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TALYOR E O MOVIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

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TALYOR E O MOVIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
1.INTRODUÇÃO
A passagem para o século XX marcou o início de um grande avanço para a administração. Esse avanço foi impulsionado pela expansão da Revolução Industrial na América, que criou uma nova realidade para as organizações.
Em 1880, havia cerca de 2.700.000 trabalhadores industriais nos Estados Unidos. Em 1900, o número havia aumentado para 4.500.000. Havia nesse ano mais de 1.000 fábricas que tinham entre 500 e 1.000 empregados. Outras 450 fábricas empregavam mais de 1.000 pessoas. As maiores fábricas, que empregavam de 8.000 a 10.000 pessoas, eram as usinas siderúrgicas.
Essa escala de operações exigiu o desenvolvimento de métodos totalmente novos de administração. Essa evolução teve a participação de muitas pessoas. Uma das mais importantes foi Frederick Winslow Taylor. Ele e seus seguidores transformaram a administração da eficiência do trabalho em um corpo de conhecimentos com vida própria.
2. TAYLOR
	Frederick Winslow Taylor nasceu em 1856, filho de uma família abastada, foi o criador e participante mais destacado do movimento da administração científica. Seu trabalho junta-se ao de outras pessoas que, na época, compartilhavam esforços para desenvolver princípios e técnicas de eficiência, que possibilitassem resolver os grandes problemas enfrentados pelas empresas industriais. Taylor é a figura mais importante desse movimento não apenas pela natureza de usas contribuições, mas também porque muitos o reconheciam como sua liderança.
	Entre 1874 e 1878 ele trabalhou para uma empresa fabricante de bombas hidráulicas, onde aprendeu o ofício de torneiro. Foi também nessa empresa que começou a observar o que considerava na administração, “corpo-mole” dos funcionários e relações de má qualidade entre os trabalhadores e os gerentes. Em 1878, ingressou na Midvale Steel, uma usina siderúrgica, na qual passou 12 anos, começando como trabalhador e terminando como engenheiro chefe. Nesse mesmo período, Taylor conciliou o trabalho com o estudo, recebendo em 1883 o título de mestre em engenharia Também começou a desenvolver os primeiros de uma série de muitos aprimoramentos técnicos. Taylor era um engenheiro brilhante, tendo patenteado muitas invenções.
	Foi na Midvale que observou os problemas das operações fabris (que você próprio poderá encontrar em algumas empresas até hoje). Por exemplo:
A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador;
Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalho;
Muitos trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades;
As decisões dos administradores baseavam-se na intuição e no palpite;
Não havia integração entre os departamentos da empresa;
Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidões;
Os gerentes pareciam ignorar que a excelência no desempenho significaria recompensas tanto para eles próprios quanto para a mão-de-obra;
Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da produção.
Ao longo de sua carreira, Taylor procurou resolver esses e outros problemas que eram e continuam sendo comuns nas empresas. De suas observações e experiências, ele começou a desenvolver seu sistema de administração de tarefas, mais tarde conhecido como sistema Taylor, taylorismo e, finalmente, administração científica.
Entre 1890 e 1893, Taylor foi gerente geral de uma empresa fabricante de papel. Em 1893 foi contratado pra trabalhar exclusivamente na Bethlehem steel (uma das grandes siderúrgicas, com cerca de 4000 empregados), na qual desenvolveu suas idéias a respeito da administração científica.
3. INÍCIO DO MOVIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	O berço da administração científica foi a Sociedade Americana dos Engenheiros Mecânicos (ASME), fundada em 1880, da qual Taylor era sócio e chegou a presidente. O movimento da Administração Científica desenvolve-se em três momentos.
3.1 A PRIMEIRA FASE (O PROBLEMA DOS SALÁRIOS)
	O problema do qual a sociedade ocupou-se quase que exclusivamente nas reuniões iniciais era o chamado problema dos salários. Os sistemas de pagamento da época (pagamento por dia trabalhado e pagamento por peça produzida) tinham o efeito de fazer o trabalhador acreditar que seu esforço beneficiava apenas o patrão. Assim, como regra geral, os trabalhadores não se empenhavam como os engenheiros e os empregados achavam que seria adequado.
	No sistema de pagamento por dia trabalhado, o salário era fixo, e os trabalhadores não viam nenhuma vantagem em produzir além do que eles próprios achavam adequados. No sistema de pagamento por peça produzida, quando a produção aumentava muito, os administradores diminuíam o valor pago por peça. E, assim, os trabalhadores, sabendo o que esperar, mantinham a produção num nível propositadamente baixo. 
3.3 O PLANO DE TAYLOR
	Em 1895, Taylor apresentou à Sociedade o que é considerado o primeiro trabalho da administração científica: piece-rate system (um sistema de pagamento por peça). Taylor propõe um método para eliminar a diminuição do valor pago por peça. É nesse método que residem as raízes da administração científica. Taylor argumentou que a administração deveria primeiro procurar descobrir quanto tempo levaria para que um homem, dando o melhor de si, completasse uma tarefa. A administração poderia então estabelecer um pagamento por peça de forma que o trabalhador se visse compelido a trabalhar o suficiente para assegurar remuneração razoável.
	De acordo com Taylor, o caminho para resolver o problema dos salários era descobrir, de maneira científica e exata, qual a velocidade máxima em que o trabalho poderia ser feito. Sua resposta para esse problema foi o que ele chamou “estudo sistemático e científico do tempo”, que consistia em dividir cada tarefa em seus elementos básicos e, com a colaboração dos trabalhadores, cronometrá-las e registrá-las. Em seguida, eram definidos tempos-padrão para elementos básicos. Esse procedimento era a base do sistema de administração de tarefas, que compreendia ainda a seleção de trabalhadores e o pagamento de incentivos. O sistema de administração de tarefas permitia que a administração controlasse todos os aspectos da produção e dispusesse do trabalho padronizado que era essencial para a eficiência.
4. SEGUNDA FASE DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Na segunda fase do movimento da administração científica, a ênfase deslocou-se, da produtividade do trabalhador, para o aprimoramento dos métodos de trabalho. 
Taylor apresenta sua concepção dos princípios da administração de uma empresa:
Seleção e treinamento de pessoal;
Salários altos e custos baixos de produção;
Identificação da melhor maneira de executar tarefas;
Cooperação entre administração e trabalhadores.
5. TERCEIRA FASE DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
	Nesta fase, além de reafirmar as idéias expostas anteriormente, a abrangência da administração científica ampliou-se, para recomendar mudanças nas responsabilidades dentro da empresa. A principal mudança recomendada era a criação de um departamento de planejamento, ao qual caberia o trabalho, eminentemente intelectual, de estudar e propor os aprimoramentos no chão-de-fábrica.
	A segunda mudança era a ampliação da quantidade de supervisores funcionais, cada um cuidando de um aspecto do trabalho operacional.
Taylor também fez uma distinção entre a filosofia e os mecanismos da administração científica. Os mecanismos, ou técnicas, eram:
Estudos de tempos e movimentos;
Padronização de ferramentas e instrumentos.
Padronização de movimentos;
Conveniência de uma área de planejamento;
Cartões de instruções;
Sistema de pagamento de acordo com o desempenho;
Cálculo de custo.
Taylor foi o primeiro autor a sistematizar um modelo de administração, entendendo-se como tal um sistema de idéias ou doutrinas aliadas a técnicas ou ferramentas.
Um exemplo dos métodos de Taylor foi a experiência na qual demonstrou que a produtividade mais elevada resulta da minimização do esforço muscular. Essa é uma das idéias fundamentais da administração científica: a produtividade resulta daeficiência do trabalho e não da maximização do esforço. A questão não é trabalhar duro, nem depressa, nem bastante, mas trabalhar de forma inteligente.
6. CRÍTICAS À ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
As críticas à administração científica fundamentavam-se em dois receios:
Aumentar a eficiência provocaria o desemprego;
A administração científica nada mais era do que uma técnica para fazer o operário trabalhar mais e ganhar menos.

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