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2013-05-18-182321_GALEAZZI

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1
Carlos Eduardo Sáenz1
1 Membro do Grupo de Cirurgia da Mão do Hospital Universitário Cajuru da PUC-PR, Curitiba, Paraná, Brasil
 LESÃO DE GALEAZZI
DEFINIÇÃO
Lesão de Galeazzi é denominada à fratura 
do rádio associada a luxação da articulação da 
rádio ulnar distal. É uma fratura instável.
Equivalentes da lesão de Galeazzi podem 
ocorrer:
 » Nas crianças, fratura da diáfise radial associada 
ao deslocamento epifisário da ulna distal, sem 
lesão da articulação rádio ulnar distal.
 » Nos adultos, fratura da diáfise do rádio 
associada à fratura da ulna associada a lesão da 
rádio ulnar distal.
ETIOLOGIA
Decorrente de um trauma em alta energia 
(acidente automobilistico ou queda de altura) 
com hiperextensão do punho em pronação.
DIAGNÓSTICO
Clinica e radiologicamente há um desvio 
angular do rádio com encurtamento radial e 
proeminencia dorsal da cabeça da ulna.
2
Nem todas as fraturas diafisárias do rádio 
resultam em lesão da articulação rádio ulnar 
distal, mas um quarto delas têm alguma lesão 
associada. 
A lesão da articulação rádio ulnar distal é 
definida pela variante ulnar positiva de mais 
de 5mm nas radiografias iniciais. Outros 
sinais sugestivos são:
 » Fratura a menos de 7,5cm da superfície 
articular medial do rádio
 » Fratura associada da base da estilóide ulnar
 » Alargamento do espaço da articulação rádio 
ulnar distal na incidência em AP
 » Luxação da ulna na incidência em Perfil
CLASSIFICAÇÃO
Utilizando a Classificação das fraturas da 
AO, elas são:
 » 22-A2.3
 » 22-B2.3
 » 22-C2.1(quando há lesão da rádio ulnar distal)
 
 
 
 
Fig.1 - Fratura de Galleazi
 Fig.2 - Fratura diafisária do rádio
Isolated radial shaft fractures are more common than 
Galeazzi fractures (David Ring, MD, Richard Rhim, 
MD, Creg Carpenter, MD, Jesse Jupiter, MD) J Hand 
Surg 2006;31A:17-21
Fig.3 - Fratura de Galeazzi
AO Surgery Reference - AO Foundation
 
3
Com relação ao traço de fratura do rádio:
Maculé Beneyto
 » Tipo I: fratura do rádio a menos de 10cm da 
estilóide radial. É o pior tipo. Recomenda fixar 
a articulação rádio ulnar distal em supinação 
completa
 » Tipo II: fratura do rádio entre 10-15cm da 
estilóide radial.Tipo III: fratura do rádio a 
mais de15cm da estilóide radial.
Rettig e Rasking
 » Tipo I: fratura do rádio a menos de 7,5cm 
da superfície articular medial do rádio, e o tipo 
mais instável.
 » Tipo II: fratura do rádio a mais de 7,5cm da 
superfície articular medial do rádio.
Korompilias et al: classificação baseada em 
parâmetros anatômicos
 » Tipo I: fratura do terço distal do rádio (desde o 
ponto em que a diáfise começa a se estreitar até o 
alargamento da metáfise). A lesão da articulação 
rádio ulnar distal ocorre em mais de 50% das 
fraturas deste tipo.
 » Tipo II: fratura do terço médio do rádio (desde 
o inicio do arco radial ao ponto em que a diáfise 
começa a se estreitar).
 » Tipo III: fratura do terço proximal do rádio desde 
a tuberosidade radial até o inicio do arco radial).
 
 
 
Fig.4 - Classificação seguindo os parâmetros anatômicos
Distal radioulnar joint instability (Galeazzi type injury) af-
ter internal fixation in relation to the radius fracture pattern 
(Anastasios V Korompilias, MD, Marios G Lykissas, MD, 
Ioannis P Kostas-Agnantis, MD, Alexandros E Beris, MD, 
Panayotis N Soucacos, MD) J Hand Surg 2011;36A:847-
852.
4
É muito claro que quanto mais distal 
é o traço de fratura do rádio, maior é a 
probabilidade de lesão da rádio ulnar distal e 
maior a instabilidade.
Com relação à luxação da rádio ulnar distal:
Brukner
 » Luxação simples: sem tecido interposto na 
articulação rádio ulnar luxada
 » Luxação complexa: tecido interposto que 
bloqueia a redução (o mais comum é o tendão 
do EUC, mas também o EP5º e o ECdedos)
TRATAMENTO
Realizar a redução aberta e fixação rígida do 
rádio utilizando o acesso de Henry com fixação 
da fratura do rádio com uma placa volar DCP 
3,5 e 3 parafusos (6 corticais) proximais e distais 
ao foco de fratura. Depois testar a estabilidade 
da articulação rádio ulnar distal:
 » Se for estável, imobilizar em posição neutra 
ou ligeira supinação por 2 a 4 semanas.
 » Se houver fratura da base da estilóide ulnar, 
fixar com banda de tensão
 » Se houver instabilidade significativa, reparo 
ligamentar e/ou fixação da articulação rádio-
ulnar com FKs em posição neutra ou supinada 
se for muito instável.
PROGNÓSTICO
Avaliação de Mikic dos resultados clínicos 
do tratamento da fratura-luxação de Galeazzi:
 » Excelente: consolidação óssea, alinhamento 
perfeito, sem perda do comprimento, sem subluxação 
da RUD, sem limitação da função do cotovelo e 
punho e sem limitação da prono-supinação.
 » Regular: um ou mais: retardo de consolidação, 
malalinhamento e encurtamento mínimos, 
subluxação da cabeça da ulna, cicatriz 
excessiva, limitação da prono-supinação acima 
de 45º e algum grau de restrição da mobilidade 
do cotovelo e punho. Satisfação subjetiva do 
resultado.
 » Ruim: dor, deformidade do antebraço, 
5
pseudoartrose, encurtamento ou angulação do 
rádio notável, luxação da RUD, eliminação da 
prono-supinação de mais de 45º e restrição 
excessiva do cotovelo e punho.
 As complicações mais comuns estão 
relacionadas à falta de reconhecimento ou não 
tratamento da lesão da articulação rádio ulnar 
distal e são dor crônica, fraqueza e diminuição 
da prono-supinação associadas.
6
BIBLIOGRAFIA
1. A historical report on Ricardo Galeazzi and 
the management of Galeazzi fractures (Sandeep J 
Sebastin, MCh, Kevin C Chung, MD) J Hand Surg 
2010;35A:1870-1877
2. Acute dislocations of the distal radioulnar 
joint and distal ulnar fractures (Brian T Carlsen, 
MD, David G Denninson, MD, Steven L Moran, 
MD) Hand Clin 26(2010) 503-516
3. Distal radioulnar joint instability (Galeazzi 
type injury) after internal fixation in relation to the 
radius fracture pattern (Anastasios V Korompilias, 
MD, Marios G Lykissas, MD, Ioannis P Kostas-
Agnantis, MD, Alexandros E Beris, MD, Panayotis 
N Soucacos, MD) J Hand Surg 2011;36A:847-852
4. Galeazzi fracture-dislocation: a new 
treatment-oriented classification (Michael E 
Rettig, MD, Keith B Raskin, MD) J Hand Surg 
2001;26A:228-235
5. Inmobilization in supination versus neutral 
following surgical treatment of Galeazzi fracture-
dislocations in adults: case series (Min Jung 
Park, MD, MMSc, Nick Pappas, MD, David R 
Steinberg, MD, David J Bozentka, MD) J Hand 
Surg 2012;37A:528-531
6. Isolated radial shaft fractures are more 
common than Galeazzi fractures (David Ring, MD, 
Richard Rhim, MD, Creg Carpenter, MD, Jesse 
Jupiter, MD) J Hand Surg 2006;31A:17-21
7. Long-term outcome of isolated diaphyseal 
radius fractures with and without dislocation 
of the distal radioulnar joint (Dennis C van 
Duijvenbode, MD, MSc, Thierry G Guitton, PhD, 
Ernest L Raaymakers, MD, PhD, Peter Kloen, 
MD, PhD, David Ring, MD, PhD) J Hand Surg 
2012;37A:523-527
8. Management and treatment of elbow and 
forearm injuries (Jorge L Falcon-Chevere, MD, 
Dana Mathews, MD, José G Cabanas, MD, 
Eduardo Labat, MD) Emerg Med Clin N Am 
28(2010) 765-787

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