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�UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID – 2013.1 Bolsista: Robertina Teixeira da Rocha AULA PLANEJAMENTO DE UMA AULA DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO TEMA DA AULA: O amor platônico I – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO: Referência:<<http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=667&q=amor+plat%C3%B4nico&oq=amor+plat%C3%B4nico&gs_l=img.3..0l2.1209.5065.0.8804.14.8.0.6.6.0.267.1027.3j3j2.8.0....0...1ac.1.26.img..2.12.561.XyPNwhDv0a8#facrc=_&imgdii=_&imgrc=j8cRUkbZi0dSCM%3A%3BLBsi8f5T_EdMM%3Bhttp%253A%252F%252F25.media.tumblr.com%252Fee2d36a2f5f9094b6e592dd00dafa2f1%252Ftumblr_mo79cxWb5M1s51i93o1_1280.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fadrianaseminario93.tumblr.com%252Fpost%252F52661845053%252Fel-amor-platonico-segun-platon%3B728%3B546>> II – TEXTO(S) DIDÁTICO(S) e/ou COMPLEMENTAR(ES): TEXTO 1: “Os tipos de amor Maria Lúcia de Arruda Aranha Maria Helena Pires Martins [...] Ao ser dada a palavra a Sócrates, a discussão é focada no amor como anseio humano por uma totalidade do ser, representando desse modo o processo de aperfeiçoamento do próprio eu. Sócrates lembra então o diálogo que tivera com a sacerdotisa Diotima sobre a origem e a natureza de Eros. Segundo ela, no aniversário de Afrodite, Eros nasceu de Poros (Expediente, Engenho ou Recurso) e de Pénia (Pobreza), Deve, portanto, aos pais a inquietude de procurar sair da situação de pobreza e, por meio de expedientes, alcançar o que deseja: por isso o amor é a oscilação entre o não possuir e o possuir, é um anelo de qualquer coisa que não se tem e se deseja ter. Pela boca de Sócrates, Platão estabelece uma relação entre Eros e Filosofia, de modo a não reduzir a busca do amor apenas à procura de outra metade que nos completa. Para ele, Eros é a ânsia de ajudar o eu autêntico a se realizar, na medida em que a vontade humana tende para o bem e para o belo, quando subordinada a beleza física à beleza espiritual. Nesse estágio, é capaz de desligar-se da paixão por determinado indivíduo ou atividade, ocupando-se com a pura contemplação da beleza. O amor intelectual é, portanto, superior ao amor sensível. Se na juventude predomina a admiração pela beleza física, o verdadeiro discípulo de Eros amadurece com o tempo ao descobrir que a natureza da alma é mais preciosa que a do corpo. É importante observar que essa concepção deve ser compreendida de acordo com a concepção platônica de submissão do corpo à alma. Assim, Platão subordina as paixões à razão, Eros e Logos. Anelo: Desejo intenso. Referência: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009. p. 84. TEXTO 2: Vocabulário Ávido: 1. Que tem avidez. 2. Sequioso, muito desejoso. 3. Que não se farta. 4. Insaciável. Autêntico: 1. Legalizado juridicamente.2. Certificado por testemunho solene.3. Que se tem de boa fonte. 4. Que é o verdadeiro. Insidioso: Em que predomina a insídia; traiçoeiro; pérfido. Intumescido: 1. Inchar. Natalício: 1. Relativo ao nascimento. = NATAL Prudência: 1. Virtude que nos faz conseguir o que desejamos, evitando todos os perigos. 2. Cautela; circunspecção; sisudez; tino. Referência: <<http://www.priberam.pt/>> Acesso em Setembro de 2013 “Ilitia (em grego: Ειλείθυια), na mitologia grega, era a deusa responsável pelos partos. Era filha de Zeus e Hera” Referência:<<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilitia>> Acesso em Setembro de 2013 “Na mitologia grega, as Moiras (em grego antigo Μοῖραι) eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos.” Referência:<< http://pt.wikipedia.org/wiki/Moiras>> Acesso em Setembro III – TRECHO DE TEXTO FILOSÓFICO: O Banquete [O discurso de Sócrates: narrando seu encontro com Diotima] “ Sócrates: _E quem é seu pai- perguntei-lhe- e sua mãe? Diotima: _ É um tanto longo de explicar, disse ela; todavia, eu te direi. Quando nasceu Afrodite, banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se encontrava também o filho de Prudência, Recurso. Depois que acabaram de jantar, veio para esmolar do festim a Pobreza, e ficou pela porta. Ora, Recurso, embriagado de néctar – pois vinho ainda não havia- penetrou no jardim de Zeus, e pesado, adormeceu. Pobreza então, tramando em sua falta de recurso engendrar um filho de Recurso, deitou-se ao lado e pronto concebe o Amor. Eis por que ficou companheiro e servo de Afrodite o Amor, gerado em seu natalício, ao mesmo tempo que por natureza amante do belo, porque também Afrodite é bela. E por ser filho o Amor de Recurso e Pobreza foi esta a condição em que ele ficou. Primeiramente ele é sempre pobre, e longe está de ser delicado e belo, como a maioria imagina, mas é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro, deitando-se ao desabrigo, às portas e nos caminhos, porque tem a natureza da mãe, sempre convivendo com a precisão. Segundo o pai, porém, ele é insidioso como que é belo e bom, porém, ele é insidioso com o que é belo e bom, e corajoso, decidido e enérgico, caçador terrível, sempre a tecer maquinações, ávido de sabedoria e cheio de recursos, a filosofar por toda a vida [...] e nem imortal é a sua natureza nem mortal, e no mesmo dia ora ele fermina e vive, quando enriquece; ora morre e de novo ressuscita, graças à natureza do pai; e o que consegue sempre lhe escapa, de modo que nem empobrece o Amor nem enriquece, assim como também está no meio da sabedoria e da ignorância. Eis com efeito o que se dá. Nenhum deus filosofa ou deseja ser sábio- pois já é-, assim como se alguém mais é sábio, não filosofa. [...] [O Amor é filósofo] Diotima: _ [...] Com efeito, uma das coisas mais belas é a sabedoria, e o Amor é amor pelo belo, de modo que é forçoso o Amor ser filósofo e, sendo filósofo, estar entre o sábio e o ignorante. E a causa dessa sua condição é a sua origem: pois é filho de um pai sábio e rico e de uma mãe que não é sábia, e pobre. É essa então, ó Sócrates a natureza desse gênio; quanto ao que pensaste ser o Amor, não é nada de espantar que tiveste. Pois pensaste, ao que me parece a tirar pelo que dizes, que Amor era o amado e não o amante; eis por que, segundo penso, parecia-te todo belo o Amor. E de fato o que é amável é que é realmente belo, delicado, perfeito e bem-aventurado; o amante, porém é outro o seu caráter, tal qual eu expliquei. [...] Diotima: _ [...] Sócrates, ama o amante o que é bom; que é que ele ama? Sócrates: _ Tê-lo consigo- respondi-lhe. Diotima: _ E que terá aquele que ficar com o que é bom? Sócrates: _ Isso eu posso- disse-lhe- mais facilmente responder: ele será feliz. [...] [O que é amar] Diotima: _Em resumo então- disse ela- é o amor amor de consigo ter sempre o bem. Sócrates: _Certíssimo - afirmei-lhe- o que dizes. Diotima: _Quando então – continuou ela- é sempre isso o amor, de modo que nos que o perseguem, e em que ação, o seu zelo e esforço se chamaria amor? Que vem a ser essa atividade? Podes dizer-me? Sócrates: _Eu não te admiraria então, ó Diotima, por tua sabedoria, nem te frequentaria para aprender isso mesmo. Diotima: _ Mas eu te direi- tornou-me- É isso, com efeito, um parto de beleza, tanto no corpo como na alma. Sócrates: _É um adivinho- disse-lhe eu- que requer o que estás dizendo: não entendo. Diotima: _Pois eu te falarei mais claramente, Sócrates, disse-me ela. Com efeito, todos os homens concebem, não só no corpo como também na alma, e quando chegam a certa idade, é dar à luz que deseja a nossa natureza. Mas ocorrer isso no que é inadequado é impossível. E o feio é inadequado a tudoo que é divino, enquanto o belo é adequado. Moira então e Ilitia do nascimento é a Beleza. Por isso, quando do belo se aproxima o que está em concepção, acalma-se, e de júbilo transborda, e dá à luz e gera; quando porém é do feio que se aproxima, sombrio e aflito contrai-se, afasta-se, recolhe-se e não gera, mas retendo o que concebeu, penosamente o carrega. Daí é que ao que está prenhe e já intumescido é grande o alvoroço que lhe vem à vista do belo, que de uma grande dor liberta o que está prenhe. É com efeito, Sócrates, dizia-me ela, não do belo o amor, como pensas. Sócrates: _Mas de que é enfim? Diotima: _Da geração e da parturição no belo. Sócrates: _Seja- disse-lhe eu. Diotima: _Perfeitamente- continuou- E por que assim da geração? Porque é algo de perpétuo e imortal para um mortal, a geração. E é a imortalidade que, com o bem, necessariamente se deseja, pelo que foi admitido, se é que o amor é sempre ter consigo o bem. É de fato forçoso por esse argumento que também da imortalidade seja o amor.” Referência: PLATÃO. Diálogos (O Banquete, Fédon, Sofista, Político). São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Coleção os Pensadores) Tradução de José Cavalcante de Souza. p. 34-39. IV – RECURSO NÃO-FILOSÓFICO: Imagem-resumo: Referência:<<http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=667&q=amor+plat%C3%B4nico&oq=amor+plat%C3%B4nico&gs_l=img.3..0l2.1209.5065.0.8804.14.8.0.6.6.0.267.1027.3j3j2.8.0....0...1ac.1.26.img..2.12.561.XyPNwhDv0a8#facrc=_&imgdii=_&imgrc=dI8Cyn_r0Pz7M%3A%3ByZPL26nP9oFcBM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.asimagens.com%252Fi%252F9TLn6eGnc.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.asimagens.com%252Fa%252Ffrases-de-amor-para-alguem-TLLre6RE5%3B480%3B350>> V – ATIVIDADE AVALIATIVA: Relacione a frase “Amor platônico significa gostar de alguém da cabeça para cima” T.Winslow, com a visão de amor apresentada por Platão. Escreva uma carta, 10 linhas no mínimo, contando para alguém o mito que Diotima usa para explicar a natureza do amor na qual constem as seguintes palavras: filósofo, belo, sabedoria, Recurso, Pobreza, parto e geração. Você concorda ou discorda da visão platônica do amor? Porquê? Parte superior do formulário �PAGE \* MERGEFORMAT�5�
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