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Dificuldades e distúrbios de aprendizagem

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DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
Erica Amanda Bonfim
Professor-tutor externo: Luís Henrique Luchetta
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em Ciências Biológicas (GED0125) – Prática do Módulo I
10/12/88
RESUMO
Esta pesquisa tem por objetivo esclarecer a diferença entre os termos “dificuldades de aprendizagem” e “distúrbios de aprendizagem” dando enfoque aos últimos, trazendo para o leitor uma melhor compreensão do que são esses distúrbios, quais são suas formas de manifestação e quais habilidades da criança são afetadas. A partir de pesquisas feitas em livros de autores como Morais, Zorzi e Fonseca e em site da internet, pontuaremos os principais sintomas destes distúrbios, quais são os profissionais que podem ajudar no diagnóstico e desta forma abordar os tipos de tratamentos utilizados. O objetivo ao termino deste trabalho é de mostrar a importância que um diagnóstico precoce pode ter na vida escolar de uma criança e no processo ensino/aprendizagem, e também a importância dos professores e da família neste parecer.
 
 
Palavras-chave: Distúrbios. Crianças. Aprendizagem. 
1 INTRODUÇÃO
Compreender o que são os distúrbios de aprendizagem é algo bastante complexo se pensarmos que nunca conseguiu se chegar a um consenso do que são os distúrbios e que são as dificuldades de aprendizado, para alguns autores os primeiros são causados por fatores neurológicos, e os segundos por influências externas de ordem social, econômica, cultural, psicológicas ou até por deficiências físicas ou metais, enquanto que outros explicam o contrario que as dificuldades e que são causadas por disfunções cerebrais. Em um primeiro momento esclareceremos essas diferenças e também o termo que vamos utilizar aqui que será também nosso foco de pesquisa: os distúrbios de aprendizagem.
A partir de então, passamos a especificar quais áreas estas disfunções podem afetar, e até em que ponto ela pode prejudicar a criança em desenvolvimento. A disortografia, a disgrafia, a discalculia e a dislexia serão nossos objetos de estudo a partir do tópico 3 deste trabalho, onde pontuaremos as características e sintomas de cada uma para que posteriormente possamos abordar os métodos utilizados em seus tratamentos.
Não é objetivo desta pesquisa dar um parecer médico, mas o de mostrar ao leitor a importância que a ajuda de profissionais que respeitam as crianças que se encontram nesta situação tem na vida delas, e também, mostrar a ajuda que a família e o professor pode dar para esta criança tanto na superação dos desafios de sua vida social e escolar, quanto na recuperação de sua auto-estima, pois como bem abordou Morais (1997, p.101), se tratando da dislexia, “é consenso de todos estudiosos que, os problemas emocionais que geralmente crianças disléxicas apresentam, não são causa das dificuldades para ler, mas sua conseqüência.”. Crianças com distúrbio têm inteligência normal ou superior a média, só necessitam de pessoas que se importam com elas para que possam juntos, criar estratégias para superação de tais “problemas”.
 
2 DIFICULDADES OU DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM?
Começar um trabalho com esse questionamento é importante para que possamos diferenciar a uso cada termo e também para esclarecer qual será o nosso foco nesta pesquisa.
Ainda não há um consenso quanto ao uso dos termos que designam os problemas de aprendizagem, alguns estudiosos defendem o uso de “dificuldades de aprendizagem” para se referir a uma criança que apresenta disfunções cerebrais onde os fatores externos não têm relação de causa. Para tal, temos a seguinte afirmação:
“Dificuldades de aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático.” (FONSECA, 1995, p. 71)
Para este autor as DAs (abreviatura utilizada em seu livro), podem ocorrer com outras manifestações sejam de ordem emocional, social, cultural ou mesmo uma deficiência física ou mental, mas “elas não são o resultado dessas condições” (FONSECA, 1995).
O termo dificuldades de aprendizagem é utilizado por outros autores para explicar as influências externas, fatores como cultura, classe social, metodologia de ensino, e que neste caso a criança pode apresentar outros agravantes como deficiência física ou mental que podem contribuir para um mal desempenho escolar. Ciasca e Rossini (2000 apud PERES, Gláucia Corrêa. As bases neurológicas das dificuldades e distúrbios de aprendizagem�), defendem que as dificuldades dizem respeito a um déficit específicos das atividades acadêmicas.
Já o termo distúrbios de aprendizagem tem sido utilizado para designar uma disfunção neuropsicológica que compromete a linguagem oral e escrita, interpretação textual e habilidades matemáticas.
Crianças com distúrbios têm dificuldades na aquisição de matérias, mas não apresentam nenhum tipo de comprometimento físico ou psicológico, e é importante ressaltar que para um diagnóstico deve ser excluída qualquer possibilidade de que fatores externos possam contribuir para o quadro. Crianças com distúrbios são crianças com inteligência normal ou acima da média que por um transtorno de ordem neurológica não conseguemassimilar o conteúdo. Não se trata de um problema irreversível, alguns tipos de tratamento podem contribuir para amenizar o impacto causado por estas disfunções. 
Portanto pessoas com este diagnóstico necessitam de um ensino direcionado com métodos apropriados para que alcancem um rendimento escolar esperado para cada etapa do seu desenvolvimento, pois estas crianças não apresentam compatibilidade entre a sua idade e o que se espera para tal, há uma discrepância entre seu potencial e suas habilidades, necessitam de um acompanhamento individual, alguém que mostre a ela suas dificuldades sem menosprezá-las, a fim de que esta criança tenha um estimulo para superar tais obstáculos evitando assim que se chegue ao fracasso escolar, Morais (1997) afirma que um dos motivos pelo qual a evasão escolar acontece não é só a delinqüência juvenil, muitas vezes é devido aos problemas que a criança tem para aprender, segundo ele:
“[...] a criança que tem dificuldades para aprender, pode se recusar a ir para a escola e a fazer as lições, mas estes comportamentos são apenas uma reação ao fracasso que ela não consegue superar.” (MORAIS, 1997, p.185).
Para ele à medida que a criança supera estes problemas ela volta a ter interesse pelas atividades escolares, o que não acontece no caso da delinqüência. A família tem um papel muito importante na vida do portador de distúrbios, pois ela é quem deverá apoiar e ajudar esta criança nas atividades fora da escola.
Portanto uma pessoa que tenha uma disfunção é alguém capaz, e que com um diagnóstico precoce e um método que a ajude e a estimule conseguirá chegar ao seu objetivo tanto no âmbito escolar quanto em sua vida pessoal.
Embora ainda haja divergência na utilização dos dois termos, esta pesquisa tem como objetivo dar enfoque aos distúrbios de aprendizagem, e este é o termo que vamos utilizar aqui para as disfunções neuropsicológicas, e esclarecer suas diferenças e abordar métodos que possam ser utilizados em seu tratamento. 
3 OS DISTÚRBIOS E SUAS ESPECIFICIDADES
Existem várias formas de manifestação dos distúrbios, e cada uma afeta um tipo de habilidade diferente, prejudicando o aprendizado da criança.
Disortografia, disgrafia, discalculia são alguns dos tipos mais conhecidos, porém a dislexia é o distúrbio mais comum e é também o mais comprometedor, pois pode ter, em seus sintomas, características de uma ou mais disfunções.
Para que possamos compreender melhor os distúrbios de aprendizagem vamos definir cada um dos que mencionamos acima, lembrando que cabe ao professor a tarefa de identificar o aluno que apresenta dificuldade para compreender o conteúdo, pois:
“Estando em contato direto com a criança durante o processo de ensino/aprendizagem, o professor percebe de imediato o aluno que apresenta dificuldades para ler, ou trocas ortográficas, ou lentidão para realizar as tarefas.” (MORAIS,1997, p.187)
E o diagnóstico será dado não por um, mas por uma equipe de profissionais de várias áreas como da pedagogia, psicopedagogia, neurologia e fonoaudiologia, entre outros que porventura venha ser necessário. Como afirma Morais (1997, p.31) “o diagnóstico precoce de distúrbios de aprendizagem é um ponto fundamental para a superação das dificuldades escolares” , desta forma pais e professores podem se conscientizar e saber como trabalhar com a criança e também para que possam montar estratégias junto a outros profissionais, como o fonoaudiólogo por exemplo, para ajudar a criança. 
Como se sabe são várias as áreas que podem ser afetadas, por isso vamos especificar algumas e pontuar seu sintomas.
3.1 DISORTOGRAFIA
	Trata-se de um distúrbio onde a criança tem dificuldade de recordar e transcrever a linguagem falada, ocorrendo assim trocas ortográficas.
	Alguns sintomas da disortografia são as omissões de letras nas palavras (Bade “balde”, gupo “grupo”, crança “criança”), para Zorzi (2003, p.84) “as omissões, como o próprio nome já diz, caracterizam-se pela ausência de letras que deveriam compor as palavras”, de acorde com o autor as omissões podem ocorrer de forma isolada ou em partes importantes, ou seja, com omissões das silabas. A adição de letras ou silabas também é um sintoma deste distúrbio (gatitinha, criiança). Também podem ocorrer casos de inversão, junção ou fragmentação das silabas e das palavras. E ainda, pela dificuldade encontrada em relembrar a forma correta de escrever as palavras, os disortográficos encontram muita dificuldade quando o assunto é o fonema (sons) das letras.
“Podemos nos perguntar como alguém é capaz de falar determinados sons corretamente e não é capaz de transcrevê-los. [...] em primeiro lugar, a criança, para falar, não precisa ter consciência dos sons que está produzindo e, em segundo lugar, quando evoca a imagem acústica e articulatória da palavra falada, esta pode não estar suficientemente clara em termos da presença ou ausência do traço de sonoridade que opõe um determinado grupo de fonemas.” (ZORZI, 2003, p.66)
Desta forma deve-se considerar ainda que para o disortográfico a memorização das palavras é algo que se torna bastante dificultoso.
Esse tipo de distúrbio pode ser identificado a partir a 3ª série, pois até a 2ª série a criança ainda não dominou por completo a linguagem oral e escrita. A disortografia é facilmente diagnosticada em pessoas com dislexia, no entanto, um disortográfico não é necessariamente um disléxico. Como bem salienta Morais (1997, p.138) “nem todas crianças que apresentam dificuldades para escrever a linguagem falada, podem ser chamadas de disortográficas”, segundo ele deve-se levar em consideração a freqüência com que a criança utiliza a palavra em seu vocabulário, pois não se pode exigir que uma criança escreva corretamente palavras que ela desconheça ou que não saiba o significado.
Assim sendo, é importante ressaltar que crianças com o distúrbio da disortografia têm Qi normal ou acima da média, e que em outras habilidades como a interpretação e a matemática ele pode apresentar um ótimo desempenho.
2.2 DISGRAFIA
	É um distúrbio psicomotor que compromete a grafia, mais precisamente o traçado da criança. Também chamada por leigos de “letra feia”, a disgrafia ocorre porque o portador deste distúrbio, na dificuldade de lembrar como escrever as palavras, e na tentativa de esconder seus erros amontoa as letras tornando-as ilegíveis. É também caracterizada pela escrita lenta, o que causa certo cansaço na criança, pois sente muitas dores no braço e acaba por se sentir desestimulada e sem vontade.
	Alguns sintomas que aparecem em crianças com este distúrbio são os espaçamentos incorretos nas palavras ou frases, ou ela escreve tudo muito amontoado ou tudo distante, desordem na organização do caderno, motivo pelo qual muitas vezes são vistos como desleixado, e acabam por não obedecer às margens, criando margens inexistentes na metade da linha, ou não obedecem as que existem.
	Assim como o disortográfico, o disgráfico pode estar relacionado em um diagnóstico de dislexia.O disgráfico não tem nenhum comprometimento intelectual ou neurológico, são crianças de inteligência normal e que, com um diagnóstico e tratamento adequado podem apresentar um bom rendimento escolar.
2.3 DISCALCULIA
	Trata-se de um distúrbio que afeta as habilidades matemáticas: aritmética, solução de problemas, ordenação, numeração, noções quantitativas e espaciais. Essas crianças encontram dificuldades também para utilizar os sinais básicos da matemática, por isso não conseguem resolver problemas.
“Quando as dificuldades em matemática se apresentam associadas a problemas de leitura pode-se afirmar que os últimos são causadores dos primeiros. Os alunos que possuem uma leitura hiperanalítica e não conseguem compreender as instruções e os enunciados matemáticos, dificilmente conseguirão realizar as operações aritméticas exigidas para a resolução dos problemas.” (MORAIS, 1997, p.185)
	Para o autor a superação dos problemas de leitura, quando estes aparecerem, está intrinsecamente ligada à superação dos problemascom a matemática.
	Assim como na disortografia onde não se pode considerar disortográfico toda criança com dificuldade de escrita, nem toda criança com problemas de matemática são portadores de discalculia, fatores como a idade e série escolar também devem ser levados em consideração.
	A discalculia pode ainda estar associada a diagnósticos de dislexia e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), onde se encontram pessoas com QI normal ou elevado.
	
3 A DISLEXIA
	Deixamos por último a dislexia (do grego, dis: difícil, lexia: palavra), por se tratar do distúrbio mais comum e comprometedor, atinge cerca de 15% das crianças que estão em idade escolar, e também porque ela pode estar associada a qualquer um dos distúrbio explicados anteriormente, em um diagnóstico podem ser encontrados uma ou mais disfunções.
	A dislexia é uma disfunção neuropsicológica que afeta, de forma intensa, as habilidades de leitura e escrita. Por se tratar de um distúrbio a dislexia não tem nenhuma relação com fatores externos (emocional, cultural, social ou físico), portanto:
“Tratam-se de desordens em um ou mais processos de linguagem falada, leitura, ortografia, caligrafia ou aritmética, resultantes de déficits e/ou desvio dos processos cerebrais de aprendizagem, e que não são desvios provocados por deficiência mental, por privação sensorial ou cultural, ou mesmo por dispedagogias.” (FONSECA, 1995, p.333)
	É necessária a intervenção de profissionais de várias áreas como pedagogos, psicopedagogos, neurologistas, fonoaudiólogos, entre outros, para que seja dado o diagnóstico.
	O disléxico apresenta um atraso no desenvolvimento cognitivo, não consegue traduzir símbolos gráficos e assim não compreende o que está escrito. Inversão, adição, omissão e união de letras, de silabas ou de palavras são características do disléxico. Apresentam dificuldades na ortografia, no que diz respeito aos fonemas das letras e podem também apresentar dificuldades psicomotoras.
	A leitura ocorre de forma desordenada pulando palavras, linhas ou mesmo parágrafos inteiros, o que dificulta a interpretação do texto. Pode também apresentar escrita espelhada, e muitas vezes não consegue distinguir o lado correto de letras como b e d, p e q, n e u, M e W. No que diz respeito a matemática, pode ocorrer inversão de números, o que dificulta a resolução de cálculos, e devido a falta de habilidade para interpretar enunciados não consegue resolver os problemas.
	Vale lembrar que disléxicos são pessoas com QI normal ou até acima da média, e neste grupo temos nomes como os cientistas Einstein e Newton, a escritora Agatha Christie e o pintor Pablo Picasso.
	A dislexia pode ser encontrada mais em meninos do que em meninas e é um distúrbio que ocorre mundialmente, embora seus sintomas possam ter algumas diferenças.
	A dislexia não tem cura, mas alguns tratamentos podem ajudar a amenizar os impactos no âmbito educacional e social.
4 OS TRATAMENTOS
	Vimos anteriormente que para um diagnóstico de distúrbio de aprendizagem, é necessário o trabalho em equipe de profissionais de várias áreas, e a intervenção destes profissionais também se faz necessária para o tratamento destas crianças. 
	Um diagnóstico precoce irá ajudar a aluno atingir um desempenho necessário e desejado na escola, portanto o professor é o primeiro a ter contato com as dificuldades deste aluno, e junto à família o encaminhará para outros especialistas, para que juntos possam montar estratégias e assim, atividades que o ajudarão em suas dificuldades.
	 O tratamento dos distúrbios são feitos, basicamente, com atividades de reeducação das áreas afetadas, e não são utilizados medicamentos, salvo em casos onde se apresente um diagnóstico de TDAH onde a criança necessita de remédios (como a ritalina por exemplo) para controle de ansiedade e desatenção.
	No caso da disortografia a memória visual da criança deve ser estimulada sempre, com o uso de quadros alfabéticos e numéricos. Esta criança também necessita de um acompanhamento fora da escola, e aí se dá a importância da família. A criança não deve jamais ser reprimida, mas sim estimulada. Fazer com que fique repetindo a escrita das palavras na tentativa de memorizá-las não ajuda, pelo contrário, torna ainda mais dificultoso o aprendizado.
	Para a disgrafia um trabalho de intervenção e reeducação psicomotora é de suma importância, exercícios de aperfeiçoamento também são essenciais. O uso de cadernos de caligrafia é descartado, pois por ter a escrita lenta a criança acaba ficando cansada e perde o interesse em realizar as atividades, a caneta vermelha também deve ser dispensada para a correção das atividades, o ideal e mostrar a criança onde está o seu erro e ajudá-la e corrigir.
	A discalculia necessita de estimulo, o computador pode ser um ótimo aliado, pois jogos eletrônicos estimulam a noção espacial, ordenação, numeração e noção quantitativa. É importante também não chamar a atenção da criança na frente dos colegas, pois causa constrangimento e ela pode acabar ainda mais desanimada.
	A dislexia necesita de uma intervenção interdisciplinar e o acompanhamento de especialistas pois:
“[...] sem a atenção especializada, raramente a criança disléxica consegue por si só, superar as suas dificuldades e quase sempre acaba se excluindo das atividades escolares ou de profissões que exijam a realização de processos gráficos.” (MORAIS, 1997, p.100)
	 Para o tratamento desta criança deve ser elaborado um material que seja estimulante, buscar sempre leituras atrativas e simples. A utilização de uma agenda para anotações das atividades pode ser de grande ajuda. A auto-estima do disléxico também é algo que deve ser trabalhado, pois:
“Geralmente, incompreendida em seu fracasso, e não sendo valorizada em suas vãs tentativas para superar suas dificuldades escolares, a criança disléxica acaba desenvolvendo uma auto-imagem negativa e uma total desmotivação para empreender a difícil tarefa de ler e escrever.” (MORAIS, 1997, p.101) 
	E assim acaba por ver a escola como um “lugar ruim”, e onde ela vai ter que cumprir a difícil tarefa de enfrentar suas dificuldades. 
Família, professores, pedagogos, psicopedagogos, neurologistas e fonoaudiólogos têm uma grande e importante tarefa de recuperar a auto-estima destas crianças e conseguir fazer com que elas atinjam o objetivo do que é o processo de ensino/aprendizagem e que consigam torná-lo algo prazeroso para que possa fluir de forma natural, sem deixar nenhum trauma em sua vida adulta. 
	
	
	
	
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final desta pesquisa, podemos concluir que os distúrbios de aprendizagem podem sim ocorrer juntamente a outros fatores como a cultura, o emocional, o ambiente em que a criança vive, a metodologia que é aplicada na escola, ou que ainda esta criança pode ter um desfavorecimento físico ou mental, mas que estes não são seus causadores, pois os distúrbios são disfunções de ordem neurológicas e somente com ajuda de profissionais juntamente com a família e o professor é que esta criança poderá ter um bom rendimento no âmbito educacional e evitando assim o fracasso e/ou a evasão escolar.
Crianças portadoras de distúrbios necessitam de respeito às suas limitações, e precisam de um método de ensino direcionado e, muitas vezes, individual. Um método que chama a sua atenção e que seja atrativo e instigue a sua curiosidade e vontade de aprender. Precisam de pessoas qualificadas para acompanhar seu tratamento, mas também precisam de pessoas “humanas”, que as respeitem e não as desvalorizem pelo que são ou pela forma que são. Essas crianças já são, muitas vezes, crianças complexadas com a escola, e professores que apontam seus erros em meio a turma só ajudarão com ela se torne ainda mais deprimida, e para que se alcance um bom resultado, este é o ponto exato que deve ser evitado, a fim de que esta criança não tenha traumas que as acompanharão para toda a sua vida. 
REFERÊNCIAS
FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2. ed. Porto Alegre:ARTMED, 1995.
MORAIS, António Manuel Pamplona. Distúrbios da aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica. 9. ed. São Paulo: EDICON, 1997. 
PERES, Gláucia Corrêa. Bases neurológicas das dificuldades e distúrbio de aprendizagem. Disponível em: <http://www.slideshare.net/glauciacorreaperes/as-bases-neurologicas-dos-disturbios-e-dificuldades-de-aprendizagem-5467284>. Acesso em: 11 nov.2012.
ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita. Porto Alegre: ARTMED, 2003.
� Disponível em <� HYPERLINK "http://www.slideshare.net/glauciacorreaperes/as-bases-neurologicas-dos-disturbios-e-dificuldades-de-aprendizagem-5467284" �http://www.slideshare.net/glauciacorreaperes/as-bases-neurologicas-dos-disturbios-e-dificuldades-de-aprendizagem-5467284�>. Acesso em 11 de novembro de 2012

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