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TGP (Teoria Geral do Processo) - EXERCICIOS DE COMPETÊNCIA E AÇÃO
 
1) Qual a diferença entre competência absoluta e relativa? Quais critérios de determinação da competência são absolutos e quais são relativos? 
Competência Absoluta (funcional, objetiva - em razão da pessoa ou matéria) é improrrogável, não comporta modificação alguma. A competência Relativa (territorial, objetiva – em razão do valor da causa) é prorrogável, e dentro de certos limites é modificável. As causas de prorrogação têm disposição na própria lei, ou em ato de vontade das partes em prol da segurança jurídica, celeridade processual
 
2) Conceitue "conexão" e "continência". Quais são os efeitos desses institutos jurídicos? 
Existe Conexão quando há coincidência só no objeto, só na causa de pedir ou se coincidem no objeto e também na causa de pedir, tendo, entretanto partes diferentes. Existe Continência quando o pedido de uma ação abranger o pedido de outra, havendo identidade parcial entre elas, ou seja, quando há identidade quanto às partes e à causa de pedir, e uma das causas abranger o pedido da outra.
3) Se a ação é um direito, quem é o sujeito passivo e qual é a sua prestação correspondente?
O sujeito passivo do direito de ação é o Estado e a prestação correspondente é a tutela jurisdicional.
 4) A doutrina afirma que a natureza jurídica da ação é um direito subjetivo, público, autônomo, abstrato e instrumento. Explique o porquê de cada um dos elementos dessa definição.
É um direito subjetivo porque é relativo às partes; público, porque é em face do Estado; autônomo porque não está vinculado ao direito material e abstrato porque é um direito à tutela jurisdicional e não a uma tutela jurisdicional favorável à pretensão – não precisa ser uma ação procedente para que eu exerça o direito sobre ela.
 
5) Quais são as condições da ação segundo a teoria eclética de Liebman adotada pelo Código de Processo Civil. Conceitue cada um deles.
As condições da ação são: legitimidade das partes, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido. A legitimidade das partes: alegar direito próprio em face do pólo passivo legítimo; ninguém pode pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado por lei (apenas a própria pessoa que se diz titular de um direito subjetivo material pode pedir a tutela jurisdicional para satisfação de sua pretensão e somente pode ser demandado aquele que for titular da ação correspondente). O interesse de agir se verifica através do binômio necessidade-utilidade (impossibilidade de obter a satisfação do alegado direito sem a intercessão do Estado, ou porque a parte adversa se nega a cumpri-lo ou porque em alguns casos a lei determina que só podem ser exercidos mediante prévia declaração judicial) e adequabilidade (adequado ajustamento da jurisdição – o provimento da ação deve ser apto a corrigir o mal que o autor se queixa. Um mandado de segurança, por ex., não pode ser impetrado para cobrança de créditos pecuniários). A possibilidade jurídica do pedido diz respeito à necessidade deste ser aceito pelo ordenamento jurídico vigente, isto é, não pode ser um pedido contra legem.
 6) Qual a diferença entre legitimidade ordinária e extraordinária? Que tipo de legitimação tem o Ministério Público na "ação civil pública" e na "ação penal pública"?
A legitimidade ordinária é regra geral, são apenas as partes descritas inicialmente na ação, visto que "ninguém pode pleitear direito alheio, salvo se expresso em lei". A legitimidade extraordinária ocorre quando prevista especificamente, o que é o caso do Ministério Público nas ações penais e civis públicas, uma vez que há interesse do Estado na lide.
 7) Imagine duas situações. Numa o sujeito propõe um processo de conhecimento objetivando a condenação do sujeito passivo à obrigação pecuniária constante de um cheque ainda não prescrito. Na outra situação, o sujeito entra com um processo de execução contra o sujeito passivo tendo por base um cheque prescrito. Em ambas as situações faltam uma condição de ação. Responda qual é essa condição e por que ela se faz ausente.
Na primeira situação falta interesse processual e adequação (o sujeito pode ir direto para a execução). Na segunda situação, uma vez que o cheque já está prescrito, trata-se de obrigação natural, faltando então interesse processual (necessidade e adequação).
 
8) O que é o "mérito" da ação? Por que um processo em que falta alguma das condições da ação é extinto "sem resolução de mérito"?
Mérito da ação é o que está sendo discutido e a função jurisdicional é dizer o direito e qual a parte que tem a "razão". Se houver alguma carência na ação ela é julgada sem resolução de mérito. Importante enfatizar que a sentença de improcedência é julgamento de mérito.
9) Quais são os elementos da ação? Qual a relação existente entre os requisitos da petição inicial, os requisitos da sentença e tais elementos da ação?
Os elementos da ação são: PARTES (autor e réu), CAUSA DE PEDIR (fatos e fundamentos jurídicos) E PEDIDO (imediato – verbo principal – e mediato – complemento verbal). Na petição inicial, segundo os requisitos constantes no art. 282 do CPC, devem constar a identificação das partes, a causa de pedir e o pedido, ou seja, todos os requisitos de ação. Na sentença, também constarão o nome das partes e, em suma, as causas de pedir e o pedido, além da resposta do réu. Ou seja, os tais elementos da ação constarão na petição inicial, figurando como requisitos e na sentença.
 
10) Qual a diferença entre processo de conhecimento, de execução e cautelar? O que seria o processo "sincrético" que passou a vigorar a partir das reformas processuais promovidas no CPC pela lei 11.232/05 (principalmente, a inclusão de disposições referentes ao "cumprimento da sentença")?
No processo de conhecimento o juiz reconhece se o direito existe ou não (livro I do CPC), no processo de execução há reconhecimento e realização do direito por meio de medidas coativas (Livro II) e o processo cautelar visa prevenir que o direito a ser reconhecido possa ser executado. O Processo Sincrético une o processo de conhecimento e o de execução.
 
11) Enumere e conceitue as cinco eficácias (ou tutelas) que uma decisão judicial pode ter no processo de conhecimento?
São 5 as eficácias: DECLARATÓRIA – gera uma segurança jurídica, uma certeza do juiz; CONDENATÓRIA – é a ação que reconhece uma obrigação; CONSTITUTIVA – é uma sentença que cria, extingue ou modifica um direito; MANDAMENTAL – caracterizada por uma ordem e uma ameça (astreinte); e EXECUTIVA – o juiz não manda que alguém faça, ele próprio faz.
 
12) Quais são os requisitos para a concessão das tutelas de urgência? Explique-os.
Os requisitos para a concessão das tutelas de urgência são o fumus bonis júris (existência de direito plausível) e o periculum in mora (urgência, perigo na demora).
(Juiz de Direito GO) No moderno sistema processual brasileiro, o direito de recorrer ao Judiciário para a correção das lesões aos direitos individuais tornou-se garantia constitucional: Dispõe o art. 5º, XXXV, da Constituição Federal: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Assim, os vínculos existentes entre direito de ação e a pretensão, formando uma relação de instrumentalidade, levam-nos à conclusão de que o exercício da ação está sujeito à existência de três condições. Explicar detalhadamente cada uma delas.
Resposta: As condições da ação são essenciais para o mérito ser apreciado. Não proíbe o autor (a ausência destas condições) de posteriormente propor nova demanda desde que sanada a ausência de uma destas condições.
A primeira condição seria a Legitimidade que pode ser ordinária ou extraordinária, a legitimidade está prevista no artigo 6° do CPC que diz que “ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”. A legitimidade ordinária é quando a parte pleiteia em nome próprio direito violado e a extraordinária é quando a lei autoriza a terceiro atuar.
A segunda condição da ação é o interesse de agir que é constituídopor um binômio composto pela necessidade e adequação. A terceira condição é a possibilidade jurídica do pedido. 
(OAB-MG) Sobre as regras de competência disciplinadas no Código de Processo Civil, é correto afirmar.Fundamente e Justifique.
I – A competência fundada em razão da matéria litigiosa pode ser objeto de prorrogação, caso não seja objeto de impugnação pela parte ré.
II- A incompetência relativa deve ser conhecida de ofício pelo juiz em qualquer grau de jurisdição.
III- O Juízo que conheceu da ação cautelar preparatória fica prevento para conhecer da ação principal.
IV- A ação fundada em direito real sobre bens móveis deverá ser proposta, em regra, no foro do domicilio em que se encontra a coisa.
Fundamentação: ARTIGO 800 DO CPC: “As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer a ação principal. Parágrafo único: Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal.”
Quando ocorre o conflito de competência?
O conflito de competência ou de jurisdição ocorre quando há dúvida sobre qual atividade judiciária deve agir em determinado caso concreto. Esta ação pode ser proposta tanto pela parte interessada, quanto pelas autoridades ou até mesmo pelo ministério público para dirimir a dúvida a respeito do conflito de competência. Após o julgamento, não caberá recurso. O conflito pode ocorrer tanto entre autoridades judiciárias ou entre autoridades judiciárias e administrativas. Ele ocorre basicamente quando se preenchem três requisitos: 1) mais de uma autoridade se considerar competente; 2) ou quando ambas se julgarem incompetentes; 3) quando há controvérsia entre as autoridades sobre a reunião ou separação dos processos.

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