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Epidemiologia do envelhecimento 
 A população brasileira vem sofrendo transições demográficas decorrentes de mudanças nos 
níveis de mortalidade e fecundidade. Essas mudanças fizeram com que a população passasse de um 
regime demográfico de alta natalidade e mortalidade, por outro, primeiramente com baixa mortalidade 
e a seguir baixa fecundidade. Isso levou ao envelhecimento da população. Podem-se dividir os 
paísesquanto à sua transição demográfica: iniciação precoce (países europeus ocidentais), iniciação 
tardia (países da América Latina e Caribe) e os que ainda não iniciaram (países africanos). 
 O processo de envelhecimento nos países desenvolvidos ocorreu muito tempo depois de eles 
terem adquiridos padrões elevados de vida, reduzindo desigualdades sociais e econômicas, e 
implementando um número de estratégias institucionais para compensar os efeitos das desigualdades 
residuais, ao menos na área de acesso aos serviços de saúde. Ou seja, os países desenvolvidos primeiro 
ficaram ricos e depois envelheceram. 
 Já os países da América Latina ficaram velhos antes de serem riscos. Um processo de 
envelhecimento começa ocorrer por meio de economias frágeis, níveis crescentes de pobreza, 
aumentando as desigualdades sociais e econômicas e contraindo mais do expandindo o acesso aos 
serviços e recursos coletivamente financiados. O crescimento da população idosa está mais ligado às 
descobertas revolucionarias relativas às questões médicas e de saúde publica e não às melhorias dos 
padrões gerais de vida. 
 A transição demográfica apresenta 4 etapas: 
1) alta fecundidade/alta mortalidade 
2) alta fecundidade/redução da mortalidade 
3) redução da fecundidade/mortalidade continua a cair 
4) fecundidade continua a cair/mortalidade continua a cair 
 O processo de envelhecimento causa transformações na sociedade: migração, feminizaçãoe 
marginalização. 
 A migração de jovens do nordeste do Brasil para o sudeste faz a região nordeste obter alta 
porcentagem de idosos. 
 Um fenômeno que acompanha a velhice da população é a feminização da velhice. As mulheres 
vivem mais do que os homens em quase todas as partes do mundo. Explicações para esse fenômeno: 
diferenças biológicas (o fator de proteção conferido por hormônios femininos em relação à isquemia 
coronariana), diferenças de exposição às causas de risco de trabalho, diferenças no consumo de álcool e 
tabaco (que estão associadas às causas de morte mais frequente na faixa etária acima dos 45 anos, 
como neoplasias e doenças do aparelho circulatório), diferenças de atitudes em relação à doença e 
incapacidade (as mulheres são mais atentas ao aparecimento de sintomas e sinais). No entanto, elas 
estão mais expostas do que os homens à violência domestica e discriminação ao acesso a educação, 
renda, alimentos, trabalho significativo, cuidado da saúde, heranças, medidas de segurança social e 
poder político. Essas desvantagens significam que as mulheres tem maior possibilidade de serem pobres 
e de apresentaram incapacidades e múltiplos problemas de saúde nas idades mais longevas. 
 A transição epidemiológica está focalizada na complexa mudança dos padrões de saúde e doença 
e nas interações entre esses padrões e seus determinantes e consequências, essas mudanças dizem 
respeito à diminuição da mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e ao aumento das doenças 
crônicos degenerativas (aparelho circulatório, neoplasias). 
 A transição demográfica que está relacionada a uma queda de fecundidade repercute na 
transição epidemiológica, perfil de morbidade, já que a proporção crescente de pessoas de idade 
avançada aumenta a importância das doenças crônico degenerativas, as doenças passam de um 
processo agudo que termina em morte para um estado crônico que as pessoas sofrem durante longos 
períodos de vida. 
 Essa ideia de pessoas idosas associadas a doenças e dependência tem que ser substituída por 
mudanças que a façam permanecer mais tempo ativos e independentes. Atuando em função dessas 
mudanças de paradigma a OMS adotou o termo envelhecimento ativo, que é o processo de otimização 
das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida 
à medida que as pessoas ficam mais velhas. 
Aspectos fisiológicos do envelhecimento 
 O envelhecimento é aquele período da vida que sucede à fase de maturidade e que é 
caracterizado por declínio das funções orgânicas que acarreta maior susceptibilidade à eclosão de 
doenças que termina por levar o idoso à morte. Senescência são alterações orgânicas, morfológicas e 
funcionais que ocorrem em consequência do processo de envelhecimento. Senelidade são modificações 
determinadas pelas afecções que frequentemente comprometem os indivíduos idosos. 
 As perdas fisiológicas são extremamente variáveis entre os orgãos, a variabilidade entre 
indivíduos é substancial. Alterações anteriormente relacionadas ao envelhecimento, hoje são 
reconhecidamente causadas por fatores associados a ele, como: sedentarismo, dieta inadequeda, 
desuso progressivo de capacidades. É importante diferenciar envelhecimento e doença, substrato 
fisiológico para a influência da idade sobre a apresentação das doenças, reflexos da fisiologia do 
envelhecimento sobre a resposta ao tratamento e ao surgimento de complicações. 
 Composição corporal: diminuição de água intracelular (idoso fica propenso à desidratação), 
massa celular, conteúdo mineral ósseo e densidade corpórea. Aumenta tecido gorduroso (30% homens, 
45% mulheres). A quantidade de água extracelular não altera. 
 Altura e peso: diminuição de 1 cm por década após 35 anos de idade (degeneração dos discos 
intervertebrais, redução do arco plantar e geno varo), acúmulo de gordura, redução da massa magra, 
redução do peso de órgãos, redução de peso após 65 anos. 
 Pele: lentificação da renovação epidérmica, adelgaçamento de derme, diminuição da 
elasticidade, lubrificação e tecido subcutâneo, e hipertrofia das células de pigmentação (púrpura senil e 
lentigo senil). 
 Olhos: surgimento do arco ou alo senil, redução da capacidade de acomodação do cristalino 
(presbiopia), da transparência do cristalino (catarata) e da secreção lacrimal, e alterações das pálpebras 
e musculatura. 
 Ouvido e nariz: espessamento do tímpano (pode levar a presbiacusia), degeneração do ouvido 
interno, diminuição capacidade olfativa e aumento do tamanho do nariz e pilificação interna. 
 Cavidade oral: perda de dentes (cáries, doença periodontal e osteoporose), saliva (manutenção 
ou redução), alterações do paladar (afetam a nutrição). 
 Estômago: reduz secreção ácida, retardo do esvaziamento gástrico, reduz secreção de fator 
intrínseco e alterações na absorção de nutrientes e drogas. 
 Cólon: atrofia mucosa, transito lento e predisposição a divertículos (Doença diverticular 
doscolons) 
 Função cardíaca: redução do consumo máximo de oxigênio, da capacidade de exercício e da 
reserva cardíaca, modificações nos receptores das catecolaminas (reduz reflexo barrreceptor – 
hipotensão ortostática e arritmia respiratória) e deposição de cálcio (calcificação do anel mitral e 
esclerose da valva aórtica). 
 Sistema arterial: reduz efeito fole aorta e vasos grandes, aumenta volume arterial, tendência ao 
aumento de pressão arterial sistólica e tendência a hipotensão ortostática. 
 Aparelho respiratório: reduz elasticidade pulmonar, força muscular respiratória, limpeza 
(clearance) mucociliar (pulmão sujo do idoso – que leva a estertores crepitantes em base sem conotação 
patológica), reflexo da tosse e aumenta volume residual. 
 Rins: perda progressiva da massa renal, fluxo plasmático renal e taxa de filtração glomerular 
(representa a função renal). 
 Sistema Imune: Imuno senescência (desregulaçãodo sistema), redução da resposta celular 
(redução das reações cutâneas), alterações da resposta humoral (maior susceptibilidade às infecções). 
 Sistema neural: redução do número de neurônios, fluxo sanguíneo cerebral e massa cerebral e 
aumento dos ventrículos. 
 Termorregulação: menor atividade de glândulas sudoríparas, e menor produção de calor 
(diminuição da atividade física e do metabolismo basal). 
 Sono e repouso: diminuição de sonos requeridos e de 50% do sono profundo (REM), dificuldade 
para adormecer e despertar mais fácil. 
Manifestações atípicas das doenças nos idosos 
 Sintomas e sinais atípicos são possíveis de ocorrer quando o paciente apresenta-se com: idade 
avançada, diminuição da reserva funcional de órgão e sistemas, incapacidade de manter a homeostase, 
percepções equivocadas sobre o envelhecimento, múltiplas doenças crônicas, em uso de inúmeros 
medicamentos, com incapacidade funcional, deficiência cognitiva e imunodeprimidos. Eles podem 
apresentar alterações em dados clínicos comuns como: ausência de febre em quadros infecciosos e 
ausência de dor em infartos agudos do miocárdio. Isso gera maior risco de diagnóstico tardio e retardo 
nas ações terapêuticas, contribuindo para o aumento de sequelas e mortalidade nessa faixa etária. 
Algumas apresentações clínicas não específicas podem indicar doenças graves e potencialmente fatais 
em idosos: mudanças cognitivas e delirium, queixas vagas (sensação de desconforto ou mal estar), 
astenia (fadiga, fraqueza), anorexia, quedas recorrentes, perdas de capacidade funcional e em atividade 
de vida diária, instalação de incontinência urinaria, taquipnéia, alterações de 2 graus na temperatura 
basal. As apresentações atípicas são comuns em sete situações clínicas: 
1) Infecções 
2) Doenças cardiovasculares 
3) Embolismo pulmonar 
4) Abdome agudo 
5) Tireoideopatias 
6) Reações adversas a medicamentos 
7) Neoplasia 
Avaliação Geriátrica Ampla 
● Esse tipo de avaliação pode em curto prazo: 
- reduzir mortalidade 
- aumentar chances de estar em casa 
- melhorar físico 
- melhorar função cognitiva 
 
Por fazer uma avaliação geriátrica ampla? 
Uso dos serviços de saúde pelos idosos tem aumentado bastante, principalmente em países 
industrializados. 
Aumento de comorbidades e incapacidades relacionadas ao aumento da idade 
É previsto um aumento do número de internações de 22% para 46% 
Fragilidade tem aumentado sua frequência com a idade 
É necessária uma avaliação abrangente da das necessidades médicas, sociais, funcionais e psicológicas 
desta população de alto risco 
 
O que é? 
É um Processo de diagnóstico interdisciplinar multidimensional focado em determinar fragilidades 
médicas, psicológicas e funcionais da pessoa idosa, a fim de desenvolver um coordenado plano 
integrado de tratamento por um longo período de seguimento. 
 
É mais do que um processo de diagnóstico no reconhecimento das necessidades, para que o tratamento 
seja abrangente buscando restabelecimento da função e independência. 
Com a AGA consegue-se melhoria na precisão do diagnóstico, otimização do tratamento médico, 
melhora do prognóstico, restauração e manutenção da função, apoio à perda da autonomia e melhor 
qualidade de vida 
 
Perguntas Aula: 
Qual a necessidade de aplicar questionários e instrumentos 
R: É uma forma de avaliação quantitativa e também serve para comparação de antes e depois do 
tratamento, verificando se houve melhora ou não de forma objetiva 
 
Qual a diferença de uma AGA para uma convencional? 
R: AGA vai ao encontro do novo modelo médico, em que o indivíduo é visto de forma integral e são 
avaliados seus aspectos biopsicossociais de forma interdisciplinar. Define cuidado a longo prazo, avalia 
aspectos específicos do idoso, voltado para qualidade de vida. 
 
Quais instrumentos devem ser aplicados e por quê? 
R: WOMAC (artrose), Mini Mental (cognição), uma boa anamnese (identificação, peso, altura, sinais 
vitais), Timet ( marcha e equilíbrio), perguntar sobre IU, GDS, AIVD – Lawton e Brody, SPPB, escala de 
 
dor, avaliação postural, avaliação de força, medo de cair, avaliação domiciliar, ADM, calçado usado, Mini 
Nutricion (nutrição), marcha, hand grip 
 
Alterações sensoriais do idoso 
 
- As deficiências sensoriais em idosos são muitas vezes negligenciadas pelos próprios indivíduos que as 
possuem. 
- Todas os 5 sentidos devem ser avaliados mas principalmente visão e audição, pela elevada taxa de 
prevalência, pelo grande comprometimento da qualidade de vida e pela possibilidade de evitar-se e 
tratar-se grande parte das incapacidades, tem grande impacto na comunicação, socialização e 
manutenção da vida independente 
 
Visão 
Com o avançar da idade ocorre redução da função visual normal e aumenta a incidência de patologias 
oftalmológicas. 
Alterações próprias do envelhecimento: 
- presbiopia que pode ser corrigida pelo uso de lentes. 
Não próprias do envelhecimento: 
- Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a primeira causa de cegueira em países 
industrializados, lesões avançadas causam cegueira irreversível. A exposição solar (radiações UVA e 
UVB) é fator de risco para a DMRI, sendo recomendado o uso profilático de óculos protetores e chapéu. 
- Catarata ou opacificação do cristalino é a principal causa de perda de visão no mundo 
- Retinopatia diabética 
- Glaucoma: a clássica tríade clínica para detecção do glaucoma inclui aumento da pressão intra-ocular, 
atrofia do nervo óptico e perda de campo visual. 
- Efeitos oculares de medicações sistêmicas como os idosos utilizam muitas medicações, é importante 
ressaltar as drogas que podem comprometer a visão. 
 
Audição 
O termo presbiacusia descreve a condição de declínio auditivo que acompanha o processo natural de 
envelhecimento. É a alteração crônica relacionada à idade mais comum no sexo masculino 
 
Olfato e Paladar 
O envelhecimento normal é acompanhado de diminuição olfativa e gustativa, no entanto, muitas 
condições patológicas contribuem para esse declínio : processos infecciosos como candidíase, herpes 
simplex e gengivites processos neurológicos centrais como tumores, doenças cerebrovasculares e 
quadros demenciais e o uso de algumas medicações. 
 
Sensibilidade tátil 
Causas: álcool, hanseníase, amiloidose, carência de vitamina B12, gamopatias monoclonais, sendo a 
secundária a diabetes a mais freqüente, podendo ser prevenida e tratada. A neuropatia periférica 
ocorre em 30 a 100% dos pacientes diabéticos e participa do processo de aparecimento de úlceras dos 
pés, problemas de equilíbrio, quedas, medo de cair, redução das atividades da vida diária, cursando 
muitas vezes com dor. Há associação entre neuropatia diabética e depressão devido a redução das 
atividades diárias, percepção da perda do papel social e falta do controle dos sintomas. 
O controle glicêmico reduz a incidência de neuropatia diabética, diminui a progressão de quadros já 
instalados e melhora a qualidade de vida dos pacientes diabéticos. Como já foi comentado ao abordar-
se a retinopatia diabética, as ações educativas são muito importantes para que o paciente participe do 
seu auto-cuidado. 
Os sintomas dolorosos podem ser minimizados com o uso de antidepressivos tricíclicos ou 
anticonvulsivantes como a carbamazepina e a gabapentina. 
 
MAUS TRATOSE NEGLIGENCIA NO IDOSO 
-problema de saúde pública, segunda causa de mortalidade no Brasil, atinge todos os grupos etários e 
todas as classes sociais, e mesmo quando não leva a morte, provoca lesões e traumas físicos e 
emocionais. 
-Maus tratos e negligência constituem “uma ação única ou repetida, ou ainda a ausência de uma ação 
devida que causa sofrimentoou angustia. A negligencia pode ser ativa (intencional) ou passiva (sem 
intenção)”. 
-Existe um silêncio na questão de denuncia de maus tratos e negligencia, pois a maioria é dependente 
física, emocional e financeiramente de sua família ou instituição em que vive. 
Divisão dos maus tratos: físico, psicológico, financeiro, abuso sexual e negligência 
-Maus tratos físico: uso de força física que pode produzir lesões, feridas, dor ou incapacidade 
-Maus tratos psicológicos: Ação de infligir pena, dor ou angustia através de expressões verbais ou não 
verbais 
-Abuso financeiro ou material: exploração imprópria ou ilegal e/ou uso não consentido de recursos 
financeiros de um idoso 
-Abuso sexual: contato sexual não consentido 
-Negligencia: recusa ou falha em exercer responsabilidades no ato de cuidar do idoso 
Divisão dos níveis de violência segundo a divisão do seu alcance: 
-Macro: atitudes abusivas no contexto social (dificuldades com aposentadoria, serviços públicos...) 
-Médio: atitudes que interferem no jeito que o idoso é tratado na comunidade (preconceito, 
discriminação marginalização) 
-Micro: conflitos no âmbito doméstico (família, cuidador) 
-Indicadores no comportamento dos idosos: passividade, tristeza, desesperança, ansiedade, depressão, 
agitação, medo, medo de falar, isolamento físico ou social, evitação do contato físico e verbal. 
-Indicadores de maus tratos: perda de peso, desnutrição, desidratação, palidez, olheiras, hematomas, 
queimaduras, feridas, escaras, pouca higiene, uso errado de medicação, historia do cuidador difere do 
idoso, etc 
Fatores de risco: 
-ciclos recorrentes de violência familiar (quem já foi submetido a violência tem maior chance de agredir) 
-Problema de saúde mental (do cuidador ou do idoso) 
-incapacidade do idoso (dependência) 
-Consumo de álcool ou drogas 
Violência nas instituições de longa permanência 
-Níveis de cuidado estão abaixo do esperado: falta de privacidade, higiene ruim, cuidado físico e 
qualidade de vida precários, condições de trabalho ruim, esgotamento dos enfermeiros e auxiliares de 
enfermagem 
-Outros fatores: drogas que dopam o idoso, desnutrição, contenção, tontura. Manutenção em cárcere. 
Papel do profissional de saúde: 
-promoção da saúde 
-prevenir doenças, sequelas e complicações 
-manutenção da capacidade funcional do idoso, buscando a autonomia e independência 
-averiguar maus tratos 
-elaborar estratégias para manter o idoso protegido 
-Caso necessário, comunicar autoridades competentes sobre qualquer suspeita ou confirmação de maus 
tratos 
Intervenção: trabalho multidisciplinar (médico e assistente social), compartilhar a decisão tomada com 
os profissionais, fazer o procedimento de forma a não expor o idoso a um maior risco, suporte familiar, 
usar a lei. 
DEPRESSÃO NO IDOSO 
-tristeza, desânimo 
-Doença psiquiátrica mais comum em idosos 
-Dificuldade em obter queixas devido ao déficit cognitivo, afasia, distúrbios auditivos 
-Tem maior efeito colateral dos antidepressivos 
Diagnóstico –DMS-IV (5 dos seguintes sintomas, no mínimo em 2 semanas): 
-humor depressivo 
-diminuição do interesse em todas as atividades 
-perda ou ganho de peso significativo 
-insonia ou aumento do sono 
-perda da energia; agitação ou retardo psicomotor 
-diminuição da capacidade de concentração e indecisão 
-sentimento de culpa 
-pensamentos de morte 
 
Queixas comuns: 
-falta de apetite/ perda de peso 
-sono alterado 
-fadiga 
-dor 
-irritabilidade 
-distúrbios gastrintestinais 
-dispneia 
-falta de atenção, concentração 
-problema de memória 
-confusão mental 
-sintomas psicótico
*Escala de depressão geriátrica 
Fatores de risco 
-sexo feminino 
-medicamentos e doenças associadas 
-historia familiar 
-doenças crônico degenerativas 
-estressores psicológicos e sociais (separação, 
morte, perda de auto estima) 
-isolamento social
 
Tratamento 
-Não Farmacológico: psicoterapias, atividade física, eventos sociais e educacionais 
-Farmacológico 
T.O. 
avaliar as habilidades funcionais do indivíduo, restaurar funções, manter habilidades, prevenir 
disfunções, adaptar o que for necessário. Envolver o idoso em atividades ocupacionais 
Fisio 
Tratar disfunções motoras, entender o processo da doença 
Intervenção no cuidados à pessoa deprimida 
-desenvolver uma relação de confiança 
-proporcionar um ambiente agradável 
-expressar sentimentos (falar, rir) 
-incentivar exercícios e atividades sociais 
-investigar se está tomando medicamentos que causam depressão 
DELIRIUM 
Desordem cognitiva definida por início agudo, curso flutuante, distúrbios da consciência, atenção, 
orientação, memória, pensamento, percepção e comportamento. 
-é a condição mais comum entre pacientes hospitalizados e comente preferencialmente idosos e 
pacientes debilitados 
-condição multifatorial; -abordagem multidisciplinar 
-fatores predisponentes: gravidade da doença de base, déficit visual, cognitivo, sensorial 
(idade maior que 65 anos, episódio prévio de delirium, múltiplas comorbidades, status funcional 
ruim/fragilidade, sexo masculino, polifarmácia, hepatopatia, doença terminal, depressão) 
-fatores precipitantes: privação de sono, restrição física, doenças agudas, desidratação/desnutrição, 
adição de medicações, procedimentos médicos/ cirúrgicos, imobilização prolongadas, sondas, 
iatrogenia, abuso ou abstinência de substancias 
*é comum sua inter-relação para o desencadeamento da doença 
Fisiopatologia: disfunção cerebral global -> atividade serotoninérgica, função cognitiva, função 
dopaminérgica 
Quadro clínico (pode se apresentar na forma hiperativa, hipoativa ou mista) 
-início agudo (dias a horas) 
-déficit de atenção 
-curso flutuante 
-intervalos lúcidos 
-pensamento desorganizado 
-alucinações, delírios, desorientação, labilidade 
emocional, agressividade, alteração do ciclo 
sono-vigília
 
 
Abordagem: 
-diagnóstico clínico 
-funcionalidade e nível cognitivo 
-observação comportamental 
-história clínica 
-exame físico; -exame neurológico; -exame 
laboratorial 
-lista de medicação 
-uso de álcool e substancias 
-Testes de atenção, orientação espacial e 
temporal
 
*Questionário 
confusion assessment method (cam) 
a)estado confusional agudo com flutuação marcante 
b)déficit de atenção marcante 
c)pensamento e discurso desorganizados 
d)atenção do nível de consciência (hipoativo ou hiperativo) 
Prevenção (reduz o risco de delirium em idosos hospitalizados) 
-déficit cognitivo: atividades, t.o., técnicas de reorientação 
-privação do sono: redução de ruídos, adequar horários de medicação noturna 
-imobilidade: mobilização precoce, fisio 
-medicação: somente quando é necessário 
-déficit visual: iluminação especial, uso de óculos e letras maiores 
-déficit auditivo: uso de aparelho 
-desidratação: reconhecer e corrigir precocemente 
Tratamento não farmacológico 
-intervenção comportamental, presença de familiares, quarto calmo e privado, acessórios para audição 
e visão, estímulo a mobilidade, auto cuidado e independência, contato pessoal e comunicação, evitar 
restrição física 
Tratamento farmacológico 
-aos pacientes com agitação importante, que tem risco de trauma e não apresenta resposta ao 
tratamento não farmacológico 
O idoso com câncer 
Idoso  aumento da idade relacionado a maior vulnerabilidade ao câncer e a comorbidades 
As comorbidades que mais comprometem o prognóstico dos idosos com câncer são cardiopatia, 
enfisema, disfunção renal crônica, diabete melitoinsulino-dependente, história prévia de câncer, abuso 
do álcool, depressão e anemia 
Um dos índices de multimorbidademais utilizados em pacientes com câncer é o índice de Charlson, que 
inclui 19 doenças selecionadas pelo poder de associação com mortalidade a sua amostra inicial 
As comorbidades são muito importantes em pacientes idosos com câncer porque apresentam um 
impacto profundo no cuidado da doença. 
Avaliação geriátrica ampla (AGA):avalia o idoso em suas múltiplas dimensões por meio de instrumentos 
que analisam status funcional, equilíbrio e mobilidade, função cognitiva, deficiências sensoriais, estado 
emocional, disponibilidade e adequação de suporte familiar e social, condições ambientais, estado e 
risco nutricional, e=interações medicamentosas e espiritualidade. Por meio dessa avaliação é possível 
identificar indivíduos vulneráveis, com baixa sobrevida e baixa capacidade funcional, os quais não 
poderiam tolerar um tratamento oncológico. 
Tratamento: os riscos do tratamento estão relacionados a problemas e condições clínicas, além do local 
da neoplasia e do estádio da doença. A decisão de realizar um tratamento específico para o câncer em 
idosos deve levar em conta a vontade do paciente, a expectativa de vida estimada, a presença de 
comorbidades, a qualidade de vida e o benefício esperado. 
A maioria dos tratamentos para o câncer (quimioterapia, radioterapia ou cirurgia) apresenta o potencial 
de complicar várias comorbidades. Por isso é interessante ressaltar que o risco-benefício sempre deve 
pesar na escolha do tratamento. 
Os pacientes com diagnóstico de câncer têm maior prevalência de síndromes geriátricas como 
depressão, quedas, osteoporose, déficit auditivo e incontinência urinária. 
O idoso no hospital 
As três condições mais frequentemente associadas à incapacidade em pessoas com mais de 65 anos são: 
artropatias, hipertensão artérias sistêmica e cardiopatias. 
A plasticidade, reversibilidade ou, melhor, a capacidade de modificação deste processo tem sido 
largamente comprovada, para qualquer idade. 
Avaliação para fins da reabilitação: sistema sensorial, sistema cardiovascular, sistema digestório, sistema 
genituário, exame neurológico, exame osteomioarticular, avaliação dos aspectos funcionais, locomoção, 
ADM, Força e qualidade dos movimentos, marcha, avaliação psicossocial. 
Tratamento: medicamentoso, fisioterapia, TO, terapia nutricional, fonoaudiologia, órteses. 
Reabilitação: visando desde a preservação da função ao adiamento da instalação da incapacidade 
através de medidas preventivas, diminuir o comprometimento imposto por incapacidade ou disfunção, 
promovendo um modo de vida mais saudável e maior qualidade de vida. 
Sexualidade no idoso 
O diagnóstico das disfunções sexuais é essencialmente clínico. Deve-se observar um mínimo de seis 
meses de sintomatologia como critério indispensável para se caracterizar a disfunção. 
O diagnóstico deve diferenciar transtornos sexuais primários ou situacional. 
Em linhas gerais, pode-se definir disfunção sexual como a incapacidade do indivíduo em realizar o ato 
sexual de forma satisfatória, para si, sua parceira ou para ambos. 
A disfunção sexual pode causar alterações psíquicas, especialmente a depressão. O viagra surgiu como 
um boom que apagaria toda a coa de fracasso presente nos encontros sexuais e, inventando 
inicialmente para a disfunção erétil, é hoje utilizado em larga escala, até mesmo entre jovens. Todavia, 
esse medicamento não pode acordar o desejo, a libido, nem atenua sobre a fantasia. 
A queda do estrógeno na menopausa está altamente relacionada com a depressão, e disfunção sexual 
 reposição hormonal 
As mudanças fisiológicas que são esperadas no processo do envelhecimento podem influenciar na 
resposta sexual dos idosos, seja no sexo masculino ou feminino. As transformações na fisiologia sexual 
masculina embora não ocorram de forma uniforme entre todos os homens caracterizam-se quanto aos 
aspectos: ereção mais flácida, sendo necessário mais tempo para alcançar o orgasmo; ereções 
involuntárias noturnas diminuem; ejaculação retardada e redução do líquido pré-ejaculatório. Na 
fisiologia feminina, as alterações se iniciam na fase da menopausa, com a diminuição dos hormônios 
pelos ovários; a pele tende a ficar mais fina e seca; a lubrificação vaginal diminui, podendo ocorrer a 
dispaurenia; o orgasmo fica em menor duração devido às contrações vaginais estarem mais fracas e em 
menor número.

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