prima,
__.k".:"-.j
Essa hipótese simplifica a realidade, uma vez que' o bem de capital é mais durável. Entretanto, as con-
clusões a respeito do comportamento da firma não ficam invalidadas:
------~.r----~~--~--------~~--~~I
472. Principios de Economia - Editora TIIO""oll
administração), ela produza uma receita líquida de S 55.000. A taxa de retorno desse
investimento será de 10%, sendo assim calculada: . .
.( 55.000 _ 1\ x 100,= IO"{,
50.000 ') .'
A. pergunta que se faz é: será essa taxa de retorno alta o bastante para fazer que o
empresário realize o investimento?
A.resposj , a essa pergunta evidenciará a importância da taxa de juros de mercado
como mstrurnentCíorientador da tomada de decisão do empresário.
. Para exemplificar, imaginemos inicialmente uma situação em que a firma disponha
de tundas prÓprios para investir. Se a taxa de juros de mercado for superior a 10°'0, ela
maximizara Seu lucro emprestando esses fundos no mercado. Se, por outro lado, a
taxa de juros for inferior à taxa de retomo do investimento (que é de 10%), então a compra
da máquina será a decisão que maximizará o lucro da firma.
Imagine.mos agora uma situação em que a firma não disponha de fundos para efe-
tuar o investimento. Se a taxa de juros de mercado for inferior a 10% (que é a taxa de
retomo), a decisão mais correta será tomar emprestado os fundos para comprar a
máquina. Assim fazendo, ela conseguirá pagar o principal mais os juros e ainda obter
uma determinada quantia de lucro.
Se, por OUtro lado, a taxa de juros de mercado for superior a taxa de retomo (supe-
rior a 10%), a compra da máquina será desaconselhável, uma vez que o pagamento do
principal mais os juros ultrapassará a receita esperada do investimento, resultando em
uma perda líqUida para a empresa.
~ C()mo regra geral, podemos dizer que vale a pena investir em um bem de capital
sempre que a taxa de retomo desse investimento exceder a taxa de juros de mercado.
8.2.2 A Curva de Demanda de Investimento de ums Firma
Suponhamos, de início, que uma firma qualquer tenha um programa de cinco projetos
de investimento, hierarquizado de acordo com sua rentabilidade. O Quadro 8 nos for-
nece o valor de cada projeto e sua respectiva taxa de retomo.
QUADRO 8"
Taxa de juros e investimento
. .: ....
15
3 10
5 5
---~----_L ..2______ _ _ I---- ---.J
A Figura 7 representa os valores do Quadro 8. A curva obtida (em degraus) é
chamada Curva de Demanda de Investimento de uma Firma.
~I .
Capitulo XII O Papel e a Importância da Moeda _ Passos/Nogall" • 473
FIGURA 7
Cllrva de demanda de investimento de lima firma
L 30% -
25"0 -.
20"0 .
A
5%
3% D ; E
1 2 3 4 5 fi 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Quantidade da Moeda
(milhões de unidades monetafias)
Na se ão anterior evidenciamos o fato de que a firma, como maximizadora de
lucros, vai levar a efeito todos os investimentos cuja taxa de retorno .for maior que a taxa
de juros de mercado. . , . . t lor de
Assim se a taxa de juros for de 12%, a firma realizará investímen os no va ,
6 milhões ( roieto A + projeto B), uma vez que a taxa de retorno desses pr?Jetos e
!u erior à ta!: de juros de mercado. Se, por acaso, a taxa de Juros cal! para, dlga~os,
4olo investimento da firma totalizará $ 14 milhões (Pr?jetos A, B, C e D). Casto a
E
axa
de juros diminua para 3%, será indiferente para a firma investir no proJe o ou
emprestaresse $ 1milhão a juros de mercado.
8.2.3 A Curva de Demanda de Investimento da Economia
de demanda de investimento de todas as firmas, a diferentesSe somarmos as curvas . da Econorni é
taxas de juros, obteremos a Curva de Demanda de Investimentos a conorrua, que
retratada na Figura 8.
FIGURA 8
CII~va de demanda de investimento aeeconomie;
I
5%J.--------- .•
I :
I i250/·1·······uruu.ui
O 400 '800
Ouantidade t!âMoeda
(milhões de unidades monetárias)
Função Investimento
·1
~"'~;::
;:.'~,
é,t ;.
~
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. ,
, ,
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,
r-
I
i
, "
..,1{.
", 1'1,
! 't'.,
474. Principias de Economia - Editora TI",;",,,,,
V~rificamos, então, que o in\'estimento depende (ou é funçào) da taxade i .
o que e a mesma COisa, I = f(iJ.' e JUros ou,
Corno podemos ob~e,:\'ar "':f I' . ' ", , " ." ,e"s e uma re ,1Ç,lO mversa entre inl'estinwnto . taxa d
JlIr()~.. Assim 1 til i " , .0;" . .,' ~ co" e
. . " ,X<1 L l JUIllS - «<orresponde um investimento izu.ila S ·IDO S t
de !lIl'l)Scair , . 2 ,"o, . . n - . e <1 axa
, ~ ,11 <1 ,;:1 <>, o mveshrucnrn .t umont.ir.i até $ tioo .. '
8.2.4 Taxa de JUfO.§Nominal e Taxa de Juros Real
AfS taxas de jur~s reais diferem das taxas de juros nominais pelo desconto desta do
e erros da mnaçao, s
A 1-,
. re a5ao entre a taxa de Juros nominal, a taxa de juros real e a inHação é dada pel
segumte formula: a
l=~r
1+ t
onde:
i" = taxa nominal de juros;
ir = taxa real de juros;
t = t~xa de inflação,
fór E~sa~ taxas l~evem ser expressas em termos centesimaís, para correta aplicação da
mu a. xemp icando: 10% a.a. correspondem a 0,10 na fórmula. :
Outra forma equivalente dessa fórmula é:
(1 + i,,) = (1 + ir) (1 + t)
Para exe,mplificar, suponhamo~ que um indivíduo faça uma aplicação de $ 100000
P9r um ano ataxa de juros nominal de 40%'à~a,Suponhamos tarribé :"",',
infla - , d' .' em, que a taxa de, çao no-peno o tenha sido de 25% a.a.Quãl terá sido a taxa de " 'o . 170'- .".,
Pela fórmula: JUros rea .
. i" - t1=---
r 1+ t
0,40 - 0,25
1 + 0,25
0,15
1,25
= 12% a.a.
.~. I" <:"'
A taxa de juros real terá sido de 12% a.a.
\~
8.3 Oferta Monetária e Atividade Econômica: Visão Keynesiana
Nesta seção analisaremos a visão keynesiana de como as mudan a
tária afetamo nível de renda e deprodut d "', " ", E' b ç s ~q of~rta.moneo"
. , . , ,. o a economia. m ora a analise keynesiana
sugira que a politica fiscal e mais efetiva que a política monetária, esta (a política
".
Capitulo XII 9 Papel e a Importância da.Mpeda· - Pl7ssoS/N"S"llli • 475 .
monetária) é considerada corno uma maueira de alterar a taxa de juros.rmodificando.
dess« forma. as despesas em investimento. .
Corno jiÍ pudemos observar, no modelo keyncsiano <1demanda de moeda e tl
demtlnd<1 de investimento se relacionam inversamente à taxa de juros. Assim, se o
Banco Central .iurnentar '; oferta de moeda, tl tax.i de juros devera sofrer uma redução.
Com a n-duçào d" taxa de juros, II volume das Lkspesas em investimento devera
aumentar. induzindo um dispêndio adicional em consumo e elevando o nível de renda
e de empregll da economia.
Teríamos, então. II seguinte esquema:
Aumento Queda na Aumento nas Aumento nas Aumento
na Oferta - Taxa de f- Despesas de-Despesas de- na Renda ede Moeda Juros Investimento Consumo no Emprego
Mesmo reconhecendo a possível utilidade da política monetária, os economistas
keynesianos preferem o uso da política fiscal para a estabilização da economia, uma vez
que consideram a política monetária potencialmente mais fraca e/ou menos previsível
em seu efeito sobre a renda.
A Figura 9 apresenta um exemplo ·~e como a política monetária afeta o nível de
renda de uma economia. Ela nos mostra três relações distintas: na parte superior do
lado esquerdo temos o mercado monetário; na parte superior do lado direito temos
o gráfico que retrata a demanda por investimento; finalmente, na parte de baixo, temos a
determinação no nível de equilíbrio da renda pelo mecanismo 5 = I.
Podemos observar na Parte 1 da Figura 9 que inicialmente o mercado monetário se
encontra em equilíbrio à taxa de juros de 4%, determinada pelo encontro entre a curva de
oferta de moeda OMI (de $ 200) e a curva de demanda de moeda DM (ponto A). A
Parte 2 da Figura 9 nos mostra que o nível de investimento compatível com essa taxa de
juros é deS 50 (ponto C na curva de demanda por investimento), como podemos obser-;
var no grãfico de Demanda por Investi]rfento. A Parte 3 da Figura 9 nos mostra o nível "
de equilíbrio da renda de $ 750 (y~),determinado pelo mecanismo 5 = I (ponto EI)'
Devemos observar que a função poupança dessa economia é 5 = 100 +0,20Y; logo,
o multiplicador do investimento é 5. Devemos observar ainda que, para simplificar o
exemplo, não consideramos a existência de gastos governamentais.
Suponhamos, então, que haja um aumento da oferta monetária de 5 200 para $ 300.
O ponto de equilíbrio no mercado monetário move-se de A para B. Conseqüentemente,
a taxa de juros cai de 4% para 2%. Os efeitos de uma redução na taxa de juros podem
ser observados no diagrama de Demanda por Investimentos. Taxas de juros mais baixas
estimulam o investimento, aumentando-o de $ 50 para 5 100 (um deslocamento do
ponto C para o ponto D, ao longo da curva de demanda por investimento). Uma ele-
vação no investimento (6.1 = 50) provoca, via efeito multiplicador, uma expansão da
demanda agregada, da renda e do emprego. O novo nível de equilíbrio da renda
será de $ 1.000 (Y]'), quando então novamente 5 = I (ponto fi no gráfico 3, de determi-
nação da renda). '
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476. Princl~ios de Economia - Editora Tlwmson
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. Capitulo XII O Papel e a Importância da Moeda _ Passos/Nogami • 477
Podemos sintetizar a relação entre oferta monetária e atividade econômica da
seguinte forma:
Aumento na Cai a Taxa Eleva o Eleva o Nível
Oferta Monetária I------ de Juros - Investimento f---. de Renda ede Emprego
Diminui a Eleva a Taxa Reduz o Reduz o Nível
Oferta Monetária f---. de Juros - Investimento - de Renda ede Emprego
8.4 O Efeito das Mudanças da Oferta de Moeda: Visão Monetarista
Os monetaristas atribuem à moeda fundamental importância; sustentando que a
demanda por moeda é insensível à taxa de juros. Consideram que as famílias, res-
ponsáveis pelas despesas de consumo, e as firmas, responsáveis pelas despesas de in-
vestimento, respondem de forma muito significativa às variações na oferta de
moeda, ocasionando um efeito substancial e previsível na demanda do setor privado
da economia.
Assim, mudanças na oferta de moeda diretamente provocam mudanças na deman-
da agregada da economia, determinando mudanças no nível de preços, no nível de
renda e no nível de emprego.
Mudanças na
Demanda Agregada
Mudanças no Nível
_ de Preços, na Renda
e no Emprego
Mudanças na
Oferta de Moeda -
_Devemcs.observar..que.cs _mone~stas orrutem.a.Iígação.raxa de juros-investi-
mento observada no modelo keynesiano.
8.4.1 A Equação de Trocas
Os monetaristas dão importância central à moeda como um meio de troca. Essa impor-
tância é formalizada pela equação de trocas, que pode ser escrita da seguinte forma:
MxF=PxQ
Vamos analisar inicialmente o ladoesquerdo dessa equação, M é a oferta de moeda
-'.. ~.- .... - .
em circulação (M,) e V, a velocidade da moeda (o número médio de vezes em que uma
unidade monetária é usada durante o ano para a compra de bens finais e serviços).
.. _._._. __._--~------------------
~J1~i,t"
." '. t
Para exemplificar esse conceito, suponhamo~ a existência de uma economia bas"
tante simples com uma oferta monetárí., de$ lOl1 SUpl'I1hamos ainda que você esteja
de posse dessa quantia e que com ela você compre um terno no valor de $ 100"
Sdponhalllos agor,l que o dono d,l loja em que voe~Jcomprou o terno pegue o dinheiro;
t' gaste os $100 1111supernlt'J'Gldo. Façarno-, uma r\l1Va -uposição. a de que o dono do
supermercado pegue os $ ltlO e os gaste integr,llmente na compra de CDs. Suponhamos,
também, que o dono da 10j,1de' CDs, por Sua vez. g,lStt'l1S $ lOO comprando dois pares
de sapatos em um.i loja de' calçadl1s. ror fim, suponhanll1s que o dono li,l loja de calça_
dos gaste os $100 jantando em um rest,lurante sofisticado. Verificamos, então, que os
S 100 trocaram-de mãos por cinco vezes e compraram bens e serviços no valor de $ 500,
Suponhamos, para finalizar, que, durante o períodl1 de um ano os S 100 troquem de
mãos dez vezes, Isso significa que a velocidade da moeda é 10, e a equação de trocas
pode ser expressa da seguinte forma:
478. Princípios de Economia - Editora TiI"m,,,,,
/ ~..
$ 100 x10 = $ 1.000
Vamos agora analisar o lado direito da equação. P refere-se a uma média ponde-
rada dos preços do produto final e Q, a quantidade de produto final. P x Q é também o
valor nominal do PIB da economia. Logo, a equação de trocas pode ser escrita daseguinte forma:
M x V = PIB
e
, PlB
V=~
M
"1./"
Observe que essa versão da equação de trocas se restringe às transações em termos
de renda, onde M é a quantidade de moeda e V é a velocidade-renda da moeda, o
número de vezes em que; na média, 'a.moeda é utilizada em transações que envolvem
a produção corrente (renda), Esse conceito inclui apenas bens produzidos no período,
excluindo bens produzidos em períodos anteriores e ativos financeiros.
Para exemplificar, suponhamos que o PIB de uma economia (sem setor externo)
seja composto de despesas de consumo no, valor de S 1.0QO,despesas de investimentono valor de $ 400 e gastos governamentais no valor de S 600. Suponhamos, também, que
a~oferta de moeda seja de $ 400, Qual seria a velocidade da moeda?
PIB = C + I + G
P IB = s 1 000 + s 400 + s 600
PIB = $ 2,000
Corno V = PIB/M
Y = s 2,000/$ 400
V= 5
A equação de trocas seria dada por:
Mx;·,1(:,;:;R1B
$ 400 x 5 = $ 2.000
: :.~, ,J f' • ! ,
"t
CapituloXl1. OPapel e a l!11portância da Moeda~Passos/Nogami .479
. ., f t de moeda de $ 400 circulou em média cinco vezes paraIsso significa que a o er a .,
r bens finais e serviços no valor de $ 2.000.. .
compra. t ulo: suoonharnos que a Oferta de moeda seja de $ 500Examinemos agora ou ro exemc . c êdí d $ 3 00
' ,. '. (Q) "') :!e 1 'i00 unidades a um preço me 10 e , pore que o produto da econorrua « sei' l "
unidade. .. I. ~ 4 SUO (1 SO() x 5 J,ULl); V seria igual a 9 (V = P xNesse caso, P x Q serra Igua a.j" .~ . ..
Q / M = $ 4.500/5 5(0). A equação de trocas seria dada por:
MxV=PxQ
$ 500 x 9 = S 3,00 x 1.500
$ 4.500 = $ 4.500
" id ti :!ade sendo verdadeira por definição.a equaçao e uma 1 en ic c ,
Devemos reparar que t t logia uma vez que o valor das mer-- d ' m truísmo ou uma au o ,
A equaçao e trocas ,e u . I valor das mercadorias vendidas.cadorias compradas e sempre Igua ao
8.4.2 A Teoria Quantitativa da Moeda
ão corno base para o desenvolvimento daOs economistas clássicos usaram essa equaç
l
hipóteses têm de ser assumidas.
' , d oeda Para tanto a gumas Pteoria quantítativa a moeca. ..' _ -Sê que Ve Q sejam constantes. or
Na apresentação rígida da teona quanti~tiva, supo: aumentos proporcionais no nível
essa razão, aumentos na oferta de moe a provoca
de preços. Teríamos então:
MxV=PxQ
. di m ue tanto a velocidade da moeda quanto
As barras em cima de Vede Q;; lC~ q os então que M seja de S 500, Qseja deroduto permanecerão constantes, upo am: '_ ,~,goounidades e P seja de $ 1,50 por unidade, Tenamos então:
MxV==PxQ ';-
$ 500 x 11= $ 1,50 x 1.000
$500 x V = $ 1.500
V = $ 1.500 / s 500
V= 3
Logo,
$ 500 x 3 = $ 1,5 x 1.000
I' onorrua está a pleno emprego e Q nãoSendo Ve Q constantes (para os c assicos, a ec édios dobrariam
d $ 500 $ 1 000 os preços mvaria), se a oferta de moeda dobrasse e l~:ademoeda fosse reduzida em 50%, os
de $ 150 para $ 3,00, Da mesma forma, se a o er _ 'da da teoria' quantitativa, se V ~.
r 0;. bé S gundo a versao ngl , . no
preços cairiam em 50. o ~am emf, e d da resultam em vanações proporclOfléuSQ são constantes, vanaçoes na o erta e mee
nível de preços.

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