Buscar

Insercao capitalismo - Notas 01

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ECO448 – Economia Brasileira Notas de Aula
ECONOMIA BRASILEIRA
Qual a situação econômica hoje se comparada com a de 1900 ou mesmo a de 1950?
O Brasil cresceu e se modificou.
A população multiplicou-se mais de 10 vezes ao longo do séc. XX.
1900 – 17 milhões de residentes
1950 – 52 milhões
2000 - ( 165 milhões de pessoas
A produção e a geração de renda também sofreram forte expansão. Entretanto, apesar da expansão do PIB per capita, a distribuição do produto deixa a desejar.
PIB crescimento de 1950 a 1996 (2ª metade do séc. XX).
Em 1996 produziu-se no Brasil mais de 11 vezes o que se produzia em 1950.
Durante o séc. XX, o Brasil passou por uma “transformação estrutural” que é refletida pela:
Alteração de sua base produtiva;
Condições de vida da população
População urbana X população rural
Até aproximadamente a década de 30 (1930), o Brasil era considerado:
Um país agroexportador
(primário-exportador – 1500-1930)
era um país agrícola (basicamente)
sua população estava concentrada na zona rural
produção nacional – dependia fortemente da agricultura destinada ao mercado externo – produção e exportação de café.
A partir de meados do séc. XX (1930-1964, segundo Brum, A.)
Reverte-se o modelo econômico anterior por meio da chamada INDUSTRIALIZAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES.
Implicou na industrialização da economia
Urbanização do país (fase de forte urbanização do país).
A partir de 1964 –
Segundo Brum: ‘a partir da intervenção militar na vida política do país, ocorre o aprofundamento da internacionalização dependente da economia brasileira”.
BRASIL DOS ANOS 1990:
Pode ser considerado um país razoavelmente urbanizado e industrializado, especialmente quando comparado ao início do século.
�
– O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO
Argemiro Brum.
O CAPITALISMO INTERNACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES 
SOCIEDADE BRASILEIRA:
Uma de suas características básicas - marca histórica da dependência externa.
DEPENDÊNCIA: “situação econômica, social e política na qual certas sociedades têm sua estrutura condicionada pelas necessidades, ações e interesses de outras nações que exercem sobre elas uma dominação. O resultado é que estas sociedades se definem por esta situação condicionante que dá o marco de seu desenvolvimento ou das respostas que elas podem oferecer aos estímulos produzidos pela sociedade dominante. A resposta final, contudo, não está determinada por esta situação, mas pelas forças internas que compõem as sociedades dependentes. É o caráter destas forças que explica sua situação submissa, bem como seu grau de enfrentamento das forças que a condicionam. É preciso diferenciar uma simples relação de interdependência entre os povos e nações, ou até mesmo uma situação relativa de submissão, da nova situação histórica em que as demandas da nação dominante são suficientemente fortes para levar a uma reorganização fundamental das economias dominadas, tornando-se estruturalmente dependentes”.
A existência e permanência da situação de dependência sempre favorece uma parcela da sociedade dependente – as elites.
A situação de dependência existe e se consolida devido ao apoio das “forças internas” – exatamente a minoria cujos interesses são atendidos pela permanência dessa situação...”essa minoria articula-se aos interesses alienígenas e passa a agir subalternamente em função de tais interesses, exercendo o controle da sociedade dependente...”
PARA ENTENDER DE MANEIRA GLOBAL OS PROBLEMAS QUE O BRASIL ENFRENTA:
IMPORTANTE: caracterizar o modo de produção capitalista, sua evolução e sua fase atual e a forma como o país se articula no conjunto do capitalismo.
�
BRASIL ( PAÍSES
SUBDESENVOLVIDOS
EM VIAS DE SUBDESENVOLVIMENTO
TERCEIRO MUNDO
�
O que acontece, de maneira geral, com o Brasil é o mesmo que acontece com os países chamados “subdesenvolvidos”, “em vias de desenvolvimento” ou do “Terceiro Mundo”.
CAPITALISMO
Conceito.
2 – A maioria dos autores define o capitalismo como o sistema em que os meios de produção (máquinas, matéria-prima e materiais auxiliares) são de propriedade privada da pessoa ou grupo de pessoas que investe capital. O proprietário dos meios de produção, isto é, o capitalista, contrata o trabalho de terceiros, para a produção de outros bens, que, depois de vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter um excedente, que é o lucro.
3 – Duas são as condições essenciais para caracterizar o modo de produção como capitalismo. A primeira é a existência de pessoas – capitalistas – que apliquem capital na aquisição de meios de produção e no pagamento de força de trabalho, para a produção de outros bens, com o fim de obter lucro. A segunda é a existência de pessoas – trabalhadores – que contratem sua força de trabalho e disponham de liberdade para assim fazê-lo.
4 – Só teoricamente é possível conceber a vigência de um sistema capitalista abarcando toda a atividade econômica de um país. Nos países considerados capitalistas, o modo de produção capitalista é o predominante, mas não o único. Geralmente, mesmo nos mais avançados, encontram-se outras classes sociais, além de investidores e assalariados, tais como pequenos comerciantes, artesãos, e pequenos agricultores, os quais exercem uma atividade econômica ou produzem, sem utilizar mão-de-obra de terceiros, fazendo uso exclusivo de seu próprio trabalho.
5 – Nos países subdesenvolvidos em que predomina o sistema capitalista de produção, encontram-se formas pré-capitalistas de exploração econômica. É o caso de proprietários de terra que entregam sua exploração a terceiros (agregados, meeiros, parceiros) em troca de uma parte da colheita. Em verdade, o sistema de produção só é considerado capitalista se for o predominante entre os demais modos de produção coexistentes.
6 – Para obter o melhor resultado da aplicação de seus recursos, o capitalista organiza a produção, dimensionando sua empresa de acordo com as possibilidades e perspectivas do mercado. Tanto a compra dos meios e fatores de produção como a venda dos produtos resultantes da atividade empresarial são operações que se realizam no amplo mercado de oferta e procura de bens e serviços, em que se transforma a sociedade capitalista.
7 – A quantia obtida pela venda dos bens produzidos é propriedade do capitalista-empresário, destinando-se a renda derivada da produção a remunerar o trabalhador, que recebe salário, e o capitalista, que, segundo a forma de aplicação dos recursos, aufere lucro, dividendo, juros, aluguel e arrendamento.
8 – O salário é previamente contratado, só esporadicamente sofrendo variação, e sua maior porção ou totalidade é destinada a atender às despesas de consumo do trabalhador. Ao contrário do que ocorre com os salários, os rendimentos do empresário-capitalista podem variar, e geralmente aumentam, deles se originando a principal fonte de recursos para financiar os novos investimentos.
9 – Alguns autores atribuíram, todavia, outros significados ao capitalismo. Werner Sombart quer surpreender a essência do capitalismo não no desenvolvimento de certas relações de ordem econômica, mas no Geist ou ‘espírito’ que inspirou a vida de certos homens, voltados à aventura, à realização, à organização e racionalidade. Esse espírito seria inerente à mentalidade burguesa característica da época capitalista. Superando a visão estreita do ‘homem natural’, que limitava a sua atividade econômica ao aprovisionamento de bens para a satisfação de suas necessidades essenciais, o capitalismo percebeu ser a acumulação de capital o móvel da atividade econômica, que passou a ser submetida à racionalidade da empresa. 
Max Weber vincula a existência do capitalismo a três condições essenciais: à organização industrial racional; à separação da
empresa da economia doméstica; e à implantação de uma contabilidade racional. 
Para os adeptos da escola histórica alemã, o capitalismo manifesta-se no momento em que se distanciam no tempo e no espaço os atos de produção e de venda, exigindo participação do intermediário, que compra mercadoria do produtor para vendê-las, com lucro, ao consumidor final. As trocas já não são diretas, como na economia natural do mundo medieval, e a presença do intermediário financeiro dá origem à economia monetária de trocas, vale dizer, ao sistema comercial, base inicial do capitalismo.
Argemiro Brum:
Capitalismo – "é o sistema econômico baseado na supremacia do capital sobre o trabalho”.
“Fundamentado na doutrina do liberalismo, inaugura e implanta a total liberdade da iniciativa privada no processo produtivo, cabendo ao ESTADO apenas a tarefa de manter a ordem”.
Características:
A propriedade privada dos meios de produção.
A transformação da força de trabalho em mercadoria (trabalho assalariado).
A produção generalizada de mercadorias.
A concorrência entre capitalistas
Busca do lucro máximo e da acumulação – objetivo principal.
Origens.
10 – O capitalismo representa um modo de produção específico, não podendo ser entendido como a simples circulação do dinheiro e mercadorias. Suas origens não se confundem nem com o início do comércio em larga escala, nem com o surgimento da classe mercantil, que crescia de significação na fase de decadência da classe dos senhores feudais. O capitalismo só se afirmou, adquirindo a condição de modo de produção predominante, após um longo e penoso processo evolutivo. Assim, o sistema capitalista teve início precisamente no momento determinado pela presença, simultânea, do capitalista, proprietário dos meios de produção, e do trabalhador com liberdade para contratar sua força de trabalho. Através da organização industrial, o proprietário-capitalista pôs em marcha um processo ininterrupto de produção, geração de lucro e acumulação de capital. O surgimento do capitalismo só ocorreu, na acepção moderna e exata do termo, quando se iniciou tal modo de produção.
11 – Essa concepção, que é a geralmente aceita, exclui a possibilidade de ocorrência de capitalismo na Antiguidade, na Idade Média e mesmo em Gênova, Veneza e Pisa, cidades que floresceram pela intermediação do comércio. Por certo que a expansão do comércio foi o fator preponderante para a posterior eclosão do capitalismo. O crescimento das cidades, a abertura de novas rotas marítimas, o contato com novos centros populacionais no Oriente, a descoberta de ouro e prata no Novo Mundo, o alargamento do comércio entre as cidades européias – tudo isso provocou a expansão da demanda além da capacidade de produção artesanal. Com isso criaram-se as condições para o surgimento da produção manufatureira.
12 – Existindo inicialmente apenas sob a forma de capital-comercial e capital-usurário, o capital passou a adquirir a forma de capital-industrial: já não era só aplicado na compra de produtos dos pequenos produtores e artesãos ou em empréstimos a juros, mas para a contratação de força de trabalho e a compra de meios de produção.
13 – A expansão do chamado capitalismo comercial veio acompanhada da difusão das idéias do mercantilismo, advogando a intervenção estatal para promover a prosperidade e o fortalecimento nacionais. Como a prosperidade dependia da acumulação de ouro e prata, as nações lançavam-se à conquista de novas terras ou à ampliação do comércio internacional, visando obter saldo favorável no balanço de pagamentos. O espírito do mercantilismo estimulou o sentimento nacionalista, mas provocou o florescimento do comércio e, por via de conseqüência, a eclosão da atividade industrial. Estimulada por um mercado internacional em expansão, a fabricação de produtos evoluiu da manufatura para processos mecânicos de produção, constantemente aperfeiçoados e renovados.
14 – Sob o modo de produção capitalista, a produtividade do trabalho cresceu consideravelmente, apareceram novas mercadorias, inventaram-se novas máquinas, e o número de organizações industriais ampliou-se continuamente. Embora a Revolução Industrial, que deu origem ao ‘capitalismo industrial’, não constitua um acontecimento que possa ser balizado pelas fronteiras de duas ou três décadas, admite-se que o surto das invenções e avanços tecnológicos se verificou a partir da segunda metade do séc. XVIII.
15 – Coerentes com o significado que atribuíram ao capitalismo, alguns autores, como Weber e Tawney, deram ênfase à Reforma protestante como causa da eclosão do capitalismo. Sobrepondo-se à proibição e restrições de ordem moral da Igreja católica, quanto ao empréstimo a juro, à prática da usura, bem como às limitações da doutrina do justo preço, a ética protestante dava o beneplácito ao sucesso do capitalista baseado na operosidade, na parcimônia, na sobriedade, enfim na abnegação monástica ao trabalho. Mais do que isso apoiava a racionalidade da organização capitalista assentada no trabalho livre. Para a doutrina protestante, a acumulação de capital própria do sistema capitalista tinha por finalidade não a busca especulativa do lucro, mas a produção de bens para atender às necessidades de um mercado real.
Evolução histórica.
16 – A implantação do capitalismo como modo prevalente de produção, como foi dito, processou-se de modo lento e penoso; assim que adquiriu a condição de liderança nas atividades econômicas, o modo de produção capitalista floresceu com extraordinária rapidez. A primeira fase de expansão do capitalismo confundiu-se com a Revolução Industrial, cujo berço foi a Inglaterra, daí estendendo-se aos países da Europa ocidental, notadamente a França, e posteriormente aos E.U.A. A evolução do capitalismo industrial foi, em grande parte, fruto do desenvolvimento tecnológico, embora, também, não se possa deixar de mencionar, como força impulsionadora do progresso naquela fase, o alargamento do mercado graças à fundação de impérios coloniais e ao sensível aumento da população mundial, notadamente a européia, a partir da segunda metade do séc. XVIII.
17 – À época da Revolução Industrial, as invenções tecnológicas receberam amplo estímulo na Inglaterra, como resposta da nova sociedade capitalista ao desafio de um mercado em crescimento e cada vez mais ávido por novos bens. Por imposição do mercado consumidor em expansão, os setores industriais voltados à fiação e tecelagem foram os primeiros a receber os benefícios do avanço tecnológico. A indústria manufatureira evoluiu para a indústria mecanizada, possibilitando a constituição de grandes empresas, em que foi possível desencadear o processo da divisão do trabalho e de especialização da mão-de-obra.
18 – Ao lado do surto industrial, construíram-se as primeiras estradas de ferro, introduziu-se a navegação a vapor, inventou-se o telégrafo e implantaram-se novos progressos na exploração da agricultura. A essas conquistas no campo da ciência e da técnica, sucederam-se outras mais: a substituição do ferro pelo aço na fabricação de uma variada gama de bens; a descoberta e uso da eletricidade e petróleo; a invenção das máquinas automáticas; o uso de ligas metálicas; a melhoria dos sistemas de transporte e comunicações; o surgimento da indústria química; a introdução de novos métodos de organização do trabalho e de administração das empresas; o aperfeiçoamento dos institutos da moeda e do crédito, bem como da técnica contábil e dos instrumentos de controle.
19 – Enquanto, na Inglaterra, Adam Smith e seus seguidores expunham e desenvolviam a ideologia do capitalismo, na França, após a revolução de 1789 e as guerras de Napoleão, passou a predominar a política do liberalismo econômico, sintetizada no laissez faire (deixar fazer). Tal política atendia aos interesses econômicos da Revolução Industrial e tinha por fundamentos o livre comércio, a abolição de restrições ao comércio internacional, o livre-cambismo, o padrão-ouro, o equilíbrio orçamentário,
e um mínimo de assistência social.
20 – A política do liberalismo econômico tinha por fundamento o princípio da livre iniciativa individual, baseado no pressuposto de que a não regulamentação das ações e interações dos indivíduos no campo sócio-econômico produziria os melhores resultados na busca do progresso. Mais do que uma política, o liberalismo representava uma verdadeira filosofia de vida baseada na crença no utilitarismo. As conquistas da ciência e os avanços da tecnologia, ao lado do sucesso do empresário-capitalista, fortaleciam a confiança no progresso bem como na ampla difusão do espírito de racionalismo imanente à organização empresarial. O sucesso econômico da burguesia industrial não tardou a refletir-se no poder político, que passou a ser exercido em seu benefício.
21 – A longa expansão industrial identificou-se com a instalação de grandes organizações econômicas, que, mais tarde, tiveram de arrostar dificuldades para a venda de seus produtos, em virtude do não correspondente alargamento do mercado consumidor. A concorrência conduziu, de um lado, ao esmagamento de número crescente de pequenos competidores e, de outro, à concentração industrial, representada pelos trustes e cartéis, até chegar à prática do monopólio em múltiplos casos. Como crítica ao sistema da livre concorrência, costuma dizer-se que o aumento da concorrência leva, paradoxalmente, da concorrência ao monopólio.
22 – A estreiteza do mercado interno implicou a conquista de mercados externos, muitas vezes apoiada na política de duas faces: preconizar, de um lado, o livre comércio (válido para as colônias e países importadores de produtos industriais) e, de outro, o protecionismo destinado a impedir a concorrência de produtos estrangeiros no mercado dos países industrializados. Em alguns casos, essa política foi imposta e sustentada pela ação militar. A repartição da África e a distribuição do resto do mundo em esferas de influência dos países industrializados da Europa completaram o quadro da expansão capitalista, por essa razão denominada imperialismo.
23 – A política capitalista, baseada na agressiva conquista de mercados, embora suportando diversas crises cíclicas, exerceu incontestável liderança nas atividades econômicas. No entanto, a partir do final da primeira grande guerra mundial, alterou-se o quadro capitalista – o mercado internacional restringiu-se; a concorrência norte-americana passou a desbancar a posição das organizações econômicas européias, impondo sua hegemonia inclusive no setor bancário; o padrão-ouro foi abandonado em favor das moedas correntes nacionais, notadamente o dólar; o movimento anticolonialista recrudesceu.
24 – Os E.U.A., país que assumira a liderança mundial no sistema capitalista, após experimentar marcante progresso até 1929, foram sacudidos pela grande depressão de 1930, que abalou toda a estrutura e crença na infalibilidade do sistema clássico. A política do liberalismo econômico, já bastante contestada, foi relegada em favor da adoção do New Deal do presidente Franklin Roosevelt, na maior nação capitalista do mundo. O padrão-ouro foi abandonado; o livre comércio foi abolido no próprio país de origem, o Reino Unido; o equilíbrio orçamentário cedeu lugar ao princípio do déficit planejado para ativar a economia em períodos de depressão; a intervenção do Estado se fez sentir em muitos setores da atividade econômica; adotou-se e alargou-se o instituto da previdência e assistência sociais.
25 – Para defender o sistema contra a investida do movimento socialista, implantaram-se na Alemanha e Itália regimes políticos (nazismo e fascismo) que aboliram inteiramente o liberalismo, embora assegurando a continuidade do modo capitalista de produção. Mesmo sem a hegemonia inicial e sem estar apoiado na unidade de filosofia político-social de seus primeiros tempos, o capitalismo tem experimentado sucessos e constitui, ainda, a opção da maioria dos países em busca de desenvolvimento.
Segundo Argemiro Brum:
Final do séc. XIX – O ESTADO – de mero espectador encarregado da manutenção da ordem para o livre jogo da exploração passa a desempenhar um novo papel – verifica-se, então, relativa intervenção na economia:
Regulando, através da legislação, as relações entre capitalistas e trabalhadores;
Orientando a economia, através de mecanismos de estímulo ou desestímulo com vistas à ativação ou desativação de setores ou ramos.
Diretamente, como empresário – através de empresas públicas ou estatais – particularmente em setores básicos da economia e em países de desenvolvimento tardio.
Intervenção do ESTADO depois da primeira Guerra Mundial:
NEOCAPITALISMO
CAPITALISMO SOCIAL
CAPITALISMO MODERNO
Na história do capitalismo pode-se observar duas fases:
Fase do capitalismo concorrencial ou competitivo, que vai da Revolução Industrial até ( 1880;
Fase do imperialismo monopolista, que também pode ser subdividida em duas fases:
Fase caracterizada pelo domínio dos monopólios nacionais que buscam:
Controle das matérias-primas
Controle dos mercados para os produtos industrializados produzidos
A partir da Segunda Guerra Mundial ocorre um domínio crescente dos monopólios internacionais, desencadeando:
um processo de internacionalização do capital,
integração das economias nacionais aos países imperialistas,
constituição de um sistema imperialista mundial.
AS GRANDES CRISES DO CAPITALISMO
Decorrem de dificuldades no processo de acumulação do capital.
Advindo: declínio das taxas de lucro ( reduzem-se os investimentos ( cai a produção ( ocorre desemprego ( maior exploração da força de trabalho ( ( dos salários).
Receita clássica capitalista para superar a crise:
Restabelecer a lucratividade do capital a fim de estabelecer novamente a acumulação ( com > exploração do trabalho).
Geralmente a superação da crise é impulsionada por avanços tecnológicos significativos.
Segundo Brum são quatro as grandes crises do capitalismo:
Primeira Crise: final do séc. XIX (1873-1895):
Atingiu as economias européias (Inglaterra, França,...) com a concorrência industrial movida pela Alemanha e pela Itália (recém-unificadas).
SUPERADA PELA (O):
Migração de grandes contingentes populacionais da Europa para a América, Austrália, Nova Zelândia, etc.
Reestruturação do capitalismo, que inicia o processo da etapa concorrencial para a etapa monopolista;
Relativo avanço tecnológico e da capacidade gerencial.
Segunda Crise: na Europa – iniciada em 1913
Causada pela feroz concorrência industrial entre os grupos alemães e italianos contra os grupos franceses e ingleses.
Terceira Crise: iniciada em 1929 e desdobrando-se no decorrer da década de 1930
Nos Estados Unidos – a “grande depressão” com reflexos na Europa, América Latina, etc.
Questão central – a disputa de mercados entre as nações industrializadas.
3.1. a superação destas duas crises foi obtida pelas duas guerras mundiais por meio da:
redução da força de trabalho (mortes nas guerras e migrações);
avanço da transnacionalização (etapa monopolista);
avanço tecnológico (2ª e 3ª fases da revolução industrial).
Quarta Crise: nova fase do capitalismo – desde o início da década de 70 – fase do imperialismo monopolista
Depois de 26 anos de prosperidade (1945-1971) – gerada pela necessidade de recomposição dos parques industriais destruídos pela guerra; pela afirmação da hegemonia dos EUA; pela existência de um mercado mundial aberto à competição; pelo avanço sem precedentes da transnacionalização monopolista; extraordinário avanço tecnológico.
Origens da crise: as estruturas do capitalismo montadas em 1944 – Conferência de Bretton Woods – começaram a balançar.
Em 1971 – o Governo dos EUA – Richard Nixon – decidiu, unilateralmente, desvincular o dólar do padrão-ouro e realizar a primeira desvalorização do dólar no pós-guerra.
Choques do petróleo (1973 e 1979) ( agravam a situação
Países produtores de petróleo aumentam seu preço provocando abalo geral na economia mundial – matriz energética voltada para essa fonte.
Elevação das taxas de juros
Exorbitante endividamento dos países do Terceiro Mundo
Deterioração dos termos de troca – relação dos preços no mercado mundial – entre os países altamente industrializados e os países de economia periférica.
A partir de então se seguiu uma forte instabilidade, baseada, depois de 1973, em taxas flutuantes de câmbio. 
Houve grande desvalorização do dólar – ainda considerada a principal reserva internacional – mas perdeu importância em relação ao iene e ao marco alemão.
Esta maior instabilidade fez com que, nas últimas décadas, o cenário econômico mundial se modificasse sobremaneira. Podendo-se apontar duas grandes linhas:
Transformações na esfera produtiva;
Globalização financeira.
A partir de 1983 – os países capitalistas centrais retomam o crescimento econômico em ritmo razoável
Os países subdesenvolvidos:
Estão endividados (receptores / transferidores líquidos de capital);
Assistem à queda dos investimentos produtivos;
Estagnação ou recessão econômica;
Altas taxas de inflação;
Deterioração das condições de vida de suas populações.
IMPERIALISMO
Nações mais poderosas limitam a soberania e independência política, econômica e cultural de nações mais fracas.
Plano Político
Plano Cultural
Plano Econômico
O imperialismo assume dimensões mundiais a partir dos grandes descobrimentos, com a implantação do colonialismo na América, Ásia e África por parte das metrópoles européias.
Com a emancipação política da América (final do séc. XVIII e início do séc. XIX) e dos povos da Ásia e da áfrica (após a Segunda guerra Mundial).
Imperialismo – expressa-se com maior nitidez – nos planos econômico e cultural.
�
FASE DO IMPERIALISMO MONOPOLISTA
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO IMPERIALISMO MONOPOLISTA
1 – Concentração do capital e da produção em grandes corporações multinacionais ou transnacionais
Mercado monopolista (associação em cartéis);
2 – Fusão entre capital bancário e capital industrial dando origem ao capital financeiro e estruturando o complexo financeiro-industrial que influencia a organização, a política e a ideologia dos estados.
3 – Exportação de capitais dos países centrais para os países periféricos, através de investimentos e de créditos, para assegurar a continuidade da acumulação.
Ritmo crescimento do capital é mais rápido ( crescimento dos mercados
Investimentos – subsidiárias das corporações transnacionais nos países subdesenvolvidos.
Concessão de empréstimos ao Estado dependente e aos empresários locais ( aprofunda-se a dependência.
4 – A partilha do mundo e dos mercados entre monopólios e os países capitalistas mais importantes.
5 – O controle político dos países dependentes através da desestabilização e derrubada dos governos (nacionalistas).
6 – A estruturação da chamada “simbiose burocrática” – consiste na estreita vinculação entre o setor público e o setor empresarial.
PRINCIPAIS CONSEQÜÊNCIAS DO IMPERIALISMO MONOPOLISTA
1 – A internacionalização do capital e a integração e subordinação crescente das economias nacionais dos países dependentes aos países imperialistas.
Países imperialistas / dominantes
Países dependentes / dominados.
Internacionalização vertical da economia (de cima para baixo).
2 – Limitação e controle dos países atrasados, influenciando a orientação de suas economias.
Economias voltadas para agricultura (exportação) e mineração.
Indústrias modestas / dirigidas para um processo de modernização industrial.
3 – Reprodução e ampliação das desigualdades entre nações e entre economias. 
Aumento da desigualdade entre ricos e pobres ( em decorrência da divisão internacional do trabalho.
Exportadores de bens primários / importadores de produtos industrializados.
4 – Deslocamento de alguns setores industriais muito poluidores ou de elevado consumo de energia ou, ainda, indústrias tradicionais (de baixa tecnologia).
Siderurgia, petroquímica, papel e celulose / alumínio / calçados, tecelagem.
5 – Modernização das economias e das sociedades dependentes induzida do exterior.
Tornar os países periféricos consumidores “mais eficientes” dos produtos industrializados e da tecnologia importados ou produzidos pelas subsidiárias das corporações transnacionais.
6 – Crescente dependência tecnológica e financeira; bens de capital; insumos modernos e produtos industrializados (de alta tecnologia).
7 – Imposição de padrões culturais, científicos, tecnológicos, artísticos – adaptar a consciência dos povos colonizados à ideologia do colonizador.
8 – Elevado endividamento externo da maioria dos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.
9 – Subordinação dos países dependentes aos organismos internacionais
FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL – FMI
BANCO INTERNACIONAL DE RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO – BIRD conhecido como BANCO MUNDIAL.
Acordo Geral de Tarifas e Comércio – Gatt – substituído pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO – OMC – a partir de 1995.
10 – Deterioração das relações de troca no comércio mundial
Preços bens primários
Preços dos produtos industrializados
Tecnologia
Taxas de juros internacionais
11- Fraca coesão social nas nações dependentes e inexistência de estratégia global própria.
ESTRATÉGIA DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS
Definem o que deve ser feito e como fazê-lo da melhor forma.
Realização de estudos, análise de risco ( visando a tomada de decisão.
Atuam com perspectiva de longo prazo.
Possuem visão globalizada do mundo (mercados).
Têm objetivos claros e definidos.
 
Instrumentos:
Empresas, bancos, bens e mercados das corporações transnacionais.
Integração das economias nacionais dos países periféricos à economia mundial.
Processo de modernização das economias periféricas induzido de fora para dentro.
Integração mundial da economia sob o comando das corporações transnacionais ( torna mais efetiva a dependência e complementaridade dos países do Terceiro Mundo.
Pontos-chave: controle do capital e da tecnologia.
Idéias Básicas:
1 – Estado Nacional ( espaço geográfico. Não é considerado agente responsável pela realização dos interesses da comunidade nacional.
2 - As exigências da integração e da interdependência sobrepõem aos interesses e prioridades do Estado-Nação.
3 – Corporações Transnacionais – são o sujeito da integração.
4 – Interdependência – a prosperidade dos países ricos é essencial para o progresso dos países subdesenvolvidos.
5 – Governos nacionalistas nos países subdesenvolvidos são obstáculo para operacionalização dessa estratégia.
�
INSTRUMENTOS DE ARTICULAÇÃO DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS
ORGANISMOS INTERNACIONAIS
INSTRUMENTOS DE ARTICULAÇÃO DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS
Instrumentos mais importantes criados pelas grandes corporações:
Conselho de Relações Exteriores (1921) – entidade privada e apartidária - Criado logo após o término da Primeira Guerra Mundial – quando o centro de poder mundial começava a se deslocar da Europa para os Estados Unidos.
Intergrado por representantes das grandes corporações econômicas norte-americanas.
Função principal: definir uma estratégia comum de atuação.
Comissão ou Círculo de Bilderberg (1954)
Integrado por representantes das grandes corporações da Europa e dos Estados Unidos
Objetivo – estabelecer uma estratégia comum aos principais centros do sistema capitalista.
Comissão Trilateral – (1973) - “Uma Iniciativa Privada da América do Norte – Europa – Japão para Assuntos de Interesse
Comum”. Entidade privada – sobrepõe-se ao poder político nacional. Tem grande peso na definição das estratégias políticas e econômicas mundiais. 
Motivos de sua criação :
a atual (da época) crise econômica mundial;
projeção do Japão como grande potência industrial e sua agressividade crescente no mercado mundial.
Constituída por representantes (banqueiros, empresários e políticos) de mais de 300 das maiores corporações transnacionais dos três centros mais poderosos do bloco capitalista: 
América do Norte (EUA e Canadá),
Europa Ocidental,
Japão.
Objetivos:
estabelecer uma estratégia comum aos três blocos,
assegurar a atual divisão internacional do trabalho.
Grupo dos Sete (G-7) – Formado pelos sete países mais ricos do mundo – EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Canadá – Instituído em nível intergovernamental
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) – integrada atualmente por 30 países, principalmente os mais desenvolvidos (industrializados)
Tem papel relevante no cenário das decisões mundiais.
INSTRUMENTOS DE ARTICULAÇÃO DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS
	Países Desenvolvidos
	Países Subdesenvolvidos
	( Grande capacidade de articulação de seus interesses em plano mundial.
	( Incapacidade para identificação de objetivos comuns e articulação de suas vontades políticas ( não existe definição e operacionalização de estratégias conjuntas de operação.
PODER DE INFLUÊNCIA DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS
Áreas de abrangência dos grandes conglomerados transnacionais:
Financeira e bancária,
Produção industrial,
Mineração,
Comercialização.
Fase do Imperialismo clássico ( as empresas estrangeiras controlavam os produtos destinados aos mercados dos países avançados.
Petróleo, cobre, café, minério de ferro, manganês, etc.
Mais recentemente ( o interesse das multinacionais é o lucro – o mercado interno – nos países ‘atrasados’ em que se instalaram.
Necessidade de investimento para modernização das sociedades dependentes.
Nova etapa do Capitalismo: novos fatos marcam a evolução do sistema
Associação ou fusão de grupos econômicos multinacionais
Associação em projetos ou fusões.
Avanço da estratégia de “risco compartilhado”
Associação entre o capital do Estado, a empresa privada nacional e o investimento internacional em projetos econômicos.
Crescente importância da tecnologia
 Controle monopolístico da tecnologia – assegura as companhias multinacionais os papéis-chave no controle do capital.
Predomínio da tecnologia ( mudanças na composição dos custos de produção ( mão-de-obra barata torna-se menos interessante, lucrativa e competitiva para o capital.
mão-de-obra barata ( interessante na construção civil, calçados, têxtil, etc.
Tecnologias avançadas ( profissionais qualificados ( traz ganhos de escala e aumenta a produtividade.
A RECONCENTRAÇÃO DO CAPITAL
De 1945 – final da década de 1970 – estratégia das grandes corporações econômicas – multinacionalização.
O capital orientou-se no sentido da:
Descentralização, transnacionalização e internacionalização.
Década de 1980 – o capital mudou de estratégia e de rumo.
Da transnacionalização passou à reconcentração.
Prioridade: fortalecimento dos centros hegemônicos.
Motivo: fazer frente à crise do capitalismo (crise mundial do petróleo nos anos 1970)
Acirramento da concorrência internacional por mercados;
Aceleração do avanço tecnológico.
Centros mais dinâmicos do capitalismo: EUA / Canadá, Europa e Japão.
Motivos da mudança:
Países em desenvolvimento endividados (pesadas dívidas externas, instabilidade política e econômica);
Países ricos ofereciam maiores garantias de realização de lucor e acumulação (maior poder de compra dos consumidores);
Fortalecer e imprimir ritmo mais veloz à economia dos centros hegemônicos ( para nova etapa de expansão mundial;
Incorporação de novas conquistas científicas e tecnológicas;
Exigência de pesados investimentos em pesquisa ( avanço do conhecimento científico e tecnológico.
GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
Conceito
Globalização da Economia – crescente internacionalização da produção e a transnacionalização de capitais e investimentos.
Globalização Financeira – impulsionada pelo avanço nas tecnologias de comunicação, Internet, etc.
 Globalização Econômica – internacionalização do processo produtivo.
GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
 Regionalização - estruturação de blocos econômicos regionais – sob a forma de simples áreas de livre comércio ou mercados comuns.
Blocos Econômicos Regionais:
União Européia.
Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).
O Leste da Ásia – processo especial de integração comercial e econômica – Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan, Hong-Kong, Indonésia, Malásia, Tailândia, Filipinas, Myanma (ex-Camboja) e outros países da área. Além de China e, possivelmente, Vietnã e Laos. – Bloco baseado em Tratados.
ALCA – Área de Livre Comércio das Américas – bloco comercial – sua formação foi decidida na Conferência de Cúpula das Américas (Miami, 1994) – deverá ser integrada pelos 34 países das Américas, com exceção de Cuba.
TIGRES ASIÁTICOS
Auge da expansão – década de 1980 e anos 1990.
Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan e Hong-Kong.
Mais recentemente: Indonésia, Malásia, Tailândia, Filipinas.
República Popular da China.
O BRASIL NO CONTEXTO DO MUNDO CAPITALISTA
Surgiu na História do Ocidente quando da expansão do capitalismo mercantil europeu. – séc. XV e XVI.
Característica histórica da sociedade brasileira – dependência externa.
Tentativas de ruptura – década de 1920 – não forma suficientes para viabilizar um desenvolvimento autônomo e auto-sustentado.
FASES DA DEPENDÊNCIA (SÃO TRÊS):
Nos três primeiros séculos que compreendem o período colonial brasileiro e latino-americano – Europa comercial e manufatureira – importância do ouro e da prata e produtos extrativos e agrícolas tropicais;
Emancipação política do Brasil (1822) – quando a Europa ingressava numa nova era – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - liderada pela Inglaterra. No séc. XIX – Europa capitalista-industrial – que necessitava de matérias-primas para suas fábrica, de produtos agrícolas para suas populações urbanas e de mercados para seus produtos. Brasil e demais países latino-americanos – articulados em função das novas necessidades e interesses dominantes;
A partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) – segunda fase da Revolução industrial – EUA assumem a liderança do mundo. Brasil – atraído e articulado em função do novo centro de poder mundial em emergência.
EUA, Europa e Japão (segunda metade do séc. XX) – necessitam de mercados para seus capitais excedentes, sua tecnologia e seus produtos.
CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS:
O Sistema de Bretton Woods consagrou um sistema de gestão de taxas de câmbio chamado padrão dólar–ouro, o qual procurava flexibilizar o chamado Padrão-Ouro, que era a base do sistema monetário internacional anterior à Primeira Guerra Mundial.
PADRÃO-OURO CLÁSSICO:
Os países definiam suas moedas em termos de uma quantidade fixa de ouro, o que consagrava um regime de taxas fixas de câmbio, a partir da cotação em ouro de cada uma das moedas nacionais. O padrão-ouro também impunha a existência de moedas conversíveis, ou seja, a moeda nacional poderia ser a qualquer hora e em qualquer montante convertida em ouro e, portanto, nas outras moedas nacionais, pelas taxas fixadas. 
“Paradoxo de Triffin”(anos 50) - Para que a expansão ocorresse, era necessário o crescimento das reservas em dólares (a fim de não haver crises de liquidez internacional). Esta injeção de liquidez se fazia a partir de déficits externos dos EUA; se estes déficits fossem sistemáticos e se os ativos em ouro dos EUA fossem constantes (na verdade eram cadentes),
a confiança na conversibilidade dólar-ouro (a base dos acordos de Bretton Woods) ruiriam. Por outro lado, caso não houvesse maior liquidez o crescimento econômico não ocorreria. O que se verificou foi um forte crescimento econômico, com contínua perda de confiança no sistema.
Outros fatores: 
Guerras Coréia e Vietnã;
Política keynesiana (anos 600;
Aumentos nos déficits amenricanos – público e comercial
A desvalorização da libra – 1967;
O mercado duplo de ouro – 1968;
Crises especulativas no final dos anos 60;
 ( Em 1971 Richard Nixon decretou o rompimento da conversibilidade do dólar em relação ao ouro.
Início: processo de estruturação
MONOPÓLIOS NACIONAIS
final do sec. XIX
Economias nacionais: grupos econômicos concentrando sua produção industrial nos respectivos países de origem.
TRANSNACIONALIZAÇÃO
Impulso
Após a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918)
Grandes corporações econômicas se estendem pelo mundo (rede de subsidiárias).
EXPANSÃO DOS
MONOPÓLIOS MULTINACIONAIS
Consolidação
A partir do término da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).
Superliderança dos EUA
Limitado número de poderosas organizações multinacionais articuladas em:
Monopólios ou
Oligopólios
CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS
Perspectiva global de atuação ( interesse fundamental
Lucro, acumulação, expansão, poder, dominação.
Construção de uma economia mundial integrada
sob seu comando
As INSTITUIÇÕES DO SISTEMA DE BRETTON WOODS (1946-1971)
FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) – administra o sistema monetário internacional – criado com o objetivo de:
evitar possíveis instabilidades cambiais e garantir a estabilidade financeira, eliminando práticas discriminatórias e restritivas aos pagamentos multilaterais.
 Neste sentido, a estabilidade financeira interna e o combate à inflação nos países membros é uma de suas metas;
socorrer os países a ele associados se ocorrerem desequilíbrios transitórios em seus balanços de pagamentos.
Empréstimos compensatórios.
BANCO MUNDIAL ou BIRD – BANCO INTERNACIONAL DE RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO – criado com o intuito de:
auxiliar a reconstrução dos países devastados pela guerra e,
 
promover o desenvolvimento dos países menos desenvolvidos. 
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento – atua no continente americano com funções parecidas com as do Banco Mundial.
Gatt – Acordo Geral de Tarifas e Comércio – criado alguns anos depois da Conferência de Bretton Woods – com o objetivo de:
proporcionar a redução das restrições do comércio internacional;
liberalização do comércio multilateral.
Princípios:
Redução das barreiras comerciais;
Não discriminação comercial entre os países; 
Compensação dos países prejudicados (tarifas, barreiras);
Arbitragem dos conflitos comerciais.
Atua através de “rodadas” de negociações entre os países envolvidos no comércio internacional.
A partir de 1995 foi substituído pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO – OMC.
�PAGE �
�PAGE �3�
A leitura dos livros recomendados é indispensável.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais