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Os Contratualistas

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OS CONTRATUALISTAS
Thomas Hobbes
John Locke
Jean Jaques Rousseau
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA
PROFESSORA: RITA MARIA PAIVA MONTEIRO
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THOMAS HOBBES 
BIOGRAFIA
Nasceu na Inglaterra (5 de abril de 1588) época em que a Inglaterra era dominada pelo Tudors e sofria o perigo da invasão espanhola;
Em 1637 a situação política, que anunciava a guerra civil, o levou a abandonar seu país e a estabelecer-se em Paris em 1640;
A obra mais conhecida foi Leviatã, onde apresentou sua opinião sobre a natureza humana; a necessidade de governos e de sociedades;
Teórico político, filósofo e matemático inglês;
Defendia o governo centralizador;
Contratualista, pregava a ideia de um contrato entre os homens que fundou o Estado político;
Morreu em 4 de dezembro de 1679, com 91 anos.
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CONTEXTO HISTÓRICO
Thomas Hobbes viveu na passagem do século XVI, período em que houve a afirmação do poder real na Inglaterra (Dinastia Tudor – e auge do Absolutismo inglês), para o Século XVII, período dominado pelos conflitos entre o Parlamento e o Rei (Dinastia Stuart). Posteriormente, a Inglaterra passou por uma revolução (Revolução Inglesa de 1688), onde as forças liberais que predominavam no Parlamento inglês derrotaram o absolutismo real. 
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O ESTADO DE NATUREZA
Considerado o aspecto essencial para se conhecer o pensamento de Hobbes;
Os homens no estado de natureza viviam naturalmente sem submissão ao poder político e sem organização;
A partir do pacto firmado entre eles, foram estabelecidas regras de convivência social e a submissão ao poder político. O pacto de Hobbes é de submissão ao Estado para preservar as suas vidas. Neste pacto eles trocam liberdade por segurança;
Para Hobbes a propriedade não existia no estado de natureza e só foi criada pelo Estado, a pós a formação da sociedade civil.
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Ao pensar racionalmente nas atitudes do outro e visando se proteger ou vencer o seu semelhante, o homem no estado de natureza supõe que o ataque é a atitude mais razoável;
Havia necessidade de um poder político (o Estado) para conter e reprimir a guerra de todos contra todos;
Havia necessidade de um poder que garantisse o respeito entre os homens pois, o homem acredita que os outros devem atribuir o mesmo valor que ele se auto atribui, e quando isso não acontece ele busca extrair esse valor, que não foi lhe dado, por meios de atitudes nocivas, prejudicando aquele que lhe subestimou;
 
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Segundo Hobbes, no estado de natureza havia três causas de discórdia:
A competição;
A desconfiança;
a glória
A primeira estimula o homem a atacar o outro visando o lucro;
A segunda tem em vista a segurança; 
A terceira tem como objetivo a reputação
No primeiro caso os homens usam a violência para obter ou ter o poder sobre alguma coisa;
No segundo caso é para se defender;
No terceiro caso é por causa de manifestações de desprezo dirigidos direta ou indiretamente.
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Hobbes sugere que o homem faça um exame de consciência para refletir, a partir das suas atitudes diante das potenciais atitudes dos outros;
“CONHECE-TE A TI MESMO”
A política só será uma ciência quando soubermos o que o homem é de fato e não a ilusão”.
“A sabedoria não se adquire pela leitura dos livros, mas dos homens”.
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O individuo hobbesiano não almeja tanto os bens, mas a honra. A honra é atribuída a alguém em função das aparências externas;
A diferença entre o direito e a lei:
O Direito consiste na liberdade de fazer ou de omitir e a Lei determina ou obriga a uma dessas duas coisas.
A busca pela paz: preceito geral da razão
Enquanto cada homem detiver o direito de fazer tudo o que queira, todos os homens estarão num estado de guerra. Mas quando os homens concordarem em renunciarem os seus direitos à todas as coisas e concordarem com os limites da liberdade entre si, eles encontrarão a paz.
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Hobbes acredita que só o fundamento jurídico não basta é necessário um soberano forte, armado para obrigar os homens a respeitarem uns aos outros;
No período medieval não havia um poder absoluto por que o poder do rei era dividido com o poder da nobreza, das cidades e do Parlamento;
Hobbes sugere a criação de um Estado comadado por um homem;
 o poder do governante e ilimitado; sem compromisso e sem qualquer obrigação para com os súditos;
O homem deu ao direito ao soberano de proteger a sua própria vida;
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 Quando o soberano não era mais capaz de cumprir com esse compromisso, não havia mais razão para que o súdito o obedecesse;
Se o soberano deixa de proteger a vida de um indivíduo, este não lhe deve mais sujeição;
O homem abre mão da liberdade por que tem medo; o soberano governa pelo temor;
A propriedade é controlada pelo soberano.
 
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JOHN LOCKE
 BIOGRAFIA
Nasceu em 1632;
Viveu num contexto histórico de revoluções inglesas: antagonismo entre coroa e parlamento/absolutismo e burguesia ascendente/conservadores e liberais (: século XVII);
Grande pensador do Estado Civil, a partir da ótica do individualismo liberal;
Foi médico, professor universitário e ministro do comércio no governo de do rei William III de Orange em 1696
Viveu no período de ascensão da Burguesia;
Foi o ideólogo do Liberalismo- estabelece normas de proteção aos cidadãos;
É considerado o pai do individualismo liberal;
É considerado um contratualista;
É considerado o protagonista do empirismo; 
Morreu em1704.
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Como contratualista defendia a ideia do Contrato Social como origem natural do governo;
Se preocupavam com a separação entre a religião e a política, e também tinham o propósito de enfraquecer os argumentos religiosos que sustentavam governos absolutistas e tiranos;
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Estado de natureza
Originalmente o homem vivia num estado pré-político, em condições de liberdade e igualdade. Este era o estado de natureza;
A maior parte da humanidade experimentou este estágio em diferentes períodos;
O estado de natureza de Locke difere da ideia de Hobbes pois, para Locke neste estado reinava a paz, a harmonia e a concórdia.
Neste estado também reinava a razão e os homens já desfrutavam da propriedade;
A condição pacífica do estado de natureza poderia ser prejudicada pela violação do direito de propriedade, e isso colocaria os indivíduos em estado de guerra uns contra os outros. E pelo fato de não ter uma ordem estabelecida, o caos se estabeleceria;
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A necessidade de uma ordem para garantir o direito de propriedade foi que estimulou os homens a se unirem entre si e fazerem o contrato social, que corresponde à passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil;
A sociedade política ou civil é formada por um corpo político, o qual estabelece uma legislação jurídica e coercitiva que se concentra na comunidade;
O objetivo da sociedade política ou civil é preservar a propriedade e proteger a comunidade dos perigos internos e das invasões estrangeiras;
O pacto em Locke é de consentimento, quando os homens concordam, livremente, em criar uma sociedade civil para preservar e consolidar ainda mais os direitos que já possuíam no estado de natureza.
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ROUSSEAU
BIOGRAFIA
Nasceu em 1712, na Suiça;
Contratualista Democrático;
 Acreditava na possibilidade de existência do “Estado de Natureza”;
Criticou o absolutismo francês, pois preferia a democracia; 
Acreditava que a lei deve ser igual para todos, e ninguém deve estar acima dela;
Defendia a a participação direta do povo no ato legislativo;
Era um crítico do liberalismo, teoria emergente em sua época (que se sustenta na “não-intervenção” do Estado, para estimular a livre iniciativa ou a liberdade individual). A forte crítica ao Estado representativo permite uma interpretação de Rousseau como um crítico do liberalismo, teoria emergente em sua época;
Sua obra mais difundida  foi O Contrato Social.
Morreu em (1778).
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O ESTADO DE NATUREZA
No “Estado de Natureza” os homens viviam em condição de igualdade e eram essencialmente bons. Viviam isolados;
O homem no estado de natureza era livre. Não tinha moralidade, mas ao mesmo tempo não tinha maldade; 
Os homens fizeram um pacto e instituíram o Estado para manter a felicidade e a igualdade que reinava entre eles;
Rousseau acreditava numa convivência individualista, mas cordial, vivendo os homens pacificamente, sem atrito com seus semelhantes;
A passagem do estado de natureza à sociedade civil verifica-se por meio de um contrato social, através do qual os indivíduos renunciam a liberdade e a posse natural dos bens, riquezas e armas, transferindo a um terceiro, o soberano, o poder para criar e aplicar as leis, instituindo o Estado Civil, o poder político e as leis. 
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o homem foi corrompido pela posse da propriedade e pela formação da própria sociedade civil. Ë a sociedade civil que é corrupta;
Acreditava que o “estado de guerra” hobbesiano estava presente na sociedade civil e não no estado de natureza;
A condição de plena felicidade que os homens viviam no estado de natureza foi destruída com a instituição da propriedade privada e das leis;
Acreditava que a civilização era a origem do mal;
Os homens depois que perderam a liberdade natural, necessitavam ganhar em troca a liberdade civil, e o contrato era um mecanismo para isso.
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O Estado rousseauniano
Rousseau afirma como valores fundamentais a igualdade e a liberdade;
O fundamento do Estado rousseauniano é a vontade geral, que surge do conflito entre as vontades particulares de todos os cidadãos;
A vontade geral ignora os interesses divergentes e das paixões de cada um, para se preocupar apenas com o bem comum
Existe uma tendência humana em defender os interesses privados acima da vontade coletiva, portanto, a assembleia, enquanto um processo de decisão, é o espaço da destruição das vontades particulares em proveito do interesse comum;
O corpo político é constituído de cidadãos e súditos: cidadãos enquanto participantes da atividade soberana (ativos); súditos e quanto submetidos às leis do Estado (passivos);
Criticou o Estado liberal, como uma instituição que surgiu para converter em direito o que os burgueses já possuíam enquanto força, através da instituição da propriedade privada. As leis dos Estado Liberal eram negativas na medida em que colocam uns acima de outros;
a desigualdade humana o principal problema da organização política.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
WEFFORT, Francisco (org.). Clássicos da Ciência Política. São Paulo: Ática, 2000.

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