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FUNÇÕES DA FAMÍLIA Trabalho apresentado em Formação do mundo contemporâneo. Belo Horizonte 2015 As funções da família A família além da garantia da espécie, transmite valores simbólicos e a memória fundadora, cria a cidadania e a civilidade, além de ser responsável pelo gerenciamento dos interesses privados. A família como fluxo de propriedades depende das leis. Essas, aboliram antigos costumes que privilegiavam apenas alguns indivíduos. Entretanto ainda sim existia a preferência, deixando alguns filhos trabalhando até mesmo como criados. Na verdade, grande parte da população estava excluída da partilha e não deixavam sucessores. Os valores patrimoniais persistiram elevando o papel do pai nesse sistema. O marido administra os bens e seus poderes são limitados pelas cláusulas matrimoniais. O capitalismo influência até mesmo no matrimonio, que além de interesses ainda havia o dote para salvaguardar parte do patrimônio em caso de falência. Apesar da pequena acumulação de bens, o principal é o imóvel, desejo primeiro e signo indispensável para os burgueses. Apartir do século XIX as aplicações e títulos financeiros são fomentados , substituindo a renda familiar até mesmo da pequena burguesia provincial. A família constitui um sistema econômico de gestão que foi utilizado e forçado pela rev industrial. No meio rural casa é a unidade econômica de base. A família e a terra se confundem e os papais de cada indivíduo são rigorosamente estabelecidos numa complementariedade. A proto-industrialização apostou fortemente na célula familiar, onde se entrelaçam a empresa e o domicílio. Os tecelões são os melhores exemplos de economia industrial doméstica e de divisão sexual, formando um sistema bem resistente às fábricas. A eletricidade voltará a dar corpo a esse sonho de fábrica a domicílio. A pequena empresa familiar apensar de frágil perante as falências estava renascendo constantemente. E a maior ambição era ter seu próprio negócio, unificando local de trabalho e domicílio, facilitando assim almoçar em casa, já que a marmita demorou muito para ser aceita. O paternalismo foi o primeiro sistema de relações industriais , que além da moradia no local admitia linguagem e práticas de tipo familiar e aceitação operária . Mesmo fora da fábrica a condição de vida dos proletários é uma rigorosa economia familiar, em que o pai é o provedor principal e os filhos complementos. O que explica o alto nível de natalidade da época , além de ressaltar a aceitação do trabalho infantil. A renda da mulher não passava de uns trocados , mas que eram de extrema importância em épocas de crise. A auto-subsistencia famíliar e a troca de bens ou serviços eram anteparos eficazes contra a penúria e a miséria. FALTA DA PAG 112 A 116 Deveríamos usar sempre o plural ao falar de família devido as diversidades introduzidas pela oposição cidade-campo, essa grande fratura da história das intimidades, pelos meios sociais, pelas crenças religiosas e pelas próprias opções políticas. Os autores insistem na diversidade dos sistemas regionais de parentesco, Le Play distingue basicamente três grandes tipos cuja cartografia seria a seguinte: regiões de estrutura nuclear, onde a idade do casamento e o índice de celibato são menos estáveis , regiões de estrutura complexa, de casamento pouco controlado, as regiões de estrutura complexa de casamento controlador. Cada grupo possui seu sistema de autoridade e obedecem lógicas diferentes que influem tanto na relação entre os membros da família quanto sobre a idade de casamento e relação entre os cônjuges. Cada estrutura familiar produz suas tensões e patologias específicas, como por exemplo filhos ilegítimos, propensão ao suicídio e violência e até mesmo opiniões políticas são de certa forma condicionadas por esse parâmetro. As sociedades oitocentista estão em constante mudança, movendo também as fronteiras entre o público e o privado, as maneiras de viver, de sentir , amar e morrer. São fatores de unificação o direito, a linguagem, a escola e instituições , os meios de comunicação, os objetos de consumo , o poder de atração de uma capital, a circulação dos homens e das coisas, tudo exerce influencia na uniformização dos modos de. vida privada. Os segredos que constituem as famílias e o mistério dos indivíduos persistem e se modificam. É isso que teríamos de captar e conseguimos apenas entrever. O direito e as funções da família Durante a leitura do texto, observamos vários aspectos que não são compativeis com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ao que se refere ao uso de filhos como mão de obra: Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Art 112 § 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado. Ao que se refere a divisão de tarefas familiares: Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. § 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. Ao que se refere a herança: Art. 1.685. Na dissolução da sociedade conjugal por morte, verificar-se-á a meação do cônjuge sobrevivente de conformidade com os artigos antecedentes, deferindo-se a herança aos herdeiros na forma estabelecida neste Código. Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
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