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Previdenciario - Aula 02

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Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social 
Aula 02 
Prof. Paulo Roberto Fagundes 
 
 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estressildo à procura de um amor perfeito 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 2 
2. REGIMES BÁSICOS DE PREVIDÊNCIA ........................................................................................ 3 
3. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR .................................................................................................... 3 
3.1. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO ABERTO ........................................................................................ 4 
3.2. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO FECHADO ...................................................................................... 4 
3.3. REGIME COMPLEMENTAR PÚBLICO FECHADO ....................................................................................... 4 
4. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO NO RGPS ............................................................................................... 5 
4.1. FILIAÇÃO ................................................................................................................................................... 5 
4.2. INSCRIÇÃO ................................................................................................................................................ 5 
4.3. DISTINÇÃO ENTRE FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO .............................................................................................. 6 
Aula 02 – Regime Geral de Previdência Social. Segurados obrigatórios, 
Filiação e inscrição. Conceito, características e abrangência: empregado, 
empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e 
segurado especial. Segurado facultativo: conceito, características, 
filiação e inscrição. Trabalhadores excluídos do Regime Geral. 
 
 
 ene ícios e custeio. Lei 8.212/199 
 
 
 
Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social 
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Prof. Paulo Roberto Fagundes 
 
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5. BENEFICIÁRIOS DO RGPS (segurados e dependentes) ...................................................... 7 
6. SEGURADOS ......................................................................................................................................... 8 
7. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS ....................................................................................................... 8 
8. DISTINÇÃO (MÉTODO DE ELIMINAÇÃO) .................................................................................. 8 
9. CATEGORIAS DE SEGURADOS OBRIGATÓRIOS .................................................................. 11 
9.1. EMPREGADO .......................................................................................................................................... 11 
9.2. EMPREGADO DOMÉSTICO ..................................................................................................................... 15 
9.3. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL .................................................................................................................. 15 
9.4. TRABALHADOR AVULSO ........................................................................................................................ 19 
9.5. SEGURADO ESPECIAL ............................................................................................................................. 20 
10. FACULTATIVOS ............................................................................................................................... 24 
11. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (PERÍODO DE GRAÇA) ................... 25 
12. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO ................................................................................ 27 
13. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................... 28 
14. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS .............................................................................................. 45 
15. GABARITO ......................................................................................................................................... 53 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Antes de analisarmos os segurados obrigatórios e facultativos 
(beneficiários) do Regime Geral de Previdência Social – RGPS é importante que 
façamos um breve comentário acerca dos regimes de previdência, tendo em 
vista que é comum aos candidatos confundirem as regras do Regime Geral de 
Previdência Social – RGPS com as de outros regimes de previdência. 
 
Além disso, de acordo com o conteúdo programático do nosso curso 
constante dessa aula e do edital do concurso anterior, vamos tratar também 
dos trabalhadores excluídos do Regime Geral. 
 
 Por ser um assunto bastante cobrado, essa confusão acarreta um enorme 
prejuízo aos candidatos nas provas de concursos, inclusive quanto ao correto 
enquadramento das categorias de segurados obrigatórios do RGPS. 
 
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2. REGIMES BÁSICOS DE PREVIDÊNCIA 
 
 A previdência social brasileira possui dois regimes básicos distintos: o 
Regime Geral de Previdência Social – RGPS e os Regimes Próprios de 
Previdência dos Servidores - RPPS. 
 
 Ao RGPS estão vinculados os trabalhadores brasileiros de modo geral, 
desde que não estejam enquadrados nos Regimes Próprios de Previdência. O 
RGPS é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia 
federal vinculada ao Ministério da Previdência Social. O empregado de uma 
empresa privada (CLT) é um exemplo de segurado obrigatório vinculado ao 
RGPS. 
 
 Os RPPS são organizados por unidade federada (União, Estados-membros, 
DF e Municípios). Cada ente federativo tem competência para criar seu próprio 
regime de previdência, com contribuições cobradas de seus servidores, para 
benefício destes, desde que sejam ocupantes de cargo de provimento 
efetivo, caso contrário ficarão vinculados ao RGPS. Vincula-se ao RPPS o 
servidor público exercente de cargo efetivo, cujo ente federativo tenha 
instituído Regime Próprio através de lei, como por exemplo, um auditor fiscal da 
Receita Federal, que está vinculado ao Regime Próprio da União. 
 
 Portanto, todos os servidores públicos efetivos vinculados à Regime 
Próprio de Previdência estão excluídos do Regime Geral de Previdência 
Social, desde que só exerçam atividade pública . 
 
3. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 
 
 A previdência complementar é de natureza facultativa, seu ingresso 
depende da vontade de qualquer pessoa, e autônoma diante dos regimes 
básicos (RGPS ou RPPS), vale dizer, o recebimento da sua complementação 
independe do recebimento de benefícios dos regimes básicos. 
 
 Relativamente ao tema é fundamental destacarmos novamente um 
aspecto: a adesão à previdência complementar independe da vinculação 
obrigatória dos trabalhadores aos regimes básicos (RGPS ou RPPS). Portanto, a 
princípio, todos podem aderir à previdência complementar. 
 
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 A previdência complementar pode ser privada ou pública, sendo que a 
privada pode ser aberta ou fechada, enquanto a pública é sempre fechada.3.1. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO ABERTO 
 
 Qualquer pessoa, mesmo aqueles que não exercem atividade 
remunerada, pode participar de um plano de previdência complementar no 
segmento aberto, usualmente mantido por entidades financeiras, como 
seguradoras ou bancos. Esta flexibilidade decorre do fato de ser um seguro 
privado, cujo vínculo tem natureza contratual, ou seja, depende da vontade do 
segurado. Exemplo: Itaú Previdência. 
 
3.2. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO FECHADO 
 
 No segmento privado fechado o ingresso é restrito à determinadas 
pessoas, em geral empregados de determinada(s) empresa(s), ou associados 
de determinada(s) entidade(s). Estas entidades fechadas de previdência 
complementar são conhecidas como fundos de pensão, sendo responsáveis pela 
gestão dos recursos acumulados em nome dos trabalhadores. Exemplo: A 
FUNCEF - Fundação dos Economiários Federais é uma entidade fechada de 
previdência privada sem fins lucrativos que administra o plano de previdência 
complementar dos empregados da Caixa Econômica Federal. Portanto esse 
plano de previdência só é acessível, de forma facultativa, aos empregados da 
CEF. 
 
3.3. REGIME COMPLEMENTAR PÚBLICO FECHADO 
 
 A Emenda 41/03 mudou as regras de aposentadorias dos servidores 
públicos, dentre as modificações estabeleceu o fim da integralidade e o fim da 
paridade entre ativos e inativos. Esta Emenda autorizou também a criação por 
lei do regime de previdência complementar de natureza pública. 
 
 O fim da integralidade significa dizer que o servidor não irá mais se 
aposentar com sua última remuneração, o valor corresponderá ao resultado da 
média aritmética de suas remunerações, limitado ao mesmo teto de 
aposentadoria do RGPS. 
 
 Entretanto, esse limite só poderia ser implantado com a criação por lei do 
regime complementar de natureza pública para os servidores por meio de 
entidade fechada. Esta regra somente atingirá os novos servidores. 
 
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 A Lei 12.618/2012 instituiu o regime de previdência complementar para 
os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo. De acordo com a lei 
aprovada, quando um servidor público federal se aposentar, receberá no 
máximo, o mesmo teto previsto em lei para pagamento dos benefícios do 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Para garantir um valor equivalente 
ao salário que tem na ativa, a aposentadoria do servidor poderá ser 
complementada pela fundação de previdência complementar relativa ao poder 
para o qual trabalha, tendo em vista que o ingresso é facultativo. 
 
4. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO NO RGPS 
 
4.1. FILIAÇÃO 
 
 Filiação é o vínculo jurídico existente entre o trabalhador e o Regime Geral 
de Previdência Social - RGPS, sendo, sobretudo, a condição material que 
assegura o direito subjetivo às prestações. Pode ser obrigatória ou facultativa. 
 
 O início da filiação ocorre a partir do exercício das atividades remuneradas 
abrangidas pelo RGPS, exceto para o segurado facultativo, que depende da 
formalização da inscrição com o pagamento da primeira contribuição para 
constituir o vínculo (filiação) com o RGPS. 
 
 A filiação persiste enquanto ocorrer o exercício da atividade remunerada e 
também nos períodos de manutenção da qualidade de segurado, prolongando-
se inclusive durante o recebimento de benefício. 
 
 Só as pessoas físicas podem filiar-se. Sempre que o trabalhador perder a 
qualidade de Segurado, a filiação desaparece, mas será restabelecida se ele 
voltar ao trabalho ou a contribuir. 
 
 Vários motivos põem fim à filiação: a morte, a perda da qualidade de 
segurado, o afastamento do RGPS em razão do ingresso em outro regime 
previdenciário. 
 
4.2. INSCRIÇÃO 
 
 É o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante 
comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à 
sua caracterização, portanto é a formalização da filiação. 
 
 A inscrição do segurado empregado e do trabalhador avulso será efetuada 
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diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra. 
 
 Em relação ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, 
facultativo e segurado especial a inscrição no INSS ocorre pela apresentação de 
documentos que caracterizem ou não o exercício de atividade remunerada. 
 
 Atualmente, é vedada a inscrição post mortem do segurado pelos seus 
dependentes, exceto no caso do segurado especial, desde que presentes e 
comprovados os pressupostos da filiação. Portanto, após o falecimento dele, os 
herdeiros (demonstrados os pressupostos de filiação) poderão requerer a sua 
inscrição. 
 
 É importante para as provas de concurso publico lembrar que, caso o 
servidor, amparado por regime próprio de previdência social, seja 
requisitado para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não 
permita a filiação nessa condição, permanecerá vinculado ao regime de 
origem, obedecidas às regras que cada ente estabeleça acerca de sua 
contribuição. Seria o caso de um auditor da Receita Federal afastado para 
exercer o cargo de secretário de um município que permanece vinculado à 
União. 
 
 Entretanto, caso o servidor venha a exercer, concomitantemente, 
atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-á 
segurado obrigatório em relação a essas atividades. Como exemplo, vamos 
supor que um auditor da Receita Federal seja contratado para ser professor de 
uma faculdade privada no período noturno. Nessa situação continuará vinculado 
ao seu regime próprio (União) na qualidade de auditor e passará também a ter 
vinculo com o regime geral (INSS) na qualidade de professor, como segurado 
obrigatório. 
 
4.3. DISTINÇÃO ENTRE FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO 
 
 A filiação representa fato pertencente ao mundo material (trabalho 
remunerado) e acontece independentemente da vontade do filiado; a inscrição, 
embora materializada pela documentação, é ato formal, efetuado diretamente 
na empresa ou no INSS, conforme o tipo de segurado, ou pelo recolhimento da 
primeira contribuição no caso de facultativo. A filiação é condição natural e 
automática do trabalhador decorrente do exercício de certas atividades e de 
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disposições legais e a inscrição é um ato, material ou real que formaliza a 
filiação. 
 
 Atualmente existem milhões de trabalhadores no Brasil, na economia 
informal, que são filiados ao RGPS porque o vínculo decorre, de forma 
automática, do exercício da atividade remunerada. Mas, em sua grande parte, 
não estão inscritos no RGPS (INSS). 
 
 Essa situação acarreta duas graves consequências: esses trabalhadores 
não contribuem para o INSS, cujo regime de financiamento é solidário, com 
prejuízos para o sistema, e em contrapartida também não farão jus aos 
benefícios da Previdência Social diante da ocorrência de certos infortúnios, 
causando outro problema para a sociedade que deverá prestar assistência social 
gratuita. 
 
5. BENEFICIÁRIOS DO RGPS (segurados e dependentes) 
 
 Todo trabalhador que exerça atividade remunerada, desde que não 
esteja vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS será 
considerado seguradoobrigatório do Regime Geral de Previdência Social, 
independentemente da sua vontade. Portanto, a qualidade de segurado 
obrigatório está insitamente ligada ao exercício de atividade 
remunerada, com ou sem vínculo empregatício. 
 
 Conclui-se que o vínculo existente entre o trabalhador e o RGPS é legal e 
não contratual como ocorre com a previdência complementar. Na relação 
jurídica decorrente do RGPS, o Estado chama para si a função de proteger o 
trabalhador diante de certas contingências previstas em lei, através de filiação e 
contribuição compulsórias. 
 
 A única exceção a essa regra no RGPS decorre da aplicação do princípio 
da universalidade que admite a filiação de pessoa que não exerça atividade 
remunerada na qualidade de segurado facultativo, de acordo com a sua 
própria vontade. 
 
 Em linhas gerais, os beneficiários do RGPG dividem-se em 
segurados e dependentes. Os segurados são aqueles que, de regra, 
contribuem e fazem jus a todos os benefícios do RGPS, desde que cumpram os 
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requisitos exigidos em lei. Os dependentes são aqueles que não contribuem, 
mas mantém dependência econômica com os segurados na forma da lei. 
Possuem direito a percepção de apenas dois benefícios: pensão por morte do 
segurado e auxílio-reclusão. 
 
6. SEGURADOS 
 
 Os segurados, por sua vez, dividem-se em obrigatórios e facultativos. 
Segurados obrigatórios são aqueles cujo vínculo com o RGPS decorre de lei, 
portanto, independe da sua própria vontade. Exemplos: um camelô, um 
ambulante, um feirante, dentre outros, ainda que não estejam inscritos no 
INSS. Segurados facultativos são aqueles cujo vínculo com o RGPS depende 
da sua vontade. Com fundamento no princípio da universalidade, podem ser 
considerados segurados facultativos todas as pessoas que não exerçam 
atividade remunerada que os vincule obrigatoriamente aos regimes básicos de 
previdência. Exemplo: uma dona de casa, que não exerça atividade 
remunerada. 
 
 Em resumo, a diferença básica entre o segurado obrigatório e o segurado 
facultativo está no fato de que a filiação do primeiro decorre da lei, enquanto a 
do segundo representa ato volitivo. 
 
7. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 
 
 Os segurados obrigatórios dividem-se em cinco categorias: empregado; 
empregado doméstico; trabalhador avulso; contribuinte individual e 
especial. 
 
8. DISTINÇÃO (MÉTODO DE ELIMINAÇÃO) 
 
 Caso o trabalhador exerça atividade remunerada e não esteja vinculado 
a Regime Próprio de Previdência, estará enquadrado em uma das cinco 
categorias de segurados obrigatórios do RGPS, sendo vedada a sua inscrição 
como segurado facultativo. 
 
 Portanto, caso exerça atividade remunerada, pública ou privada, o 
segurado estará obrigatoriamente vinculado ao regime geral ou regime próprio 
e jamais poderá inscrever-se no RGPS como segurado facultativo. Esse vínculo 
(filiação) como segurado obrigatório independe da vontade do segurado. 
 
 A grande dificuldade dos candidatos nas provas dos concursos públicos, 
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em relação a esse tema tão importante, por ser um dos mais cobrados, é fazer 
a correta distinção entre as categorias de segurados obrigatórios, face às 
inúmeras hipóteses previstas na legislação previdenciária, dificultando qualquer 
tentativa de uma simples memorização. 
 
 Para que possamos então resolver qualquer questão sobre esse tema 
(sem decorar) com absoluta convicção, basta aplicarmos um método simples 
que consiste no processo de eliminação. 
 
 De acordo com esse método, três categorias são inconfundíveis, não 
costumam trazer muita dificuldade, portanto devem ser analisadas e, se for o 
caso, eliminadas em primeiro lugar, a saber: 
 
1) doméstico(a) – é aquele que trabalha de forma contínua para a 
família com subordinação em atividades sem fins lucrativos. É o caso da 
babá, cozinheira, jardineiro e outros. É fundamental que a atividade seja 
estritamente doméstica, tanto urbana como rural, caso a atividade seja 
desvirtuada, ou seja, passe a ter fins lucrativos, o trabalhador (a) enquadra-se 
na condição de empregado (CLT); 
 
2) avulso – é o trabalhador que só pode ser contratado mediante 
intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor 
de mão-de-obra – OGMO. Essa intermediação obrigatória só existe para essa 
categoria de trabalhadores e tem por finalidade a sua própria proteção diante 
do contratante (tomador de serviços). Portanto, observem que o avulso não 
mantém vínculo empregatício nem com o contratante e nem com o 
intermediário. O estivador é um dos exemplos de avulso portuário. 
 
3) especial – é o produtor rural pessoa física, em regime de economia 
familiar e os equiparados, como por exemplo, o pescador artesanal. A princípio, 
a atividade do especial é de subsistência, sem o auxílio de empregados 
permanentes, para aqueles que não tenham alguma outra atividade 
remunerada. 
 
 Portanto, pelo nosso método, sobram apenas as duas maiores categorias: 
o segurado empregado e o contribuinte individual. 
 
4) empregado é o trabalhador que mantém vínculo empregatício 
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caracterizado principalmente pela subordinação jurídica, como ocorre com o 
empregado celetista. Também se enquadram nessa categoria os equiparados a 
segurado empregado, como por exemplo, o exercente de mandato eletivo. 
 
5) contribuinte individual, por eliminação, é o trabalhador que não está 
enquadrado nas três primeiras categorias inconfundíveis (doméstico, avulso e 
especial) e que também não possua vínculo empregatício. Não é por acaso que 
esta é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja enquadrado 
nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência). Exemplos: 
ministro de confissão religiosa, garimpeiro, árbitro de futebol, dentre outros. 
 
 Pela sua extensão, e com base em concursos anteriores, não há nenhuma 
dúvida que este assunto (segurados) será cobrado. Portanto, para resolvermos 
qualquer questão sobre esse tema basta aplicarmos o processo de eliminação. 
 
 Dentre as cinco categorias de segurados obrigatórios, três são 
inconfundíveis: o doméstico (trabalha para família em atividades sem fins 
lucrativos), o avulso (intermediação obrigatória do sindicato ou órgão gestor 
de mão-de-obra) e o especial (produtor rural pessoa física, em regime de 
economia familiar e os equiparados, como por exemplo, o pescador 
artesanal). 
 
 Sobram as duas maiores categorias: empregado (vínculo empregatício 
caracterizado pela subordinação jurídica e equiparados) e o contribuinte 
individual que é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja 
enquadrado nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência). 
 
 Agora vamos por em prática a identificação das categorias de segurados 
obrigatórios através do método de eliminação. Para isso vamos imaginar que 
determinado trabalhador autônomo taxista seja associado à cooperativa de 
trabalho para a prestação de serviços a terceiros através da cooperativa. 
 
 Inicialmente, pelo exercício de atividade remunerada, não pode ser 
considerado facultativo. 
 
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 Quanto aos regimes de previdência, estará vinculado ao RGPS por não 
ser servidor público exercente de cargo efetivo. 
 
 O trabalhador cooperado não pode ser segurado empregado 
doméstico do RGPS porque não trabalha de forma contínua para família, em 
atividade sem fins lucrativos. 
 
 Não é avulso porque não há intermediação obrigatória do sindicato ou 
órgão gestor da mão-de-obra na sua contratação. 
 
 Também é incompatível com o segurado especial, tendo em vista que 
este é o produtor rural ou equiparado que exerce atividade agropecuária 
individualmente ou em regime de economia familiar. 
 
 Não pode ser segurado empregado porque não há vínculo 
empregatício entre o cooperado e a cooperativa, embora nada impeça que a 
cooperativa tenha seus próprios empregados. 
 
 Por eliminação constata-se que o cooperado é segurado 
obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual. É simples 
assim. 
 
9. CATEGORIAS DE SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 
 
 Para reforçar a nossa compreensão sobre esse tema, listamos abaixo o 
enquadramento dos trabalhadores em relação a cada uma das categorias 
previstas na legislação previdenciária. Entretanto, reiteramos que, face à 
extensão do assunto, a simples decoreba deve ser evitada. 
 
9.1. EMPREGADO 
 
1) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em 
caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive 
como diretor empregado; 
 
 A inscrição do segurado em qualquer categoria de segurado obrigatório do 
RGPS exige a idade mínima de dezesseis anos, exceto como segurado 
obrigatório empregado, na condição de aprendiz. 
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 Esta exceção decorre do art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, 
que proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de 
aprendiz, a partir de quatorze anos. 
 
2) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não 
superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade 
transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; 
 
3) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar 
como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída 
sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; 
 
4) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar 
como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital 
votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha 
sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter 
permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas 
e residentes no País ou de entidade de direito público interno; 
 
5) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição 
consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros 
dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência 
permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do 
país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; 
 
6) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos 
oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá 
domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência 
social; 
 
 No RGPS, todo brasileiro que trabalha no exterior é empregado, exceto o 
brasileiro civil que trabalha no exterior em organismo oficial internacional que é 
contribuinte individual (observem que esta é a única exceção), caso ele trabalhe 
para a União em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro 
efetivo, será considerado empregado, conforme disposto no item 6 acima. 
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 Brasileiro que trabalhe para a União em OI -> empregado. Exemplo: uma 
pessoa que trabalha para a União como seu representante na Organização 
das Nações Unidas - ONU 
 
 Brasileiro que trabalhe em OI -> contribuinte individual. Exemplo: um 
pesquisador que exerce atividade privada e foi contratado diretamente 
pela Organização Mundial de Saúde – OMS. 
 
7) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições 
governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local 
de que tratam os art. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, 
este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema 
previdenciário local; 
 
 Auxiliar local é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar serviços 
ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições 
de vida, os usos e os costumes do país onde esteja sediado o posto. Por outras 
palavras, é uma espécie de adido. 
 
8) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo 
com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; 
 
9) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas 
autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração (o servidor efetivo que exerça 
cargo em comissão continua vinculado ao regime próprio); 
 
10) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das 
respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, 
nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência 
social; 
 
11) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, 
bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo 
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determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse 
público; 
 
12) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas 
autarquias e fundações, ocupante de emprego público (CLT); 
 
 Guardem bem essa dica: todos aqueles que exercem atividade pública 
remunerada (empregados públicos, comissionados, temporários), com 
exceção do servidor público exercente de cargo efetivo vinculado a 
regime próprio, são segurados obrigatórios do RGPS como empregados. 
 
13) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de 
registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo 
Regime Geral de Previdência Social; 
 
14) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que 
não vinculado a regime próprio de previdência social; 
 
 A lei 10.887/2004 reinseriu a figura do exercente de mandato eletivo 
como segurado obrigatório do RGPS na qualidade de empregado, com 
fundamento na EC 20/98 que prevê além da contribuição dos trabalhadores a 
dos demais segurados. A intenção foi demonstrar que a partir da EC 20/98 há 
fundamentação constitucional para o enquadramento do exercente de mandato 
eletivo no RGPS.Porém, o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, só 
poderá ser considerado segurado obrigatório do RGPS na qualidade de 
empregado, caso não esteja vinculado a regime próprio de previdência 
social. Caso contrário, mesmo depois de eleito, continuará vinculado ao regime 
de origem (próprio). Esta seria a situação de um auditor fiscal da Receita 
Federal eleito para deputado estadual. 
 
15) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em 
funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de 
previdência social; 
 
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16) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do 
art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades 
de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período 
de um ano. 
 
9.2. EMPREGADO DOMÉSTICO 
 
 Aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, 
a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins 
lucrativos. 
 
9.3. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
 
1) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a 
qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou 
descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual 
ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com 
auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; 
 
2) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração 
mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por 
intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a 
qualquer título, ainda que de forma não contínua; 
 
3) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, 
de congregação ou de ordem religiosa; 
 
4) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional 
do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo 
quando coberto por regime próprio de previdência social; 
 
 Vamos supor que um brasileiro nato civil que mora há muito tempo na 
Suíça, foi contratado em Genebra para trabalhar na Organização Mundial de 
Saúde tendo optado por não se filiar ao regime próprio daquela organização. 
Nessa situação, Miguel é segurado obrigatório da previdência social brasileira na 
qualidade de contribuinte individual. 
 
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 Por outro lado, caso esse segurado trabalhasse no exterior para a União 
em organismo oficial internacional (exemplo: ONU), seu enquadramento no 
RGPS seria como empregado. 
 
5) o titular de firma individual urbana ou rural; 
 
6) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na 
sociedade anônima; 
 
7) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; 
 
8) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente 
de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de 
responsabilidade limitada, urbana ou rural; 
 
9) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou 
entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que 
recebam remuneração; 
 
10) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a 
uma ou mais empresas, sem relação de emprego; 
 
11) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de 
natureza urbana, com fins lucrativos ou não; 
 
 Essa é uma das hipóteses mais comuns (trabalhador autônomo) de 
segurado obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual. 
Exemplo típico dessa categoria seria o caso de três mulheres que trabalham por 
conta própria e exercem suas atividades na residência de uma delas como 
cabeleireira, manicure e esteticista, respectivamente. 
 
12) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado 
classista temporário da Justiça do Trabalho ou nomeado magistrado da Justiça 
Eleitoral; 
 
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13) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta 
serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho 
executado; 
 
14) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C 
da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo 
recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em 
valores fixos mensais; 
 
 a) é considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da 
Lei no 10.406, de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo 
Simples Nacional; 
 
 b) conforme o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos, da Lei 
Complementar nº 123/2006, poderá se enquadrar como MEI o empresário 
individual que possua um único empregado que receba exclusivamente um 
salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. 
 
15) o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que 
exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-
proprietário ou promitente comprador de um só veículo; 
 
16) aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo 
rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração; 
 
17) aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena 
atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante 
ambulante; 
 
18) o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços 
a terceiros; 
 
19) o membro de conselho fiscal de sociedade por ações; 
 
20) o diarista, assim entendido a pessoa física que, por conta própria, presta 
serviços de natureza não contínua à pessoa ou à família no âmbito residencial 
destas, em atividade sem fins lucrativos; 
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 A diferença existente entre o diarista (contribuinte individual) e o 
doméstico está na continuidade do serviço, que é essencial para esse e 
inexistente para aquele. 
 
21) o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de 
cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, 
não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro 
de 1994; 
 
 Somente o servidor público exercente de cargo efetivo está vinculado a 
regime próprio de previdência social, portanto o tabelião está vinculado ao 
RGPS como contribuinte individual. 
 
 Caso exerça a atividade de escrevente ou auxiliar contratados por titular 
de serviços notariais e de registro, o enquadramento no RGPS será como 
empregado. 
 
22) aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda 
produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados; 
 
23) a pessoa física que edifica obra de construção civil; 
 
24) o médico residente; 
 
25)o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, 
em embarcação de médio ou grande porte, nos termos da Lei nº 11.959, 
de 2009. 
 
 O art. 10, § 1º, da Lei 11.959/2009 considera de médio porte as 
embarcações que possuem arqueação bruta maior que vinte e menor que 
cem, e de grande porte as embarcações que possuem arqueação bruta 
igual ou maior que cem. 
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 Esse novo enquadramento foi estabelecido pelo Decreto nº 8.424/2015 
que modificou o Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social). 
Anteriormente, era considerado contribuinte individual, o pescador que 
trabalhava em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação 
com mais de seis toneladas de arqueação bruta, ressalvado quando na 
condição, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilizava embarcação de até 
dez toneladas de arqueação bruta; 
 
26) o incorporador; 
 
27) o bolsista da Fundação Habitacional do Exército; 
 
28) o árbitro e seus auxiliares; 
 
29) o membro de conselho tutelar, quando remunerado; 
 
30) o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de 
instituição financeira. 
 
31) a pessoa física contratada para prestação de serviço em campanhas 
eleitorais por partido político ou por candidato a cargo eletivo, diretamente ou 
por meio de comitê financeiro; 
 
9.4. TRABALHADOR AVULSO 
 
 É aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana 
ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a 
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato 
da categoria. 
 
Podem ser considerados avulsos: 
 
 I - o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, 
conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; 
 
 II - o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, 
inclusive carvão e minério; 
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 III - o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de 
navios); 
 
 IV - o amarrador de embarcação; 
 
 V - o ensacador de café, cacau, sal e similares; 
 
 VI - o trabalhador na indústria de extração de sal; 
 
 VII - o carregador de bagagem em porto; 
 
 VIII - o prático de barra em porto; 
 
 IX - o guindasteiro; e 
 
 X - o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em 
portos. 
 
 A definição acima de trabalhador avulso consta no art. 9º, inciso VI, do 
Regulamento da Previdência Social. Contudo, o art. 12, inciso VI, da Lei 
8.212/91, traz a seguinte definição: quem presta, a diversas empresas, sem 
vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no 
Regulamento. Comparando as duas definições verifica-se que a do RPS é mais 
completa, porém, ambas são corretas. 
 
9.5. SEGURADO ESPECIAL 
 
 A pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou 
rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda 
que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: 
 
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro 
ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore 
atividade: 
 
1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos 
fiscais; 
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2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo 
sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o 
principal meio de vida; 
 
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão 
habitual ou principal meio de vida, desde que não utilize embarcação ou 
utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 
de junho de 2009. 
 
 O art. 10, § 1º, da Lei 11.959/2009 classifica como de pequeno porte 
as embarcações que operam na pesca comercial desde que possuam 
arqueação bruta igual ou menor que vinte. 
 
 Esse novo enquadramento foi estabelecido pelo Decreto nº 8.424/2015 
que modificou o Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social). 
Anteriormente, era considerado segurado especial, o pescador que utilizava 
embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com 
auxílio de parceiro; 
 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade 
ou a este equiparado, do segurado que, comprovadamente, tenham 
participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
 
 Caso prático: Um lavrador que tem uma pequena lavoura de feijão em 
sua propriedade rural de 2 módulos fiscais e exerce sua atividade rural apenas 
com o auxílio da família. A sua mulher e os seus filhos maiores de dezesseis 
anos de idade ajudam diariamente na manutenção da plantação, participando 
ativamente nas atividades rurais do grupo familiar. Nessa situação, o lavrador e 
toda a sua família são segurados especiais da previdência social. 
 
 O segurado especial, apesar de não ser segurado facultativo, pode 
contribuir facultativamente como pessoa física da mesma forma que o 
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contribuinte individual, mas ainda que exerça essa faculdade permanecerá 
enquadrado como segurado especial. 
 
 A palavra facultativamente, nesse caso, significa opção. Portanto, o 
especial, apesar de ser segurado obrigatório (vínculo jurídico com o INSS) tem 
duas opções: não contribuir e receber benefício de valor mínimo, ou pode optar 
por contribuir e receber o benefício de acordo com a média das suas 
contribuições. 
 
 Conforme estabelece a legislação previdenciária, não descaracteriza a 
condição de segurado especial: 
 
 I - a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou 
comodato, de até cinquenta por cento de imóvel rural cuja área total, contínua 
ou descontínua, não seja superior a quatro módulos fiscais, desde que 
outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, 
individualmente ou em regime de economia familiar; 
 
 II - a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com 
hospedagem, por não mais de cento e vinte dias ao ano; 
 
 III - a participação em plano de previdência complementar instituído por 
entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador 
rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; 
 
 IV - a participação como beneficiário ou integrante de grupo familiar que 
tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de 
governo; 
 
 V - a utilização pelo próprio grupo familiar de processo de beneficiamento 
ou industrialização artesanal, na exploração da atividade; 
 
 VI - a associação a cooperativa agropecuária; 
 
 O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo 
determinado ou trabalhador eventual, à razão de no máximo 120 (cento e 
vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, 
ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado 
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nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-
doença. 
 
 Exemplos: o segurado especial tanto pode possuir 1 empregado durante 
120 dias, como também 2 empregados durante 60 dias, ou 4 empregados 
durante 30 dias, ou até mesmo 120 empregados durante 1 dia por ano. Em 
todas as hipóteses a proporção é idêntica (1/120). 
 
 Não perde a qualidade de segurado especial o membro de grupo 
familiar que possuir outra fonte de rendimento, decorrente de: 
 
 I - benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, 
cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da 
Previdência Social, considerado o valor de cada benefício, quando receber 
mais de um; 
 
 II - benefício previdenciário pela participação em plano de previdência 
complementar; 
 
 III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 
(cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil; 
 
 IV - exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da 
categoria de trabalhadores rurais; 
 
 V - exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a 
atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente 
por segurados especiais; 
 
 VI - parceria ou meação outorgada; 
 
 VII - atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo 
respectivo grupo familiar, independentemente da renda mensal obtida, 
podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que, neste 
caso, a renda mensal obtida na atividade não exceda ao do menor 
benefício de prestação continuada da Previdência Social; 
 
 VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor 
benefício de prestação continuada da Previdência Social; e 
 
 IX- rendimentos provenientes de aplicações financeiras. 
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10. FACULTATIVOS 
 
 Segurado facultativo é a pessoa física que, por ato volitivo, se inscreva 
como contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade 
remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de Previdência 
Social no País. 
 
 De acordo com a legislação previdenciária, podem inscrever-se 
facultativamente ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS as seguintes 
pessoas físicas, dentre outras: 
 
1) a dona-de-casa; 
 
2) o síndico de condomínio, quando não remunerado; 
 
 Cuidado com as pegadinhas: vamos supor que um determinado 
servidor público federal aposentado, tenha sido eleito síndico do 
condomínio em que reside sem remuneração. Nesse caso, o referido servidor, 
apesar de aposentado, não poderá filiar-se ao Regime Geral da Previdência 
Social (RGPS) na condição de segurado facultativo por já estar vinculado a 
Regime Próprio. 
 
3) o estudante; 
 
4) o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; 
 
5) aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; 
 
6) o membro de conselho tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer 
regime de previdência social; 
 
7) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa; 
 
8) o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de 
especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no 
exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência 
social; 
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9) o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a 
qualquer regime de previdência social; 
 
10) o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime 
previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e 
 
11) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, 
nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou 
mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou 
entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. 
 
 A idade mínima do facultativo prevista no art. 11 do Regulamento da 
Previdência Social e no art. 9º da Instrução Normativa INSS/PRES Nº 45/2010 
é de 16 anos. Porém, no art. 12 da lei 8.212/91 e no art. 13 da Lei 8.213/91 a 
idade mínima é de 14 anos. 
 
 A questão é polêmica, a meu ver o RPS e a IN (16 anos) estão mais 
atualizados, entretanto tudo vai depender do enunciado e das alternativas da 
questão. 
 
 Art. 13, Lei 8.213/91. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) 
anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, 
desde que não incluído nas disposições do art. 11. 
 
 Art. 11. RPS. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade 
que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na 
forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o 
enquadre como segurado obrigatório da previdência social. 
 
11. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (PERÍODO DE GRAÇA) 
 
 A qualidade de segurado do sistema previdenciário não é perdida de 
forma imediata ao afastamento da atividade laboral ou da cessação do 
recolhimento de contribuições. 
 
 De acordo com norma inserida no plano de benefícios da Previdência 
Social existe um período de manutenção da qualidade de segurado, é o 
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chamado “período de graça”, em que o segurado continua tendo direito a 
benefícios e serviços, embora não recolha contribuições, razão pela qual esse 
período não pode ser contado como carência. 
 
 Imaginemos uma situação hipotética do segurado que está afastado de 
suas atividades laborais recebendo auxílio doença. Nessa situação, a sua 
condição de segurado será mantida sem limite de prazo, enquanto estiver no 
gozo do benefício, independentemente de contribuição para a previdência 
social. 
 
 Outro exemplo seria a situação do trabalhador que era segurado da 
previdência social no período em que esteve trabalhando na empresa, mas que 
cumpriu pena de reclusão devido à prática de crime de fraude contra a própria 
empresa em que trabalhava. Nessa situação, tem direito de continuar como 
segurado da previdência social por até doze meses após o seu livramento. 
 
 Conforme a tabela abaixo, mantém a qualidade de segurado, 
independentemente de contribuições: 
 
PERÍODO HIPÓTESES 
SEM LIMITE Gozo de benefício. 
ATÉ 12 MESES 
(cabe prorrogação) 
Deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela 
previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem 
remuneração. 
ATÉ 12 MESES Doença de segregação compulsória. 
ATÉ 12 MESES Segurado detido ou recluso. 
ATÉ 3 MESES Prestação de serviço militar. 
ATÉ 6 MESES Segurado facultativo. 
 
 Mesmo que o segurado estivesse vinculado a Regime Próprio, haverá a 
manutenção da qualidade de segurado no Regime Geral (período de graça) por 
até 24 meses, embora os regimes sejam diferentes. 
 
 Sobre esse tema, observem o artigo 13 § 4º, do Decreto 3.048/99, 
Regulamento da Previdência Social – RPS: 
 
 Art. 13, RPS. Mantém a qualidadede segurado, independentemente de 
contribuições: 
 
 (...) 
 
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 II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou 
após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade 
remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado 
sem remuneração; 
 
 (...) 
 
 § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, 
se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem 
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
 
 (...) 
 
 § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º ao 
segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social. 
 
12. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
 A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do 
término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para 
recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do 
final dos prazos fixados na tabela acima. 
 
 Exemplo: o segurado deixou de exercer atividade remunerada durante 12 
meses (período de graça), de janeiro a dezembro de 2012, nesse caso, a perda 
da qualidade de segurado só ocorrerá no dia 16 de fevereiro de 2013 (dia 
seguinte ao do término do prazo para recolhimento da contribuição 
referente ao mês imediatamente posterior ao do final do período de 
graça). 
 
 No exemplo, o mês posterior ao período de graça é janeiro de 2013, e o 
prazo para recolhimento da contribuição (contribuinte individual) até o dia 15 
de fevereiro de 2013. 
 
 Observem que, nesse caso, o segurado ainda ganha um período adicional 
de 45 dias. 
 
 
 
 
 
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13. QUESTÕES COMENTADAS 
 
(defensor público federal DPU Cespe 2015) Acerca da carência, dos 
períodos de graça e da condição de segurado, julgue os itens a seguir. 
 
01 Considere a seguinte situação hipotética. 
Marcelo, após um período em que realizou oitenta e quatro contribuições 
mensais ao RGPS, permaneceu sem contribuir durante sete meses e, em 
seguida, voltou a realizar as contribuições por um período de quarenta e oito 
meses, após o qual as contribuições cessaram novamente. 
Nessa situação hipotética, o período de graça a que Marcelo tem direito se 
estenderá por, pelo menos, vinte e quatro meses após a última cessação das 
contribuições, uma vez que ele pagou mais de cento e vinte contribuições 
mensais ao RGPS, ainda que não consecutivamente. 
 
Comentários 
 
 Inicialmente, em relação ao período de graça, o art. 15, inciso II, da Lei 
8.213/91, estabelece que o segurado mantém essa condição, 
independentemente de contribuições, até doze meses após a cessação das 
contribuições. 
 
 O parágrafo § 1º desse artigo admite a prorrogação desse prazo para 
até vinte e quatro meses caso o segurado tenha pago mais de 120 
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade 
de dependente. 
 
 Essa questão da Cespe foi muito maliciosa. Nesses casos, via de regra, o 
candidato fica na dúvida se os dois períodos (84 e 48 meses) podem ser 
somados para atingir os 120 meses, ainda que não consecutivos. 
 
 Para sanar essa dúvida basta observar o seguinte: se a interrupção 
dessas contribuições for longa e provocar a perda da qualidade de segurado, 
os períodos não podem ser somados. Entretanto, ao contrário, se a 
interrupção for curta e não provocar a perda da qualidade de segurado, 
como no caso do enunciado da questão, os períodos, ainda que não 
consecutivos, podem ser somados para fins de prorrogação. 
 
Gabarito: C 
 
 
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02 A lei prevê que o período de graça do segurado obrigatório seja acrescido de 
doze meses no caso de ele estar desempregado, exigindo-se, em todo caso, 
conforme entendimento do STJ e da Turma Nacional de Uniformização (TNU), 
que essa situação seja comprovada por registro no órgão próprio do MTE. 
 
Comentários 
 
 A exigência de comprovação da situação de desemprego, para fins de 
prorrogação do período de graça por mais doze meses, pelo registro no órgão 
próprio do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE está estabelecida de 
forma expressa no art. 15, § 2º, do próprio texto da Lei 8.213/91. 
 
Gabarito: E 
 
 
03 Em regra, mantêm a qualidade de segurado por até doze meses, 
independentemente de contribuições, o segurado empregado, o avulso, o 
doméstico e o facultativo. 
 
Comentários 
 
 Para o segurado facultativo o prazo de manutenção da qualidade de 
segurado, independentemente de contribuições (período de graça) é de até 
seis meses após a cessação das contribuições, conforme dispõe o art. 15, 
inciso VI, da Lei 8.213/91. 
 
Gabarito: E 
 
 
04. (juiz federal TFR 5ª Região Cespe 2015) Manterá a condição de 
segurado, 
A independentemente de contribuições, aquele que estiver em gozo de 
benefício. 
B pelo máximo de até seis meses após a cessação das contribuições, o 
segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela 
previdência social. 
C pelo máximo de até dezoito meses após cessar a segregação, o segurado 
acometido de doença de segregação compulsória. 
D pelo máximo de até dezoito meses após o livramento, o segurado retido ou 
recluso. 
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E pelo máximo de até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado 
às Forças Armadas para prestar serviço militar. 
 
Comentários 
 
 A alternativa “A” está correta. Caso o segurado esteja em gozo de 
benefícios do RGPS manterá essa qualidade sem limite de prazo enquanto 
durar o período de concessão do benefício, como por exemplo, no caso de 
recebimento de auxílio-doença por afastamento decorrente de incapacidade 
temporária. 
 
 A alternativa “B” está incorreta porque são 12 meses. 
 
 A alternativa “C” está incorreta porque são 12 meses. 
 
 A alternativa “D” está incorreta porque também são 12 meses. 
 
 A alternativa “E” está incorreta porque são 3 meses. 
 
Gabarito: A 
 
 
(analista de administração pública – especialidade serviços técnicos e 
administrativos TCDF Cespe 2014) No que se refere ao regime geral de 
previdência social, julgue o item a seguir. 
 
05 O cidadão em gozo de benefício previdenciário mantém a qualidade de 
segurado, sem limite de prazo, independentemente de contribuições. 
 
Comentários 
 
 Em relação ao período de graça, caso o segurado esteja em gozo de 
benefícios do RGPS manterá essa qualidade sem limite de prazo enquanto 
durar o período de concessão do benefício, como por exemplo, no caso de 
recebimento de auxílio-doença por afastamento decorrente de incapacidade 
temporária. 
 
Gabarito: C 
 
 
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(defensor público DPDF Cespe 2013) Acerca do RGPS, julgue o item a 
seguir.06 Considere a seguinte situação hipotética. 
Em julho de 2011, depois de pagar ininterruptamente por mais de dez anos 
contribuições mensais à previdência social, Maria foi demitida da empresa onde 
trabalhava como balconista e, desde então, ela não recolheu contribuições para 
a previdência social. 
Em face dessa situação hipotética, é correto afirmar que, em março de 2013, 
Maria ainda mantinha a qualidade de segurada. 
 
Comentários 
 
 Na situação descrita Maria mantém a qualidade de segurada (período de 
graça) porque o prazo normal de doze meses após a cessação das contribuições 
será prorrogado para vinte e quatro meses em decorrência do pagamento de 
mais de 120 contribuições mensais, de acordo com o disposto no art. 15, § 1º, 
da Lei 8.213/91. 
 
 Além disso, conforme consta no parágrafo 2º do mesmo artigo, caso fosse 
necessário, ainda caberia outra prorrogação de mais doze meses pelo 
desemprego involuntário. 
 
Gabarito: C 
 
 
07. (defensor público do Estado de Roraima Cespe 2013) É considerado 
segurado obrigatório da previdência social como 
A contribuinte individual o brasileiro civil que trabalhe no exterior para 
organismo oficial internacional de que o Brasil seja membro efetivo, ainda que 
lá domiciliado e contratado e coberto por regime próprio de previdência social. 
B trabalhador avulso quem preste, a diversas empresas, com vínculo 
empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos em regulamento. 
C empregado aquele que preste serviço de natureza urbana ou rural à empresa, 
em caráter eventual ou não, sob sua subordinação e mediante remuneração. 
D empregado o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no exterior 
para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional 
no exterior. 
E empregado doméstico aquele que preste serviço de natureza contínua a 
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins 
lucrativos. 
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Comentários 
 
 A letra “A” está errada porque o brasileiro civil que trabalha no exterior 
para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda 
que lá domiciliado e contratado, só poderá ser considerado segurado obrigatório 
do RGPS, como contribuinte individual, quando não estiver coberto por 
regime próprio de previdência social. 
 
 A letra “B” está errada porque o trabalhador avulso presta serviços a 
diversas empresas sem vínculo empregatício. 
 
 A letra “C” está errada porque o segurado empregado é aquele que presta 
serviço à empresa sempre em caráter não eventual (contínuo). 
 
 A letra “D” está errada porque é considerado segurado empregado o 
brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar 
como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída 
sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País. 
 
 A letra “E” está certa porque corresponde à definição legal do segurado 
do RGPS como empregado doméstico, cuja característica principal é a prestação 
de serviço remunerado à pessoa ou família, no âmbito residencial desta, de 
forma contínua, em atividade sem fins lucrativos. 
 
Gabarito: E 
 
 
08. (defensor público do Estado do Acre Cespe 2012) É segurado 
obrigatório da previdência social, como empregado, 
A o trabalhador que presta serviço de natureza rural a diversas empresas sem 
vínculo empregatício. 
B a pessoa física que presta serviço de natureza eventual, no âmbito residencial 
da pessoa que contrate o serviço, em atividades sem fins lucrativos. 
C a pessoa física que presta, em caráter eventual, serviço de natureza rural a 
empresa. 
D o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa. 
E o servidor público federal ocupante de cargo em comissão, sem vínculo 
efetivo com a União. 
 
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Comentários 
 
 A letra “A” está errada porque só pode ser considerado segurado 
empregado o trabalhador que mantém relação de emprego com vínculo 
empregatício urbano ou rural, caso contrário é contribuinte individual. 
 
 A letra “B” está errada porque o serviço deve ser contínuo, além disso, a 
atividade exercida pode ter fins lucrativos ou não. A figura descrita na 
alternativa caracteriza o contribuinte individual na condição de trabalhador 
eventual (diarista). 
 
 A letra “C” está errada porque o exercício da atividade do empregado 
deve ser contínua. 
 
 A letra “D” está errada porque o ministro de confissão religiosa é 
enquadrado como contribuinte individual no RGPS. 
 
 A letra “E” está certa porque é considerado segurado empregado do 
RGPS o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas 
autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração (o servidor efetivo que exerça 
cargo em comissão continua vinculado ao regime próprio). 
 
 Vale lembrar que todos aqueles que exercem atividade pública 
remunerada (empregados públicos, comissionados, temporários), com exceção 
do servidor público exercente de cargo efetivo vinculado a regime 
próprio, são segurados obrigatórios do RGPS como empregados. 
 
Gabarito: E 
 
 
09. (defensor público do Estado de Rondônia Cespe 2012) A CF, ao 
determinar os objetivos que devem nortear a seguridade social, 
estabelece a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais, excluindo, a partir de então, a situação de 
discriminação em que se encontravam os trabalhadores rurais com 
relação à previdência social, notadamente os que trabalham por conta 
própria e(ou) com auxílio de seu grupo familiar. Dadas as 
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especificidades desses trabalhadores, a legislação previdenciária 
instituiu um novo tipo de segurado obrigatório para o RGPS: o segurado 
especial. Com relação a esse segurado, assinale a opção correta. 
A O exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da 
categoria de trabalhadores rurais descaracteriza a condição de segurado 
especial caso o referido dirigente obtenha, por meio dessa atividade, ajuda de 
custo. 
B Diferentemente do que ocorre com a segurada contribuinte individual, para a 
segurada especial, o período de carência considerado para a concessão do 
salário-maternidade é igual a dez meses de efetivo exercício de atividade rural 
anteriores ao parto ou à adoção, ainda que de forma descontínua. 
C Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho 
dos membros da família seja indispensável à própria subsistência e ao 
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e seja exercido em 
condições de mútua dependência e colaboração, mesmo com a utilização de 
empregados permanentes. 
D É considerado segurado especial o produtor, seja ele proprietário, 
usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgado, comodatário 
ou arrendatário rural, e o empregado rural que explore atividade agropecuária 
em área contínua, ou não. 
E A esposa ou companheira do trabalhador rural, mesmo que não trabalhe 
diretamente nas atividades rurais exercidas pelos demais membrosdo grupo 
familiar, é considerada segurada especial. 
 
Comentários 
 
 A letra “A” está errada porque não perde a qualidade de segurado 
especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra fonte de 
rendimento, decorrente de exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de 
organização da categoria de trabalhadores rurais. 
 
 A letra “B” está certa porque, exclusivamente para a segurada 
especial, a carência mínima (recolhimento) de 10 contribuições mensais, como 
condição para a percepção do salário-maternidade, corresponde a 10 meses de 
atividade rural sem contribuição. 
 
 A letra “C” está errada porque no regime de economia familiar é vedada 
a utilização de empregados permanentes. O grupo familiar poderá utilizar-
se de empregado ou de trabalhador em épocas de safra, à razão de no 
máximo cento e vinte pessoas/dia dentro do ano civil, em períodos 
corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, 
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à razão de oito horas/dia e quarenta e quatro horas/semana, entendendo-se 
por época de safra o período compreendido entre o preparo do solo e a colheita. 
 
 A letra “D” está errada porque o empregado urbano ou rural é segurado 
obrigatório do RGPS na condição de empregado e não de segurado especial. 
 
 A letra “E” está errada porque o cônjuge ou companheiro, bem como filho 
maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do segurado só podem 
ser considerados segurados especiais, desde que, comprovadamente, tenham 
participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
 
Gabarito: B 
 
 
10. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2015) São segurados 
obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas, como 
empregados: 
I. O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que 
não vinculado a regime próprio de previdência social. 
II. O estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado eventual em empresa domiciliada no Brasil, cuja maioria do capital 
votante pertença a empresa estrangeira. 
III. Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em 
legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de 
substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de 
serviços de outras empresas. 
IV. Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição 
consular de carreira estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros 
dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência 
permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do 
país da respectiva missão diplomática ou repartição consular. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) III e IV. 
(B) I e III. 
(C) I, III e IV. 
(D) I, II e IV. 
(E) II e III. 
 
Comentários 
 
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 O item I está correto. O exercente de mandato eletivo é segurado 
obrigatório do RGPS como empregado, conforme o art. 12, inciso I, alínea b, da 
lei 8.212/91; 
 
 O item II está incorreto. De acordo com o art. 12, inciso I, alínea f, da lei 
8.212/91, considera-se segurado obrigatório do RGPS como empregado o 
brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital 
votante pertença a empresa brasileira de capital nacional. Para a legislação 
previdenciária, assim como em relação à legislação trabalhista, empregado é 
um trabalhador que presta serviço em caráter não eventual; 
 
 O item III está correto. O trabalhador temporário é segurado obrigatório 
como empregado, conforme preceitua o art. 12, inciso I, alínea b, da lei 
8.212/91; 
 
 O item IV está correto. O brasileiro que presta serviço a entidade 
diplomática nos termos do art. 12, inciso I, alínea d, da lei 8.212/91, é 
segurado obrigatório do RGPS como empregado. 
 
Gabarito: C 
 
 
11. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2015) O segurado especial é 
aquele que exerce suas atividades em regime de economia familiar, 
sem empregados permanentes e contribuem para a seguridade social 
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e fazem jus aos benefícios nos termos da 
lei. 
Com base no exposto, NÃO descaracteriza a condição de segurado 
especial: 
I. a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade 
classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de 
produtor rural em regime de economia familiar. 
II. ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente 
que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo. 
III. a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de 
processo de beneficiamento e venda de grãos. 
IV. a associação em cooperativa agropecuária e sindicatos rurais. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) II e IV. 
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(B) I e IV. 
(C) I e II. 
(D) I e III. 
(E) III e IV. 
 
Comentários 
 
 O art. 12, § 9º, incisos III, IV, V e VI, da lei 8.212/91, estabelecem que 
não descaracteriza a condição de segurado especial: 
 
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por 
entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador 
rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; 
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum 
componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; 
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de 
processo de beneficiamento ou industrialização artesanal; 
VI - a associação em cooperativa agropecuária. 
 
 Portanto, os dois primeiros itens da questão estão corretos. Porém o item 
III que incluiu a venda de grãos, e o item IV que acrescentou os sindicatos 
rurais, estão em desacordo com a legislação previdenciária. 
 
Gabarito: C 
 
 
12. (auditor de controle externo – área jurídica TCM-GO FCC 2015) 
Considere: 
I. Servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com 
autarquia Federal. 
II. Servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com 
Fundação Pública Federal. 
III. Exercente de mandato eletivo estadual não vinculado a regime próprio de 
previdência social. 
IV. Estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior. 
De acordo com a Lei no 8.212/1991 são segurados obrigatórios da Previdência 
Social como empregado os indicados em 
(A) I, III e IV, apenas. 
(B) I, II e III, apenas. 
(C) III e IV, apenas. 
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(D) I, II, III e IV. 
(E) I, II e IV, apenas. 
 
Comentários 
 
 Todos os trabalhadores que exercem atividade remunerada estão 
vinculados compulsoriamente ao Regime Geral de Previdência Social ou aos 
Regimes

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