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CRIMES HEDIONDOS Rogerio Sanches.pdf

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LEI DE CRIMES HEDIONDOS – LEI 8.072/90 - ROGÉRIO SANCHES 
 
1. O que é crime hediondo? É o que a lei disser que é. 
Art. 5ͦ, XLIII da CF: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. 
 
Sistema Legal Sistema Judicial Sistema Misto 
Considera-se hediondo o 
crime assim rotulado pelo 
legislador, num rol 
taxativo. 
* O Brasil adotou esse 
sistema. 
Considera-se hediondo o 
crime assim definido pelo 
juiz na análise do caso 
concreto. 
É o juiz quem, na 
apreciação do caso 
concreto, analisando a 
gravidade do delito, decide 
se a infração é ou não 
hedionda. 
 
O legislador apresenta um 
rol exemplificativo de 
crimes hediondos, 
deixando ao juiz a tarefa 
de encontrar outras 
hipóteses igualmente 
graves (interpretação 
analógica). 
 
Crítica: o sistema legal só 
considera hediondo o 
crime analisado em 
abstrato, desconsiderando 
o caso concreto. 
Ex.: será que todo estupro 
é revestido de 
hediondez??? 
Crítica: É perigoso, porque 
fere o princípio da 
taxatividade e do mandato 
de certeza. O sujeito não 
pode ser surpreendido 
pelo entendimento de um 
determinado juiz, ele tem 
que saber previamente o 
que é ou não hediondo. 
Crítica: o legislador é cego 
e o juiz é arbitrário. 
* Vê-se que nenhum sistema é justo, portanto a sugestão do Rogério seria um sistema 
de equidade, onde o legislador apresentaria um rol taxativo de crimes hediondos e 
caberia ao juiz, na análise do caso concreto, confirmar a hediondez. O STF, sem dar 
esse nome, já vem aplicando esse sistema. 
 
Qual crime hediondo não se encontra no CP? 
R: O único crime hediondo que não se encontra no CP é o genocídio. Tortura e tráfico 
também não se encontram no CP, não são crimes hediondos, são equiparados 
hediondos. 
 
Alberto Silva Franco, não sem razão, faz uma crítica à lei dos crimes hediondos, porque 
só previu como hediondo os crimes praticados por pobres. Para ele a lei dos crimes 
hediondo é uma lei elitista. 
É verdade que existe uma Comissão no CN estudando acrescentar à lei dos crimes 
hediondos alguns crimes contra a Administração Pública (corrupção, peculato, 
concussão, dentre outros), mas está muito longe de se ter um projeto de lei nesse 
sentido. 
O homicídio é “democrático” (praticado por ricos e pobres), mas não podemos olvidar 
que o homicídio não nasceu hediondo, só passou a ser hediondo em 1994, depois da 
mobilização da Globo em razão da morte da atriz Daniela Perez. 
 
2. Conseqüências dos crimes hediondos e equiparados- art. 2ͦ 
2.1. Vedação de anistia, graça e indulto, que são formas de renúncia estatal ao seu 
direito de punir. 
Evolução: 
I. No art. 5º, XLIII1, a CF/88 considera os crimes hediondos e equiparados como crimes 
insuscetíveis de anistia + graça. A LCH acrescentou o indulto. Pergunta-se: esse 
acréscimo é constitucional? A lei infraconstitucional poderia prevê a vedação do indulto? 
Correntes: 
a) A vedação ao indulto é inconstitucional. LFG, Alberto Silva Franco, Suzana de Toledo 
Barros: 
Fundamento: 
i) o rol de vedação da CF é máximo, não podendo o legislador ordinário suplantá-lo. 
Ex.: A CF traz as hipóteses de prisão civil e de imprescritibilidade, não cabendo ao 
legislador ordinário criar outras hipóteses. 
 
a) A vedação ao indulto é constitucional. É a posição do STF (RHC 84572/RJ) 
 
EMENTA: Indulto (D. 3299/99): exclusão da graça dos condenados por crime hediondo, 
que se aplica aos que hajam cometido antes da L. 8072/90 e da Constituição de 1988, 
ainda quando não o determine expressamente o decreto presidencial: validade, sem 
ofensa à garantia constitucional da irretroatividade da lei penal mais gravosa, não 
incidente na hipótese, em que a exclusão questionada traduz exercício do poder do 
Presidente da República de negar o indulto aos condenados pelos delitos que o decreto 
especifique: precedentes 
 
Fundamentos: 
i) as vedações constitucionais são mínimas, tanto o é que o constituinte diz: “a lei 
considerará...”. A Constituição deu carta branca ao legislador ordinário; 
ii) a expressão graça deve ser entendida em sentido amplo, abrangendo o indulto. 
E mais, o STF tem entendimento que se analisa a vedação do indulto quando da 
execução penal, ou seja, pode-se vedar indulto até mesmo para autores de crimes 
hediondos anteriores a lei de crimes hediondos. 
 
II. A lei de tortura (lei n ͦ 9.455/97) veda: anistia e graça, não vedou o indulto. Pergunta-
se: a lei de tortura revogou tacitamente o art. 2ͦ, I da lei dos crimes hediondos? 
a) LFG, Alberto Silva Franco: 
A não proibição do indulto acarretou uma revogação tácita. A lei de tortura revogou 
tacitamente o indulto 
 
1 Art. 5º, XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática 
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
los, se omitirem; 
 
Fundamento: 
i) princípio da isonomia: se a tortura é um crime equiparado a hediondo, se se permite 
indulto para tortura, deve se permitir indulto para todos os crimes hediondos e 
equiparados. 
 
b) STF: A lei de tortura não revogou tacitamente o art. 2ͦ , I da LCH. 
Fundamento: 
i) princípio da especialidade: a possibilidade de indulto é só para a tortura, uma vez que 
a lei de tortura é especial em relação a lei dos crimes hediondos. 
 
III. A lei de drogas (lei 11.343/07) veda: anistia, graça e indulto, ou seja, a lei de drogas 
foi fiel a LCH. 
 
2.2. Vedação à fiança: 
 
FIANÇA 
Antes da lei 11.464/07 Antes da lei 11.464/07 
Vedava a fiança + liberdade provisória Veda-se somente a fiança. 
 
O que mudou com a lei 11.464/07? 
R: No HC 91556, o STF decidiu que a vedação da liberdade provisória está implícita na 
vedação da fiança, ou seja, nada mudou, houve apenas uma correção de redação. 
Para quem adota esse entendimento permanece vigente a súmula 697 do STF. 
 
Súmula 697 do STF: A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes 
hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo. 
 
Todavia, essa decisão ocorreu apenas um mês do advento da lei. O STF foi afoito. O STF 
refletiu sobre o assunto e está mudando de posição. 
 
No HC 92824, o STF, revendo o seu posicionamento, vem autorizando liberdade 
provisória para crimes hediondos. O Min. Celso de Mello vai mais longe entendendo que 
quem tem que decidir se cabe ou não liberdade provisória é o juiz e não o legislador. 
Para quem adota esse entendimento perde o sentido a súmula 697 do STF. 
Em apertada síntese, o que essa súmula quer dizer é que, o fato de um crime não aceitar 
liberdade provisória, não implica em dizer que não cabe relaxamento por excesso de 
prazo. Vedação à liberdade provisória é uma coisa, relaxamento por excesso de prazo é 
outra. 
 
HC 92824 / SC - SANTA CATARINA 
EMENTA: CRIMINAL. HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. PRISÃO EM FLAGRANTE 
HOMOLOGADA. PROIBIÇÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
CONFIGURADO. PLEITO DE AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA DA SURPRESA. 
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE 
REVOLVIMENTO DOS FATOS E PROVAS. IMPROPRIEDADE DO WRIT. ORDEM 
PARCIALMENTE CONHECIDA E CONCEDIDA. A atual jurisprudência desta Corte admite a 
concessão de liberdade provisória em crimes hediondos ou equiparados, em hipóteses 
nas quais estejam ausentes os fundamentos previstos no artigo 312 do Código de 
Processo penal. Precedentes desta Corte. Em razão da supressão, pela lei 11.646/2007, 
da vedação à concessão de liberdade provisória nas hipóteses de crimeshediondos, é 
legítima a concessão de liberdade provisória ao paciente, em face da ausência de 
fundamentação idônea para a sua prisão. A análise do pleito de afastamento da 
qualificadora surpresa do delito de homicídio consubstanciaria indevida incursão em 
matéria probatória, o que não é admitido na estreita via do habeas corpus. Ordem 
parcialmente conhecida e, nesta extensão, concedida. 
 
Obs.: A lei de drogas (lei 11.343/07) vedou ao tráfico: fiança + liberdade provisória. A lei 
11.464/04 veda apenas a fiança. A permissão de liberdade provisória na LCH revogou a 
vedação da liberdade provisória dos crimes de drogas. Correntes: 
a) Não revogou. Fundamento: princípio da especialidade (STJ – Min. Félix Fisher 
e STF – Min. Ellen Gracie). 
b) Revogou. Princípio da posterioridade da lei penal, não há de se falar em 
princípio da especialidade de uma lei revogada (LFG, RS) 
 
2.3. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Antes da lei 11.464/07 Antes da lei 11.464/07 
O regime era integralmente fechado. 
 
Pergunta-se: essa previsão era 
constitucional? 
1. Sim, obedecendo o princípio da 
individualização da pena. 
2. Não, ferindo inúmeros princípios 
constitucionais (humanização, 
proporcionalidade). 
 
* Desde 2006, o STF já entendia 
inconstitucional o regime integralmente 
fechado e aplicava a progressão de regime 
depois de cumprir 1/6 da pena. 
 
O regime será inicialmente fechado, 
permitindo a progressão de regime com: 
 
2/5, se primário 
3/5, se reincidente. 
 
Esta lei é retroativa quanto a possibilidade 
de progressão, mas irretroativa quanto ao 
quantum da progressão, porque desde 
2006 o STF já admitia a progressão com 
1/6. 
A lei nova simplesmente autorizou o que o 
STF já autorizava, aumentando o patamar 
de pena cumprida para progressão. 
É o exemplo de Suzanne. 
 
 
2.4. Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu 
poderá apelar em liberdade. 
* STF: 
Se o réu é processado preso, deve apelar preso, salvo se desaparecerem os motivos da 
preventiva (art. 312 do CPP2); 
 
2 Art. 312 do CPP: A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, 
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da 
lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente da autoria. 
Se o réu é processado solto, pode apelar solto, salvo se surgirem motivo para a 
preventiva (art. 312 do CPP). 
Essa é a interpretação constitucional que se deve dar a qualquer dispositivo nesse 
sentido. 
 
2.5. A prisão temporária (Lei 7.960/89), nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo 
de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
Lei da prisão temporária Lei dos crimes hediondos 
Prazo: 5 dias + 5 dias Prazo: 30 dias + 30 dias 
 
* O art. 1º, III da lei 7960/89 traz os delitos que admitem a prisão temporária: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
d) extorsão (artigo 158, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
e) extorsão mediante seqüestro (artigo 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
f) estupro (artigo 213, caput, e sua combinação com o artigo 223, caput, e parágrafo 
único); 
g) atentado violento ao pudor (artigo 214, caput, e sua combinação com o artigo 223, 
caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (artigo 219, e sua combinação com o artigo 223, caput, e parágrafo 
único); 
i) epidemia com resultado de morte (artigo 267, § 1º); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado 
pela morte (artigo 270, caput c/c artigo 285); 
l) quadrilha ou bando (artigo 288)l; 
m) genocídio (artigos 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889/1956), em qualquer de suas formas 
típicas; 
n) tráfico de drogas (lei 11.343/06); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492/1986). 
 
* O rol do art. 1º, III da lei é taxativo. Logo, nem todo crime suscetível de prisão 
temporária é hediondo (exs.: roubo, homicídio simples, extorsão simples, 
envenenamento de água potável). 
Por outro lado, todos os crimes hediondos, admitem a temporária. 
Veja: com exceção da tortura e da falsificação de medicamentos, todos os crimes 
hediondos estão na lei de prisão temporária. Pergunta-se: tendo em vista a taxatividade 
o art. 1º,III da lei 7960, cabe prisão temporária paras esses crimes? Em sendo positiva a 
resposta, em qual o prazo? 
Correntes: 
a) os crimes que admitem prisão temporária estão num rol taxativo previsto na lei 
7.960/89, portanto, os crimes que não estão nesse rol, ainda que hediondo, não 
admitem prisão temporária. 
b) a LCH, da mesma hierarquia e posterior a lei de prisão temporária, ampliou os rol 
dos crimes que admitem a medida extrema. E o prazo é de 30 + 30 dias. 
A LCH não se limitou a ampliar o prazo de prisão temporária, ela também ampliou o 
rol de crimes que admitem a prisão temporária (art. 2º,§4º da LCH3). 
 
3. De acordo com art. 3º da LCH “a União manterá estabelecimentos penais, de 
segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de 
alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem 
ou incolumidade pública”. 
 
Preso federal cumprido pena em presídio estadual → competência estadual. 
Preso estadual cumprindo pena em presídio federal → competência é federal. 
 
Súmula 192 do STJ: Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das 
penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando 
recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual. 
 
4. Livramento condicional (art. 83 do CP) 
4.1. Conceito: 
Benefício de execução penal consistente na liberdade antecipada. 
 
4.2. Fundamento legal: 
 
Art. 83 do CP: O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena 
privativa de liberdade igual ou superior a dois anos, desde que: 
I – cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime 
doloso e tiver bons antecedentes; 
II – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
III – comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom 
desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover a própria 
subsistência mediante trabalho honesto; 
IV – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela 
infração; 
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, 
prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o 
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave 
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação 
de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. 
 
4.3. Requisitos: 
a) Condenado primário + bons antecedentes: + de 1/3 da pena 
b) Condenado reincidente: + ½ da pena 
 
3 Art. 2º, § 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 
1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
c) Condenado primário + maus antecedentes? A lei não previu essa hipótese, 
mas na lacuna, aplica-se o princípio do in dúbio pro reo, ou seja, o condenado tem que 
cumprir + de 1/3 da pena. 
d) Condenado por hediondo ou equiparado + não reincidente em específico: + 
de 2/3 da pena. 
 
Quem é reincidente específico? Três correntes: 
1) considera-se reincidente específico,quem, ostentando condenação passada por 
crime hediondo ou equiparado, pratica novo crime hediondo ou equiparado, não 
importando a espécie, ex.: 121,§2º, V + 157, § 3ͦ (vida + patrimônio) Prevalece esta. 
Em relação ao novo crime (latrocínio) não terá direito ao livramento condicional. 
2) considera-se reincidente específico, quem, ostentando condenação passada por 
crime hediondo ou equiparado, pratica novo crime hediondo ou equiparado, com a 
mesma objetividade jurídica, ex.: 213 + 214 (costume + costume). 
Em relação ao novo crime (atentado violento ao pudor) não terá direito ao livramento 
condicional. 
3) considera-se reincidente específicos, quem ostentando condenação passada por 
crime hediondo ou equiparado, pratica o mesmo crime hediondo ou equiparado, ex.: 
213 + 213 (estupro +estupro). 
Em relação ao novo crime (estupro) não terá direito ao livramento condicional. 
 
5. Análise do art. 8º da LCH: 
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do CP (quadrilha 
ou bando), quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou 
quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois 
terços (DELAÇÃO PREMIADA) 
 
Art. 288 do CP. Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim 
de cometer crimes: 
Pena – reclusão, de um a três anos. 
 
Se os crimes que a quadrilha ou bando visam praticar for hediondo ou equiparado a 
hediondo o pena será de 3 a 6 anos. 
 
Cuidado!!! Esqueça tráfico, pois o tráfico tem associação criminosa própria (art. 35 da 
lei 11.343/06). 
 
Art. 35 da lei 11.343/06: Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
desta Lei: 
 
O parágrafo único do art. 8º traz a hipótese da delação premiada. Para o STJ, é 
imprescindível que essa delação seja eficaz (HC 41758/SP), ou seja, que haja o efetivo 
desmantelamento da quadrilha ou bando. 
 
HC 41758/SP 
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL 
PENAL. ARTIGO 8º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 8.072/90. 
DELAÇÃO PREMIADA. NECESSIDADE DA EXISTÊNCIA DE QUADRILHA OU BANDO. 
PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 2º, 
PARÁGRAFO 1º, DA LEI Nº 8.072/90 DECLARADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 
1. A superveniência do julgamento da revisão criminal prejudica o pedido de aguardar o 
seu julgamento em liberdade. 
2. A redução de pena prevista para os casos de delação de co-réu (artigo 8º, parágrafo 
único, da Lei nº 8.072/90), requisita a existência e o desmantelamento de quadrilha ou 
bando. 
3. O Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou, por maioria de votos, a 
inconstitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 2º da Lei nº 8.072/90, afastando, assim, 
o óbice da progressão de regime aos condenados por crimes hediondos ou equiparados. 
 
6. Análise do art. 9º 
* Cuidado!!! Esse artigo está em vias de perder sentido, porque o art. 224 do CP vai 
desaparecer (18.08.09). 
 
Art. 9º As penas fixadas no artigo 6º para os crimes capitulados nos artigos 157, § 3º, 
158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput, e sua combinação com o artigo 
223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o artigo 223, caput e parágrafo 
único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de 
trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no artigo 
224 também do Código Penal. 
 
De acordo com art. 9º da LCH aumenta-se de metade, respeitado o limite superior de 
30 anos de reclusão, aos crimes: latrocínio; extorsão qualificada pela morte; extorsão 
mediante seqüestro; estupro e atentado violento ao pudor, se a vítima estiver em 
qualquer das hipóteses referidas no art. 224 do CP - Violência presumida: 
a) não é maior de quatorze anos; 
b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; 
c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. 
 
O problema reside no estupro e no atentado violento ao pudor. É que esses dois crimes 
podem ser praticados mediante violência real ou presumida. Pergunta-se: Esse aumento 
de metade vai incidir em todos os estupros e atentado violento ao pudor, seja com 
violência rela ou presumida? 
STF e STJ entendem que não se aplica o aumento quando a violência for presumida, sob 
pena de afronto ao princípio da vedação ao bis in idem. Punir duas vezes em razão da 
mesma circunstância. 
Só se aplica o aumento do art. 9º da LCH quando o estupro ou atentado violento ao 
pudor for praticado mediante violência real. 
 
7. Crimes hediondos em espécie, consumados ou tentados: 
I – homicídio simples, se praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente; (é o chamado homicídio condicionado). 
Críticas: 
i) fere o princípio do mandato de certeza: o inciso não explica o que é grupo de 
extermínio, por isso a doutrina tenta explicar o que é grupo e o que é extermínio: 
Extermínio é a matança generalizada, uma chacina. 
Grupo: 
a) Par (2 pessoas) ≠ Grupo (3pessoas) ≠ Bando (4 pessoas) – Luiz Vicente 
b) Par ≠ Grupo = Bando (4 pessoas) – Alberto Silva Franco (mais justo). Prevalece essa. 
c) Grupo = Associação criminosa da lei de drogas (2 pessoas) – Capez 
 
ii) Dá para imaginar uma chacina ser um mero homicídio simples? Parece que não, a 
qualificadora é implícita. 
 
II - homicídio qualificado; 
Para ser hediondo não importa a qualificadora do homicídio. 
É possível homicídio qualificado privilegiado, desde que a qualificadora for de natureza 
objetiva. 
Prevalece o privilégio porque ele é reconhecido primeiro pelos jurados. O juiz só 
pergunta sobre as qualificadoras subjetivas se os jurados não reconhecerem o privilégio. 
* Homicídio qualificado privilegiado é hediondo? 
a) Homicídio qualificado é hediondo, sempre, mesmo que privilegiado também, 
porque a LCH não o excepciona; 
b) Homicídio qualificado quando privilegiado deixa de ser hediondo, pois em 
analogia ao art. 67 do CP prepondera o privilégio (STF e STJ). É a corrente que 
prevalece. 
O art. 67 do CP trata do conflito entre agravante e atenuante. E no conflito prevalece a 
atenuante subjetiva. Fazendo a analogia: no conflito entre qualificadoras e privilégios, 
prevalece a de natureza subjetiva, qual seja: o privilégio. 
 
Privilégios Qualificadoras 
I - relevante valor social ou 
moral; (subjetiva) 
II – violenta emoção, logo em 
seguida a injusta provocação da 
vítima (subjetiva) 
 
 
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou 
por outro motivo torpe; (subjetiva) 
II – por motivo fútil; (subjetiva) 
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou 
de que possa resultar perigo comum; (objetiva) 
IV – à traição, de emboscada, ou mediante 
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossível a defesa do ofendido; (objetiva) 
V – para assegurar a execução, a ocultação, a 
impunidade ou vantagem de outro crime. 
(subjetiva) 
 
 
* Subjetivas: ligadas ao motivo e ao estado anímico do agente. 
* Objetivas: ligadas ao meio ou modo de execução. 
 
II – latrocínio (art. 157,§3º, in fine) 
§ 3o Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze 
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo 
da multa. 
Conclusões: 
a) Só é hediondo o §3º do art. 157 quando resulta morte; 
b) O resultado morte pode ser doloso (o agente quer a morte como meio para atingir o 
fim patrimônio) ou preterdoloso (quando o resultado morte for culposa); 
c) O latrocínio pode ser consumado ou tentado; 
d) Somente qualificao roubo, se a morte advier da violência física, se advier de grave 
ameaça não qualifica o crime. STF: vítima que foge do roubo é atropelada e morre não 
qualifica o crime, uma vez que a morte não qualifica o crime, a morte resulta de 
comportamento da vítima; 
e) Para que seja latrocínio é indispensável que a violência ocorra durante (exigência do 
fator tempo) e em razão do assalto (exigência do fator nexo). Se faltar um desses dois 
fatores não há latrocínio, ex.: matar um desafeto que passava na hora do assalta não é 
latrocínio, mas sim homicídio (há o fator tempo, mas falta o nexo); duas semanas depois 
do assalta o agente mata o gerente que o reconheceu não é latrocínio, mas sim 
homicídio (há nexo, mas não há tempo); 
f) Não incide o rol de majorantes do §2º do art. 157, porém elas podem ser usadas na 
fixação da pena base do art. 59 do CP. 
 
Súmula 603 do STF: A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz 
singular e não do Tribunal do Júri. 
Latrocínio não é crime contra a vida, mas sim contra o patrimônio qualificado pela 
morte. 
 
Súmula 610 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que 
não realize o agente a subtração de bens da vítima. 
O que dita o resultado do latrocínio é a morte, ou seja, se a morte for consumada, o 
latrocínio é consumado e se a morte for tentada, o latrocínio será tentado, pouco 
importa se a subtração foi ou não consumada. 
Crítica à súmula 610 do STF: de acordo com art. 14, I do CP o crime só será consumado 
quando “nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal”. Ora o latrocínio não 
pode ser considerado consumado sem haja a subtração, pois esta é dos seus elementos. 
 
III – extorsão qualificada pela morte: 
Aplica-se os mesmos comentários do latrocínio. 
O seqüestro relâmpago, introduzido pela lei 11.923/09, é hediondo? 
O seqüestro relâmpago, antes da lei 11.923/09, poderia configurar: 
a) art. 157,§2º,V: subtração + colaboração da vítima é dispensável. Só era hediondo 
quando ocorresse morte. 
b) art. 158: constrangimento + colaboração da vítima é indispensável. Só era hediondo 
quando ocorresse morte. 
c) art. 159: seqüestro + colaboração da vítima dispensável (depende de terceiros). 
Sempre era hediondo, com ou sem morte. 
 
Art. 158, 
§3º Se o crime é cometido mediante a restrição de liberdade da vítima, e essa condição 
é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão de 6 a 12 
anos, além da multa; se ... 
 
O §3º do art. 158 do CP, que traz a privação da liberdade na extorsão não está na LCH, 
por isso, Nucci e a maioria da doutrina entende que o seqüestro relâmpago não é 
hediondo, mesmo com resultado morte, por falta de previsão legal (sistema legal). 
Rogério discorda e faz uma interpretação extensiva: antes do advento da lei, a extorsão, 
com privação da liberdade ou não, desde que qualificada pela morte, já era crime 
hediondo, porque agora, com a privação da liberdade não seria? 
Extorsão simples qualificada pela morte  crime hediondo. 
Extorsão com privação da liberdade qualificada pela morte  tem que ser crime 
hediondo, porque se mais simples é, o que dirá o mais grave. 
A lei é recente, mas o professor arisca dizer que o seqüestro relâmpago não será 
considerado hediondo. 
 
IV – extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada: 
É sempre hediondo, não importa se simples ou qualificada. 
 
V – estupro e atentado violento ao pudor: 
Esses crimes podem ser praticados: 
a) Com violência real (art. 213, caput); 
b) Com violência presumida (224); 
c) Com resultado simples (art. 213, caput); 
d) Com resultado qualificado (223), 
 
* STF: Todas as espécies são sempre hediondas. 
Isso vai acabar a partir do dia 18 de agosto de 2009: 
O que antes era estupro ou atentado violento ao pudor com violência presumida passará 
a se chamar estupro de vulnerável. E o art. 213 tratará do estupro + atentado violento 
ao pudor. 
 
VII – epidemia com resultado morte: 
Epidemia é o surto de uma doença transitória que ataca simultaneamente número 
indeterminado de indivíduos de certa localidade. 
É hediondo propagar a epidemia havendo resultado morte de alguém. 
 
VII-B – falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (único que não está previsto no rol de prisão temporária). 
É o mais novo crime hediondo, incluído em 98. 
O art. 273, caput do CP pune a falsificação de produtos terapêuticos ou medicinais. Pena: 
10 à 15 anos, e multa. 
O §1ͦ do art. 273 pune aquele que importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para 
vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, 
corrompido, adulterado ou alterado. 
O § 1ͦ - A do art. 273 equipara a produto terapêutico ou medicinal, os medicamentos, as 
matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em 
diagnóstico. 
Parece que aqui houve exagero. Portanto, a doutrina diz que esses cosméticos e 
saneantes só configurarão crime se tiver fins terapêuticos ou medicinais, ex.: manteiga 
de cacau. 
E talco para chulé? (já caiu em concurso). 
De acordo com o art. 273, § 1o-B, está sujeito às penas deste artigo quem pratica as 
ações previstas no § 1o em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: 
I – sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; 
II – em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; 
III – sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua 
comercialização; 
IV – com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; 
V – de procedência ignorada; 
VI – adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. 
O § 1ͦ - B pune o comércio de produto não, necessariamente corrompido ou falsificado, 
porém irregular. 
Esse §1º- B fere dois princípios: i) princípio da intervenção mínima (o direito 
administrativo pode resolver, a vigilância sanitária fecha o estabelecimento e pronto!); 
ii) princípio da proporcionalidade (pune com a mesma gravidade condutas 
absolutamente diferentes). 
 
Conclusão: 
Art. 273, caput → pune o falsificador → pena de 10 a 15 anos → hediondo 
Art. 273, §1º → pune quem vende, expõe à venda ... → 10 a 15 anos → hediondo 
Art. 273, §1º - A → equipara produtos (finalidade terapêutica ou medicinal) → 10 a 15 
anos. 
Art. 273, § 1º- B → medicamento não é falsificado, mas sem autorização → 10 a 15 anos 
→ hediondo. 
 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio (único crime 
hediondo que não está no CP) previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de 
outubro de 1956, tentado ou consumado. 
 
TERRORISMO – ROGÉRIO SANCHES 
 
Existe um tipo penal do terrorismo? 
Duas Correntes: 
1ª) o Brasil ainda não tem um tipo penal para terrorismo; 
2ª) O Brasil tipificou o terrorismo no art. 20 na lei 7170/83 (crime contra a segurança 
nacional); 
 
Art. 20. Devastar, saquear, extorquir, roubar, seqüestrar, manter em cárcere privado, 
incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, 
por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de 
organizações políticas clandestinas ou subversivas. 
Pena – reclusão, de três a dez anos. 
Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; 
se resulta morte, aumenta- se até o triplo. 
 
Essa lei é muito porosa, indeterminada, incerta, não diz ao certo que são atos de 
terrorismo. Essa lei fere o princípio da taxatividade (ou determinação ou do mandato de 
certeza). Por esse princípio exige-se clareza na criação de um tipo penal. O princípio da 
legalidade significa que não há lei: i) anterior; ii) escrita; iii) certa (princípio da 
taxatividade). Por tudo isso, a maioria da doutrina nega vigência a essa lei. O legislador 
não deixouclaro quais comportamentos pretende incriminar.

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