Buscar

AGRESSAO E DEFESA Tudo

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PROBLEMA 1
Agentes Agressores Celulares:
- intrínsecos 
Agentes Físicos:
Trauma mecânico
Variação extrema de temperatura
Radiação
Choques elétricos
Agentes químicos
Drogas
Venenos
Substâncias em altas concentrações que a pricípios seria inócua
Agentes biológicos
Vírus 
Fungos
Parasitas
-extrínsecos
Distúrbios genéticos
Tumor
Distúrbios nutricionais
Deficiência calórico-proteíca
Avitaminose
Distúrbios por mecanismos imunes
Hiper sensibilidade
Doenças auto-imunes
Inflamação crônica
Hipóxia
Perda do supimento sanguíneo
Falha no transporte de O2
Falha na ação de enzimas oxidativa
INFLAMAÇÃO 
(latim inflamare e grego phlogos = pegar fogo) Quando ocorre lesão tecidual, seja ela causada por bactérias, traumatismo, agentes químicos, calor ou qualquer outro fenômeno, os tecidos lesados liberam várias substâncias que provocam importantes alterações secundárias nos tecidos. Todo o complexo dessas alterações teciduais é conhecido como inflamação. 
A inflamação caracteriza-se 
(1) pela vasodilatação dos vasos sanguíneos locais, com o consequente excesso do fluxo sanguíneo local, 
(2) pelo aumento da permeabilidade dos capilares, com extravasamento de grande quantidade de líquidos para os espaços intersticiais, 
(3) quase sempre pela coagulação do líquido nos espaços intersticiais, devido às quantidades excessivas de fibrinogênio e de outras proteínas que vazaram dos capilares, 
(4) pela migração de grande número de granulócitos e monócitos para o tecido, e 
(5) pela intumescência( aumentar de volume) das células. Alguns dos produtos teciduais responsáveis por essas reações incluem histamina, bradicinina. serotonina, prostagiandinas, diversos produtos de reação do sistema do complemento, produtos de reação do sistema da coagulação sangüínea e diversas substâncias hormonais denominadas linfoquinas que são liberadas por células T sensibilizadas. Várias dessas substâncias ativam fortemente o sistema dos macrófagos, de modo que. em poucas horas, essas células começam a devorar o tecido destruído; entretanto, algumas vezes, os macrófagos também lesam as células que ainda estão vivas.
*O macrófago tecidual como primeira linha de defesa- primeira linha de defesa contra a infecção dentro da primeira hora;
* Invasão da área inflamada pelos neutrófilos — a segunda linha de defesa. Também nas primeiras horas após o início da inflamação;
* Invasão do tecido inflamado por monócitos-macrófagos — a terceira linha de defesa- os monócitos são células ainda imaturas, que necessitam de 8 horas ou mais para atingir tamanho muito maior e produzir grande quantidade de lisossomas para adquirir a plena capacidade de fagocitose;
* Aumento da produção de granulócitos e monócitos pela medula óssea — a quarta linha de defesa. São necessários 3 a 4 dias para que os granulócitos e monócitos recém - formados cheguem ao estágio de abandonar a medula óssea.
INFECÇÃO
Refere-se à invasão, desenvolvimento  e multiplicação de um microrganismo no organismo de um animal ou planta, causando doenças. A invasão desencadeia no hospedeiro uma série de reações do sistema imunológico, a fim de defender o local afetado resultando, geralmente, em inflamações.
Quando ocorre uma diminuição nas defesas do organismo, os micro-organismos patogênicos (bactérias, vírus, fungos ou protozoários) invadem e penetram no corpo, reproduzindo-se e causando o que é chamado de “doença infecciosa”.
Tipos de processo inflamatório
Características da Inflamação Aguda e Crônica 
	Característica 
	Aguda 
	Crônica 
	Início 
	Rápido: minutos ou horas 
	Lenta: dias 
	Infiltrado celular 
	Principalmente neutrófilos 
	Monócitos/ macrófagos e linfócitos 
	Lesão tecidual, fibrose 
	Geralmente leve e autolimitada 
	Frequentemente acentuada e progressiva 
	Sinais locais e sistêmicos 
	Proeminentes 
	Menos proeminentes; podem ser sutis
A inflamação aguda é uma rápida resposta do hospedeiro que serve para levar leucócitos e proteínas do plasma, tais como anticorpos, para os locais de infecção ou tecido injuriado. A infl amação aguda tem três principais componentes: 
(1) alterações no calibre vascular que levam a um aumento no fluxo sanguíneo; 
(2) mudanças estruturais na microvasculatura que permitem que as proteínas do plasma e os leucócitos saiam da circulação e 
(3) emigração de leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco da injúria e sua ativação para eliminar o agente agressor.
ESTÍMULOS PARA A INFLAMAÇÃO AGUDA
As reações inflamatórias agudas podem ser disparadas por uma variedade de estímulos:
Infecções (bacteriana, viral, fúngica, parasítica) e toxinas microbianas estão entre as causas clinicamente importantes mais comuns da inflamação. Os mamíferos possuem muitos mecanismos que sentem a presença de micro-organismos. Dentre os receptores mais importantes para os produtos microbianos estão a família de receptores do tipo Toll (TLRs), chamados depois de proteína Toll de Drosophila, e vários receptores citoplasmáticos, que podem detectar bactérias,
vírus e fungos. A ocupação desses receptores dispara vias de sinalização que estimulam a produção de vários mediadores. 
A necrose tecidual de qualquer causa, incluindo isquemia (como em um infarto do miocárdio), trauma e injúria física e química (p. ex., injúria térmica, como em queimaduras ou úlceras de frio; irradiação; exposição a alguns agentes químicos ambientais). Várias moléculas liberadas das células necróticas são conhecidas por provocarem a inflamação; estas incluem o ácido úrico, um metabólito da purina; trifosfato de adenosina, o estoque normal de energia; uma proteína ligante de DNA de função desconhecida chamada HMGB-1, e mesmo o DNA, quando ele é liberado no citoplasma e não sequestrado no núcleo, como ele normalmente deveria ser.
A hipoxia, que frequentemente é subjacente à injúria celular, também é por si só, um indutor da resposta infl amatória. Essa resposta é grandemente mediada por uma proteína chamada HIF-1α (fator-1α induzido por hipoxia), que é produzida pelas células privadas de oxigênio, e ativa a transcrição de muitos genes envolvidos na inflamação, incluindo o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que aumenta a permeabilidade vascular.
Corpos estranhos (lascas de madeira, sujeira, suturas) tipicamente e licitam a inflamação porque causam injúria tecidual traumática ou transportam micróbios.
Reações imunes (também chamadas de reações de hipersensibilidade) são reações nas quais o sistema imune normalmente protetor causa um dano nos próprios tecidos do indivíduo. As respostas imunes injuriantes podem ser direcionadas contra antígenos próprios, causando as doenças autoimunes, ou podem ser reações excessivas contra substâncias ou micróbios do ambiente. A inflamação é a principal causa de injúria tecidual nessas doenças. Devido aos estímulos para as respostas inflamatórias (i.e., tecidos próprios) não poderem ser eliminados, as reações autoimunes
tendem a ser persistentes e difi cultar a cura, são associadas com inflamação crônica e são causas importantes de morbidade e mortalidade. A inflamação é induzida por citocinas produzidas pelos linfócitos T e outras células do sistema imune. O termo doença inflamatória imunomediada frequentemente é usado para se referir a esse grupo de desordens.
 
(ROBBINS)
1. Serosa: predomina a exsudação de líquido amarelo-citrino, com composição semelhante à do soro do sangue. Exemplos: pleurite, rinite serosa, bolha devido a queimadura etc.
2. Fibrinosa: predomínio de exsudato fibrinoso que origina, aliado à presença de tecido necrótico, placas esbranquiçadas principalmente sobre as mucosas e as serosas. A inflamação fibrinosa é também chamada de "inflamação pseudomembranosa", quando presente nas mucosas, pois apresenta essa camada superficial esbranquiçada sobre a área inflamada, como se fosse uma membrana. Exemplos: pericardite fibrinosa, inflamação diftérica etc.
3. Hemorrágica: assim classificada quando se observa o predomínio do componente hemorrágico no tecido
inflamado. Exemplo: glomerulonefrite aguda hemorrágica.
4. Necrotizante ou ulcerativa: sempre presente nos focos inflamatórios como indicativa da irreversibilidade das lesões nos tecidos, apresentando exsudatos serosos, fibrinosos ou purulentos. A necrose pode ser causada pela agressão direta do agente ou pelos fatores citados quando na descrição da fase degenerativa-necrótica da inflamação. A ulceração se dá quando a necrose é superficial, levando à perda do revestimento epitelial.
5. Purulenta: também denominada de supurativa, esse tipo de inflamação é composto pelo pus, líquido de densidade, cor e cheiro variáveis, constituído por soro, exsudato e células mortas - principalmente neutrófilos e macrófagos. Pode se apresentar sob várias formas como pústula (circunscrita na epiderme), furúnculo (circunscrita no derma, sendo de origem estafilocócica),abscesso e flegmão (ou celulite).
 (PATOARTE GERAL)
A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas a meses) em que a inflamação, injúria tecidual e tentativas de reparo coexistem em variadas combinações. Ela pode se
seguir à inflamação aguda, como descrito anteriormente, ou pode se iniciar insidiosamente, como uma resposta de baixo grau e latente, sem nenhuma manifestação de uma reação aguda. Este
último tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas das mais comuns e incapacitantes doenças humanas, tais como a artrite reumatoide, aterosclerose, tuberculose e fi brosse pulmonar. Ela também tem sido implicada na progressão do câncer e em doenças puramente degenerativas, tais como a doença de Alzheimer.
CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
A inflamação crônica surge nas seguintes situações:
Infecções persistentes por micro-organismos que são difíceis de erradicar, tais como microbactéria e certos vírus, fungos e parasitos. Esses organismos frequentemente evocam uma reação imune chamada de hipersensibilidade tipo retardada). A resposta inflamatória algumas vezes tem um padrão específico chamado de reação granulomatosa (discutida adiante).
Doenças inflamatórias imunomediadas. A inflamação crônica tem um papel importante no grupo de doenças que são causadas pela ativação excessiva ou inapropriada do sistema imune. Sob certas circunstâncias, as reações imunes se desenvolvem contra os tecidos do próprio indivíduo, levando a doenças autoimunes. Nessas doenças, os autoantígenos evocam uma reação imune autoperpetuada que resulta em dano tecidual crônico e inflamação; exemplos de tais doenças são a artrite reumatoide e a esclerose múltipla. Em outros casos, a inflamação crônica é o resultado de respostas imunes não reguladas contra micróbios, como na doença intestinal inflamatória. As respostas imunes contra substâncias ambientais comuns são a causa das doenças alérgicas, tais como asma brônquica. Devido a essas reações autoimunes e alérgicas serem inapropriadamente
disparadas contra os antígenos que normalmente são prejudiciais, as reações não servem a propósitos úteis e causam somente doença. Tais doenças podem mostrar padrões morfológicos de inflamação aguda e crônica misturados porque elas são caracterizadas pelos ataques repetidos de inflamação. A fibrose pode dominar os estágios tardios.
Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos. Um exemplo de agente exógeno é a sílica particulada, um material inanimado não degradável que, quando inalado por períodos prolongados, resulta em uma doença inflamatória pulmonar chamada silicose. A aterosclerose parece ser um processo inflamatório crônico da parede arterial induzido, pelo menos em parte, por componentes lipídicos endógenos e tóxicos do plasma.
TIPOS
1. Inespecífica (ou não-específica): esse tipo de inflamação é composto por células mononucleares associadas a outros tipos celulares; não há predominância de um tipo celular; em geral, são observados linfócitos, plasmócitos e macrófagos em quantidades variadas. 
O termo "específico", oposto ao inespecífico, era utilizado para as inflamações granulomatosas, pois acreditava-se que esse tipo de inflamação era particular da tuberculose.
2. Produtiva (ou hiperplásica ou proliferante): como há predomínio de grande quantidade de fibras colágenas e de células, por vezes a inflamação crônica pode manifestar o sinal cardinal de aumento de volume local. Há, assim, a presença de uma massa tecidual evidente. O termo "hiperplasia" indica aumento da quantidade de células, principalmente de fibroblastos e de células epiteliais; "fibrosa", por se observar a presença de grande quantidade de fibras colágenas; e "inflamatória" para descrever a natureza da lesão. 
3. Exsudativas: algumas inflamações crônicas podem manifestar a presença de pus, principalmente se o tecido não for adequado para o desenvolvimento de uma inflamação aguda, como é o caso do tecido ósseo. Esse tecido, ao ser agredido, manifesta imediatamente componentes teciduais de inflamação crônica, apesar de ter ainda um tempo de duração de inflamação aguda. O pus é freqüentemente visto em inflamações no osso, principalmente se a origem for infecciosa (como as osteomielites, por exemplo). Um outro exemplo são as fístulas, formadas para promover a drenagem da coleção purulenta de abscessos de longa duração. Infecções causadas por fungos que provocam supuração e são resistentes a fagocitose também podem ter um curso crônico com a formação de pus (como a Blastomicose em pele e mucosa bucal).
4. Granulomatosa (formação de granulomas): tipo de inflamação em que se observam os granulomas, formações especiais de células que, de tão características. Manifesta-se macroscopicamente ou clinicamente sob a forma de pequenos grânulos; daí o nome "granuloma".
(PATOARTE)
MEDIADORES QUIMICOS
– MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO RÁPIDA: Como o próprio nome já diz, promove a liberação logo que entra em contato com o agente agressor, liberando:
Serotonina e Histamina (promovem a vasodilatação e ↑ da permeabilidade)
-MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO PROLONGADA: Estes são liberados durante todo o processo inflamatório, até que o agente seja eliminado totalmente do tecido, sendo:
Bradicinina e Prostaglandia (promovem a vasodilatação, ↑ da permeabilidade e também promovem a quimiotaxia, que corresponde na atração de leucócitos para área atingida)
Mecanismos (fases)
Fase Irritativa: é a fase que perdura por toda a inflamação, caracterizada pela liberação de mediadores químicos decorrente da ação do agente agressor nos tecidos.
Fase Vascular: consiste no aumento da permeabilidade do vaso e vasodilatação.
Fase Exudativa: caracterizado pela formação de exudato celular e plasmático, oriundo do aumento da permeabilidade do vaso.
Fase Degenerativa-Necrótica: fase em que evidenciam células mortas, necrosadas e produtos de degeneração.
Fase produtiva-reparativa: multiplicação de células e reparação tecidual. O local lesionado pode regenerar (mesmo tipo de célula) ou cicatrizar (tecido fibroso). Essa é a fase final que visa recompor o tecido lesionado.
MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO CELULAR
As adaptações são alterações reversíveis em número, tamanho, fenótipo, atividade metabólica ou das funções celulares em resposta às alterações no seu ambiente. As adaptações fisiológicas normalmente representam respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos (p. ex., o aumento da mama e do útero, induzido por hormônio, durante a gravidez). As adaptações patológicas são respostas ao estresse que permitem às células modularem sua estrutura e função escapando, assim, da lesão. Tais adaptações podem ter várias formas distintas. 
•Hipertrofia: aumento do tamanho da célula e do órgão, sempre em resposta ao aumento da carga de trabalho; induzida por fatores de crescimento produzidos em resposta ao estresse mecânico ou outros estímulos; ocorre em tecidos incapazes de divisão celular. Pode ser fisiológica ou patológica
• Hipotrofia: diminuição do tamanho da célula e do órgão, como resultado da diminuição do suprimento de nutrientes
ou por desuso; associada à diminuição de síntese celular e aumento da quebra proteolítica das organelas celulares. Pode ser fisiológica ou patológica
•Hiperplasia: aumento do número de células em resposta a hormônios e outros fatores de crescimento; ocorre em tecidos cujas células são capazes de se dividir ou que contenham abundantes células-tronco. 
•Hipoplasia: diminuição do número de células em resposta a hormônios e outros fatores de crescimento; ocorre em tecidos cujas células são capazes de se dividir ou que contenham abundantes células-tronco.
							Pode ser fisiológica ou patológica
• Metaplasia: alteração do fenótipo em células diferenciadas, sempre em resposta a irritação crônica que torna as células mais capazes de suportar o estresse; geralmente induzida por via de diferenciação alterada das células-tronco nos tecidos; pode resultar em redução das funções ou tendência aumentada para transformação maligna.
MECANISMOS DE LESÃO CELULAR
Necrose: 
O aspecto morfológico da necrose resulta da desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática das células lesadas lentalmente, As células necróticas são incapazes de manter a integridadeda membrana e seus conteúdos sempre extravasam, um prcesso que pode iniciar inflamação no tecido circundante. As enzimas que dirigem a célula necrótica são derivadas dos lisossomos dos leucócitos
Padrões de necrose: 
Necrose de coagulação: A arquitetura básicas dos tecidos mortos é preservada, a lesão desnatura as proteínas estruturais e também as enzimas. 
Necrose liquefativa: Ao contrário da necrose de coagulação, é caracterizada pela digestão das células mortas, resultando na transformação do tecido em uma massa viscosa e líquida
Necrose gangrenosa: Usado comumente na clínica. Em geral a um membro, comumente perna, que tenha perdido seu suprmento sanguíneo e que sofreu necrose.
Necrose caseosa: Ocorre normalmente em focos de infecção tuberculosa, o termo caseoso é ¨semelhante a queijo¨ 
Necrose gordurosa: Ela se refere a áreas focais de desnutrição gordurosa, isso ocorre normalmente quando ocorre liberação de lipase pancreática ativadas na substância do pâncreas e na cavidade peritoneal, ocorre na emergência abdominal calamitosa, conhecida como pamcreatite aguda.
Necrose fibrinoide: Reação normalmente observada nas reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos. Ocorre quando os complexos antígenos anticorpos são depositados nas paredes das artérias.
A lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente que não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos ou são prejudicadas por anomalias intrínsecas (p. ex., no DNA ou nas proteínas). Os diferentes estímulos lesivos afetam muitas vias metabólicas e organelas celulares. A lesão pode progredir de um estágio reversível e culminar em morte celular. 
• Lesão celular reversível. Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e funcionais são reversíveis se o estímulo nocivo for removido. Nesse estágio, embora existam anomalias estruturais e funcionais significativas, a lesão ainda não progrediu para um dano severo à membrana e dissolução nuclear. 
• Morte celular. Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte celular — necrose e apoptose — que diferem em suas morfologias, mecanismos e papéis na fisiologia e na doença (Fig. 1-6 e Tabela 1-1). Quando o dano às membranas é acentuado, as enzimas extravasam dos lisossomos, entram no citoplasma e digerem a célula, resultando em necrose. Os conteúdos celulares também extravasam através da membrana plasmática lesada e iniciam uma reação (inflamatória) no hospedeiro. A necrose é a principal via de morte celular em muitas lesões comumente encontradas, como as que resultam de isquemia, de exposição a toxinas, várias infecções e trauma. Quando a célula é privada de fatores de crescimento ou quando o DNA celular ou as proteínas são danificadas sem reparo, a célula se suicida por outro tipo de morte, chamado apoptose, que é caracterizada pela dissolução nuclear sem a perda da integridade da membrana. Enquanto a necrose constitui sempre um processo patológico, a apoptose auxilia muitas funções normais e não está necessariamente associada à lesão celular patológica. Além disso, a apoptose, em certos papéis fisiológicos, não desencadeia uma resposta inflamatória. As características morfológicas, os mecanismos e o significado dessas duas vias de morte celular são discutidos em mais detalhes nas próximas seções. 
CAUSAS DA LESÃO CELULAR 
As causas da lesão celular variam de trauma físico grosseiro de um acidente de automóvel a defeito em um único gene que resulta em uma enzima defeituosa, caracterizando uma doença metabólica específica. A maioria dos estímulos nocivos pode ser agrupada nas seguintes categorias. 
Privação de Oxigênio 
A hipóxia, ou deficiência de oxigênio, interfere com a respiração oxidativa aeróbica e constitui uma causa comum e extremamente importante de lesão e morte celulares. A hipóxia pode ser distinguida da isquemia, que é a perda do suprimento sanguíneo em um tecido devido ao impedimento do fluxo arterial ou à redução da drenagem venosa. Enquanto a isquemia é a causa mais comum de hipóxia, a deficiência de oxigênio pode resultar também da oxigenação inadequada do sangue, como na pneumonia, ou por redução da capacidade do sangue em transportar oxigênio, como na anemia ou envenenamento por monóxido de carbono (CO). (O CO forma um complexo estável com a hemoglobina que impede a ligação ao oxigênio.) 
Agentes Químicos 
Enorme número de substâncias químicas que podem lesar as células é amplamente conhecido; mesmo substâncias inócuas, como glicose, o sal ou mesmo água, se absorvidas ou administradas em excesso podem perturbar o ambiente osmótico, resultando em lesão ou morte celular. Os agentes comumente conhecidos como venenos causam severos danos em nível celular por alterarem a permeabilidade da membrana, a homeostasia osmótica ou a integridade de uma enzima ou cofator. A exposição a esses venenos pode culminar em morte de todo o organismo. Outros agentes potencialmente tóxicos são encontrados diariamente no nosso ambiente; eles incluem poluentes do ar, inseticidas, CO, asbesto e os “estímulos” sociais, como o álcool. Mesmo as drogas terapêuticas podem causar lesão à célula ou ao tecido em paciente suscetível ou se usadas de modo excessivo ou inapropriado. Até mesmo o oxigênio em altas pressões parciais é tóxico. 
Agentes Infecciosos 
Esses agentes variam desde vírus submicroscópicos a tênias grandes; entre eles estão as riquétsias, as bactérias, os fungos e os protozoários. 
Reações Imunológicas 
Embora o sistema imune defenda o corpo contra micróbios patogênicos, as reações imunes podem também resultar em lesão à célula ou ao tecido. Os exemplos incluem as reações autoimunes contra os próprios tecidos e as reações alérgicas contra substâncias ambientais, em indivíduos geneticamente suscetíveis 
Fatores Genéticos 
As anomalias genéticas resultam em alterações patológicas tão grosseiras como nas malformações congênitas associadas com a síndrome de Down ou tão sutis como a substituição de um único aminoácido na hemoglobina S originando a anemia falciforme . Os defeitos genéticos causam lesão celular por causa da deficiência de proteínas funcionais, como os defeitos enzimáticos nos erros inatos do metabolismo ou a acumulação de DNA danificado ou proteínas mal dobradas, ambos disparando a morte celular quando são irreparáveis. As variações genéticas (polimorfismos) podem influenciar também a suscetibilidade das células a lesão por substâncias químicas e outras lesões ambientais. 
Desequilíbrios Nutricionais 
Até mesmo na presente era de borbulhante riqueza global, as deficiências nutricionais permanecem como a principal causa de lesão celular. As deficiências
proteico-calóricas entre as populações desfavorecidas é o exemplo mais óbvio; as deficiências de vitaminas específicas não são incomuns, mesmo em países desenvolvidos com alto padrão de vida. Ironicamente, os excessos nutricionais são também causas importantes de morbidade e mortalidade; por exemplo, a obesidade aumenta consideravelmente o risco para diabetes melito tipo 2. Além disso, as dietas ricas em gordura animal estão fortemente implicadas no desenvolvimento da aterosclerose, como também na vulnerabilidade aumentada a muitas desordens, incluindo o câncer. 
Agentes Físicos 
O trauma, os extremos de temperatura, a radiação, o choque elétrico e as alterações bruscas na pressão atmosférica exercem profundos efeitos nas células. 
Envelhecimento 
A senescência celular leva a alterações nas habilidades replicativas e de reparo das células e tecidos. Essas alterações levam à diminuição da capacidade de responder ao dano e, finalmente, à morte das células e do organismo.
(ROBBINS)
Água: Degeneração Hidrópica: É uma alteração que se caracteriza pelo acúmulo de água no citoplasma, que se torna volumoso e pálido com núcleo normalmente posicionado. É vista com mais freqüência nas células parenquimatosas, principalmente do rim, fígado e coração.
Lipídios: Degeneração Gordurosa ou Esteatose: Acúmulo anormal de lipídios no interior das células parenquimatosas.
Proteínas: Degeneração Hialina: São processos degenerativos dependentes de metabolismo protéico alterado, com conseqüente acúmulo de proteínas.
Muco: Degeneração Mucóide: Acontece nas células epiteliais que produzem muco. Nas inflamações das mucosas, há acúmulo excessivo de muco no interior das células.
Carboidratos: Degeneração Glicogênicas: São processos nos quais a glicose é então reabsorvida pelas células dos rins (tubulares renais) e células do fígado ( hepatócitos), sendo armazenada na forma de glicogênio, conferindo às células tubulares um aspecto finamente vacuolizado que se assemelha à degeneração hidrópica
PROBLEMA 2
ENTENDER O SISTEMA IMUNOLOGICO E SEUS COMPONENTES
     A palavra imunologia é derivada do Latim immunis ou immunitas cujo significado é “isento de carga”, sendo que a carga pode referir-se a uma taxa monetária imposta ao cidadão, uma regra ou lei de restrição de direitos e liberdade, ou uma enfermidade. Indivíduos que não sucumbem a uma doença quando infectados são ditos imunes e o status de uma resistência específica a uma determinada doença é chamado de imunidade.
 A imunologia é o ramo da biologia responsável pelo estudo das reações de defesa que conferem resistência às doenças (Klein, 1990).
Componentes:
●Barreiras físicas e químicas como os epitélios e as substâncias antimicrobianas produzidas por eles.
●Células fagocíticas (neutrófilos e macrófagos)
●Células NK
●Proteínas plasmáticas e sistema complemento
●Citocinas, mensageiros químicos que agem na ativação e recrutamento de células e na ligação com a imunidade adquirida.
Mecanismos efetores:
●Fagocitose (macrófagos)
●Grânulos (NK e neutrófilos)
●Lise celular (sistema complemento)
.............................................................................................
Macrófagos – são importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos conjuntivos e no sangue (quando são chamados de monócitos) e, no sistema imune, possui a função de detectar e fagocitar (processo que engloba e digere substâncias no organismo) microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos. Essas células são as primeiras a perceber a presença de agentes invasores.
Linfócitos - essas células, presentes no sangue, são um tipo de leucócito (glóbulo branco) e podem ser de três tipos principais:
Linfócitos B – a principal função desse tipo celular é a produção de anticorpos, quando maduros e ativos. Nesta fase são denominados plasmócitos.
Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas pelos macrófagos, são estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os linfócitos T matadores (CD8) e os linfócitos B. São os linfócitos auxiliadores os responsáveis por comandar a defesa do organismo.
Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem responsáveis pela destruição de células anormais, infectadas ou estranhas ao organismo.
O sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos, os órgãos imunitários primários e os órgãos imunitários secundários. Os primeiros são assim denominados por serem os principais locais de formação e amadurecimento dos linfócitos. Já os segundos, são secundários por atuarem no sistema imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos.Veja quais são os órgãos que compõem esses dois grupos:
Órgãos imunitários primários: Local onde as células tronco Se dividem e se tornam IMUNOCOMPETENTES
Medula óssea – além da produção de células sanguíneas e plaquetas, a medula produz linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos linfócitos B.
Timo – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros.
Órgãos imunitários secundários: Local onde ocorre a resposta imune.
Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada, permitindo que partículas invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali presentes.
Tonsilas (amigdalas) – possuem função semelhante aos linfonodos. Estão localizadas na parte posterior da boca e acima da garganta.
Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias estranhas e resíduos celulares, além de produzir linfócitos.
Adenoides – constituem de uma massa de tecidos linfoides protetores localizados no fundo da cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus causadores de doenças transmitidas pelo ar.
Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do intestino grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos invasores são combatidos.
Para proteger o indivíduo de maneira eficaz contra uma doença, o sistema imune deve realizar quatro principais tarefas. 
A primeira é o reconhecimento imune: a presença de uma infecção deve ser detectada. Essa tarefa é realizada pelos leucócitos do sistema imune inato, os quais proporcionam uma resposta imediata, e pelos linfócitos do sistema imune adaptativo. 
A segunda tarefa é conter a infecção e, se possível, eliminá-la por completo, o que traz à ativa as funções imunes efetoras, como o sistema do complemento de proteínas sanguíneas, os anticorpos produzidos por alguns linfócitos e a capacidade destrutiva dos linfócitos e outros leucócitos. Ao mesmo tempo, a resposta imune deve ser mantida sob controle para que não cause nenhum prejuízo ao próprio organismo. 
A regulação imune, ou capacidade que o sistema imune tem para autorregulação, é, portanto, um aspecto importante nas respostas imunes, e a falha de tal regulação contribui para o desenvolvimento de determinadas condições, como alergias e doenças autoimunes. A quarta tarefa é proteger o indivíduo contra a recorrência de uma doença devida a um mesmo patógeno.
Uma característica particular do sistema imune adaptativo é a capacidade de produzir memória imune, de modo que, tendo sido exposta uma vez a um agente infeccioso, uma pessoa produzirá uma resposta forte e imediata contra qualquer exposição subsequente ao mesmo patógeno, isto é, ela terá imunidade protetora contra ele.
COMPREENDER RESPOSTAS IMUNOLOGICAS NATURAL E ADAPTATIVA
	IMUNIDADE NATURAL (INATA)
O sistema imune inato é a 1º linha de defesa contra patógenos externos; 
Representada por barreiras mucocutâneas (pele e anexos), e também componentes presentes nas mucosas. 
 
	SÍTIOS E SECREÇÕES 
	DEFESA 
	Lágrima 
	Lisozima 
	Saliva 
	Lisozima 
	Fossas nasais 
	Turbilhonamento de ar 
	Orofaringe 
	Bactérias comensais 
	Estômago 
	Alteração do pH 
	Intestino 
	Bactérias comensais 
	Trato urinário 
	Jato urinário 
	Vagina 
	pH baixo e bactérias
comensais 
	Pele 
	Barreira física, bactérias comensais e ácidos graxos 
Ela também é formada por células fagocitárias: macrófagos, monócitos, neutrófilos e células dendríticas; 
Fatores  solúveis: complemento e enzimas proteolíticas. 
 
MACRÓFAGOS: células fagocitárias. Eliminam as bactérias por liberação de radicais derivados do Oxigênio. Responsável pela remoção de tecidos necrosados ou inflamados. Fagocita células mortas, restos celulares, proteinas estranhas, etc. São células mediadoras entre a imunidade inata e adaptativa (Células apresentadoras de antígenos - APCs). 
 
MONÓCITOS: núcleo ovóide. Células fagocitárias livres na corrente sanguínea, originadas na medula óssea. Quando saem da corrente sanguínea para os tecidos, tornam-se fixos e passam a se chamar macrófagos. 
 
Conforme tecido ou órgão em que se encontram, os macrófagos recebem nomes diferentes:
	NOME 
	LOCALIZAÇÃO 
	Célula de Langerhans     
	Epiderme 
	Histiócito 
	Derme 
	Célula de Kupffer 
	Fígado 
	Osteoclasto 
	Osso 
	Macrófago alveolar 
	Pulmão 
	Micróglia 
	Sistema  nervoso central 
	Célula mesangial do glomérulo 
	Rim 
NEUTRÓFILO: leucócitos esféricos circulantes que apresentam citoplasma rico em grânulos e o núcleo em múltiplas formas. Tornam-se ameboides e fagocitários quando em contato com substâncias sólidas. São muito importantes na defesa contra bactérias. 
 
EOSINÓFILOS: apenas 2 a 5% dos leucócitos. Apresenta vários grânulos citoplasmáticos e núcleo bilobulado. Esses granulócitos são atraídos para as áreas de infecção alérgica causada pela liberação de histamina produzida principalmente pelos basófilos e mastócitos. Participam na defesa contra patógenos muito grandes para serem fagocitados, como os helmitos. 
 
BASÓFILOS: encontrados com pouca frequência na corrente sanguínea. Apresentam grânulos violeta escuro no citoplasma, compostos de heparina, substancias de ação lenta da anafilaxia (SRS-A) e fator quimiotáxico dos eosinófilos na anafilaxia (ECF-A). Quando em contato com substancias alergenas, pode haver desgranulação (provoca reação alérgica). 
 
MASTÓCITOS: não são encontrados no sangue, mas sim no tecido conjuntivo. As propriedades são semelhantes aos basófilos. A sua principal função é armazenar mediadores químicos da inflamação, como histamina, heparina, ECF-A (fator quimiotáxico dos eosinófilos) SRS-A, serotonina e fator quimiotáxico dos neutrófilos. Ele participa nas reações alérgicas (hipersensiblidade). 
 
CÉLULAS NK (natural killer - matadoras naturais): linfócitos grandes granulares. Principal função é destruir células parasitadas por vírus e células neoplásicas. Mecanismo de reconhecimento se dá através da presença de glicoproteínas de alto peso molecular que aparecem na superfície das células infectadas. A destruição da célula-alvo pelas células NK é provocada pela indução da morte celular (apoptose). 
 
CÉLULAS DENDRÍTICAS: relacionadas à linhagem dos fagócitos mononucleares, projeções membranosas que lembra espinhos. Eficientes  na apresentação de antígenos aos linfócitos Thelper (TH) (APC). Sua função é carregar os antígenos da epiderme até o linfonodo mais próximo, onde a resposta imune se inicia. Elas auxiliam  na diferenciação dos linfócitos B em  plasmócitos. 
São as mais imporatantes na ativação das células T virgens, têm longas projeções membranosas e capacidade fagocítica as células dendríticas tem alto grau de especificidade reconhecendo moléculas produzidas por parasitas mas não derivadas de mamíferos, em respostas á ativação induzida por microorganismos as células dendríticas da pele, parênquima do orgãos ou mucosas tornam-se móveis e migram pra os gânglios linfáticos lá apresentam os antifenos microbianos para o linfócitos T
 
 
Resposta Inata:
É a primeira resposta do organismo frente ao ataque de um agressor.
Os mecanismos de imunidade inata reconhecem células danificadas e mortas e tentam eliminá-las, as células que reconhecem essas estruturas são chamadas de padrões moleculares associado á danos(DAMPs) , além desses padrões há também os padrões mleculares associados a patógenos(PAMPs) que faz a ativação primária do organismo frente há patógenos invasores , os DAMPs e PAMPs são formados por receptores do tipo Toll (TLRs) e receptores de ligação a nucleotídeo contendo domínio com seqüência repetida de resíduos do aminoácido leucina (NLRs)
( Defesa inicial, não tem memória, mecanismo principais: barreiras físicas e químicascontra microorganismos) 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
Representada principalmente pela ação dos linfócitos B e T; 
A resposta imune adaptativa  é especifica para um determinado agente agressor (antígeno); 
Desenvolvem memória imunológica; 
Mediadores solúveis: complemento, citocinas. 
 
LINFÓCITOS T: somente conseguem reconhecer antigenos quando estão apresentados por subgrupos funcionais, denominas T helper (Th CD4+) e T citotóxico (T CD8+). 
Linfócitos Th: auxiliam e ativam a resposta imune, com a produção das citocinas, promovendo a proliferação e diferenciação de linfócitos T, B e macrófagos. 
Linfócitos T citotóxicos: exercem atividade supressora sobre a atividade imunológica. 
 
LINFÓCITOS B: ativados pela resposta imunológica, proliferam-se em plasmócitos. E esses plasmócitos produzem grande quantidade de anticorpos (imunoglobulinas - Ig) específicos contra o antígeno (Ag). 
Principais Fatores Solúveis  
Complemento (C'): grupo de proteinas séricas que desencadeiam a lise celular,  participando tanto da imunidade inata quanto da adaptativa; 
Citocinas: moléculas envolvidas na sinalização entre as células durante a resposta imune. Ex.: Interleucinas, Interferons, fatores estimuladores de colônias, fatores de necrose tumoral; 
Antígeno (Ag): qualquer molécula que estimule o sistema imune inato e adaptativo; 
Anticorpo (Ac):  moléculas com especificidade de ligação a um determinado antígeno. 
Resposta adaptativa:
	
	Celular 
	Humoral
	Linfócitos
	Formado no timo 
CTL(Linfócitos Tcitotóxico) NK 
	Formado na medúla óssea
B(Formadores de anticorpos)
	Principal ação 
	Destruição dos antígenos ( ativação dos macófagos e neutrófilos para fagocitose) , sem as imunoglobulinas 
	através das imunglobulinas, que reconhecem os antígenos e promove sua opsonização, que é a neutralização do antígeno, e promove a eliminação deles pelos mecanismos efetores
A resposta adaptativa pode ser dividida em dois tipos, as respostas celular e humoral.
Respostas estimuladas pela ação a agentes infecciosos e a capacidade defensiva aumentada com exposições posteriores
	Características gerais da imunidade adaptativa 
	Função 
	Especificidade 
	Assegura que a resposta imunológica a determinado antígeno seja dirigida a ele 
	Diversidade 
	Permite ao sistema imunológico responder a uma grande variedade de antígeno 
	Memória 
	Aumenta a capacidade de combater infecções repetidas pelo mesmo microorganismo 
	Expansão clonal 
	Aumenta o número de linfócitos específicos para determinado antígeno microbiano fazendo frente a capacidade replicativa deles
	Especialização 
	Gera resposta que são ideais para a defesa contra diferentes antígenos 
	Contração e homeostasia 
	Permite ao sistema imunológico recuperar-se de uma resposta, de modo que pode responder a novos antígenos que encontre
	Nao reatividade ao próprio 
	Impede a lesão do hospedeiro durante a resposta a antígenos estranhos 
Imunidade Humoral 
É mediada por moléculas no sangue e nas secreções das mucosas, anticorpos, que são produzidos por linfócitos B. Os anticorpos reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a capacidade dos micro-organismos de infectar e promovem a sua eliminação através de diversos mecanismos. 
A imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa contra micro-organismos celulares e suas toxinas, visto que os anticorpos secretados podem se ligar a eles e ajudar na destruição. Os próprios anticorpos são especializados e podem ativar diferentes
mecanismos efetores, como a fagocitose.
Ativação dos linfócitos B e eliminação dos micro-organismos extracelulares
Imunidade Celular 
Também conhecida como imunidade mediada por células, é mediada por linfócitos T. Os micro-organismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam no interior dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde são inacessíveis aos anticorpos circulantes. 
A defesa contra essas infecções constitui uma função da imunidade celular que promove a destruição dos micro-organismos que residem nos macrófagos ou a destruição das células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção.
Ativação dos linfócitos T e eliminação dos micro-organismos intracelulares:
Tipos de Reações Imunológicas Mediadas por Células 
Células T efetoras CD4+ recrutam e ativam outros leucócitos 
Em geral, as células TH1 ativam os macrófagos, as reações TH17 são dominadas por neutrófilos (e números variados de macrófagos), e as células TH2 recrutam e ativam os eosinófilos. Essa cooperação ilustra uma importante ligação entre imunidade adaptativa e inata: por meio da secreção de citocina, as células T estimulam a função e se concentram na atividade das células efetoras não especificas da imunidade inata, convertendo assim essas células em agendes da imunidade adaptativa. 
 Células TH1 ativam os fagócitos para destruir micro-organismos ingeridos (patógenos INTRACELULARES)
Muitos micro-organismos desenvolveram mecanismos que permitem que eles sobrevivam e até mesmo se repliquem dentro dos fagócitos, de modo que a imunidade inata seja incapaz de erradicar essas infecções. Nessas situações, a função das células TH1 é potencializar as reações microbicidas dos macrófagos e, assim, eliminar a infecção. 
 Células TH17 medeiam reações contra fungos e bactérias (extracelulares) recrutando neutrófilos (e alguns monócitos), que ingerem e destroem os micro-organismos. 
 Células TH2 medeiam reações contra helmintos estimulando a produção de IgE e ativa os eosinófilos e os mastócitos para eliminar os helmintos. 
 Linfócitos Citotóxicos T CD8+ medeiam reações contra micro-organismos que infectam e se replicam no 
citoplasma de diversas células, incluindo as não fagocíticas, e as eliminam 
DIFERENÇAS ENTRE IMUNIDADE INATA E ADAPTATIVA 
 
	PROPRIEDADES 
	IMUNIDADE INATA 
	IMUNIDADE ADAPTATIVA 
	Barreira física 
	Pele e mucosas 
	Nenhuma 
	Fatores solúveis 
	Lisozima, complemento, proteínas de fase aguda. Exemplo: proteína C reativa, interferons alfa e beta. 
	Anticorpos 
	Células 
	Macrófagos, polimorfonucleares, células NK (Natural killer cell). 
	Linfócitos T e B 
	Discriminação do próprio e do não-próprio 
	Sim 
	Sim 
	Especificidade 
	Não 
	Sim 
	Memória imunológica 
	Não 
	Sim
CARACTERIZAR AS CLASSES DE IMONUGLOBULINAS E MECANISMOS EFETORES
Veja que o número de sítios de ligação varia bastante, sendo que na IgG e IgE tem 2 e no IgM tem 10. É. O tempo de meia vida da IgG é maior porque existem receptores (FcRn – receptor neonatal de Fc) que fazem com que uma IgG após ser pinocitada não sofra destruição e seja novamente secretada (isso é usado em certos fármacos). Obs.: FcRn atua em neonatos durante a gestação favorecendo a transferência de IgG materno para filho.
Estrutura do Anticorpo
A estrutura básica da molécula de imunoglobulina consiste de quatro cadeias polipeptídicas, sendo duas cadeias levese duas cadeias pesadas, unidas por pontes dissulfeto formando uma proteína globular em forma de Y. A haste do Y é denominada fragmento Fc e é responsável pela atividade biológica (função efetora) dos anticorpos. Diferenças estruturais no Fc definem os cinco isotipos principais ou classes de imunoglobulinas: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Tanto as cadeias pesadas quanto as cadeias leves tem uma região constante e uma região variável. A região variável é responsável pela interação com o antígeno – são os “braços” da molécula de anticorpo e são denominados fragmentosFab (Fragment antigen binding). As moléculas de imunoglobulinas ou anticorpos apresentam diferenças na seqüência de aminoácidos nas porções Fab. A diversidade nesses sítios de ligação ao antígeno garante que haja um repertório quase ilimitado de especificidades de anticorpos.
A classe de um anticorpo é definida pela estrutura de sua cadeia pesada, algumas das quais possuem vários subtipos, e esses determinam a atividade funcional de uma molécula de anticorpo. As cinco classes principais de imunoglobulinas são IgA, IgD, IgE, IgG e IgM:
IgA  Representa 15-20% das imunoglobulinas do soro humano. No homem, mais de 80% da IgA ocorre sob a forma monomérica e está presente no sangue sob esta forma. A IgA é a imunoglobulina predominante em secreções: saliva, lágrima, leite, mucosas do trato gastrintestinal (TGI), respiratório e geniturinário. Nestas secreções ela se une a umcomponente secretor, e forma a IgA secretora. Esta é composta por duas unidades (dimérica) ligadas a uma cadeia J unida pelas porções Fc no componente secretor. A função desse componente é proteger a molécula das enzimas hidrolíticas (destrutivas). O principal papel da IgA é proteger o organismo de invasão viral ou bacteriana através das mucosas (neutralização). SECREÇÃO
IgD  perfaz menos de 1% do total de imunoglobulinas plasmáticas e a função biológica precisa dessa classe de imunoglobulina é ainda incerta. A IgD é co-expressa com a IgM na superfície de quase todas as células B maduras e inativas (fase de reconhecimento), sendo que a IgD é expressa mais tardiamente, indicando uma célula B mais madura.
IgE  é encontrada nas membranas superficiais dos mastócitos e eosinófilos em todos os indivíduos. Essa classe de imunoglobulina sensibiliza as células nas superfícies das mucosas conjuntiva, nasal e brônquica. A IgE pode ter ainda importante papel na imunidade contra helmintos, embora nos países desenvolvidos esteja mais comumente associada a reações alérgicas como asma e rinite. Metade dos pacientes com doenças alérgicas tem altos níveis de IgE. A interação entre o antígeno e a IgE ligada no mastócito resulta em liberação de histamina, importante mediador inflamatório, causando vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, contração de músculo liso e quimioatração de outras células inflamatórias. ALERGICA
IgG  É uma imunoglobulina monomérica que perfaz 80% das imunoglobulinas do organismo. É a imunoglobulina mais abundante no soro e está distribuída uniformemente entre os espaços intra e extravasculares. É o anticorpo mais importante da resposta imune secundária. Em humanos, as moléculas de IgG de todas as subclasses atravessam a barreira placentária e conferem um alto grau de imunidade passiva ao feto e ao recém-nascido. É o anticorpo principal nas respostas imunes secundárias e a única classe antitoxinas. A região Fc ativa o complemento (quando unida ao antígeno) e auxilia a fagocitose por se ligar a macrófagos (opsonização). Com a ativação do complemento, há uma amplificação da resposta inflamatória (com geração de quimiotaxia de neutrófilos, aumento da permeabilidade vascular), opsonização e montagem do MAC (complexo de ataque à membrana). SOROLOGIA TOXOPLASMOSE
IgM  Perfaz aproximadamente 10% do conjunto de imunoglobulinas. Sua estrutura é pentamérica, As cinco cadeias são ligadas entre si por pontes dissulfeto e por uma cadeia polipeptídica inferior chamada de cadeia J. É a primeira imunoglobulina a ser expressa na membrana do linfócito B inativo. Na membrana das células B, a IgM está na forma monomérica. O primeiro anticorpo produzido numa resposta imune primária é sempre IgM pentamérica. A IgM é encontrada principalmente intravascular, sendo uma classe de anticorpos "precoces" (são produzidas nas fases iniciais agudas das doenças que desencadeiam resposta humoral).
RESPOSTA DE FASE AGUDA
Funções dos anticorpos
Anticorpo de Membrana como receptor de linfócito B – Linfócitos B maduros (mas inativos) expressam IgD e IgM na superfície. O encontro do antígeno com esses receptores constitui as fases de reconhecimento e ativação (expansão clonal e diferenciação) da resposta imune.
Neutralização do antígeno – Toxinas bacterianas, drogas, agentes virais e outros parasitas, iniciam a lesão celular pela ligação a receptores específicos da superfície celular. Os anticorpos podem impedir esta interação, neutralizando o processo tóxico ou infeccioso.
Ativação do complemento por IgG ou IgM – O sistema complemento consiste numa família de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas por duas vias principais. A ativação pela via clássica é inicia pela ligação do componente C1q do complemento com um imunocomplexo (Ag+Ac). O ponto crucial da cascata de eventos que ocorre após a ativação do complemento é a clivagem de c3 em c3a e c3b. O c3a tem várias funções, como por exemplo, ativar a degranulação de mastócitos e realizar quimiotaxia. O c3b (além de opsonizar fagócitos) liga-se a outros fragmentos e entra na via da c5 convertase que vai então, clivar o c5 em c5a e c5b, o qual vai juntar-se a outros componentes formando o MAC (complexo de ataque à membrana – c5b9), um poro que vai levar a lise da célula-alvo (bactéria), através da interação com sua membrana. Esse processo ocorre em questão de segundos.
Opsonização – Os anticorpos envolvem a bactéria ou vírus em questão, e se ligam a receptores na superfície dos macrófagos. Isso melhora a eficiência da fagocitose.
Citotoxidade mediada por células dependente de anticorpo – As células NK, em determinadas ocasiões, matam o microorganismo se ele estiver revestido por anticorpos. Também os eosinófilos têm receptores para a região Fc da IgE, que reveste helmintos (muito grandes para serem fagocitados). É um processo chamado de citotoxidade mediada por células dependente de anticorpo.
DESCREVER COMO O ORGANISMO RECONHECE CORPO ESTRANHO
MHC – COMPLEXO PRINCIPAL DE HISCOMPATIBILIDADE 
A principal função dos linfócitos T é o reconhecimento de células infectadas e ativação de outras células, como macrófagos e células B. Os linfócitos T só reconhecem as células infectadas quando estas expressam antígenos associados. A apresentação de células infectadas (com antígeno associado) aos linfócitos T é realizada por proteínas especializadas que são codificadas por um locus chamado complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Assim, as moléculas do MHC são componentes dos ligantes que a maioria dos das células T reconhece, já que o MHC apresenta peptídeos às células T e os receptores destas são específicos para peptídeos antigênicos e moléculas do MHC do hospedeiro. 
Existem dois tipos de principais de produtos dos genes do MHC, chamados moléculas classe I e moléculas classe II. As moléculas do MHC humano são chamadas de antígeno leucocitário humano (HLA). A detecção e definição dos genes que controlam as reações de rejeição nos seres humanos foram feitas estimuladas a partir de transfusões sanguíneas e transplante de órgãos. Descobriu-se então que linfócitos T de um indivíduo irão proliferar uma resposta aos leucócitos de outro indivíduo. Os três primeiros genes definidos através de métodos sorológicos foram chamados de HLA-A, HLA-B e HLA-C e estes compõem os genes do MHC classe I. O primeiro gene a ser identificado nos estudos de resposta celular está localizado numa região adjacente ao locus HLA, e foi chamado de HLA-D. A proteína codificada pelo HLA-D foi posteriormente detectada e denominada molécula HLA-DR. Foram também encontrados outros genes adjacentes ao HLA-D que codificavam proteínas semelhantes ao HLA-DR e foram chamados de HLA-DQ e HLA-DP (P e Q foram escolhidos devido sua proximidade alfabética com a letra R). As proteínas HLA-DR, HLA-DQ e HLA-DP compõem então os genes do MHC classe II. As moléculas do MHC classe I apresentam peptídeos que são reconhecidos pelas células T CD8, enquanto que as moléculas do MHC classe II apresentam peptídeos que são reconhecidos pelas células T CD4. As descobertas do fenômeno potencial de resposta imunológica ligada ao MHC levaram à conclusão de que os genes do MHC controlam não apenas a rejeição a transplantes, mas também a resposta imunológica à todos os antígenos protéicos. 
As moléculas do MHC são proteínas presentes na membrana das APCs que apresentam antígenos peptídicos para reconhecimento pelos linfócitos T. 
O MHC tem papel fundamental no reconhecimento de antígenos pelas celas T CD4+ e T CD8+. 
Genes da resposta imune: os genes do MHC são de suma importância para todas as respostas imunes a antígenos proteicos. 
Os genes envolvidos são os genes da resposta imune (Ir), e foi constatado que todos eram mapeados no MHC. 
Hoje sabemos, que os gene Ir são, de fato, os genes do MHC que codificam moléculas do MHC, que diferem na sua capacidade de ligação e apresentação de peptídeos derivados de vários antigenos proteicos.As cepas que podem desencadear respostas imunes a determinado antígeno polipeptídico, herdam alelos do MHC cujos produtos podem ligar-se a peptídeos derivados desses antigenos, formando complexos de peptídeo – MHC que podem ser reconhecidos pelas células T auxiliares. Em seguida, essas células T ajudam as células B a produzir anticorpos. 
Propriedades gerais das moléculas do MHC 
 Cada molécula do MHC consiste em uma fenda ou sulco de ligação de peptídeo extracelular, seguida de domínios semelhantes a imunoglobulina (Ig) e domínios transmembrana e citoplasmático. As moléculas da classe I são compostas de uma cadeia polipeptídica codificada nos loci MHC e de uma segunda cadeia que não é codificada pelos loci MHC, enquanto as moléculas de classe II são compostas de duas cadeias polipeptídicas codificadas pelos loci MH. Ambas as estruturas tridimensionais globais das moléculas são semelhantes. 
 Os resíduos de aminoácidos polimórficos das moléculas do MHC estão localizados na fenda de ligação aos peptídeos e adjacentes a ela.Essa porção da molécula do MHC liga-se a peptídeos para apresenta-los as células T, e os receptores de antígenos das células interagem com o peptídeo apresentado . 
 Os domínios não polimórficos semelhantes a Ig das moléculas do MHC contem sítios de ligação para as moléculas CD4 e CD8 das células T. As moléculas Cd4 e CD8 são expressas em subpopulações distintas de linfócitos T maduros e participam, juntamente com os receptores de antígenos, no reconhecimento 
Propriedade das moléculas do MHC 
Cada molécula consiste em uma fenda extracelular que liga os peptídeos, seguida de um par de domínios semelhantes ao encontrado nas imunoglobulinas. As moléculas de classe I são constitutivamente expressas em quase todas as células nucleadas, enquanto as molécula de classe II são geralmente encontradas apenas em células dendríticas, linfócitos B, macrófagos e outros poucos tipos celulares. 
- Moléculas do MHC classe I: consistem em duas cadeias polipeptídicas ligadas de forma não-covalente, onde uma cadeia, α (ou cadeia pesada), é codificada pelo MHC e a outra, chamada β2-microglobulina, não é codificada pelo MHC. A cadeia α esta orientada de tal forma que três quartos de todo o peptídeo se estende para o meio extracelular, em pequeno fragmento hidrofóbico atravessa a membrana celular e os resíduos da região carboxiterminal estão localizados no citoplasma. Os segmentos aminoterminais α1 e α2, da cadeia α, interagem para formar uma fenda de ligação de peptídeos das moléculas de classe I. O tamanho dessa fenda é suficiente apenas para fragmentos pequenos de peptídeos se ligarem às moléculas do MHC e serem reconhecidos pelas células T CD8. Desta forma, a molécula de classe I totalmente montada é um heterodímero composta de uma cadeia α, uma cadeia β2-microglobulina e um peptídeo antigênico ligado à ela e a expressão estável dessa molécula requer a presença destes três componentes. 
- Moléculas do MHC classe II: são compostas de duas cadeias
polipeptídicas ligadas de forma não-covalente, uma cadeia α e uma cadeia β, ambas codificadas por genes do MHC. Os segmentos N-terminais de α1 e β1 interagem para formar uma fenda de ligação semelhante à fenda das moléculas classe I. O tamanho dessa fenda permite que paptídeos maiores possam se ligar às moléculas do MHC para reconhecimento pelas células T CD4. A região C-terminal dos segmentos α2 e β2 continua em pequenas regiões de conexão seguidas de extensões hidrofóbicas transmembrana. Nas duas cadeias, as regiões transmembrana terminam em grupos de aminoácidos básicos seguidos de caudas citoplasmáticas hidrofílicas curtas. Desta forma, uma moléculas de classe II totalmente montada é um heterodímero formado por uma cadeia α, uma cadeia β e um peptídeo antigênico ligado à ela, de forma que a expressão estável dessa molécula requer a presença desses três componentes. 
Com a descoberta de que as moléculas do MHC são as que apresentam os peptídeos ao sistema imunológico adquirido, um grande esforço tem sido feito para elucidar a base molecular das interações peptídeo-MHC e as características dos peptídeos que permitem que eles se liguem às moléculas do MHC. Essas questões são importantes não apenas para se entender a biologia do reconhecimento de antígenos pelas células T, as também para definirmos as propriedades de uma proteína que a torna imunogênica. Todas as proteínas que são imunogênicas em um indivíduo devem gerar peptídeos que possam se ligar às moléculas do MHC daquela pessoa. Tal informação pode ser usada para desenvolver vacinas, inserindo-se a sequência de aminoácidos do MHC aos antígenos usados para a imunização.
MHC I: Todas as células do corpo humano( exceto hemacias) expressa-o. As células NK matam todas as células que não expressam o MHC I
RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS 
O anticorpo e os receptores de antígenos das células T possuem a característica comum de possuírem porções constantes e variáveis, no entanto, o processo como os linfócitos reconhecem os antígenos e bem diferente: o anticorpo reconhece o antígeno em solução ou na superfície celular através da conformação natural dos determinantes antigênicos 10 (epítopos) do patógeno; enquanto que os receptores das células T reconhecem os antígenos em associação com moléculas MHC da sobre a superfície celular. Ou seja, um anticorpo reconhece a configuração geral de um antígeno ao invés de reconhecer determinados grupamentos químicos (eles reconhecem a estrutura terciária adequada para permitir as interações múltiplas necessárias para a ligação), e as células T são orientados pela por antígenos classe I e II do MHC ligados na membrana de outras células 
As reações antígeno-anticorpo mostram um alto nível de especificidade, de modo que um anticorpo fornece imunidade contra um determinado antígeno e pode não fornecer para outro antígeno diferente. Uma população de anticorpos pode conter muitos parátopos (região de ligação com o antígeno), cada qual reagindo com um diferente epítopo (componente na estrutura molecular do antígeno que se liga ao parátipo do anticorpo) ou mesmo com partes de um mesmo epítopo. Entretanto, quando alguns epítopos de um antígeno A são compartilhados por um outro antígeno B, uma porção de anticorpos dirigidos para A também reagirão com B. Isso é denominado reatividade cruzada.
Ativação dos linfócitos (expansão clonal e diferenciação dos linfócitos).
Linfócito T efetor 
Eliminação dos antígenos 
Diminuição das respostas imunes (homeostasia)
a) Células de memória sobrevivente
b) Apoptose dos linfócitos
PROBLEMA 3
OS TIPOS DE IMUNODEFICIENCIA
- Primárias ou congênitas – defeitos gênicos que causam aumento da susceptibilidade às infecções, comumente manifestada na primeira infância.
 - Secundárias ou adquiridas – resultam de fatores extrínsecos: infecção, drogas, desnutrição, irradiação.
Tipos de imunodeficiências primárias: - Humoral; - Celular; - Combinada; - De células fagocitárias; - De complemento.
– Imunodeficiências Secundárias: - Doenças neoplásicas - Doenças Infecciosas - Desnutrição (protéica e por carência de alimentos específicos como ferro, zinco, vitaminas). - Queimaduras. - Diarréias - Síndrome Nefrótica - Uremia - Problemas psiquiátricos
VIROLOGIA
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios que dependem da maquinaria metabólica da célula do hospedeiro para sua replicação. Eles consistem em um genoma de ácido nucleico circundado por um envelope de proteína (denominado capsídeo) que é algumas vezes delimitado por uma membrana lipídica.
CICLO
ADSORÇÃO
Após uma colisão ao acaso entre as partículas do fago e as bactérias, a adsorção, ou ancoragem, ocorre. Durante esse processo, um sítio de adsorção no vírus se liga ao sítio do receptor complementar na parede da célula bacteriana. Essa ligação consiste em uma interação química, na qual se formam ligações fracas entre o sítio de adsorção e o receptor celular. Os bacteriófagos T-pares possuem fibras na extremidade da cauda que servem como sítios de adsorção. Os receptores complementares estão na parede da célula bacteriana.
PENETRAÇÃO
Após a adsorção, os bacteriófagos T-pares injetam seu DNA (ácido nucleico) dentro da bactéria. Para isso, a cauda do bacteriófago libera uma enzima, a lisozima, que destrói uma porção da parede celular bacteriana. Durante o processo de penetração, a bainha da cauda do fago se contrai, e o centro da cauda atravessa a parede da célula bacteriana. Quando o centro alcança a membrana plasmática, o DNA da cabeça do fago penetra na bactéria, passando através do lúmen da cauda e da membrana plasmática. O capsídeo permanece do lado de fora da célula bacteriana. Portanto, a partícula do fago funciona como uma seringa hipodérmica injetando o DNA dentro da célula bacteriana.
BIOSSINTESE
Assim que o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma da célula hospedeira, ocorre a biossíntese do ácido nucleico e das proteínas virais. A síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela degradação do seu DNA induzida pelo vírus, pela ação de proteínas virais que interferem com a transcrição, ou pela inibição da tradução.
Inicialmente, o fago utiliza várias enzimas e os nucleotídeos da célula hospedeira para sintetizar cópias do seu DNA. Logo a seguir tem início a biossíntese das proteínas virais. Todo o RNA transcrito na célula corresponde a mRNA transcrito a partir do DNA do fago para a síntese de enzimas virais e das proteínas do capsídeo viral. Os ribossomos, as enzimas e os aminoácidos da célula hospedeira são usados na tradução. Durante o ciclo de multiplicação do fago, controles gênicos regulam a transcrição de regiões diferentes do DNA. Por exemplo, mensagens precoces são traduzidas em proteínas virais precoces, que são as enzimas usadas na síntese do DNA do fago. Da mesma forma, mensagens tardias são traduzidas em proteínas tardias, utilizadas na síntese do capsídeo viral.
Por um período de vários minutos após a infecção, fagos completos não são encontrados na célula hospedeira. Somente componentes isolados – DNA e proteína – podem ser detectados. Esse período da multiplicação viral, no qual vírions completos e infectivos ainda não estão formados, é denominado período de eclipse. 
MATURAÇÃO
A próxima sequência de eventos consiste na maturação. Durante esse processo, vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos. Os componentes virais se organizam espontaneamente, formando a partícula viral e eliminando a necessidade de muitos genes não estruturais e de outros produtos gênicos. As cabeças e as caudas dos fagos são montadas separadamente a partir de subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à cauda.
LIBERAÇÃO
O estágio final da multiplicação viral é a liberação dos vírions da célula hospedeira. O termo lise geralmente é utilizado para essa etapa da multiplicação dos fagos T-pares, pois, nesse caso, a membrana citoplasmática é rompida (lise). A lisozima, codificada por um gene viral, é sintetizada dentro da célula. Essa enzima destrói a
parede celular bacteriana, liberando os novos bacteriófagos produzidos. Os fagos liberados infectam outras células suscetíveis vizinhas, e o ciclo de multiplicação viral é repetido dentro dessas células.
Os vírus RNA são mais propensos a sofrer mutações genéticas, se comparados aos vírus DNA. Isto se deve ao fato das enzimas virais RNA polimerase e transcriptase reversa não serem capazes de corrigir erros que ocorrem durante a replicação do RNA. 
Imunidade Contra Vírus: 
Os vírus são micro-organismos intracelulares obrigatórios que vivem usando mecanismos do hospedeiro para sua replicação e disseminação. Após entrarem nas células, os vírus podem causar lesão tecidual e doença por diversos mecanismos. As respostas imunes inata e adaptativa aos vírus têm como objetivos bloquear a infecção e eliminar células infectadas. Uma vez que a infecção esteja estabelecida, as células infectadas são eliminadas pelas células NK na resposta imune inata, e os CTL, na adaptativa. 
Imunidade inata contra vírus: 
Os principais mecanismos da imunidade inata contra vírus são inibição da infecção por interferons tipo I e morte das células infectadas mediada por células NK. 
A infecção por muitos vírus está associada à produção de interferons do tipo I por células infectadas, principalmente células dendríticas do tipo plasmocitoide. Diversas vias desencadeiam a produção de interferons. Essas vias incluem reconhecimento de DNA e RNA virais por TLR endossômicos e ativação de receptores RIG citoplasmáticos pelo RNA viral. As vias convergem para a ativação de proteínas cinases, que por sua vez ativam os fatores de transcrição IRF que estimulam a transcrição do gene de interferon. Os interferons do tipo I atuam na inibição da replicação viral em células infectadas e não infectadas pela indução de um estado antiviral. 
As células NK destroem as células infectadas por uma variedade de vírus e constituem um importante mecanismo de imunidade antiviral no inicio do curso da infecção, antes do desenvolvimento da imunidade adquirida. As células NK também reconhecem as células infectadas nas quais o vírus causa o bloqueio da expressão do MHC I como um mecanismo de escape dos CTL, pois a ausência da molécula de classe I libera as células NK de um estado normal de inibição. 
Imunidade Adaptativa contra Vírus: 
É mediada por anticorpos, que bloqueiam a ligação do vírus e a entrada nas células do hospedeiro, e também por CTL, que eliminam a infecção destruindo as células infectadas. 
Os anticorpos mais eficazes são os de alta afinidade produzidos nas reações que ocorrem nos centros germinativos dependentes de células T. Os anticorpos são eficazes contra os vírus apenas durante o estágio extracelular de vida desses micro-organismos. Os vírus podem ser extracelulares no inicio do curso da infecção, antes que infectem as células do hospedeiro, ou quando são liberados das células infectadas pelo brotamento do vírus. Os anticorpos antivirais ligam-se ao envoltório viral ou aos antígenos do capsídeo e desempenham funções principalmente como anticorpos neutralizantes para prevenir a ligação do vírus na entrada nas células do hospedeiro. Portanto, os anticorpos previnem tanto a infecção inicial como a disseminação de célula para célula. 
Os anticorpos podem opsonizar partículas virais e promover a eliminação do patógeno por meio dos fagócitos. A ativação do complemento também pode participar da imunidade viral mediada por anticorpos, principalmente pela promoção da fagocitose e possivelmente pela lise direta dos vírus com envoltório lipídico. 
A eliminação dos vírus que residem dentro das células é mediada por CTL, os quais destroem as células infectadas. A maioria dos CTL específicos para vírus é constituída por células T CD8+ eu reconhecem peptídeos virais, citosólicos, geralmente sintetizados endogenamente e que são apresentados por MHC I. Se a célula infectada for uma célula tecidual e não uma APC, tal como a célula dendrítica, a célula infectada pode ser fagocitada pela célula dendrítica, que processa e apresenta os antígenos virais às células T CD8+ virgens (apresentação cruzada). 
A diferenciação completa dos CTL CD8+ frequentemente requer a produção de citocinas pelas células T CD4+ auxiliares ou coestimuladores expressos em células infectadas. As células T CD8+ sofrem proliferação maciça durante a infecção viral e a maioria das células em proliferação é específica para poucos peptídeos virais. Algumas das células T ativadas diferenciam-se em CTL efetoras. 
Os efeitos antivirais das CTL são principalmente devido à morte de células infectadas, mas outros mecanismos que degradam os genomas virais e a secreção de citocinas, como IFN-γ, que ativa os fagócitos e pode apresentar alguma atividade antiviral. 
Em infecções latentes, o DNA viral persiste nas células do hospedeiro, mas o vírus não replica nem destrói as células infectadas. 
Os CTL são gerados em resposta ao vírus que pode controlar a infecção, mas não erradicá-la. Como resultado, o vírus persiste nas células infectadas. 
Em algumas infecções virais, a lesão tecidual por ser causada por CTL.
Patogenicidade viral
 A patogenicidade viral é um processo pelo qual os vírus produzem doenças no hospedeiro; sendo que a virulência depende de uma serie de fatores do vírus e do hospedeiro, como dose de vírus, rota de entrada, idade, sexo, estado imune e espécie do hospedeiro. Fases de ataque ao hospedeiro
Penetração do vírus no hospedeiro: pode ser por cinco vias; pele, TGI, TGU, trato respiratório e conjuntiva.
Replicação primaria e disseminação: Tendo penetrado em um hospedeiro suscetível, o vírus pode multiplicar-se nas células do local de entrada. A replicação primaria pode determinar se a infecção vai ser localizada ou sistêmica. Os vírus que causam infecções em geral, disseminam-se por infecção das células adjacentes, raramente atravessando a camada de células epiteliais. (ex.: influenza e rotavírus).
Em alguns casos, a disseminação é controlada pela infecção de células epiteliais polarizadas e liberação preferencial pela superfície apical ou basolateral. A liberação apical favorece o desenvolvimento de infecções localizadas, e facilita a disseminação célula a célula na camada apical.
A disseminação viral pode ocorrer pela via sanguínea, linfática ou neuronal.
Tropismo células e tecidual e replicação secundaria: após a disseminação do agente viral, segue-se sua fixação e replicação nos órgãos-alvo especifico. O destino final das partículas virais é o ambiente extravascular, com inicio da multiplicação viral em células suscetíveis da pele, do SNC, do coração, fígado, baço, glândulas salivares ou de outros órgãos. 
Dano celular e tecidual: é o processo que ira desencadear toda resposta imunológica do organismo.
HIV- é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
AIDS-é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV.
JANELA IMUNOLÓGICA-é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV e os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção pelo vírus.
O período de identificação do contágio pelo vírus depende do tipo de exame (quanto à sensibilidade
e especificidade) e da reação do organismo do indivíduo. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 30 a 60 dias após a exposição ao HIV. Porém, existem casos em que esse tempo é maior: o teste realizado 120 dias após a relação de risco serve apenas para detectar os casos raros de soroconversão – quando há mudança no resultado.
Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar mais 30 dias e fazer o teste novamente.
É importante que, no período de janela imunológica, a pessoa sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas , pois, se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o HIV para outras pessoas.
Os estágios da infecção pelo HIV
O progresso da infecção por HIV em adultos pode ser dividido em três fases clínicas (Figura 19.16):
Fase 1. O número de moléculas de RNA viral por mililitro de plasma sanguíneo pode atingir mais de 10 milhões na primeira semana. Bilhões de células T CD4+ podem ser infectadas em algumas semanas. As respostas imunes e menos células não infectadas como alvo depletam bruscamente os números virais no plasma sanguíneo dentro de semanas. A infecção pode ser assintomática ou causar linfadenopatia (linfonodos inchados) 
Fase 2. Os números de células T CD4+ diminuem constantemente. A replicação do HIV continua, porém em um nível relativamente baixo, provavelmente sendo controlada pelas células T CD8+ e ocorrendo principalmente no tecido linfoide. Apenas algumas células relativamente infectadas liberam o HIV, embora muitas possam conter o vírus nas formas
latente ou proviral. Há poucos sintomas graves da doença, mas um declínio da resposta imune pode se tornar aparente pelo aparecimento de infecções persistentes pela levedura Candida albicans, que podem aparecer na boca, na garganta ou na vagina. Outras condições podem incluir febre e diarreia persistente. Leucoplaquia oral (manchas esbranquiçadas na mucosa oral), ocasionada pela reativação dos vírus Epstein-Barr latentes, herpes zoster e outras indicações da diminuição da imunidade podem aparecer.
Fase 3. A Aids clínica emerge, geralmente em 10 anos de infecção. As contagens de células T CD4+ estão abaixo de 350 células/μL (contagem de 200 células/μL define Aids). Condições clínicas importantes indicadoras da Aids aparecem, como infecção dos brônquios, da traqueia ou dos pulmões por C. albicans; infecções dos olhos por citomegalovírus; tuberculose; pneumonia por Pneumocystis; toxoplasmose no cérebro; e sarcoma de Kaposi. Os Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDC, de Centers for Disease Control and Prevention) classificam o progresso das infecções por HIV com base nas populações de células T.
O propósito é fornecer principalmente um guia para o tratamento, como quando administrar certas drogas. A população normal de um indivíduo saudável é de 800 a 1.000 células T CD4+/μL. Nos Estados Unidos, uma contagem abaixo de 200/μL é considerada diagnóstico para a Aids, independente da categoria clínica observada. A progressão da infecção inicial por HIV até a Aids geralmente leva cerca de 10 anos em adultos. Esse número é típico em países industrializados; na África, é quase sempre metade disso. O combate celular em larga escala ocorre durante esse período. Pelo menos 100 bilhões de HIVs são gerados todos os dias, com uma meia-vida extraordinariamente curta de cerca de seis horas. Esses vírus devem ser eliminados pelas defesas do organismo, que incluem os anticorpos, as células T citotóxicas e os macrófagos. Quase todos os HIVs, pelo menos 99%, são produzidos por células T CD4+ infectadas, que sobrevivem apenas cerca de dois dias (em geral as células T sobrevivem por vários anos).
(MICROBIOLOGIA MEDICA TORTORA-10ªEdicao)
(BASES PATOLÓGICAS ROBBINS-8ªEdição)
SOROLOGIA
Existem dois tipos de exames para detectar o HIV: o teste rápido para HIV e a sorologia tradicional.
IMUNIZAÇÃO
Imunidades ativa e passiva 
A imunidade protetora contra um micro-organismo geralmente é induzida pela resposta do hospedeiro ao m.o 
Imunidade Ativa 
É a forma de imunidade que é induzida pela exposição a um na tígeno, visto que o individuo imunizado desempenha um papel ativo na resposta ao antígeno. 
Os indivíduos e os linfócitos que não tiveram exposição a determinado antígeno são denominados virgens (NAIVE), o que significa que são imunologicamente inexperientes. Os indivíduos que já responderam a um antígeno microbiano e que estão protegidos contra exposições subseqüentes a aquele micro-organismo especifico são considerados imunes. 
Pode ocorrer de duas formas: 
 Natural – exposição a infecções; 
 Artificial (antígenos): micro-organismo vivo atenuado; vírus inativado; proteínas purificadas: engenharia genética; toxóide; bactéria inativada; polissacarídeo 
Adjuvantes: são substâncias administradas juntamente com antígenos protéicos purificados para maximizar o desenvolvimento de respostas imunes dependentes de linfócito T. são empregados em vacinas administradas clinicamente. Normalmente são produtos microbianos, como micobactérias mortas e LPS ou nas vacinas usa-se o alúmen, composto de hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio. 
Efeitos: -Ativam células dendríticas, que passam a expressar mais moléculas de histocompatibilidade principal que são responsáveis pela apresentação do antígeno que são reconhecidos pelos linfócitos T; 
-Aumenta a expressão de coestimuladores e citocinas necessárias à ativação do linfócito T; 
-Estimula a migração das células dendríticas para os gânglios linfáticos, onde estão os linfócitos T. 
Imunidade Passiva 
A imunidade é conferida ao individuo pela transferência de soro ou de linfócitos de um individuo especificamente imunizado, constituindo um processo conhecido como transferência adotiva. O receptor dessa transferência torna-se imune ao antígeno especifico sem nunca ter sido exposto ou ter respondido a ele. A imunidade passiva constitui um método útil para se conferir resistência rapidamente sem necessidade de esperar o desenvolvimento de uma resposta imunológica ativa. 
Um exemplo fisiologicamente importante é a transferência de anticorpos maternos para o feto, o que permite ao recém-nascido combater infecções antes que adquira a capacidade de produzir anticorpos. Além disso, no colostro o bebê recebe IgA da mãe. A imunização passiva contra toxinas pela administração de anticorpos de animais constitui um tratamento contra infecções letais, como tétano e picadas de cobra.
	 Imunidade Ativa 
	 Imunidade Passiva 
	Elemento 
	Antígeno microbiano (vacina ou infecção) 
	Soro (anticorpos) ou células T 
	Transferência 
	Invasão ou por vacina – dias a semanas 
	Adotiva 
	Efeito 
	Infecção 
	Infecção 
	Imunidade restaurada 
	Sim 
	Sim 
	Especificidade 
	Sim 
	Sim 
	Memória 
	Sim 
	Não 
PROBLEMA 4
Bactéria
As bactérias são procariontes, o que significa que elas possuem uma membrana celular, mas não possuem núcleo delimitado por membrana e outras organelas envoltas por membrana. A maioria das bactérias está envolta por uma parede celular consistindo em peptidoglicano, um polímero de longas cadeias de açúcar ligadas por pontes peptídicas. Existem duas formas de estruturas de paredes celulares: uma parede espessa circundando a membrana celular, a qual retém uma coloração cristal-violeta (bactérias Gram-positivas), ou uma parece celular fina localizada entre duas membranas de bicamadas fosfolipídicas (bactérias Gramnegativas). Muitas bactérias possuem flagelos, filamentos helicoidais alongados se estendendo da superfície celular, que permitem a movimentação da bactéria. Algumas bactérias possuem pili, outro tipo de projeção de superfície que pode fixar a bactéria às células do hospedeiro ou matriz extracelular. A maioria das bactérias sintetiza seu próprio DNA, RNA, e proteínas, mas dependem

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Perguntas Recentes