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Pelotas – RS 2014 CHRISTIAN ROBERTO MEDEIROS GARCIA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA ESCOLA Pelotas – RS 2014 A Importância do Projeto Político Pedagógico na escola Trabalho de Portifólio Individual do Curso de Licenciatura em Educação Física, apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Organização do Trabalho Pedagógico, Filosofia da Educação e Pensamentos Pedagógicos, Psicologia da Educação e Aprendizagem e Seminário de Prática II. Professores: Marlizete Cristina Bonafini Steinle, José Adir Lins Machado, Vilze Vidotti Costa, Mari Clair Moro Nascimento, Regina Célia Adamuz, Taíse Ferreira da Conceição Nishikawa, Reinaldo Benedito Nishikawa. Tutor de Sala: Darlan Specht Foster. Tutor Eletrônico: Leandro Cheira. CHRISTIAN ROBERTO MEDEIROS GARCIA SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ….……………………………………………………………………… 3 2. DESENVOLVIMENTO ……..………………………………………………………….. 4 3. CONCLUSÃO ..…………………………………………………………………………. 6 4. REFERÊNCIAS …..…………………………………………………………………..… 7 3 1 INTRODUÇÃO O Projeto Político Pedagógico (P. P. P.) define a identidade da escola e indica caminhos para um ensino com qualidade. Apresentam-se neste trabalho algumas considerações referentes ao P. P. P. na atualidade escolar. O Projeto Político Pedagógico é elaborado coletivamente pela escola e deve contemplar uma parceria com toda a comunidade, tornando-se muito importante, pois une direção, docentes, equipe escolar, os alunos e sua família, objetivando diagnosticar as reais necessidades da instituição e dar norte em suas ações, com intenção de melhorar cada vez mais o ensino, tornando-se uma ferramenta de apoio e reflexão para todos os envolvidos na organização escolar. 4 2 DESENVOLVIMENTO O Projeto Político Pedagógico é, antes de tudo, a expressão de autonomia da escola no sentido de formular e executar sua proposta de trabalho. É um documento juridicamente reconhecido, que norteia e encaminha as atividades desenvolvidas no espaço escolar e tem como objetivo central identificar e solucionar problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem. A elaboração do Projeto Político Pedagógico demanda a inflexão sobre a realidade escolar, peculiar em cada instituição. Esta inflexão significa conhecer seus problemas debruçar-se sobre eles, buscando encontrar meios coletivos para solucioná-los. O Projeto Político Pedagógico, segundo VEIGA (2001, pág. 110) é definido como: “Um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem para chegar a que resultados. Além disso, explicita uma filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à responsabilidade dos agentes com as racionalidades interna e externa. Esta ideia implica a necessidade de uma relação contratual, isto é, o projeto deve ser aceito por todos os envolvidos, daí a importância de que seja elaborado participativa e democraticamente”. A construção e elaboração do P. P. P. surge da necessidade de organização da escola, para que ela cumpra o seu papel de instituição formadora, responsável pelo desenvolvimento social, crítico, reflexivo do homem, por meio da educação. Podemos dizer que o Projeto Político Pedagógico é fruto de um processo de construção social, advinda da luta de educadores e sociedade que há décadas batalham pela liberdade e autonomia escolar, assegurada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/69, antiga LDBEN. A sua fundamentação legal deu-se a partir da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – nº 9394/96, em seu artigo 12, onde: “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de 5 ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica.” Ou seja, é de competência da escola assumir o papel de refletir e apontar os caminhos para a sua prática pedagógica e inserção social. Isso se dará através da construção coletiva, ou seja, a participação ativa de todos os envolvidos na gestão escolar (docentes, funcionários, representantes da comunidade, pais e alunos), também apontada na referida lei em seu artigo 14, que inclui a participação de profissionais da educação na elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola. Neste sentido, a participação torna-se elemento articulador e formador das políticas pedagógicas que a escola almeja realizar. Falar em participação no contexto escolar e não dar importância da família e da comunidade na elaboração do P. P. P. seria negligenciar o direito que estes têm de estarem presentes, como participantes, nas ações efetivadas pela e da escola. É necessário que se exija uma reflexão a cerca da concepção da educação e sua relação com a sociedade. De acordo com VASCONCELOS (2004, P. 96) “A participação aumenta o grau de consciência política, reforça o controle sobre a autoridade e também revigora o grau de legitimidade do poder serviço.”. É neste cenário que os anseios e desejos das famílias se integralizam com a ação educativa da escola, convergindo-se em uma proposta pedagógica capaz de favorecer a construção do pensamento critico e construtivo voltado para a realidade social e cultural. Tanto os alunos quanto seus familiares precisarão encontrar motivação na equipe de funcionários da escola para acreditarem na importância desta construção. Além dessa motivação, os próprios professores deverão estar convencidos da necessidade dessa participação já que a escola não pode ser propriedade dos professores, ela deve incluir toda comunidade no planejamento de suas metas de melhoria. 6 3 CONCLUSÃO Para que o P. P. P. seja, de fato, um instrumento de melhoria na qualidade da escola, ele precisa ser construído coletivamente, com responsabilidade e compromisso, a partir de um processo continuo de mobilização que envolve elaboração, execução, acompanhamento, avaliação e estruturação/reestruturação. Uma escola autônoma é aquela que aproveita a liberdade de construir ou reconstruir o seu Projeto Político Pedagógico quantas vezes forem necessárias e acima de tudo, fazer desse documento o seu guia em suas ações educacionais e administrativas para nortear todo o fazer escolar. Ele deve ser um guia e/ou indicador que dará firmeza e segurança à escola e ao mesmo tempo exercer o papel de encaminhá-la rumo a um verdadeiro e significativo progresso, sendo que a organização escolar terá que acontecer do interior para o exterior e não de outra forma. 7 REFERÊNCIAS VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto Político Pedagógico: Uma construção possível. 16 ª Ed. Cortez, 2001. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: 1997 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – nº 9394/96 VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. 7ª Ed. São Paulo. Libertad, 2000. (Caderno Pedagógico do Libertad, v. 1). VEIGA,Ilma Passos Alencastro (Org.). Escola Espaço do Projeto Político Pedagógico. 7ª Ed. Papirus, 2003. VEIGA, Ilma Passos A. (Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. 3ª ed. Campinas: Papirus Editora, 1995. NOGARO, Arnaldo. Reflexão Sobre Pressupostos Que Norteiam o Projeto Político Pedagógico da Escola. Perspectiva. Erechim. V.19, nº 67 – 74, Setembro 1995. Texto de apoio: http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/modulo_7_bloco_4/projeto_politico_pedag_esc olas/material_apoio_videoaulas/texto_3-ppp_uma_construcao_coletiva.pdf.
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