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D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 2 6.2. DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO ......................................................................................... 6 7. LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL ................................................................................................... 7 8. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL ...................................................................................... 8 9. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL NO ÂMBITO FEDERAL ............................................. 8 10. CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO .......................................................................................................... 9 11. CONTRIBUIÇÕES DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS ......... 10 12. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL COM DESTINAÇÃO ESPECIAL.......................... 10 13. EMPRESAS EM DÉBITO COM A SEGURIDADE SOCIAL .................................................... 10 14. COMPETÊNCIA RESIDUAL........................................................................................................... 10 15. PRINCÍPIO DA PREEXISTÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO OU DA CONTRAPARTIDA ...................................................................................................................................................................... 11 16. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL .............................................................. 11 17. IMUNIDADE ...................................................................................................................................... 12 18. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL ......................................................................... 12 19. PROGRESSIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ...................................................... 13 20. TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS ............................................................................................. 13 21. VEDAÇÃO DE ANISTIA OU ISENÇÃO ..................................................................................... 13 22. CUMULATIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES ........................................................................... 14 23. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS DA FOLHA DE PGTO (DESONERAÇÕES) ......... 14 24. VEDAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE APOSENTADORIAS ........................... 14 25. FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ............................................................. 15 26. CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS ............................................................................................. 15 26.1. NOÇÕES INICIAIS .................................................................................................................................. 15 26.2. CONTRIBUIÇÃO BÁSICA ....................................................................................................................... 15 26.3. ALÍQUOTAS SAT/GILRAT (SEGURO DE ACIDENTES DO TRABALHO) .................................................. 16 26.4. SERVIÇOS PRESTADOS POR COOPERADOS ATRAVÉS DA COOPERATIVA DE TRABALHO .................. 16 26.5. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................ 17 26.6. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS ........................................................................................................ 17 26.6.1. Produtor rural (pessoa jurídica) ................................................................................................... 17 26.6.2. Clubes de futebol .......................................................................................................................... 18 26.6.3. Empresas optantes pelo Simples Nacional .................................................................................. 19 27. CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO .............................................................. 20 28. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL ......................................................................... 20 D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 3 29. RECEITA PROVENIENTE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS ..................................................................................................................................... 21 30. OUTRAS RECEITAS ........................................................................................................................ 22 31. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................... 22 32. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS .............................................................................................. 40 33. GABARITO ......................................................................................................................................... 46 1. EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO: CONCEITO PREVIDENCIÁRIO 1.1. EMPRESA O legislador conceitua empresa como firma individual ou sociedade que assume o risco da atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, a ela equiparando-se os órgãos e as entidades da administração pública direta ou indireta. Ainda de acordo com a legislação previdenciária, equipara-se a empresa para fins de cumprimento de obrigações previdenciárias: I - o contribuinte individual, em relação ao segurado que lhe presta serviços; II - a cooperativa, conforme definida nos artigos 1.093 a 1096 do Código Civil; III - a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomínio; IV - a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; V - o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO); VI - o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviços. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 6 exemplo, no caso de acidente do trabalho ocorrido com um empregado no seu primeiro dia de trabalho, ou também da contribuição do aposentado, desde que volte a exercer atividade remunerada. 4. FINANCIAMENTO DIRETO E INDIRETO O financiamento da seguridade social pode ser direto ou indireto. O financiamento direto é aquele em que os recursos são provenientes das contribuições sociais, cuja finalidade específica é o custeio exclusivo da seguridade social. O financiamento indireto ocorre mediante receitas orçamentárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuja finalidade, a princípio, é a cobertura das despesas gerais decorrentes das atividades estatais, tais como, educação e segurança pública, dentre outras. 5. REGIME CONTRIBUTIVO A fruição das prestações da Previdência Social está condicionada ao pagamento de contribuições sociais, ou seja, o recolhimento das contribuições é condição indispensável para o acesso às prestações. Na saúde e na assistência social não há necessidade de contribuição específica dos beneficiados. 6. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO CUSTEIO 6.1. EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO As contribuições devem estar relacionadas com as possibilidades de cada contribuinte. Portanto, buscando uma justa participação no custeio da Seguridade Social, apenas aqueles que estiverem em iguais condições contributivas é que terão que contribuir da mesma forma, ou seja, aspessoas devem contribuir para com a Previdência de acordo com as suas possibilidades. 6.2. DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO O financiamento da Seguridade deve buscar várias fontes de custeio, vedada a aquisição de recursos através de fonte única, sob pena de esgotá-la. O custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e indireta, e da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo as principais receitas: D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 10 financeiras oriundas do pagamento dos benefícios de prestação continuada da previdência social. 11. CONTRIBUIÇÕES DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União (Art. 195, § 1º, CF). Além dos recursos dos Entes Públicos, outra forma de financiamento é através das contribuições sociais. As contribuições sociais são consideradas pela maioria dos doutrinadores e pelo STF como modalidade de tributo, distintas dos impostos, taxas, contribuições de melhoria e dos empréstimos compulsórios, tendo como principal peculiaridade a destinação específica de seu produto à seguridade social. 12. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL COM DESTINAÇÃO ESPECIAL Em regra as receitas da seguridade não tem destinação vinculada, compondo como um todo o orçamento da seguridade. Na elaboração do orçamento da seguridade é que há a distribuição do montante dos recursos, até então indiscriminados, conforme a área na qual se dará sua aplicação, garantindo-se a cada uma delas (previdência, saúde e assistência social) a gestão dos seus respectivos recursos (CF, art. 195, § 2º). 13. EMPRESAS EM DÉBITO COM A SEGURIDADE SOCIAL A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social sofre diversas restrições. Entre elas, temos as seguintes proibições: contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios do poder público (art. 195, § 3º, da Constituição Federal). Isto se justifica pelo fato de não ser razoável uma empresa em débito com o poder público receber recursos originários dos cofres públicos. 14. COMPETÊNCIA RESIDUAL A Constituição Federal não é exaustiva das fontes de custeio da Seguridade Social, tendo em vista que o art. 195, § 4º, determina que possam ser instituídas outras fontes para o custeio, observado o art. 154, I, CF D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 11 (competência residual para a criação de novas contribuições não previstas na CF). Este artigo determina que somente através de lei complementar possa ser criada uma nova contribuição social sem previsão expressa na Constituição. Todavia, ao contrário, caso a contribuição já esteja prevista na CF, bastará uma lei ordinária para a sua criação. 15. PRINCÍPIO DA PREEXISTÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO OU DA CONTRAPARTIDA Conforme a Constituição Federal, para garantir a solvabilidade do sistema, evitando assim um desequilíbrio no sistema securitário, nenhum benefício ou serviço da seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem que haja lei estabelecendo previamente sua fonte de custeio (CF, art. 195, § 5º). 16. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL Conforme o art. 195 § 6º, CF, da Constituição Federal, as contribuições sociais só poderão ser exigidas decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado. Segundo este princípio conhecido como anterioridade nonagesimal ou noventena, é necessário o interstício de noventa dias para se efetuar alguma modificação quanto à exigibilidade das contribuições sociais, não apenas para seu aumento ou criação. Este princípio (noventena) não se confunde com o da anterioridade comum, estabelecido no art. 150, III, b, da CF que proíbe a cobrança dos tributos em geral (exemplo: imposto) no mesmo exercício financeiro da publicação da lei que os instituiu ou aumentou, vale dizer, nesse caso, a exigência só poderá ocorrer a partir do ano seguinte a sua instituição, o que não ocorre com as contribuições sociais, que podem ser exigidas dentro do mesmo exercício financeiro (ano civil), desde que observado o período de noventa dias. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 12 17. IMUNIDADE A Constituição Federal estabelece no art. 195, § 7º, da Constituição Federal, que são isentas de contribuição para a Seguridade Social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Na verdade, trata-se de uma imunidade. O STF já pacificou o entendimento que, quando a própria Carta Constitucional exclui alguma hipótese da incidência tributária é caso de imunidade e não de isenção, mesmo quando ela não faça uso expressamente deste termo, entretanto este distinção só é relevante quando a organizadora do concurso fizer essa distinção, caso contrário tanto faz considerarmos como isenção, conforme consta do texto constitucional ou imunidade. Para as provas de concursos é fundamental considerarmos que, nem todas as entidades beneficentes de assistência social são isentas (imunes) em relação ao pagamento de contribuições previdenciárias, mas apenas as entidades que cumpram as exigências estabelecidas em lei. A lei que estabelece os requisitos básicos e essenciais deve ser complementar, cabendo à lei ordinária competência para os requisitos meramente formais, conforme entendimento do STF. 18. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL A categoria dos segurados especiais é composta do produtor rural, do parceiro rural, do meeiro rural, do arrendatário rural e do pescador artesanal e assemelhados. Segundo o art. 195, § 8º, da Constituição Federal, o segurado especial contribui para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da sua produção. Ao contrário do que muitos pensam, nessa hipótese, a CF não estabelece uma isenção para o segurado especial, mas apenas determina que o fato D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 13 gerador dessa contribuição seja a comercialização da sua produção. É evidente que, se não houver comercialização, também não haverá recolhimento de contribuição, como ocorre, na prática, com quase todos os segurados especiais. O segurado especial contribui atualmente com o valor equivalente a 2% da receita bruta da comercialização da sua produção, além de 0,1% dessa mesma receita, a título de seguro de acidente do trabalho. 19. PROGRESSIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Atendendo ao princípio da equidade no custeio, o art. 195, § 9º, da Constituição Federal prevê a possibilidade de progressividade das alíquotas e da base de cálculo das contribuições sociais, ou seja, podem ser estabelecidas de forma diferenciada em função da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa e a condição estrutural do mercado de trabalho. Este dispositivo constitucional permite que sejam criados, através de lei, mecanismos para estimular à contratação de trabalhadores e de favorecimento as pequenas empresas, que possuem um menor capital ou de incentivo a certas atividades econômicasconsideradas estratégicas, como por exemplo, de tecnologia da informação - TI. 20. TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS O art. 195, § 10, da Constituição Federal, preceitua que União deve transferir recursos para os demais entes federativos e os Estados para os Municípios, destinados ao Sistema Único de Saúde, conforme preceitos estabelecidos em lei. 21. VEDAÇÃO DE ANISTIA OU ISENÇÃO O parágrafo 11, do art. 195, da Constituição Federal, proibiu a concessão de perdão das contribuições previdenciárias através de lei em montante superior aquele que for estabelecido em lei complementar, objetivando, com isso, o não comprometimento do equilíbrio financeiro da Previdência Social. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 14 Portanto, nada impede que haja perdão até o teto (limite máximo) a ser estabelecido em lei complementar. 22. CUMULATIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES A teor do artigo 195, parágrafo 12, da Constituição Federal, as contribuições sociais incidentes sobre o faturamento das empresas e do importador serão não-cumulativas, de acordo com o que dispuser lei específica. A União não pode fazer uso das receitas oriundas das contribuições sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a pessoas físicas pela prestação de serviços para pagamento de despesas com seu regime previdenciário próprio (previdência dos servidores públicos, p. ex.), com o quadro funcional ou com a administração geral do INSS e demais entidades constantes no art. 18 da Lei 8.212/91. As contribuições das empresas sobre a receita ou faturamento e o lucro podem ser utilizadas com tal finalidade, desde que assegurados os recursos necessários para as áreas de saúde e assistência social. 23. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS DA FOLHA DE PGTO (DESONERAÇÕES) A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais haverá substituição gradual, total ou parcial, da contribuição das empresas incidente sobre a folha de salários, pela incidente sobre a receita ou o faturamento, que também serão não-cumulativas. 24. VEDAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE APOSENTADORIAS A Constituição Federal (art. 195, inciso II, segunda parte) veda a incidência de contribuições sociais sobre aposentadoria e pensões concedidas pelo regime geral da previdência social. Não há vedação semelhante para os aposentados e pensionistas dos regimes previdenciários próprios (art.40, CF), como os servidores federais ocupantes de cargo efetivo, que poderão ter seus proventos tributados normalmente. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 15 25. FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Em regra, constitui fato gerador da obrigação previdenciária principal, tanto em relação ao segurado de qualquer categoria, como em relação à empresa ou equiparado à empresa, ou ainda em relação ao empregador doméstico, o exercício de atividade remunerada. Notem que este fato gerador (atividade remunerada) aplica-se exclusivamente as contribuições para o custeio específico da previdência social e não para as contribuições destinadas a seguridade social (faturamento, lucro). No caso das contribuições previdenciárias, ocorre uma operação casada onde o mesmo fato gerador (atividade remunerada) gera contribuições do contratante (empresa) e do contratado (trabalhador). Na prática, caso um empregado receba uma remuneração mensal de R$ 1.000,00 da empresa tomadora do seu serviço, este valor representará a base de cálculo sobre a qual vai incidir a alíquota de 20% da contribuição básica da empresa e de 8% da contribuição do empregado. Essa regra do fato gerador das contribuições previdenciárias (atividade remunerada) poderá ser excepcionada nos termos da legislação vigente, como por exemplo, no caso das contribuições substitutivas incidentes sobre a comercialização do produtor rural, cuja finalidade é desonerar (substituir) as contribuições sobre a folha de pagamento, conforme iremos analisar mais adiante. 26. CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS 26.1. NOÇÕES INICIAIS Conforme foi observado acima, a empresa é obrigada a recolher especificamente para o custeio da Previdência Social contribuições que recaem sobre o exercício de atividade remunerada (exemplo: a folha de salários). Vamos analisar essas contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa ou do equiparado, observadas as disposições específicas da legislação previdenciária acerca do tema. 26.2. CONTRIBUIÇÃO BÁSICA Corresponde a alíquota de 20% Incidente sobre o total das D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 17 Cuidado para não confundir, o contribuinte de direito escolhido pelo legislador, nesse caso, é a empresa contratante dos cooperados através da cooperativa de trabalho, e não a própria cooperativa. Entretanto, caso a cooperativa possua outros trabalhadores não cooperados que lhe prestaram serviços remunerados (exemplo: empregados), deverá recolher a sua contribuição básica de 20% como empresa sobre o total das remunerações desses trabalhadores. 26.5. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Estas entidades devem recolher um adicional de 2,5% sobre a folha de salário de seus empregados e também sobre a remuneração paga aos contribuintes individuais. 26.6. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS Essas contribuições têm por finalidade afastar a incidência das contribuições sobre a folha de pagamento (trabalho remunerado) substituindo- as por outros fatos geradores, como ocorre, por exemplo, com a receita decorrente da comercialização da produção rural e da receita bruta dos espetáculos esportivos. Dessa forma, a intenção do poder público, através de opção política do legislador, é incentivar o exercício de certas atividades, diminuindo o peso da carga tributária. 26.6.1. Produtor rural (pessoa jurídica) A contribuição é calculada com a aplicação de 2,5% sobre a receita bruta da comercialização da produção rural do produtor rural pessoa jurídica, inclusive da agroindústria e 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização dessa produção, para financiamento específico das prestações por acidente do trabalho. Não se aplica a substituição às agroindústrias de piscicultura, de carcinicultura, de suinocultura e de avicultura, bem como às sociedades cooperativas. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 18 Observem que, nesse caso, a contribuição da pessoa jurídica rural incide sobre a comercialização da produção rural e não sobre as remunerações dos empregados, daí serem consideradas como substitutivas da folha de pagamento. Portanto, é importante ratificar que não há substituição em relação às contribuições a seu cargo, incidentes sobre o total das remunerações ou das retribuições pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais. 26.6.2. Clubes de futebol A contribuição dos Clubes de Futebol Profissional destinada à seguridade social corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que participe em todo território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculosdesportivos. Também nessa hipótese ocorre a substituição, porque não há contribuição sobre a folha de pagamento (empregados), porém é obrigatório que a associação desportiva mantenha equipe de futebol profissional, filiada à federação de futebol do respectivo Estado, ainda que mantenha outras modalidades desportivas, e que seja organizada na forma da Lei nº 9.615, de 1998. Cabe à entidade promotora do espetáculo, assim entendida como a federação, a confederação ou a liga responsável pela organização do evento, a responsabilidade de efetuar o desconto de 5 % da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento à RFB, no prazo de até 2 dias úteis após a realização do evento. No caso do contrato de patrocínio, a empresa ou entidade patrocinadora, que é aquela que destina recursos à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, tem o prazo de até o dia 20 do mês seguinte ao D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 19 da celebração do contrato para efetuar o recolhimento de 5% da receita bruta decorrente do contrato. Para fins de aferição de base de cálculo, considera-se receita bruta: I - a receita auferida, a qualquer título, nos espetáculos desportivos de qualquer modalidade, devendo constar em boletins financeiros emitidos pelas federações, confederações ou ligas, não sendo admitida qualquer dedução, compreendendo toda e qualquer receita auferida no espetáculo, tal como a venda de ingressos, recebimento de doações, sorteios, bingos, shows; II - o valor recebido, a qualquer título, que possa caracterizar qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos. Como a substituição só incide sobre as contribuições decorrentes da folha de pagamento (vínculo empregatício), a associação desportiva que mantém clube de futebol profissional fica obrigada ao pagamento das seguintes contribuições: I - 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos a contribuintes individuais que lhe prestem serviços; II - 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de serviços prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho. 26.6.3. Empresas optantes pelo Simples Nacional A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem na forma estabelecida nos artigos 13 e 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006 (Simples Nacional), em substituição às contribuições previdenciárias de que tratam os artigos 22 e 22-A da Lei nº 8.212/91. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 23 01. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2015) NÃO fazem parte da composição das receitas do orçamento da Seguridade Social, no âmbito federal, as receitas (A) provenientes da venda de terras confiscadas pela União pelo plantio de plantas psicotrópicas. (B) de contribuições sociais provenientes dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição. (C) da União. (D) de contribuições sociais provenientes dos empregadores domésticos. (E) de contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço. Comentários De acordo com o artigo 11, da lei 8.212/91, no âmbito federal, além das receitas da União (orçamentárias) e das contribuições sociais (tributárias), o orçamento da Seguridade Social também é composto das receitas de outras fontes. O art. 27, inciso VI, da lei de custeio, estabelece que 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243, da Constituição Federal integram essas outras receitas da Seguridade Social. De acordo com o art. 243, da CF, as propriedades rurais e urbanas onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário. O parágrafo único do art. 243, da CF, determina que todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. Portanto, integram o orçamento da seguridade social apenas 50% dos bens obtidos como resultado do tráfico de entorpecentes. Gabarito: A 02. (auditor de controle externo – área jurídica TCM-GO FCC 2015) De acordo com a Lei no 8.212/1991, as propostas orçamentárias anuais ou D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 24 plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por (A) três representantes, sendo um da área da saúde, um da área da previdência social e um da área de assistência social. (B) sete representantes, sendo dois da área da saúde, dois da área da previdência social e três da área de assistência social. (C) sete representantes, sendo dois da área da saúde, três da área da previdência social e dois da área de assistência social. (D) cinco representantes da área de assistência social. (E) três representantes da área da assistência social. Comentários Embora as áreas de saúde, previdência social e assistência social sejam objeto de leis específicas, o artigo 8º, da Lei 8.212/91, estabelece que as propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por 3 (três) representantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da área de assistência social. Gabarito: A 03. (assessor jurídico TCE/PI FCC 2014) Conforme previsão legal, a contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, calculada sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, é de (A) 15% (quinze por cento). (B) 22,5% (vinte e dois e meio por cento). (C) 20% (vinte por cento). (D) 12,5% (doze e meio por cento). (E) 8% (oito por cento) até 11% (onze por cento). Comentários O art. 22, inciso I, da lei 8.212/91 preceitua que a contribuição básica da empresa corresponde a alíquota de 20% Incidente sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, no decorrer do mês, a segurados D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 26 05. (juiz do trabalho TRT 24ª Região FCC 2014) A respeito do custeio da seguridade social, é correto afirmar que (A) as pessoas físicas e jurídicas em débito com o sistema da seguridade social não podem contratar com o Poder Público. (B) as contribuições sociais de seguridade só podem ser exigidas no exercício financeiro seguinte e desde que já decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído. (C) a proposta de orçamento da seguridade será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis por saúde, previdência social e assistência social, em vista das metase prioridades fixadas na lei de diretrizes orçamentárias. (D) os aposentados do regime geral que retornam à atividade não podem sofrer desconto de contribuições previdenciárias, por serem imunes. (E) as contribuições pessoais dos segurados podem ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em razão de a atividade desempenhada ser mais ou menos agressiva à saúde ou à integridade física. Comentários A letra “A” está errada porque esta restrição ocorre apenas com as pessoas jurídicas; A letra “B” está errada porque a exigência pode ocorrer dentro do mesmo exercício financeiro, desde que decorridos 90 dias da publicação da lei; A letra “C” está certa. As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por comissão integrada por 3 (três) representantes de cada uma das suas áreas, porém, o artigo 195, § 2º, da CF, assegura a cada uma delas a gestão dos seus próprios recursos; A letra “D” está errada porque o aposentado que volte a exercer atividade remunerada no RGPS deve recolher as contribuições sobre esses valores de forma compulsória. A letra “E” está errada porque não há redutor na contribuição dos segurados nesse caso. Gabarito: C D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 27 06- (auditor fiscal da Receita Federal do Brasil ESAF 2014) Sobre o conceito previdenciário de empresa e empregador doméstico, assinale a opção incorreta. a) Empregador doméstico é a pessoa ou família que admite a seu serviço, com ou sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. b) Embora o empregador doméstico não se enquadre como empresa, há algumas obrigações acessórias que lhe são exigíveis. c) O empregador doméstico não se classifica, em virtude desta condição, como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). d) Uma dona de casa, ainda que empregadora doméstica, caso não exerça qualquer atividade remunerada vinculante ao RGPS, poderá, caso deseje, filiar- se como segurada facultativa. e) As contribuições do empregador doméstico somente visam ao custeio das prestações previdenciárias concedidas aos empregados domésticos. Comentários A opção “a” está incorreta porque para a legislação previdenciária empregador doméstico é a pessoa, a família ou a entidade familiar que admite empregado doméstico a seu serviço, mediante remuneração e sem finalidade lucrativa. Caso o trabalhador desempenhe atividade para a família com fins lucrativos passa a ser considerado como empregado celetista. A opção “b” está correta porque apesar de ter um tratamento mais simplificado quando comparado a uma empresa, o empregador doméstico também possui algumas obrigações acessórias. A opção “c” está correta porque o empregador doméstico não se enquadra como empresa, mas também não pode ser considerado um segurado obrigatório como pessoa física do RGPS. A opção “d” está correta porque para o RGPS pode filiar-se como segurado facultativo toda pessoa física maior de 16 anos desde que não exerça atividade remunerada pública ou privada. A opção “e” está correta porque é vedada a utilização das contribuições previdenciárias para despesas distintas do pagamento de benefícios do RGPS. Gabarito: A D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 28 (câmara dos deputados – analista legislativo – consultor Cespe 2014) Julgue os próximos itens, referentes ao custeio da seguridade social. 07 Produtor rural que exerça sua atividade em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, será isento de contribuição para a seguridade social. Comentários A categoria dos segurados especiais é composta pelo produtor rural, parceiro rural, meeiro rural, arrendatário rural, o pescador artesanal e assemelhados. Segundo o art. 195, § 8º, da Constituição Federal, o segurado especial contribui para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da sua produção. Portanto, ao contrário do que muitos pensam, a CF não estabeleceu uma isenção para o segurado especial, mas apenas determinou que o fato gerador dessa contribuição fosse a comercialização da sua produção, ainda que ele tenha empregados a seu serviço, não incidindo contribuição normal sobre a folha de pagamento. Em resumo, a CF apenas substituiu a contribuição sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a comercialização do produto rural. É evidente que, se não houver comercialização também não haverá recolhimento de contribuição, como ocorre com a maioria dos segurados especiais. Essa contribuição atualmente corresponde à 2% da receita bruta da comercialização da sua produção, além de 0,1% dessa mesma receita, a título de seguro de acidente do trabalho, totalizando 2,1%. Gabarito: E 08 Todas as entidades beneficentes ou filantrópicas são constitucionalmente isentas do pagamento de contribuição para a seguridade social. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 29 Comentários A Constituição Federal estabelece no art. 195, § 7º, que são isentas de contribuição para a Seguridade Social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Para as provas de concursos é fundamental considerarmos que, nem todas as entidades beneficentes de assistência social são isentas em relação ao pagamento de contribuições previdenciárias, mas apenas as entidades que cumpram as exigências estabelecidas em lei. Isso significa que não basta ter sido criada formalmente como entidade beneficente. Vamos supor que uma entidade beneficente assistencial esteja distribuindo lucros, dividendos ou bonificações aos seus instituidores em decorrência da sua atividade. Constatada a situação, essa entidade apesar de formalmente beneficente não terá direito a isenção de contribuição para a seguridade social. Gabarito: E 09 A contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social a cargo do empregador incide sobre a folha de salários e sobre os demais rendimentos do trabalho pagos à pessoa física que lhe preste serviço, ainda que sem vínculo empregatício. Comentários A resposta dessa questão consta no art. 195, inciso I, alínea “a”, da CF, abaixo transcrito: Art. 195, CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 30 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Conforme demonstra esse dispositivo constitucional, as contribuições previdenciárias das empresas incidem sobre as atividades remuneradas de todos os trabalhadores a seu serviço, ainda que não sejam empregados, como por exemplo, no caso de um trabalhador autônomo. Gabarito: C 10 A contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social a cargo da empresa poderáter alíquota diferenciada unicamente em razão do porte da empresa e da atividade econômica por ela exercida. Comentários Atendendo ao princípio da equidade no custeio, o art. 195, § 9º, da Constituição Federal prevê a possibilidade de progressividade das alíquotas e da base de cálculo das contribuições sociais. De acordo com esse dispositivo constitucional elas podem ser estabelecidas de forma diferenciada em quatro situações: atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa e a condição estrutural do mercado de trabalho. Um exemplo da aplicação dessa regra seria a criação, através de lei, de mecanismos de redução da alíquota e da base de cálculo para estimular à contratação de trabalhadores e de favorecimento as pequenas empresas, que possuem um menor capital ou de incentivo a certas atividades econômicas consideradas estratégicas, como por exemplo, de tecnologia da informação – TI. Gabarito: E 11. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2013) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas: (A) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribuições sociais incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 31 (B) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes. (C) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais incidentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes. (D) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribuições de intervenção no domínio econômico incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes. (E) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga aos segurados a seu serviço; das contribuições de intervenção no domínio econômico incidentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes. Comentários A alternativa “A” está correta, de acordo com o disposto no art. 11 e parágrafo único, da lei 8.212/91; A alternativa “B” está incorreta porque acrescenta também as receitas estaduais e municipais; A alternativa “C” está incorreta porque insere as receitas de jogos educacionais; A alternativa “D” está incorreta porque traz as receitas estaduais e municipais, além da contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE; A alternativa “E” está incorreta porque inclui a CIDE e a receita de jogos educacionais. Gabarito: A 12. (analista judiciário – área judiciária TRT 5ª Região FCC 2013) Considerando que as empresas Todos-os-Santos Indústria e Comércio, Soteropolitano Hotel de Turismo e o Banco MMC, que atuam como D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 33 por meio de lei complementar, contribuições sociais não previstas na CF e cuja base de cálculo ou fato gerador sejam idênticos ao de outros impostos. Comentários Pelo princípio da competência residual, conforme o artigo 195, § 4º, da CF, combinado com o artigo 154, I, da CF, lei complementar poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. Para o STF essas novas contribuições sociais não poderão ter fato gerador ou base de cálculo idênticos ao de outras contribuições sociais já existentes, não havendo nenhum óbice que sejam idênticos ao de outros impostos, por serem tributos de espécies diferentes. Gabarito: C 14. (juiz federal TRF-2 Cespe 2013) A Lei n.º 8.212/1991, que institui o plano de custeio da seguridade social, distingue as pessoas que são consideradas empresas daquelas que se equiparam a empresas. Entre as que se equiparam a empresa encontram-se as A - fundações públicas. B - cooperativas. C - firmas individuais. D - sociedades que assumam o risco de atividade econômica rural com fins lucrativos. E - autarquias. Comentários Realmente, o artigo 15, da Lei 8.212/91, considera empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. Entretanto o parágrafo único do mesmo artigo considera como equiparados a empresa, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 34 Gabarito: B (auditor fiscal do trabalho MTE Cespe 2013) Julgue o próximo item, acerca da conceituação, da organização e dos princípios constitucionais da seguridade social. 15 A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Comentários O financiamento direto da seguridade social decorre das contribuições sociais e o financiamento indireto através das receitas orçamentárias cujos recursos não são destinados exclusivamente para a área securitária. Gabarito: C 16. (analista judiciário execução de mandados TRF 2ª Região FCC 2012) Eucléia, recém-casada, contratou Mirtes para laborar em sua residência na qualidade de empregada doméstica. Eucléia procedeu ao devido registro na CTPS de Mirtes, mas, ao final do primeiro mês de labor, ficou com dúvidas sobre a alíquota de recolhimento da contribuição previdenciária devida em razão do contrato de trabalho da referida empregada doméstica e ligou para sua irmã, Julia, que é advogada. Julia lhe respondeu que a contribuição do empregador doméstico é de (A) 20% do salário mínimo. (B) 20% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. (C) 8% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. (D) 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. (E) 11% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. Comentários A contribuição previdenciária do empregador doméstico é de 12% sobre o salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 35 Observem que a base de cálculo dessa contribuição é o salário-de- contribuição do empregado doméstico e não o total da sua remuneração, como ocorre com a contribuição básica das empresas em geral. Essa base de cálculo (salário-de-contribuição) possui limites mínimo e máximo. Isto significa que, tanto no caso da contribuição do empregador doméstico, como também na contribuiçãodo empregado doméstico, deve ser observado o limite máximo (teto) estabelecido pela Previdência Social, mesmo que o empregado doméstico receba remuneração acima desse valor. Obs.: quando for regulamentado o Simples Doméstico, o empregador doméstico terá um encargo mensal total de 20%. Gabarito: D 17. (juiz do trabalho 20ª Região FCC 2012) Sobre os pagamentos feitos pela indústria empregadora, no mês, a todos os empregados e avulsos incidem as seguintes alíquotas, a título de contribuição previdenciária: (A) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (B) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (C) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (D) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de contribuição. (E) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de contribuição. Comentários A contribuição previdenciária básica das empresas em geral corresponde a alíquota de 20% incidente sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, no decorrer do mês, a segurados que lhes prestem serviços (empregados e avulsos). Além dessa contribuição, a legislação previdenciária impõe as empresas outra contribuição destinada exclusivamente ao financiamento dos benefícios D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 36 concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho – GILRAT (benefícios de natureza acidentária). As alíquotas variam de acordo com o grau de risco de acidentes e moléstias ocupacionais, conforme a atividade preponderante da empresa, na seguinte proporção: a) 1% - grau leve; b) 2% - grau médio; c) 3% - grau grave. Caso o segurado exerça atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde e integridade física, além dessas contribuições, é devida pela empresa ou equiparada uma contribuição adicional. Gabarito: A 18- (auditor fiscal da Receita Federal ESAF 2012) Sobre o financiamento da seguridade social, assinale a opção incorreta. a) A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras formas, por meio das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de salários. b) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade revela, entre outros, seu caráter solidário. c) A seguridade social conta com orçamento próprio, que não se confunde com o orçamento fiscal. d) O custeio da seguridade social também ocorre por meio de imposições tributárias não vinculadas previamente a tal finalidade. e) O financiamento da seguridade social também pode ensejar a instituição, pela União, no exercício de sua competência residual, de contribuição específica. Comentários O financiamento da seguridade social pode ser direto ou indireto. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 37 O financiamento direto é aquele em que os recursos são provenientes das contribuições sociais, como ocorre, por exemplo, em relação às contribuições incidentes sobre a folha de pagamento, cuja finalidade específica é o custeio exclusivo da seguridade social. O financiamento indireto ocorre mediante receitas orçamentárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuja finalidade, a princípio, é a cobertura das despesas gerais decorrentes das atividades estatais, tais como, educação e segurança pública, dentre outras. Gabarito: A 19- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) Não se considera empresa, nem a ela se equipara, para fins de custeio da Previdência Social, a) a firma individual que reúne elementos produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços e assume o risco de atividade econômica urbana ou rural. b) a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, ainda que tenha duração temporária. c) a empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli) que assuma o risco de atividade econômica. d) a cooperativa, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade. e) aquele que admite empregado a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, no âmbito residencial de diretor de empresa. Comentários O legislador conceitua empresa como firma individual ou sociedade que assume o risco da atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, a ela equiparando-se os órgãos e as entidades da administração pública direta ou indireta. Ainda de acordo com a legislação previdenciária, equipara-se a empresa para fins de cumprimento de obrigações previdenciárias: I - o contribuinte individual, em relação ao segurado que lhe presta serviços; D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 38 II - a cooperativa, conforme definida nos arts. 1.093 a 1096 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil); III - a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomínio; IV - a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; V - o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO); VI - o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviços. Observem que, de acordo com o exposto, uma empresa de trabalho temporário, os Municípios, uma instituição financeira, uma agroindústria, uma entidade beneficente e até mesmo uma embaixada enquadram-se no conceito de empresa. Portanto, as letras “a”, “b”, “c”, “d” enquadram-se no conceito de empresa e equiparados. A letra “e” traz a figura da pessoa, família ou entidade familiar que admite empregado doméstico a seu serviço, mediante remuneração e sem finalidade lucrativa. O empregador doméstico não é segurado do INSS, mas também não é equiparado à empresa. O tratamento dispensado ao empregador doméstico, na forma da lei, é diferenciado quando comparado com o das empresas. Por exemplo: o empregador doméstico está dispensado de apresentar a GFIP (obrigação acessória comum às empresas), e a base de cálculo da sua contribuição é o salário-de-contribuição (com observância de limite máximo) do empregado doméstico a seu serviço, e não o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, como ocorre com as empresas. Gabarito: E 20- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) É vedada a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais do empregador incidentes sobre a folha de salários para a realização de despesas distintas das enumeradas na Constituição. Entre essas, veda- se a aplicação de recursos dessa origem a) na cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundeswww.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 39 b) na proteção à maternidade, especialmente à gestante, nos termos da legislação pertinente. c) no aporte de recursos à entidade de previdência, tendo em vista as prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias. d) na proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, como previsto na legislação respectiva. e) no pagamento de salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. Comentários A Constituição Federal determina que as receitas da seguridade social devam cobrir indistintamente todas as despesas afins da seguridade social, a exceção da contribuição sobre a folha de salários (empresas e trabalhadores), restrita ao pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme estabelece o artigo 167, XI, da CF, que veda a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais da empresa, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho, e do trabalhador previstas no art. 195, I, a, e II, da CF, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, da CF: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. Face ao exposto, a letra “c” é a única hipótese que não se enquadra nos benefícios do RGPS do art. 201, CF. Gabarito: C D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 40 32. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 01. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2015) NÃO fazem parte da composição das receitas do orçamento da Seguridade Social, no âmbito federal, as receitas (A) provenientes da venda de terras confiscadas pela União pelo plantio de plantas psicotrópicas. (B) de contribuições sociais provenientes dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição. (C) da União. (D) de contribuições sociais provenientes dos empregadores domésticos. (E) de contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço. 02. (auditor de controle externo – área jurídica TCM-GO FCC 2015) De acordo com a Lei no 8.212/1991, as propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por (A) três representantes, sendo um da área da saúde, um da área da previdência social e um da área de assistência social. (B) sete representantes, sendo dois da área da saúde, dois da área da previdência social e três da área de assistência social. (C) sete representantes, sendo dois da área da saúde, três da área da previdência social e dois da área de assistência social. (D) cinco representantes da área de assistência social. (E) três representantes da área da assistência social. 03. (assessor jurídico TCE/PI FCC 2014) Conforme previsão legal, a contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, calculada sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, é de (A) 15% (quinze por cento). (B) 22,5% (vinte e dois e meio por cento). (C) 20% (vinte por cento). (D) 12,5% (doze e meio por cento). D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 41 (E) 8% (oito por cento) até 11% (onze por cento). 04. (procurador judicial Prefeitura do Recife FCC 2014) Constituem outras receitas da Seguridade Social, EXCETO: (A) as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens. (B) as multas, a atualização monetária e os juros moratórios. (C) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros. (D) 50% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal. (E) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais. 05. (juiz do trabalho TRT 24ª Região FCC 2014) A respeito do custeio da seguridade social, é correto afirmar que (A) as pessoas físicas e jurídicas em débito com o sistema da seguridade social não podem contratar com o Poder Público. (B) as contribuições sociais de seguridade só podem ser exigidas no exercício financeiro seguinte e desde que já decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído. (C) a proposta de orçamento da seguridade será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis por saúde, previdência social e assistência social, em vista das metas e prioridades fixadas na lei de diretrizes orçamentárias. (D) os aposentados do regime geral que retornam à atividade não podem sofrer desconto de contribuições previdenciárias, por serem imunes. (E) as contribuições pessoais dos segurados podem ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em razão de a atividade desempenhada ser mais ou menos agressiva à saúde ou à integridade física. 06- (auditor fiscal da Receita Federal do Brasil ESAF 2014) Sobre o conceito previdenciário de empresa e empregador doméstico, assinale a opção incorreta. a) Empregador doméstico é a pessoa ou família que admite a seu serviço, com ou sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. b) Embora o empregador doméstico não se enquadre como empresa, há algumas obrigações acessórias que lhe são exigíveis. c) O empregador doméstico não se classifica, em virtude desta condição, como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 42 d) Uma dona de casa, ainda que empregadora doméstica, caso não exerça qualquer atividade remunerada vinculante ao RGPS, poderá, caso deseje, filiar- se como segurada facultativa. e) As contribuições do empregador doméstico somente visam ao custeio das prestações previdenciárias concedidas aos empregados domésticos. (câmara dos deputados – analista legislativo – consultor Cespe 2014) Julgue os próximos itens, referentes ao custeio da seguridade social. 07 Produtor rural que exerça sua atividade em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, será isento de contribuição para a seguridade social. 08 Todas as entidades beneficentes ou filantrópicas são constitucionalmente isentas do pagamento de contribuição para a seguridade social. 09 A contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social a cargo do empregador incide sobre a folha de salários e sobre os demais rendimentos do trabalho pagos à pessoa física que lhe preste serviço, ainda que sem vínculo empregatício. 10 A contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social a cargo da empresa poderá ter alíquota diferenciada unicamente em razão do porte da empresa e da atividade econômica por ela exercida. 11. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2013) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas: (A) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados aseu serviço; das contribuições sociais incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes. (B) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 43 (C) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais incidentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes. (D) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribuições de intervenção no domínio econômico incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes. (E) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga aos segurados a seu serviço; das contribuições de intervenção no domínio econômico incidentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes. 12. (analista judiciário – área judiciária TRT 5ª Região FCC 2013) Considerando que as empresas Todos-os-Santos Indústria e Comércio, Soteropolitano Hotel de Turismo e o Banco MMC, que atuam como indústria de transformação, hotelaria e banco comercial, com graus de risco grave, médio e leve, respectivamente, é certo dizer que sua contribuição para Seguridade Social e para financiamento do benefício da aposentadoria especial, previstas no artigo 22, I e II, da Lei no 8.212/91 (somente em relação aos segurados empregados), será, respectivamente, de (A) 20% + 3%; 20% + 2%; e 20% + 2,5% + 1%. (B) 20%; 20%; 22,5%. (C) 15% + 3%; 15% + 2,5% + 1%; e 15% + 1%. (D) 20%; 21%; 22,5%. (E) 20% + 1%; 20% + 2%; 20% + 2,5%. (delegado Polícia Federal Cespe 2013) De acordo com as normas constitucionais e legais acerca do financiamento da seguridade social, julgue os itens seguintes. 13 Conforme entendimento jurisprudencial do STF, para o custeio da seguridade social, a União, no exercício da competência residual, pode instituir, por meio de lei complementar, contribuições sociais não previstas na CF e cuja base de cálculo ou fato gerador sejam idênticos ao de outros impostos. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 44 14. (juiz federal TRF-2 Cespe 2013) A Lei n.º 8.212/1991, que institui o plano de custeio da seguridade social, distingue as pessoas que são consideradas empresas daquelas que se equiparam a empresas. Entre as que se equiparam a empresa encontram-se as A - fundações públicas. B - cooperativas. C - firmas individuais. D - sociedades que assumam o risco de atividade econômica rural com fins lucrativos. E - autarquias. (auditor fiscal do trabalho MTE Cespe 2013) Julgue o próximo item, acerca da conceituação, da organização e dos princípios constitucionais da seguridade social. 15 A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 16. (analista judiciário execução de mandados TRF 2ª Região FCC 2012) Eucléia, recém-casada, contratou Mirtes para laborar em sua residência na qualidade de empregada doméstica. Eucléia procedeu ao devido registro na CTPS de Mirtes, mas, ao final do primeiro mês de labor, ficou com dúvidas sobre a alíquota de recolhimento da contribuição previdenciária devida em razão do contrato de trabalho da referida empregada doméstica e ligou para sua irmã, Julia, que é advogada. Julia lhe respondeu que a contribuição do empregador doméstico é de (A) 20% do salário mínimo. (B) 20% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. (C) 8% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. (D) 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. (E) 11% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço. 17. (juiz do trabalho 20ª Região FCC 2012) Sobre os pagamentos feitos pela indústria empregadora, no mês, a todos os empregados e avulsos incidem as seguintes alíquotas, a título de contribuição previdenciária: D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 45 (A) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (B) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (C) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (D) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de contribuição. (E) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de contribuição. 18- (auditor fiscal da Receita Federal ESAF 2012) Sobre o financiamento da seguridade social, assinale a opção incorreta. a) A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras formas, por meio das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de salários. b) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade revela, entre outros, seu caráter solidário. c) A seguridade social conta com orçamento próprio, que não se confunde com o orçamento fiscal. d) O custeio da seguridade social também ocorre por meio de imposições tributárias não vinculadas previamente a tal finalidade. e) O financiamento da seguridade social também pode ensejar a instituição, pela União, no exercício de sua competência residual, de contribuição específica. 19- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) Não se considera empresa, nem a ela se equipara, para fins de custeio da Previdência Social, a) a firma individual que reúne elementos produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços e assume o risco de atividade econômica urbana ou rural. b) a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, ainda que tenha duração temporária. c) a empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli) que assuma o risco de atividade econômica. D Previdenciário – turma isolada para técnico do seguro social Aula 03 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 46 d) a cooperativa, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade. e) aquele que admite empregado a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, no âmbito residencial de diretor de empresa. 20- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) É vedada a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais do empregador incidentes sobre a folha de salários para a realização de despesas distintas das enumeradas na Constituição. Entre essas, veda- se a aplicação de recursos dessa origem a) na cobertura dos eventos de doença,invalidez, morte e idade avançada. b) na proteção à maternidade, especialmente à gestante, nos termos da legislação pertinente. c) no aporte de recursos à entidade de previdência, tendo em vista as prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias. d) na proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, como previsto na legislação respectiva. e) no pagamento de salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. 33. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A A C D C A E E C E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A A C B C D A A E C Até a próxima aula e bons estudos.
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