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Embalagens para Alimentos 
CONCEITOS GERAIS 
A embalagem desempenha papel 
fundamental na indústria 
alimentícia devido às suas 
múltiplas funções. Além de conter 
o produto, a embalagem é muito 
importante na sua conservação, 
mantendo a qualidade e 
segurança, atuando como barreira 
contra fatores responsáveis pela 
deterioração química, física e 
microbiológica. 
DEFINIÇÃO - EMBALAGEM 
Existem diversas definições que 
podem ser apresentadas para a 
embalagem, porém de forma 
geral, a embalagem é uma 
estrutura destinada a conter um 
produto com condições ideais, 
isolando total ou parcialmente do 
ambiente que cerca, de maneira 
que possa ser conduzido até o 
consumidor final. 
FUNÇÕES 
Proteção: A embalagem antes de 
mais nada é um recipiente que 
contém o produto e que deve 
permitir o seu transporte, 
distribuição e manuseio, 
protegendo-o contra condições 
adversas que ocorrem em todo o 
circuito. 
O sistema de embalagem deve 
também proteger o produto 
contra adulterações ou perdas de 
integridade, acidentais ou 
provocadas através de sistemas de 
evidência de abertura (selos, 
tampas com anel de ruptura..). 
Informação: A embalagem é um 
excelente veículo de informação 
sobre o produto, quer seja de 
informação relevante para o 
consumidor, que seja para os 
diferentes elementos de sua 
cadeia de distribuição e venda. 
A embalagem transmite 
informação para a gestão de 
estoques, instruções de 
armazenamento e de manuseio, 
preço e permite a identificação e 
rastreabilidade do produto. 
No que diz respeito ao nível do 
consumidor, a embalagem é 
suporte dos requisitos legais de 
rotulagem (nome e tipo de 
produto, quantidade, data de 
consumo, fabricação, etc), da inf. 
nutricional e de instruções de 
como realizar o armazenamento 
doméstico, de preparação e uso. 
Conservação: A embalagem deve 
manter a qualidade e segurança 
do produto, fazendo com que 
dessa forma, prolongue a vida útil 
e minimize as perdas do produto 
por deterioração. 
É necessário controlar fatores 
como umidade, oxigênio, luz e ser 
 
uma barreira aos 
micro-organismos presentes na 
atmosfera envolvente e impedir o 
seu desenvolvimento no produto. 
Além disso, a embalagem deve 
ser constituída por materiais e 
substâncias que não ninguém 
para o produto, em quantidades 
que possam por em risco a 
segurança dos consumidores ou 
alterar as características 
organolépticas do produto. 
Ela é desenvolvida e ajustada para 
uma tecnologia específica, sendo 
essencial para seu funcionamento. 
Dessa forma, exerce um papel 
ativo em processos como o 
tratamento térmico, o 
acondicionamento asséptico e a 
utilização de atmosfera 
modificada. 
- Processo térmico: as 
embalagem precisam ser 
perfeitamente herméticas, 
capazes de suportar as altas 
temperaturas do processo e 
adaptáveis às variações de 
volume do produto durante 
o aquecimento, sem risco 
de deformações 
permanentes ou 
comprometimento da 
integridade da embalagem. 
- Acondicionamento asséptico: o 
produto é esterilizado de 
forma separada e, 
posteriormente, transferido 
para uma embalagem que 
também foi previamente 
esterilizada. 
Essa embalagem deve ser 
compatível com o método 
de esterilização utilizado, 
permitindo que o produto 
seja inserido e selado em 
condições totalmente 
assépticas. 
Além disso, é essencial que 
a embalagem preserve sua 
integridade e 
hermeticidade, garantindo a 
qualidade do material e das 
soldas. 
- Embalagem em atmosfera 
modificada: método de 
acondicionamento no qual 
a composição da atmosfera 
da embalagem sofre 
alteração, diferenciando-se 
do ar comum. Geralmente é 
utilizado uma mistura de 
gases como oxigênio, 
dióxido de carbono e 
nitrogênio ou em algumas 
 
situações, apenas nitrogênio 
que atua como gás inerte. 
Para a maioria dos produtos, 
esse tipo de conservação é 
combinado com o uso de 
refrigeração. 
Essa tecnologia requer 
equipamentos eficientes e 
materiais de embalagem com 
permeabilidade controlada, 
capazes de manter os gases 
internos em proporções 
adequadas, mesmo com o 
metabolismo ativo dos produtos. 
Transporte do produto: para que um 
produto possa ser transportado de 
maneira adequada, é essencial 
que ele esteja envolvido e 
protegido por uma embalagem 
ou conjunto de embalagens. 
Portanto, durante o transporte, a 
embalagem desempenha um 
papel fundamental ao proteger o 
produto contra fatores externos 
mais intensos, como impactos, 
exposição à chuva, luz solar, etc. 
Conveniência ou serviço: os aspectos 
relacionados à função da 
embalagem incluem 
características como facilidade de 
abertura, tampas dosadoras, 
possibilidade de fechamento para 
uso posterior, e a capacidade de 
aquecer, cozinhar ou servir 
diretamente na embalagem. 
Além disso, a embalagem deve 
ser compatível com fornos 
micro-ondas, permitir a 
combinação de diferentes 
produtos (como iogurte com 
cereais) e atender a diversas 
ocasiões de consumo, como 
atividades esportivas ou em 
porções individuais. 
Também é importante considerar 
elementos ligados ao marketing e 
à comunicação, já que a 
embalagem precisa atrair a 
atenção e conquistar o 
consumidor no ponto de venda. 
Aplicações 
- Manter o produto em 
condições de segurança 
contra agentes microbianos 
e enzimáticos, físicos, 
químicos e ambientais. 
- Ser isenta de toxicidade. 
- Não causar 
incompatibilidade com o 
produto. 
- Ser de baixo custo. 
- Propiciar a venda do 
produto devido a sua 
aparência e poder visual; 
 
CLASSIFICAÇÃO 
DAS EMBALAGENS 
As embalagens de produtos 
alimentícios podem ser de metal, 
plástico, vidro ou papel. Ainda 
podem ser encontradas 
embalagens de madeira, têxteis e 
cortiça. As embalagens podem ser 
classificadas como rígidas, 
semi-rígidas ou flexíveis. Em 
alguns casos é a espessura do 
material que classifica a 
embalagem. 
 
Função ou nível 
As embalagens primárias são as 
que entram em contato direto 
com o alimento, sendo as 
responsáveis pela conservação e 
contenção do produto 
Ex: latas, sacos plásticos e garrafas. 
 
 
Por sua vez, as embalagens 
secundárias são as que protegem 
as embalagens primárias. São 
responsáveis pela proteção 
físico-mecânica durante a 
distribuição e pela comunicação, 
sendo suporte da informação. 
Ex: caixas de papelão, over wraps e 
rótulos. 
 
As embalagens terciárias ou 
também chamadas de transporte, 
são empregadas para 
acondicionar e proteger as 
embalagens primárias e 
secundárias durante o processo 
de transporte, estocagem e 
distribuição dos produtos 
alimentícios. A maneira como 
serão escolhidas essas 
embalagens depende da natureza 
da embalagem individual, 
esquema de paletização e custos. 
Ex: engradados, caixas de papelão 
 
 
 
MATERIAIS 
Todos os materiais apresentam 
aspectos positivos e negativos e as 
principais características são 
mencionadas a seguir. 
 METAL 
Além das tradicionais latas de 
folhas de flandres, são exemplos 
de embalagens metálicas, os 
tambores de aço e as latas e 
laminados de alumínio. 
Inicialmente, o uso principal das 
latas para embalagem era a 
preservação de alimentos. 
As embalagens de metal 
aumentam o tempo de venda do 
conteúdo e podem resistir à 
pressão mecânica. 
METAL (BASE DE AÇO) 
- Interação química com o 
produto: corrosão, 
sulfuração 
- Resistente à baixas e 
elevadas temperaturas 
- Boa resistência mecânica 
- Possibilidade de decoração 
- Muito boa barreira 
- Não transparente 
- Reutilização limitada 
- Reciclável e facilidade de 
separação dos resíduos 
METAL (BASE DE ALUMÍNIO) 
- Leve e resistente 
- Elevada barreira 
- Elevada resistência à 
sulfuração e moderada à 
corrosão 
- Boa capacidade de 
formação 
- Flexível ou rígido (depende 
da espessura) 
- Possibilidade de 
combinação com papel ou 
plástico (laminados) 
- Reciclável 
- Custos elevados de 
produção 
PLÁSTICO 
Os plásticos foram introduzidosAltíssima Barreira: TPO₂na 
fabricação de embalagens no 
período de pós-guerra e 
englobam, filmes, sacos,tubos, 
engradados, frascos, entre outros. 
As embalagens de plástico podem 
ser moldadas, ou seja, podem 
possuir formatos diferentes e, 
comparadas a outros materiais, 
são mais leves. 
Contudo, a maioria é pouco 
resistente ao calor e permite 
difusão de gases, vapor e aromas. 
- Leve 
- Inquebrável 
 
- Resistência mecânica e 
térmica relativa 
- Barreira e inércia relativa 
- Não reutilizável 
- Reciclável 
- Possibilidade de 
combinação com papel e 
alumínio ou outros plásticos. 
Vidro 
O vidro é um dos mais antigos 
materiais usados para a fabricação 
de embalagens. Armazena 
alimentos e bebidas, 
preservando-lhes o sabor e 
protegendo-os contra a 
transmissão de gases. 
As embalagens podem ser 
lavadas e reutilizadas. Entretanto, 
comparado a outros materiais, o 
vidro é pesado e relativamente 
mais caro. 
Além disso, é frágil e não está 
disponível em qualquer formato. 
- Inerte 
- Transparente com 
possibilidade de se tornar 
colorido 
- Elevada resistência à 
compressão vertical 
- Elevada barreira 
- Várias formas e tamanhos- 
- Quebrável 
- Elevado peso 
- Possibilidade de 
fechamento entre 
utilizações 
- Reutilizável e reciclável. 
Papel 
Os sacos e papéis de embrulho 
representam opções simples e 
econômicas de embalagem. 
Esse tipo de material, além de ser 
leve e ocupar pouco espaço de 
armazenamento, pode ser 
moldado em diversos formatos, o 
que o torna bastante versátil. 
No entanto, uma desvantagem 
importante é sua baixa resistência 
à água. 
Para contornar esse problema, 
foram criadas técnicas específicas 
para modificar o papel, como o 
uso de papéis encerados, que são 
amplamente utilizados na 
embalagem de alimentos. 
- Várias espessuras e 
formatos. 
- Combinação com vários 
materiais para formar 
produtos laminados ou 
revestidos. 
- Baixa resistência mecânica. 
- Baixa barreira. 
- Resistente à baixas 
temperaturas. 
 
- Boa impressão. 
- Baixo peso. 
- Reciclável. 
Madeira 
As caixas e os engradados de 
madeira foram as primeiras 
embalagens modernas utilizadas 
para o transporte de produtos 
manufaturados e 
matérias-primas. 
Apesar de terem perdido espaço 
ao longo do tempo, algumas 
embalagens de madeira ainda 
desempenham um papel 
importante, como os barris, que 
são essenciais em contextos onde 
o envelhecimento e o paladar das 
bebidas são fatores relevantes. 
No entanto, embora a madeira 
seja um material relativamente 
barato e resistente, seu uso tem 
diminuído devido a questões 
como as campanhas de 
preservação ambiental e os riscos 
de contaminação microbiana 
associados ao material. 
Papelão 
As caixas e cartuchos de papelão 
liso, assim como as caixas de 
papelão ondulado, são 
amplamente utilizados como 
embalagens em diversos 
segmentos da indústria de 
transformação. 
Essas embalagens possuem a 
vantagem de serem leves, 
ocuparem pouco espaço e 
poderem ser moldadas em 
diferentes formatos, o que 
aumenta sua versatilidade. No 
entanto, não são naturalmente 
resistentes à água, embora 
possam adquirir essa 
característica por meio da 
aplicação de camadas de 
polietileno (PE). 
Devido a essas qualidades, as 
embalagens de papelão têm 
conquistado cada vez mais espaço 
no setor alimentício, sendo 
utilizadas para produtos como 
leites, sucos e iogurtes. 
EMBALAGEM x AMBIENTE 
A gestão sustentável das 
embalagens segue os princípios 
dos 3R’s: Redução, Reutilização e 
Reciclagem. 
A redução na origem envolve a 
diminuição do uso de materiais, 
como embalagens mais leves ou 
finas, otimização do formato e uso 
de produtos concentrados, sem 
comprometer a funcionalidade, 
segurança e qualidade do 
produto. 
 A reutilização consiste no retorno 
das embalagens à indústria para 
novo uso, como garrafas de vidro e 
galões de água, trazendo 
benefícios ambientais e 
econômicos, embora exija 
consumo energético no 
transporte e monitoramento. 
 
A reciclagem pode ser orgânica 
(tratamento biodegradável com 
micro-organismos) ou mecânica 
(transformação de resíduos em 
novos produtos). Para ser 
eficiente, depende da coleta 
seletiva e da adesão da população. 
A reciclagem reduz a exploração 
de recursos naturais, o consumo 
de energia elétrica e a poluição 
ambiental, além de gerar 
empregos. 
No entanto, há limitações 
relacionadas à segurança 
alimentar e viabilidade 
econômica: materiais como vidro, 
aço e alumínio podem ser 
reciclados para contato direto 
com alimentos devido às altas 
temperaturas do processo; já 
papelão e alguns plásticos não são 
permitidos. 
A coleta seletiva é essencial para 
melhorar a qualidade dos 
materiais reciclados e envolve a 
separação por cores: 
- azul para papel/papelão; 
- vermelho para plástico; 
- verde para vidro; 
- amarelo para metais; 
- cinza para lixo comum. 
 Apesar dos custos elevados, ela é 
considerada uma solução racional 
para transformar resíduos em 
matéria-prima reutilizável. 
No Brasil, programas comunitários 
têm incentivado a participação 
popular, aumentando os índices 
de reciclagem. 
Outras alternativas incluem a 
incineração com recuperação 
energética (uso de resíduos como 
combustíveis para gerar energia) e 
o descarte em aterros sanitários. 
 
Os aterros substituem lixões a céu 
aberto e são equipados com 
medidas de proteção ambiental 
para minimizar riscos. Após seu 
fechamento, os locais são 
requalificados com vegetação. 
EMBALAGEM DE METÁLICAS 
No início do século XIX as 
embalagens metálicas foram 
desenvolvidas, sendo as guerras 
napoleônicas (1811) precursoras da 
introdução de produtos 
preservados por meio de 
recipientes metálicos, feitos com 
ferro e estanho. 
1865 - iniciou-se o uso desses 
recipientes com capacidade e 
dimensões diferentes para 
conservação. A lata era fabricada 
mecanicamente com material 
estanhado, cujo aço base tinha 
baixo teor de carbono. 
1920 - ocorreu a diversificação da 
aplicação de embalagens com o 
emprego de vernizes internos aos 
diferentes tipos de produtos. Do 
ponto de vista tecnológico, as 
principais inovações que 
ocorreram foram: 
 
- Evolução dos tipos e 
formatos das latas; 
- Desenvolvimento de 
sistema de abertura fácil; 
- Redução da espessura da 
folha metálica sem diminuir 
sua resistência mecânica da 
lata; 
- Melhoria na qualidade de 
impressão. 
Os novos avanços proporcionam 
economia de energia e de 
materiais associados à maior 
produtividade. Desse modo, os 
materiais usados na fabricação de 
embalagens metálicas pode ser 
dividido em: 
- ferrosos 
- não ferrosos 
- orgânicos 
com tintas e vernizes. 
PROPRIEDADES E 
CARACTERÍSTICAS 
Devido aos diferentes materiais 
disponíveis as latas podem ser 
fabricadas com: 
- folha de flandres (FF); 
- Folha cromada (FC); 
- folha não revestida (FNR) 
- folha de alumínio (FAL) 
Em grande maioria as latas são 
revestidas com verniz. 
As embalagens metálicas para 
alimentos classificam-se 
fundamentalmente em dois tipos: 
- embalagens de três peças 
(corpo - tampa - fundo); 
- embalagens de duas peças 
(corpo e fundo são uma 
peça única e tampa). 
As latas de três peças são 
geralmente feitas em folhas de 
flandres. 
As latas de duas peças podem ser 
feitas em flandres, cromada e 
alumínio. 
No mercado podemos encontrar 
latas de diversos formatos, a lata 
redonda é a mais popular, não só 
por ser a que permite uma 
soldagem eficaz, como também 
por permitir um melhor 
aproveitamento da chapa 
metálica. 
A lata retangular por sua vez é 
muito utilizada para acondicionar 
conservas de peixe, pois esse 
formato favorece a apresentação 
do produto ao consumidor. 
 
As aplicações das embalagens 
metálicas são múltiplas e variadas, 
como na tabela a seguir. 
 
 
FOLHA DE FLANDRES 
As folhas de flandres (FF) ou 
tinplate, é o material ferroso mais 
usado na fabricação de latas de 
conserva. 
É um material heterogêneo de 
estrutura estratificada, constituída 
por uma chapa de aço (liga deferro com baixo teor de carbono), 
sendo revestida por estanho em 
ambas as faces (2,8-11,2 g/m2) e 
com espessura entre 0,15 e 0,40 
mm. 
A aplicação do estanho é feita por 
eletrodeposição, a partir de 
soluções aquosas de sais de 
estanho. 
Na folha de flandres, além das 
camadas de estanho e ferro, 
existem outras extremamente 
delgadas, que irão oferecer 
resistência à corrosão e que são 
importantes devido suas 
propriedades superficiais. 
Atualmente o processo de 
deposição do estanho empregado 
nas latas é realizado por processo 
de estanho eletrolítico, o qual é 
realizado na bobina de aço. Essa 
eletrodeposição do estanho, 
submete-se o revestimento à 
fusão, fazendo com que se 
obtenha o brilho e formação da 
camada de liga FeSn2 . 
Sobre o aço base é encontrado a 
camada de liga ferro/estanho e 
sobre essa, há revestimento de 
estanho livre, o qual é recoberto 
por uma camada de passivação 
(constituído por compostos de 
cromo). 
Ademais as folhas metálicas 
também recebem uma camada 
de óleo (útil no manuseio e 
prevenção contra a corrosão atm). 
 
Em resumo as folhas de flandres 
possuem: 
Boa resistência mecânica: capaz de 
suportar esforços físicos sem 
deformar ou quebrar facilmente; 
Boa capacidade de deformação: 
Permite processos de dobramento 
e estampagem, essenciais na 
fabricação de embalagens. 
Alta resistência à corrosão: Protege 
contra a ação de produtos 
químicos ou condições 
atmosféricas, aumentando sua 
durabilidade. 
 
Facilidade de aplicação e boa 
aderência aos vernizes: Possibilidade 
de aplicação de revestimentos e 
acabamentos, como tintas e 
vernizes, garantindo proteção 
adicional e estética. 
Impressão litográfica: Permite a 
impressão direta na superfície, 
ideal para personalização e 
identificação das embalagens. 
 
COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL 
FOLHA DE FLANDRES 
Aço base 
O aço base é responsável pelas 
caraterísticas mecânicas e em 
certa medida pela resistência à 
corrosão. Ademais, existem vários 
tipos de aço que podem variar de 
acordo com sua composição. 
Tipo D: aço com alumínio e 
destinado a latas embutidas 
(estiramento/embutimento). 
Tipo L: baixo teor em metalóides e 
elementos residuais, sendo usado 
para produtos com elevada 
corrosividade 
Tipo MC: aço fosforizado que 
aumenta a resistência mecânica e 
corrosão. É destinado para 
produtos de pouca agressividade. 
Tipo MR: baixo teor de metalóides, 
menos restritivo em elementos 
residuais, é o mais usado para 
fabricação da folha de flandres 
convencional e é recomendado 
para produtos que possuem 
média corrosividade. 
A classificação do aço em ordem 
crescente em relação ao teor de 
fósforo: 
 L > MR > D > MC 
 
 
Composição do aço 
Os elementos que estão presentes 
no aço base exercem funções 
relacionadas a resistência 
mecânica quanto à corrosão. 
O carbono está relacionado 
diretamente com as propriedades 
mecânicas da FF. Quanto mais 
dúctil se deseja a folha e quanto 
maior for a estampagem a que 
estará sujeita, é esperado um 
menor teor de carbono. 
 
Fósforo 
A presença do fósforo aumenta a 
rigidez da folha e diminui sua 
resistência à corrosão. O teor max. 
deve ser de 0,0015% 
Enxofre e Cobre 
Sua presença em quantidades 
maiores que 0,1% acelera a 
corrosão da FF em algumas 
conservas alimentícias. 
Manganês 
 A quantidade de manganês deve 
ser suficiente para reagir todo o 
enxofre presente, pois o excesso 
desse elemento forma um 
composto com o ferro, com PF 
mais baixo, trazendo dificuldades 
à laminação a quente e tornando 
assim o aço mais frágil. 
Silício 
A elevada concentração do silício 
diminui a facilidade de 
estampagem da folha e prejudica 
o processo de fabricação do aço. 
Sua quantidade deve estar entre 
0,01% e 0,02%. 
Algumas propriedades físicas e 
mecânicas do aço base são 
descritas a seguir. 
Espessura do aço 
A espessura está relacionada com 
características mecânicas da folha 
e dimensões da recravação da 
lata, variando assim conforme as 
necessidades mecânicas que a 
lata deve suportar durante o 
processo térmico, transporte e 
distribuição. 
Do processo de fab. da FF 
resultam as folhas de dupla 
redução e as folhas de redução 
simples. 
As folhas de dupla redução tem 
uma redução de 30-40% na 
espessura, com cerca de 0,12-0,18 
mm, porém com resistência 
mecânica adicional. 
São fabricadas folhas metálicas 
designadas por aços ultrafinos 
com espessura igual ou inferior a 
0,08 mm, que concorrem com o 
alumínio. 
 
Dureza do aço (têmpera) 
A têmpera é obtida pela 
composição do aço e pelas etapas 
de recozimento e laminação de 
encruamento. Assim, a dureza do 
aço em relação à composição 
química está relacionada com seu 
teor de fósforo, nitrogênio e boro. 
 
O processo de recozimento, que 
pode ser do tipo contínuo ou em 
caixa , define o grau de têmpera 
da folha pelos parâmetros tempo 
e temperatura. 
O grau de têmpera de uma folha 
metálica é habitualmente medido 
pelo ensaio de dureza superficial 
Rockwell. Sendo assim, folhas 
metálicas são classificadas por 
tipo de têmpera, segundo os 
valores de dureza obtidos. 
A ordem crescente de dureza é 
dada por: 
 T50 > T52 > T57 > T61 > T65 > T70 
As folhas que receberão 
estampagens profundas devem 
ter menor resistência mecânica e 
as de dupla redução, a têmpera 
deve ser maior, para compensar a 
diminuição da espessura. 
Uma das principais etapas da 
fabricação do aço é o 
recozimento, que confere ao 
material suas características de 
dureza, através da recristalização 
da estrutura, melhorando as 
propriedades de melhoramento, 
estampagem e embutimento 
 
 
 
 
 
Camada de liga ferro/estanho (FeSn2) 
Esse tipo de estrutura é obtido por 
meio do processo de 
eletrodeposição do estanho sobre 
o aço base. A FF passa por 
tratamento térmico em uma torre 
de refusão do estanho formando 
assim uma camada intermetálica 
de ferro/estanho na forma de 
FeSn2, por um processo de 
difusão e transf. de massa. 
Dependendo das condições do 
tratamento térmico aplicado à 
folha, a camada de liga pode ter 
uma estrutura cristalina 
retangular ou pode ser 
constituída por pequenos 
nódulos. 
A camada de liga, embora 
delgada, é de fundamental 
importância, pois quanto mais 
contínua, melhor será a 
resistência da folha de flandres à 
corrosão ácida. 
 
Essa camada de liga, neste caso, é 
uma barreira à passagem da 
corrente de corrosão da pilha 
estanho-ferro, quando em 
presença de certos produtos 
ácidos, tais como suco de fruta. 
Esse tipo de folha normalmente é 
empregado na fabricação de latas 
sem aplicações de verniz interno. 
Revestimentos de estanho 
O estanho usado para o 
revestimento da folha de flandres 
deve ter a pureza de 99,5%. 
A camada de estanho é expressa 
em g/m2 para cada face da folha 
de flandres, que pode ser 
fabricada com revestimento 
nominal ou diferencial em relação 
às suas duas faces da folha. 
Nominal: Igual nas duas faces 
Designação comercial: letra “E” 
(significa eletrolítico) seguida da 
massa em g/m2 em cada face. 
 
Diferencial: Maior massa de 
estanho em uma face, geralmente 
aquela que entra em contato com 
o alimento(fica no interno da lata). 
O recobrimento é em apenas uma 
face. 
Designação comercial: letra “D” 
seguida da massa em g/m2 em 
ambas as faces. 
 Para diferenciar o material com 
revestimento diferencial utiliza-se 
marcação na face de maior 
revestimento, que em casos 
especiais pode ser feita na face de 
menor revestimento, com linhas 
tracejadas, figuras geométricas e 
outras formas. Geralmente, a 
marcação nas folhas é feita com 
linhas paralelas. 
 
Revestimento de passivação 
A superfície estanhada recebe um 
tratamento eletroquímico de 
passivação que consiste na 
deposição de uma fina camada de 
cromo metálico e óxido de cromo, 
cuja função é proteger o aço de 
descontinuidades da camada de 
estanho metálico. 
Existem três tratamentos de 
passivação praticados em 
diferentes condições: 
- leve; 
- convencional; 
- resistente. 
 
Que são designados,respectivamente, por tratamentos 
300, 311 e 311. 
Apesar da película de passivação 
possuir apenas alguns 
nanômetros de espessura, tem 
uma natureza complexa. 
O tipo de tratamento aplicado na 
saída de estranhamento (óxido de 
estanho, cromo metálico e óxido 
de cromo), pode ser obtida por via 
química ou eletroquímica. 
Conferindo propriedades 
particulares e interessantes à FF, 
como melhorar a resistência à 
corrosão atmosférica e à 
sulfuração e a aderência dos 
revestimentos orgânicos. 
 
311 - camada mínima de cromo = 3 
mg/m2 de folha 
314 - filme de cromo e óxidos de 
cromos complexos, com 
espessura mínima de 7,5 mg/m2. 
Recomenda -se para o 
enlatamento de produtos ricos 
em compostos sulfurosos. 
Esses compostos sulfurosos 
provocam a formação de óxidos 
superficiais que prejudicam 
algumas propriedades tais como 
aspecto do produto e adesão de 
vernizes. 
Camada de óleo 
A FF é recoberta com uma fina 
camada de óleo, que propõe 
facilitar sua separação em fardos 
ou bobinas. Esse óleo precisa ser 
apropriado para uso em 
embalagens que são destinadas a 
alimentos. 
A camada de óleo permite 
minimizar os danos mecânicos 
causados pela abrasão e facilita a 
manipulação das folhas de 
flandres durante a fabricação da 
lata. 
A massa do filme de óleo é 
expressa em mg/m2, e os valores 
mínimo e máximo são de 5 e 15. 
Folha cromada 
Nada mais é que um produto 
laminado, obtido pela deposição 
eletrolítica de cromo sobre uma 
folha de aço com baixo teor de 
carbono. A mesma é formada por 
uma película de cromo metálico e 
de óxidos em ambas as faces. 
 
Esse material não solda 
facilmente, não apresenta grande 
resistência à corrosão, porém é 
muito resistente à sulfuração e 
 
mostra excelente aderência a 
certos vernizes. 
Quando envernizado 
adequadamente, oferece uma 
proteção compatível a um grande 
número de produtos alimentícios 
de baixa acidez. 
 
Normalmente os valores 
situam-se em torno de 70 mg/m2 
(32-140 mg/m2) de cromo 
metálico e 12 mg/m2 (7,5-27 
mg/m2) de óxidos de cromo por 
face, no que diz respeito ao 
revestimento nominal desse 
material. 
Quando comparada à folha de 
flandres (FF), a folha cromada 
apresenta diversas vantagens, 
como: 
- maior aderência aos 
vernizes; 
- boa resistência mecânica; 
- menor resistência à 
corrosão por produtos 
ácidos; 
- alta resistência à sulfuração, 
- maior resistência à corrosão 
atmosférica; 
- menor custo; 
- resistência a temperaturas 
maiores que 232˚C; 
Desvantagens: 
- maior desgaste do 
ferramental usado em sua 
fabricação, por ser mais 
duro; 
- baixa resistência mecânica 
da camada de cromo; 
- necessidade de se 
envernizar as duas faces; 
- alta dureza superficial; 
- ausência de soldabilidade 
da liga e de proteção 
catódica para o aço base; 
Sua aplicação tem sido em: 
- tampas e fundos 
envernizados de latas com 
três peças e destinadas a 
conservas vegetais e doces 
de frutas em geral; 
- embalagens de duas peças 
(produtos cárneos e 
pescados); 
- corpo de lata retangulares 
para óleos comestíveis. 
O sistema de soldagem 
convencional empregado para a 
folha de flandres não é aplicável às 
folhas cromadas, pois não existe 
estanho disponível no material. 
 
Em alguns casos, faz-se a 
soldagem da costura lateral com 
resinas termoplásticas que 
oferecem boa proteção, ao 
vazamento do produto. 
Folha não revestida 
A folha não revestida é um 
laminado de aço sem qualquer 
tipo de revestimento, fornecido 
nas espessuras usuais da FF ou da 
FC. 
O fato de não possuir qualquer 
tipo de revestimento superficial, 
acaba sendo de difícil 
conservação em condições 
normais de manuseio e utilização. 
Devido a esse fator, o processo de 
oxidação superficial é frequente, 
depende das condições de 
umidade relativa e temperatura 
ambiente e se dá início nas bordas 
da bobina ou das folhas cortadas. 
Para reduzir esta ocorrência é 
realizado um oleamento 
superficial que é compatível com 
os vernizes ou tintas que serão 
aplicados ao material 
posteriormente. 
Vantagem: baixo custo 
Desvantagens: baixa resistência à 
corrosão - necessidade de 
envernizamento das duas faces - 
não se aplica à solda. 
A legislação brasileira permite o 
uso de folha não revestida 
apenas para produtos 
alimentícios desidratados (leite 
em pó, farinhas) e óleos 
comestíveis, cuja interação com o 
material de embalagem é 
praticamente nula. 
Folha de alumínio 
O alumínio é um material muito 
leve e não ferroso, com facilidade 
de transformação e com boa 
resistência à oxidação atm. 
Devido à energia despendida na 
sua produção, o alumínio é um 
metal que acaba tendo um custo 
elevado. 
Vantagens e desvantagens 
 
O alumínio para contato alimentar 
não é utilizado na sua forma pura, 
mas na forma de liga, ou seja, 
combinado com elementos como 
Mn, Mg, Si, Cu, Cr, etc. que 
melhoram suas características 
mecânicas e de resistência à 
corrosão. 
 
Para usos específicos, o alumínio 
pode passar por tratamentos de 
passivação, mas, na maioria das 
aplicações, é protegido com 
vernizes sanitários ou materiais 
plásticos, semelhantes aos usados 
 
 na folha de flandres, aplicados de 
forma semelhante. 
O tratamento de passivação do 
alumínio ocorre em uma cuba 
eletrolítica com banho de ácido 
sulfúrico, onde a folha de alumínio 
atua como ânodo, dano à corrosão 
controlada. 
A passagem de corrente forma 
uma camada porosa de óxido 
sobre o metal. Para reforçar a 
proteção, o material é tratado com 
água em ebulição, criando uma 
camada de hidróxido que sela os 
poros. 
No entanto, essa camada é frágil e 
precisa ser aplicada após a 
fabricação das embalagens para 
resistir especificamente ao uso. 
O alumínio não permite a 
soldagem rápida, através de 
métodos convencionais, para a 
agrafagem e obtenção de latas 
com três peças. Assim sendo, os 
recipientes de alumínio são, 
normalmente, de duas peças. 
É utilizado nas mais diversas 
formas como: 
- embalagens rígidas (latas); 
- semi-rígidas (formas e 
bandejas); 
- flexíveis (sacos e caixas) que 
são associadas a plástico/ 
papel e FA; 
VERNIZES 
Os vernizes são revestimentos 
orgânicos constituídos por uma 
ou várias resinas de base, 
termoplástica ou 
termoendurecível; 
pigmentos/aditivos diversos e 
solventes necessários à fabricação 
e aplicação e que serão 
posteriormente eliminados 
durante a secagem. 
Os vernizes formam, assim, uma 
película aderente, transparente 
(incolor ou dourada) ou opaca. 
A função essencial do verniz é de 
minimizar as interações dos 
metais da embalagem com os 
produtos acondicionados no seu 
interior. Os vernizes aplicados 
devem resistir à deformação 
mecânica e aos tratamentos 
térmicos e não devem 
apresentar qualquer risco de 
toxicidade ou transmitir qualquer 
gosto ou odor ao produto 
enlatado. 
Os revestimentos orgânicos são 
responsáveis por proteger tanto o 
interior quanto o exterior das 
embalagens metálicas na maioria 
das vezes. 
O alumínio e aço cromado são 
sempre envernizados nas duas 
faces e apenas alguns produtos 
são acondicionados em latas de 
folha de flandres não 
envernizadas ou envernizadas 
parcialmente. 
 
As principais características que os 
revestimentos orgânicos devem 
ter são: 
- fácil aplicação e secagem; 
- boa aderência; 
- resistência à abrasão; 
- flexibilidade; 
- resistência a tratamentos 
térmicos; 
- resistência química; 
- não transmitir sabor ou odor 
ao produto; 
- baixo custo. 
Cerca de 80% das latas para 
alimentos são envernizadas, 
excetuando as que são utilizadas 
com certas frutas e vegetais onde 
o contato direto com o estanho 
melhora suas características 
sensoriais e conservação. 
FUNÇÕES DOS VERNIZES 
Proteção contra a corrosão: Os 
vernizes evitam que o metal da 
embalagem sofra danos causados 
 pela oxidação, garantindo maior 
durabilidade e segurança do 
recipiente. 
Evitar o contato do alimento com 
metais: Criam uma barreira que 
impede que os alimentos entrem 
em contato direto commetais 
como ferro (Fe), estanho (Sn) e 
chumbo (Pb), evitando 
contaminações que poderiam 
comprometer a qualidade e a 
segurança dos alimentos. 
Evitar a migração de metais para o 
alimento: Além de impedir o 
contato direto, os vernizes 
também evitam que partículas ou 
componentes metálicos migrem 
para o alimento, preservando sua 
integridade química. 
Estética: Os vernizes são 
recomendados para melhorar a 
aparência das embalagens, 
proporcionando um acabamento 
mais uniforme e visualmente 
atraente. 
As resinas de maior utilização são 
as que pertencem à família das 
oleorresinosas, fenólicas, 
epoxifenólicas, epoxianidridos, 
organossóis, poliésteres, vinílicos e 
acrílicos. 
VERNIZES NATURAIS 
Oleorresinosos (esmalte sanitário): 
São vernizes de baixo custo e boa 
resistência a ácidos, mas não 
resistentes à sulfuração. 
Trata-se de uma mistura de 
resinas naturais e óleos secativos. 
É realizada a adição de solvente 
volátil que irá melhorar a 
viscosidade. 
São indicados para alimentos 
ácidos como frutas e picles, além 
de serem usados em 
termoplásticos intermediários. 
 
Como vantagens temos: 
- Alto teor de sólidos; 
- Fácil aplicação; 
- Baixo custo; 
- Boa aderência e 
flexibilidade; 
- Ampla faixa de temperatura 
de cura; 
- Resistência térmica; 
- Resistência a ácidos; 
C - esmaltado (verniz C): Esse tipo de 
verniz contém pigmentos à base 
de compostos de zinco. 
Ele reage com íons sulfeto 
presente em alguns alimentos, 
formando sulfeto de zinco, que é 
incolor, atóxico e não afeta as 
propriedades dos alimentos. 
É utilizado principalmente para 
produtos ricos em enxofre, como 
milho, proporcionando uma boa 
aparência na face interna das 
latas. 
No entanto, o Verniz C não deve 
ser usado para produtos ácidos , 
pois a ocorrência entre ácidos 
graxos e zinco pode gerar poros 
no verniz e liberar gás hidrogênio 
(H₂). 
VERNIZES SINTÉTICOS 
Fenólicos: Os vernizes fenólicos são 
classificados como termofixos , ou 
seja, após serem submetidos a 
altas temperaturas, eles passam 
por uma ocorrência química que 
os torna rígidos e eficazes, não 
podendo ser moldados 
novamente. Essa propriedade é 
essencial para garantir a 
durabilidade e a resistência do 
revestimento. 
Uma característica importante 
destes vernizes é a baixa 
flexibilidade , especialmente em 
espessuras finas (inferiores a 3 
g/m²). 
Essa limitação de flexibilidade 
exige que seja utilizada em 
aplicações onde não há 
necessidade de grande 
deformação do material. 
Em relação ao revestimento 
externo, também são aplicados 
na parte externa das embalagens 
metálicas para proteção contra 
corrosão atmosférica ou 
transparência. 
No que diz respeito ao 
revestimento interno, são usados 
no interior de embalagens 
destinadas para peixes, carnes e 
vegetais. 
As suas principais vantagens são: 
Resistência a ácidos graxos e produtos 
sulfurados: Ideal para alimentos 
que possuem essas 
características, como frutas 
cítricas ou milho. 
Boa transparência: Permite maior 
visibilidade para rótulos e 
litografia na embalagem. 
 
Baixa aderência em pH elevado (pH > 
7): Pode ser uma limitação em 
ambientes mais alcalinos. 
Boa resistência térmica: Continua 
sendo eficiente em altas 
temperaturas. 
Apesar das vantagens, os vernizes 
também apresentam algumas 
limitações: 
Baixa aderência: Em certas 
condições, não pode aderir bem à 
superfície metálica. 
Pouca flexibilidade: Quando 
aplicadas em menores espessuras, 
podem ser mais frágeis e 
suscetíveis a falhas. 
Tendência a conferir sabor e odor 
estranhos aos alimentos: Em alguns 
casos, o verniz pode interagir com 
o alimento e alterar suas 
características sensoriais. 
Vinílicos: Os vernizes vinílicos são 
de acetato ou cloreto de vinila, os 
quais são produzidos a partir de 
uma combinação ou não com 
resinas. 
O mesmo é utilizado como um 
verniz de acabamento em tampas 
e corpos de latas. Além disso, é 
usado em emb. para refrigerantes, 
cervejas e produtos ácidos. 
Como características principais o 
vinílico possui boa flexibilidade e 
aderência, não permite a 
transferência de gosto, são 
termoplásticos e podem ser 
usados como revestimento 
interno e externo. 
Como desvantagens, apresenta, 
baixa resistência à sulfuração, 
baixa resistência térmica, fraca 
aderência sobre a FF. Necessita de 
uma aplicação preliminar de 
verniz oleorresinoso. 
Acrílicos: Os revestimentos 
acrílicos possuem alta resistência 
ao calor e são transparentes, 
sendo utilizados em 
revestimentos externos de latas, 
com ou sem litografia. 
Eles protegem a rotulagem contra 
riscos e oferecem proteção contra 
corrosão. São comumente 
aplicados em latas para vegetais, 
sopas e pratos prontos. 
Entre as vantagens dos 
revestimentos acrílicos 
destacam-se a boa resistência 
térmica, resistência a ácidos e à 
sulfuração, alta dureza e boa 
flexibilidade. 
No entanto, apresentam 
desvantagens como o alto custo e 
a possibilidade de conferir sabor e 
odor estranhos a alguns produtos. 
Butadiênicos: Os revestimentos 
butadiênicos são obtidos de 
resinas de butadieno e usados 
como revestimento de base em 
latas, especialmente aquelas com 
dupla camada de verniz (como as 
de cerveja). Esses revestimentos 
podem conter óxido de zinco 
 
(ZnO), sendo indicados para 
alimentos ricos em enxofre. 
Epóxis: Apresentam facilidade de 
aderência ao metal, boa 
flexibilidade e resistência química. 
Além disso, permitem a 
combinação com diferentes tipos 
de resinas, como epoxivinílicas e 
epoxifenólicas, tornando-os 
versáteis para diversas aplicações. 
VERNIZES MISTOS 
Epoxifenólicos: Oferecem boa 
flexibilidade, aderência e 
resistência mecânica. 
Eles se destacam pela resistência 
ao processamento térmico e à 
ação de alimentos sulfurados. 
São utilizados tanto para 
revestimentos internos quanto 
externos de embalagens 
metálicas, sendo indicados para 
alimentos como vegetais, carnes e 
bebidas. 
Entre as vantagens desses 
revestimentos estão: 
- Resistência a ácidos (resina 
fenólica). 
- Boa aderência e 
flexibilidade (resina epóxi). 
- Excelente resistência 
mecânica. 
- Boa viscosidade. 
- Resistência ao 
processamento térmico. 
- Não alteram o sabor ou odor 
dos produtos embalados. 
- Alta resistência à sulfuração. 
Apesar de suas excelentes 
características, o principal ponto 
negativo desses revestimentos é o 
alto custo. 
Organossóis: Dispersões de 
policloreto de vinila que são 
reforçados por uma resina fenólica 
em solvente orgânico. Este verniz 
tem boa resistência química a 
temperaturas de esterilização e 
são usados em latas embutidas, 
pigmentados ou não e em tampas 
de abertura fácil. 
INTERAÇÃO 
Migração: A migração de 
compostos da embalagem 
metálica pode ter origem no 
verniz ou em menor escala, nos 
metais que constituem a lata. 
O objetivo do verniz é atuar como 
uma barreira protetora entre o 
metal e o alimento, prevenindo 
contaminações e alterações 
indesejadas. 
Entre os metais que podem 
migrar para os alimentos, 
destaca-se o estanho, cujo nível 
máximo permitido é de 250 ppm 
(partes por milhão), pois 
concentrações superiores podem 
causar perturbações 
gastrointestinais. 
Outro metal identificado é o 
cromo, com níveis médios de 
 
migração variando entre 0,018 e 
0,090 ppm. 
Já o alumínio, quando presente 
em excesso, pode provocar 
distúrbios neurológicos. 
Para garantir a segurança do 
consumidor, todos os 
constituintes dos vernizes usados 
 nas embalagens metálicas devem 
constar em uma lista positiva de 
substâncias autorizadas pelos 
órgãos reguladores. 
Além disso, após a aplicação e 
cura do verniz, ele não deve liberar 
substâncias em quantidades 
superiores aos limites 
estabelecidos pelas normas 
vigentes. 
O verniz também deve preservar 
as características organolépticas, 
garantindo que eles não sofram 
alterações devido à interação com 
os metais da embalagem. 
Corrosão: A corrosão é um 
fenômeno que ocorre devido a 
uma reação eletroquímica entre 
os metaise os componentes do 
meio ambiente, principalmente 
na presença de umidade e 
oxigênio. 
Esse processo resulta na 
deterioração do metal, 
comprometendo sua integridade 
e funcionalidade. 
A taxa de corrosão depende de 
diversos fatores, como a 
composição do meio em que o 
metal está inserido, 
especialmente em ambientes 
com ácidos e sais, que aceleram o 
processo corrosivo. 
Além disso, outros fatores 
também influenciam a corrosão. 
- A solubilidade dos 
compostos formados na 
superfície do metal e a taxa 
de remoção desses 
compostos desempenham 
um papel importante. 
- Produtos fitossanitários, 
como conservantes 
químicos, podem interagir 
com o metal e intensificar o 
processo. 
- A temperatura é outro fator 
crucial, pois temperaturas 
mais elevadas tendem a 
acelerar as reações químicas 
que levam à corrosão. 
- A relação entre a área e o 
volume da embalagem 
também é relevante, já que 
superfícies maiores expostas 
ao meio aumentam a 
probabilidade de corrosão. 
- Por fim, a presença e o tipo 
de verniz aplicado ao metal 
são determinantes para 
proteger sua superfície 
contra agentes corrosivos. 
O verniz atua como uma 
barreira protetora, 
reduzindo o contato direto 
entre o metal e os 
elementos que promovem a 
 
elementos que promovem a 
corrosão. 
Sulfuração: A sulfuração é um 
fenômeno que ocorre devido à 
decomposição das proteínas 
presentes nos alimentos, as quais 
contêm enxofre em sua 
composição. 
Durante o processo de 
esterilização, essas proteínas 
podem liberar produtos 
sulfurados, como o gás sulfídrico 
(H₂S). 
Esses compostos reagem 
facilmente com materiais 
presentes nas embalagens 
metálicas, como estanho e ferro, 
formando compostos de 
coloração escura, que podem 
variar entre tons acastanhados, 
violáceos ou negros. 
Embora a sulfuração não altere o 
sabor, o valor nutritivo dos 
alimentos ou represente riscos à 
saúde humana, ela é considerada 
um defeito visual significativo. 
 
Esse aspecto visual pode gerar 
desconfiança no consumidor, 
mesmo que os alimentos 
permaneçam seguros para o 
consumo. 
 
 
FABRICAÇÃO 
 
Latas 3 peças Latas 2 peças 
corpo 
fundo 
tampa 
corpo embutido e 
tampa; 
estampagem e 
reestampagem; 
estampagem e repuxo; 
 
 
 
Com os avanços tecnológicos 
houve a eliminação da solda com 
chumbo e passou a ser utilizado a 
 
solda elétrica. Devido a 
automação, se obteve maior 
velocidade de fabricação, as 
costuras mecânicas passaram a 
ser mais seguras. 
Lata de 3 peças 
Feita por folhas de flandres, foram 
as primeiras a serem utilizadas 
para indústria de conservas. 
O seu processo de fabricação é 
convencional, ou seja, consiste em 
produzir latas com fundo e tampa 
recravados. 
São latas mais usuais e 
designadas por open top can. 
De forma geral o processo 
convencional consiste na 
aplicação de um verniz na FM, 
proceder o corte do corpo da lata, 
efetua-se a eletrosssoldagem das 
extremidades ao corpo pré 
cortado e do fundo, realizar o 
revestimento da zona da solda 
com verniz e efetua-se a 
estampagem e a montagem da 
lata, posteriormente seguido da 
recravação da tampa. 
Latas 3 peças - Etapas 
Litografia: A litografia é um 
processo utilizado na fabricação 
de embalagens metálicas, como 
latas decorativas ou para 
alimentos. Esse processo envolve 
várias etapas. 
Primeiramente, há o sistema de 
alimentação, que garante o 
fornecimento contínuo das 
chapas metálicas para o processo. 
Em seguida, ocorre a 
envernização ou impressão, 
onde são aplicados os 
revestimentos ou tintas sobre as 
chapas. 
Após essa etapa, as chapas 
passam por estufas, onde são 
submetidas a secagem em 
túneis com temperaturas entre 
140°C e 210°C por cerca de 20 
minutos. Depois disso, elas 
seguem para a seção de 
resfriamento e, por fim, são 
empilhadas. 
Na aplicação prática da litografia, 
os revestimentos são aplicados 
tanto na parte interna quanto 
externa da embalagem. 
A aplicação inicial do verniz 
interno é essencial para proteger o 
conteúdo da embalagem. 
Externamente, utiliza-se esmalte 
branco como base para a 
impressão de imagens ou textos. 
As tintas e esmaltes usados 
precisam apresentar estabilidade 
em altas temperaturas e serem 
adequados às condições normais 
de processamento de alimentos, 
garantindo segurança e qualidade 
do produto final. 
Corte: Depois da litografia, as 
chapas seguem para a etapa de 
corte no chamado departamento 
de tesouras, onde são recortadas 
 
para formar as diferentes partes 
da embalagem: 
tampa, corpo e fundo. 
O corte da tampa e do fundo é 
feito em formato zig-zag com 
tesouras tipo guilhotina, enquanto 
o corpo da lata é cortado em 
retângulos utilizando tesouras 
rotativas. 
Esse processo garante que todas 
as partes tenham o formato 
necessário para serem montadas 
posteriormente. 
O diagrama apresentado na 
última imagem ilustra como as 
chapas são divididas em cortes 
específicos (primeiro corte e 
segundo corte), destacando a 
organização eficiente para 
aproveitar ao máximo o material 
metálico. 
 
Estampagem: Primeiramente, são 
utilizadas prensas automáticas 
que moldam os componentes 
com anéis concêntricos ou de 
expansão. 
Em seguida, ocorre o 
encurvamento das extremidades 
da tampa e do fundo, chamado de 
"curle". 
O curle é a curvatura que 
permitirá a união entre a tampa 
ou fundo e o corpo da lata durante 
o processo de recravação. 
 
Após a formação do curle, 
realiza-se a aplicação do vedante. 
O vedante é uma suspensão 
aquosa aplicada diretamente na 
curvatura (curle) da peça em 
movimento de rotação. Ele serve 
para garantir uma vedação 
eficiente entre as partes da lata, 
evitando vazamentos e 
preservando o conteúdo interno. 
Por fim, as peças passam por uma 
estufa para a cura do vedante, que 
ocorre a uma temperatura de 
100°C, solidificando o material e 
garantindo sua funcionalidade. 
Montagem: A montagem envolve 
uma série de operações através de 
um processo inteiramente 
automático, a saber: 
- formação do corpo; 
- flangeamento; 
- recravação; 
O processo de montagem começa 
após a obtenção das peças: 
- tampa; 
 
- fundo; 
- retângulo para o corpo. 
Formação do corpo (body - making): 
Na etapa de formação do corpo, 
as latas são produzidas em uma 
linha de montagem automática e 
integrada, composta por 
máquinas conectadas por 
elevadores e transportadores 
horizontais e inclinados. 
Os corpos retangulares, que vêm 
da seção de corte, são 
direcionados por um alimentador 
para um conjunto de cilindros. 
Esses cilindros têm a função de 
eliminar o efeito de mola presente 
na folha metálica. 
Após passar pelos cilindros, os 
corpos seguem para a operação 
de agrafagem, que dá 
continuidade ao processo de 
montagem. 
Agrafagem: A agrafagem é 
realizada por uma máquina que 
utiliza um mandril, duas abas e 
um martelo. As abas posicionam 
os ganchos do corpo da lata ao 
redor do mandril, realizando o 
enganchamento, enquanto o 
martelo finaliza a união e o aperto. 
Dependendo do tipo de costura 
mecânica empregada, pode-se 
aumentar a resistência da 
agrafagem. 
Após essa etapa, ocorre a 
soldagem, que é essencial para o 
fechamento hermético e a 
resistência mecânica das latas 
feitas de folhas de flandres. 
A soldagem inclui três etapas 
principais: 
- pré-aquecimento: feito com 
chama direta que queima a 
camada orgânica da folha 
metálica, permite que os 
gases formados escapem 
pelas folgas do serrilhado; 
- solda: geralmente com 
corrente elétrica ou aplicação 
de liga metálica; 
- pós-aquecimento: solidifica e 
estabiliza a união. 
De modo geral, existem diferentes 
tipos de soldas empregadas nas 
latas de três peças, descritas a 
seguir. 
a) Solda convencional: Após a 
formação do cilindro e a 
junção das laterais do corpo 
da lata, aplicava-se uma 
solda branca composta 
geralmente por chumbo e 
estanho, sendo a liga 98% 
Pb + 2% Sn a mais comum. 
Contudo, este método foi 
abandonado na indústria 
alimentícia devido ao riscode contaminação por 
chumbo. 
b) Solda termoplástica: Utiliza 
materiais termoplásticos 
para unir as partes da lata. 
 
Esses materiais podem ser 
resistentes ou não ao calor, 
sendo os resistentes 
geralmente à base de 
poliamidas e os não 
resistentes fabricados com 
borracha sintética. 
Aplicação comum: 
- Latas para óleos 
comestíveis. 
- Embalagens feitas com 
folhas cromadas não 
revestidas, que não são 
compatíveis com solda por 
liga metálica. 
c) Solda elétrica: Nesse método, 
a junção do corpo da lata é 
realizada pela fusão do 
ferro, gerada pela 
passagem de corrente 
elétrica e aplicação de 
pressão na área a ser 
soldada. O calor gerado na 
área de contato une as 
bordas metálicas. 
Uma das principais 
vantagens desse tipo de 
solda é a ausência de 
chumbo, tornando-a mais 
segura para aplicações, 
especialmente na indústria 
alimentícia. 
No entanto, é necessário 
tomar precauções para 
proteger a região soldada 
contra a corrosão, além de 
evitar a migração de ferro, 
que pode comprometer a 
integridade e a durabilidade 
da embalagem. 
Pós-aquecimento, feito também 
por chama direta para melhorar a 
abertura da solda, garantir sua 
resistência e garantir o 
fechamento hermético. 
Em seguida, ocorre a remoção do 
excesso de solda utilizando uma 
escova rotativa de feltro. 
Por fim, o processo é finalizado 
com resfriamento , que é feito por 
meio de jatos de ar direcionados 
sobre uma área trabalhada. 
Flangeamento: O corpo cilíndrico 
das latas passa pela flangeadora 
para a formação dos flanges em 
suas extremidades, o que 
permitirá a recravação, que 
consiste na união do fundo ao 
corpo da lata e é executada por 
recravadeiras em duas operações 
distintas. 
 
 
Recravação: As recravadeiras são 
máquinas utilizadas na fabricação 
de latas cilíndricas compostas por 
três partes: corpo, fundo e tampa. 
Eles possuem uma placa que 
ajusta o fundo sobre o flange do 
corpo da lata, além de dois roletes 
responsáveis pela união dos 
ganchos. 
 
O rolete de primeira operação 
realiza o início do enrolamento 
da aba sobre o flange, enquanto 
o rolete de segunda operação 
conclui a posse dos ganchos 
(dobras de metal) com o aperto 
necessário. 
 
 
Após esse processo, a tampa é 
recravada pela indústria no 
momento do acondicionamento 
do alimento. 
A ação de fechamento de 
recipientes metálicos, por meio de 
operação de dobramento das 
bordas superiores das latas, com o 
encaixe rebaixado e arredondado 
da periferia da tampa. 
O resultado será uma lata 
cilíndrica hermeticamente 
fechada, com alta resistência 
mecânica. 
O controle de qualidade na 
produção dessas latas é rigoroso e 
inclui duas etapas principais: 
- Exame de recravação: análise 
visual e externa, além de 
uma inspeção interna 
detalhada para verificar as 
medidas dos ganchos do 
corpo e do fundo e 
uniformidade e vedação da 
costura; 
- Teste de vazamento: é 
realizado automaticamente 
por um sistema pneumático 
eletrônico, que identifica e 
separa latas defeituosas 
(microfuros ou falhas na 
costura). 
 
 
 
 
 
 
As latas que passam no controle 
de qualidade seguem para a 
etapa final da produção, onde são 
embaladas em caixas de papelão 
ou paletizadas para distribuição. 
Esse processo também inclui o 
envio de pacotes de tampas para 
as indústrias alimentícias, que 
utilizam as latas para acondicionar 
seus produtos. 
 
Lata de 2 peças 
As embalagens metálicas de duas 
peças, amplamente utilizadas na 
indústria alimentícia, são 
produzidas por meio do processo 
de embutimento, que 
transformam uma folha plana ou 
pastilha metálica em superfícies 
com formatos específicos. 
Esse processo pode ser realizado 
a quente ou a frio e apresenta 
vantagens em relação às 
embalagens de três peças, como 
redução no número de etapas de 
fabricação, melhores condições 
para o acomodação do produto 
ou facilidade de consumo 
(diâmetro >> altura), não requer 
aplicação de solda e melhor 
aspecto comercial. 
Ex:. doces em massa, pescados, 
etc. 
Como desvantagens, podemos 
observar que existe menor menor 
velocidade de produção que a lata 
de 3 peças, maior descarte 
gerando maior custo final, latas 
retangulares apresentam maior 
dificuldade de recravação e o 
verniz utilizado internamente 
deve ter propriedades que serão 
capazes de resistir ao processo de 
estampagem. 
É importante ressaltar que as latas 
de duas peças são formadas a 
partir de uma única folha 
metálica, sem solda lateral e sem 
fundo separado. 
 
Os processos utilizados na lata de 
2 peças são: 
- embutimento simples; 
- embutimento múltiplo. 
 
Embutimento simples (estampamento 
simples) 
É efetuado em prensas 
automáticas, a partir da 
conformação de uma folha 
metálica envernizada. 
Este processo aplica-se a todos os 
tipos de materiais metálicos (FA, 
FF, FC). 
As embalagens obtidas terão a 
espessura inicial da folha que lhes 
deu origem. 
As latas produzidas por este 
processo são destinadas ao 
acondicionamento de: 
- pescados em conserva 
(sardinhas, postas de 
peixes); 
- doces em massa (goiabada, 
marmelada). 
Os formatos mais comuns são os 
retangulares com os cantos 
curvos, os ovais e os cilíndricos. 
 
O embutimento múltiplo consiste 
num conjunto de operações que 
têm por objetivo obter formas 
mais profundas do que as obtidas 
por embutimento simples. 
Pode ser por: 
- estampagem e 
re-estampagem; 
- estampagem e repuxo. 
Embutimento múltiplo (estampagem e 
re-estampagem) 
Se aplica a todos os materiais, 
embora não seja de fácil 
aplicação na folha cromada. 
O processo consiste em 
estampagens sucessivas sobre 
um disco metálico que será 
forçado por meio de um pistão, 
por meio de uma matriz que irá 
definir o corpo do recipiente. 
Na primeira estampagem é 
formado um caneco, que na 
segunda passa por uma redução 
no diâmetro, ficando com altura 
maior, porém com a chapa tendo 
a mesma espessura inicial. 
As embalagens obtidas terão a 
espessura inicial da folha que lhes 
deu origem. 
Os exemplos mais comuns são 
recipientes metálicos para 
produtos como aerossóis, 
inseticidas, tintas, etc. 
 
Embutimento múltiplo (estampagem e 
repuxo) 
É aplicado ao alumínio e à folha 
de flandres para acondicionar 
cervejas e refrigerantes. 
O material metálico é embutido 
inicialmente seguindo o processo 
 
de estiramento com redução da 
espessura das paredes da lata. 
O verniz é aplicado após o 
processo de conformação. 
As etapas principais do processo 
incluem: 
1. Corte da folha ou bobina em 
formatos scroll e zig-zag. 
2. Obtenção de peças 
circulares para formar a 
base da lata. 
3. Estampagem inicial dos 
corpos; 
4. Re-estampagem e 
alisamento das paredes. 
 
5. Acabamento e aparamento 
das bordas. 
6. Limpeza do óleo de 
estampagem usado durante 
o processo. 
7. Litografia (impressão) dos 
corpos e cura posterior. 
8. Formação do “pescoço” e 
flangeamento, para encaixe 
da tampa. 
9. Aplicação de verniz interno 
e externo, com cura 
posterior. 
10. Acondicionamento das latas 
prontas para uso. 
Para padronizar as dimensões das 
latas, foi criada uma nomenclatura 
que utiliza três dígitos: 
O primeiro indica polegadas 
inteiras e os dois últimos frações 
em 1/16 de polegada. 
Ex.: 401 x 514 equivale a: 
4” 1/16” de diâmetro por 5” 14/16” 
de altura. 
No Brasil, as latas mais comuns 
são as de 1/2 kg (73,3 mm x 111 
mm), 1 kg (99,5 mm x 118 mm) e 5 
kg (155,4 mm x 175,5 mm). 
 
As tampas das latas de duas peças 
são fabricadas por um processo 
semelhante ao usado nas latas de 
três peças, mas com diferenças na 
aplicação do vedante, que é feita 
por estampagem em vez de bico 
injetor. 
Isso dificulta o controle da 
quantidade e uniformidade do 
vedante em tampas não 
circulares. 
EMBALAGENS E AMBIENTE 
O uso da folha de flandres foi 
introduzido em 1810, que 
apresenta vantagens como 
impermeabilidade à luz, vapores e 
água, excelentecondutibilidade e 
resistência, além de baixo custo. 
 
AÇO 
O aço pode ser descrito como 
resistente, inviolável e opaco, 
composto por ferro combinado 
com estanho ou cromo. 
 
Apesar de ser o material mais 
antigo reciclado, sua reciclagem 
enfrenta desafios como 
contaminação por impurezas, alta 
concentração de estanho e peso 
elevado do material. 
O processo de reciclagem do aço 
envolve separação manual ou 
eletromagnética, limpeza, 
prensagem, fusão em fornos 
elétricos e laminação. 
Esse material pode ser reciclado 
infinitamente sem perda de 
qualidade e é reutilizado em 
automóveis, construção civil, 
utensílios domésticos e novas 
latas. 
ALUMÍNIO 
O alumínio também recebe 
destaque por suas características 
como brilho, maleabilidade e alto 
valor residual. É completamente 
reciclável e sua reciclagem 
economiza até 95% de energia em 
comparação com a produção 
primária. No Brasil, 98,2% das latas 
de alumínio foram recicladas em 
2009. 
A reciclagem do alumínio inclui 
etapas como entrega nos postos 
de coleta, prensagem, trituração 
em moinhos de facas e remoção 
de resíduos por peneiras 
vibratórias e separadores 
pneumáticos. 
Após essas etapas, o material 
passa por fornos para remoção de 
tintas e vernizes, fusão em banho 
de metal líquido, lingotamento e 
laminação. 
A prática reduz impactos 
ambientais, gera renda para 
trabalhadores não qualificados e 
proporciona economia 
significativa de energia elétrica. 
 
 
 
CONTROLE DE QUALIDADE 
Os parâmetros selecionados para 
o controle da qualidade em folhas 
metálicas estão relacionados com 
características que poderão avaliar 
a qualidade da lata quanto a 
resistência mecânica, fechamento 
hermético e interação com o 
produto alimentício. 
Folhas Metálicas 
Espessura: A determinação da 
espessura em folha de flandres 
(FF), folha cromada (FC) e folha de 
alumínio (FAL) pode ser feita por 
método direto ou por pesagem 
(método indireto). 
Método direto: emprega 
micrômetro manual de ponta 
esférica com mola, garantindo 
precisão de 0,001 mm para 
medições localizadas. 
Método indireto: calcula a espessura 
com base no peso, dimensões e 
densidade do material, ideal para 
superfícies irregulares ou 
revestidas. 
Dureza superficial: 
Baseia-se na resistência à 
penetração de uma esfera, 
medindo a profundidade 
resultante: 
Realizado antes do 
envernizamento para evitar 
interferências. 
Utiliza escalas Rockwell, sendo HR 
30T (direta para aços) ou HR 15T 
(indireta para folhas finas), com 
conversão posterior para HR 30T. 
Camada de passivação: 
Quantifica compostos de cromo 
através de três métodos: 
1. Colorimétrico: extração de 
cromo (óxido e metálico) e 
reação com difenilcarbazida 
para análise colorimétrica 
da absorção . 
2. Espectrofotometria de absorção 
atômica: quantificação 
precisa após extração 
química. 
3. Coulométrico: 
- Galvanostático: aplica 
corrente constante e 
monitora variação de 
potencial. 
- Potenciométrico: variação 
controlada de potencial 
para medir a dissolução do 
cromo metálico. 
Camada de estanho total: 
Três abordagens principais: 
Gravimétrico (Clark): permite 
determinar o estanho total por 
pesagem, após a amostra ter 
passado por uma decapagem 
numa solução ácida. 
Volumétrico: dissolução do 
estanho, redução a Sn²⁺ com 
alumínio e titulação com iodato 
de potássio. 
 
Coulométrico: aplicação de 
corrente constante e análise da 
curva potencial-tempo para 
determinar massa dissolvida. 
Vernizes 
Identificação de Vernizes 
A análise utiliza métodos 
físico-químicos e 
espectroscópicos: 
- Espectroscopia de 
infravermelho (FTIR): 
Identifica componentes 
orgânicos por absorção de 
radiação em comprimentos 
de onda específicos, 
comparando espectros com 
bancos de dados padrão. 
- Cromatografia gasosa acoplada 
a espectrometria de massas 
(GC-MS): Separa e quantifica 
compostos voláteis, como 
solventes e resinas, através 
de volatilização e 
fragmentação iônica. 
Determinação da camada seca: O 
método de ensaio baseia-se na 
diferença de peso de uma 
amostra envernizada, de área 
conhecida, antes e após a 
remoção do verniz. 
Determinação da espessura das 
películas de verniz: A espessura de 
películas de verniz sobre 
superfícies planas é medida com 
um medidor de espessura de 
revestimentos. O aparelho 
funciona com base na variação do 
fluxo magnético entre um ímã e o 
substrato magnético, influenciada 
pela espessura da camada não 
magnética (verniz) entre eles. 
Determinação da aderência do verniz: 
A aderência do verniz é avaliada 
pelo método da quadrícula, que 
consiste em realizar cortes na 
película seca até a base metálica, 
formando uma grade. 
Após a remoção de partículas 
soltas, aplica-se uma fita adesiva 
padrão sobre a área para verificar 
a resistência do verniz à remoção. 
Determinação da porosidade do 
verniz: A porosidade do verniz é 
determinada por métodos 
químicos ou eletroquímicos. 
O método químico utiliza sulfato 
de cobre, que reage com a folha 
metálica nos poros expostos, 
evidenciando as falhas da película. 
Já o método eletroquímico mede 
a intensidade da corrente elétrica, 
que varia conforme a área 
metálica descoberta. 
EMBALAGENS METÁLICAS 
Espessura residual em tampas de 
abertura fácil: É medida com 
micrômetro de agulhas finas que 
penetram na linha de 
enfraquecimento. 
Como a espessura residual varia 
ao longo da tampa, os pontos de 
medição devem ser bem 
distribuídos. 
 
Força de abertura: A determinação 
da força de abertura faz-se 
utilizando um dinamômetro de 
tração apropriado. 
O ensaio é realizado em dois 
passos: determina-se a força de 
perfuração ou rompimento da 
tampa e depois a força para 
abertura. 
Exame de recravação: Realizado por 
corte transversal ou 
decorticagem. Inclui exame visual 
e medição de parâmetros como 
profundidade, espessura, altura da 
recravação, gancho e espessura 
das folhas. 
Esses dados permitem avaliar 
sobreposição, rugas, 
compactação, espaço livre e 
porcentagem do gancho do 
corpo. 
EMBALAGENS PLÁSTICAS 
As embalagens plásticas variam 
em suas propriedades de 
proteção conforme o tipo de 
material e estrutura. 
Podem ser desde filmes simples, 
com alta permeabilidade a gases, 
vapor d’água e luz, até materiais 
convertidos com proteção 
comparável a recipientes de vidro 
e metal. 
São produzidas a partir de 
polímeros sintéticos ou naturais 
modificados, moldáveis por calor 
e/ou pressão, e utilizadas para 
conter, proteger e comercializar 
alimentos de forma atóxica. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
Polímero: Substância orgânica ou 
inorgânica com alta massa 
molecular formada por 
monômeros. 
Homopolímero: Polímero formado 
por um único tipo de monômero. 
Copolímero: Formado por dois ou 
mais tipos de monômeros. 
Termoplásticos: Possuem cadeias 
lineares ou ramificadas. 
Amolecem com calor e 
endurecem ao resfriar. 
Exemplos: PE, PP, PVC. 
Termofixos: Possuem alto teor de 
ligações cruzadas. Endurecem de 
forma irreversível após cura. 
Exemplos: poliuretano, resinas 
epóxi, fenol-formaldeído. 
Propriedades Gerais das 
Embalagens Plásticas 
Características comuns: baixo peso, 
boa resistência mecânica, 
propriedades de barreira, 
versatilidade, custo acessível e 
aparência atrativa. 
Materiais comuns: Polietilenos 
(PEBD, PEMD, PEAD), 
Polipropilenos (PP, PPBO, PPO), 
Poliestireno (PS), Polivinila (PVC, 
PVDC, EVA, EVOH) Poliamidas 
 
(Nailons), Poliésteres (PET), 
Policarbonato, Ionômeros, 
Poliacrilonitrila (PAN) e Polietileno 
naftalato (PEN) 
Identificação por código numérico (1 a 
7): corresponde ao tipo de 
polímero utilizado. 
 
Polímeros e Suas 
Características Específicas 
Polietileno (PE) 
Fórmula molecular: 
 
Matéria prima: Gás etileno ou 
eteno 
 
Variantes com diferentes 
densidades: PEBD, PEMD, PEAD. 
Aumentos na densidade resultam 
em: 
- maior resistência mecânica; 
- menor transparência; 
- menor permeabilidade a 
gases. 
🧪 PEBD – Polietileno de Baixa 
DensidadeAlta resistência ao impacto e 
rasgamento; 
boa flexibilidade; 
baixa barreira a gases. 
Aplicações: 
Sacos: grãos, sal, açúcar, prod. de 
panificação, leite pasteurizado 
Potes e frascos (sorvete, mostarda) 
Tampas para condimentos, 
sorvetes, achocolatados. 
🧪 PEAD – Polietileno de Alta 
Densidade 
Propriedades: 
Alta rigidez; 
Excelente barreira a gases; 
Menor transparência; 
Alta resistência mecânica (tração, 
rigidez); 
Alto grau de cristalinidade (~90%). 
Aplicações: 
Produtos lácteos: leite esterilizado 
e pasteurizado, iogurte líquido; 
Óleos vegetais em embalagens 
institucionais,bombonas; 
Alimentos sensíveis à umidade: 
cereais, produtos desidratados. 
 
Comparativo PEAD x PEBD: 
PEAD: maior rigidez, menor 
transparência, maior barreira, 
maior melting point, menor 
impacto/rasgo. 
🧪 PP – Polipropileno 
Fórmula: (-CH₂–CH(CH₃)-) 
 
Densidade: 0,9 g/cm³ 
Propriedades: 
Boa resistência térmica e química; 
Baixa resistência ao impacto a frio; 
Alta permeabilidade a gases. 
Tipos de PP: 
Homopolímeros: 
- Isotático (comercialmente 
comum) 
- Sindiotático 
- Atático (utilizado em 
adesivos) 
Copolímeros: 
- Menor temperatura de 
soldagem; 
- Maior resistência ao 
impacto; 
- Boas propriedades óticas; 
 
 
Processos: 
Biorientação (BO): melhora a 
transparência, barreiras e 
resistência ao rasgo. 
Revestimento: aumenta a 
soldabilidade e as barreiras. 
Metalização: aumenta a barreira de 
vapor d'água e luz. 
Aplicações PP 
Laminados de bolachas e 
salgadinho; 
Garrafas (água, suco); 
Termoformados (margarina, 
condimentos); 
Coextrusados (ketchup, 
maionese); 
Poliestireno (PS) 
- Fórmula: (-CH₂–CH(C₆H₅)-) 
 
- Amorfo, transparente, 
quebradiço 
- Densidade: 1,04–1,08 g/cm³ 
- Funde a 100°C 
- Baixa barreira a gases e 
vapor 
 
Tipos: 
Homopolímero: rígido, transparente, 
quebradiço e amorfo; 
Copolímero(PS Alto impacto): 
copolímero com butadieno,: mais 
resistente, opaco, menor rigidez, 
alta permeabilidade aos gases e 
vapor de água; 
Aplicações: 
- Termoformados (iogurte, 
manteiga); 
- Bandejas (carnes, biscoitos, 
prod. congelados); 
PS Expandido (Isopor): leve, boa 
resistência ao impacto, bom 
isolante térmico, mas 
problemático ambientalmente. 
Aplicações: Usado em bandejas, 
copos, embalagens para ovos. 
PVC (Policloreto de Vinila) 
Fórmula: (-CH₂–CHCl-) 
 
As propriedades dependem da 
formulação (estabilizantes, 
plastificantes); 
Boa barreira a gases; 
Baixa barreira ao vapor d’água; 
Decompõe com HCl, baixo 
desempenho térmico; 
Boa transparência e brilho. 
Aplicações PVC 
Rígidas: água, doces, pastas; 
Sopradas: vinagre, óleo; 
Coextrusadas: ketchup, maionese; 
PVC Plastificado: filmes esticáveis 
(frutas, vegetais). 
PVDC (Policloreto de Vinilideno) 
 
Densidade: 1,64–1,71 g/cm³ 
- Excelente barreira a gases e 
umidade. 
- Alta barreira a gases, vapor e 
aromas. 
- Decomposição a 205 °C, 
difícil processamento puro 
(usa copolímeros). 
Aplicações PVDC 
- Filmes para carnes, queijos; 
- Revestimentos em papel, 
PET, celofane. 
🧪 PA – Poliamidas (Náilon) 
 
 
Propriedades: Alta resistência 
térmica, boa barreira a gases, 
sensível à umidade, resistente à 
perfuração. 
Aplicações: Filmes boil-in-bag, 
multicamadas (bacon, queijo), 
recobertos com PVDC. 
🧪 PET – Polietileno Tereftalato 
Propriedades: 
- Alta transparência e brilho; 
- Resistência química e 
térmica; 
- Reciclável; 
- Pode ser usado em envase a 
quente. 
Aplicações: 
Laminados (café, carne); 
Bandejas para micro-ondas; 
Garrafas (refrigerante, óleo). 
PEN (Polietileno Naftalato) 
 
- Melhor barreira e resistência 
que PET; 
- Resistente à luz UV, 
hidrólise; 
- Aplicável a envase a quente; 
- Alto custo; 
Aplicações PEN 
Molhos, bebidas alcoólicas 
(cerveja), isotônicos. 
PC (Policarbonato) 
- Polímero amorfo de 
bisfenol-A; 
- Alta resistência ao impacto 
e calor; 
- Transparente, rígido e 
resistente; 
- Resistente a óleos, alcoóis, 
mas sensível a cetonas e 
álcalis. 
 
Aplicações PC 
Galões reutilizáveis; 
Fornos; 
Embalagens para panificação, 
carne, queijos; 
Recobrimentos de alto brilho. 
EVA (Etileno Vinil Acetato) 
- Copolímero de etileno + 
acetato de vinila; 
- Baixa cristalinidade, alta 
flexibilidade e adesão; 
 
- Propriedades variam com o 
teor de VA (de

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