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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP INTERATIVA
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ARTE, CRIATIVIDADE E RECREAÇÃO
POLO: CAMPESTRE
VANESSA PAIVA MUNIZ RA: 411508
Liliane M. Rocha Alves RA: 432091
alaide muniz da silva ra: 421794
ARTE, CRIATIVIDADE E RECREAÇÃO
Professora: Ma. Maria Clotilde Bastos
Campestre - MG
09/2015
INTRODUÇÃO
	
	Ao desenvolver este trabalho, serão apresentados registros reflexivos sobre as formas expressivas mais significativas para o desenvolvimento da linguagem e criatividade infantil. Inicialmente, serão expostos relatos sobre as recordações artísticas que cada acadêmica do grupo possui da sua vida escolar. Nesses relatos serão apresentadas as diferentes maneiras de abordagem da arte na vida das acadêmicas, já que estudaram em épocas e escolas diferentes. Serão mencionadas as atividades que marcaram suas memórias e como elas contribuíram para o desenvolvimento crítico, imaginário e criativo das acadêmicas. 
	Serão apresentadas também reflexões sobre “Qual o papel da Arte na educação contemporânea?”, pois a arte possui um significado fundamental na educação e é constituída de modos específicos de manifestações criativas do ser humano ao interagir com o mundo em que vive. A criatividade desenvolvida através da arte proporciona ao indivíduo uma maior visão. A compreensão de mundo adquirida através da arte favorece o despertar da criticidade e compreensão da sociedade influenciando na capacidade de leitura de mundo e no processo de formação da identidade, tornando-se um agente transformador e socializador.	
	As habilidades artísticas tem grande importância para o enriquecimento da autocrítica e para o crescimento do aluno em trabalhos individuais e grupais em todos os pilares da expressividade artística como: dança, música, artes visuais, jogos dramáticos e teatro. Apreciar as obras de arte também desenvolve no aluno a compreensão de tempo histórico e promove o prazer e o gosto pelo belo, possibilitando que este possa participar ativamente no mundo em que vive, sabendo analisar, interpretar e atuar de forma presente na sociedade.
RECORDAÇÕES ARTÍSTICAS VANESSA
	As minhas memórias escolares nas aulas de Educação Artística são várias, não me lembro muito de detalhes. As aulas eram baseadas na diversão aparentemente sem objetivos, não favorecendo a manipulação de materiais entre outros, o que não proporcionava o desenvolvimento amplo das habilidades artísticas.
	As aulas, eram muito limitadas, o que marca bastante, são as cores, desenvolvendo assim nossa coordenação motora, noção de combinação de que vem através das cores primária e secundária, mas percebemos que hoje nossa criatividade, imaginação foi inibida, pois o professor que dizia como era para fazer a atividade, onde podíamos pintar e até mesmo o desenho que deveríamos fazer em certas situações. Isso não favorecia o desenvolvimento da expressividade e da criatividade, pois trabalhávamos em modelos prontos, quando o foco era desenvolver habilidades manuseio dos materiais e técnicas. E o tempo de aula era de pouca duração, ou seja, pouco tempo para criar. As aulas eram recreativas para entreter os alunos e sem foco na observação das artes e nos artistas.
	Não era como na atualidade, quando as atividades artísticas, de recreação, assim como todas as atividades desenvolvidas na escola, devem se voltar para o objetivo de desenvolver a cidadania, a criatividade, a capacidade de tomar decisões em coletivo na sociedade. Ou seja, a arte e recreação, ao ser composta apenas de atividades prontas, desconectadas de um projeto maior, compromissado com a educação das crianças, não permite ao aluno a interação com ideias diferentes, não desenvolvendo o uso das diversas linguagens e formas.
	Quanto à recreação, na hora do intervalo podíamos brincar na área recreativa da escola com bolas, cordas, amarelinha e outras atividades que eram oportunizados. Mas ressaltando a atividade que mais se destacou nas práticas artísticas nesse período, foi 2° ano do Ensino Fundamental I, para se comemorar o dia dos pais, tinhamos que confeccionar um cachorro, onde foi pedido as mães, para estarem enviando um par de meias, ele foi feito de cartolina e E.V.A e suas orelhas eram as meias, onde cada um pode estar presenteando seus pais.
Vanessa Paiva Muniz
RECORDAÇÕES ARTÍSTICAS DE LILIANE
	Comecei a estudar em 1987, com 7 anos de idade e já na 1ª série, pois na época ainda não tinha pré-escolar na minha escola. Tratava-se de uma escola pequena de zona rural, com apenas uma sala multiseriada e apenas uma professora. Não tínhamos a disciplina de artes, porém a professora sempre procurava dar alguma atividade artística. Mas, devido à falta de recursos, na maioria das vezes, apenas pintávamos desenhos mimeografados. Em se tratando de recreação, sempre brincávamos nos arredores da escola, das mais diferentes brincadeiras como: escorregar no pasto na casca de coqueiro ou no papelão; brincar de casinha ou de escritório em baixo das árvores; confeccionávamos bolas de saquinhos, para brincar de queimada ou de futebol; etc. Já no que diz respeito a artesanato, lembro-me que a professora nos ensinou a fazer um cata-vento com folhas de caderno e varetas de bambú. Depois, todas as crianças saiam correndo pela estrada para ver o cata-vento rodar. Era muito divertido, porém não havia a preocupação com o desenvolvimento artístico e com a criatividade dos alunos. Essas atividades eram vistas mais como forma de diversão.
	Passei a ter educação artística como disciplina na 5ª série, mas apenas coloríamos desenhos e estudávamos sobre as formas e cores. Não me lembro de nenhuma atividade de artesanato ou recreação nessa época.
	Já no ensino médio, quando cursei o Magistério, tive a oportunidade de aprender diferentes técnicas para atividades artísticas, usando os seguintes recursos: tinta, tecido, papel, sucata, etc. Aprendemos fazer mosaico, encapar caixas, criar brinquedos a partir de sucatas, fazer dobraduras, fazer cartões. Aprendemos inclusive, fazer papel machê, com o qual cada aluna pode usar sua criatividade para utilizá-lo. 
	Acredito que, embora eu tenha estudado numa época em que as atividades artísticas, de artesanato e recreação eram pouco exploradas, certamente elas contribuíram para a minha criatividade, para o meu desenvolvimento intelectual, capacidade de pensar e de me comunicar. Porém, se estas atividades tivessem sido mais trabalhadas, muitas dificuldades que hoje apresento poderiam ter sido superadas, uma vez que a arte é a expressão da vida. Criando, o indivíduo reconhece seus potenciais e também seus limites.
Liliane Maria Rocha Alves
RECORDAÇÕES ARTÍSTICAS DE ALAÍDE
 Comecei a estudar com 7 anos de idade, já na 1ª série. As aulas de educação artística eram somente o tradicional, pois as aulas de artes eram apenas pinturas de alguns desenhos e muitas vezes fazíamos desenhos livres e depois tínhamos que pintá-los.
 Lembro que a professora passava atividades para pintar com tinta guache, onde eram as atividades de cópia, pois tinha que colorir os desenhos com as mesmas cores do desenho da professora, sendo assim, ela colocava o seu desenho no quadro para que os alunos copiassem.
 Recordo que na 3° e 4° série, as aulas de artes eram para estimular a coordenação motora e a criatividade. Nessas aulas a gente ia para o pátio da escola e lá brincávamos de queimada e pega-pega. Lembro também que no dia dos pais a professora pediu para levarmos um pente, cartolina e papel laminado para a confecção de um serrote. Com essas atividades despertava a interação e diversão entre os alunos.
 Nas aulas de artes no ensino médio era para usar a criatividade, pois nessas aulas tínhamos a oportunidade de confeccionar porta retratos utilizando jornais, revistas e E.V.A, e confeccionávamos mosaicos, tornando as aulas interativas. 
 Na atualidade, as aulas de artes estão cada vez mais interligadas a recreação, coordenação motora e criatividade, trazendo muitos benefícios para
o indivíduo desde a infância, contribuindo para a criatividade, capacidade de se comunicar e pensar.
	Alaíde Muniz da Silva
 
 Acreditamos que os modelos artísticos vivenciados pelos integrantes do nosso grupo, favoreceram parcialmente o desenvolvimento da nossa expressividade e criatividade, pois eles desenvolveram em nós, de certa forma, a parte intelectual, capacidade de pensar e transmitir o pensamento, comunicação entre mães e filhos, além do divertimento.
 Concluímos que na vivencia de cada integrante do grupo, a aula de artes era para a confecção de lembranças para alguma data especial ou para diversão dos alunos, mas sempre utilizando a criatividade, coordenação motora e a capacidade de pensar. Porém alguns dos integrantes não tiveram a oportunidade de cursar a pré-escola, entrando na escola já com sete anos e dando início no primeiro ano do ensino fundamental, assim deixando de ver coisas necessárias e importantes para o seu desenvolvimento.
 Desta forma, vimos que as aulas de artes eram muito limitadas, pois aprendíamos somente o básico, tornando-se precário o desenvolvimento das habilidades artísticas. Na maioria das vezes as atividades eram colorir desenhos já mimeografados, criar desenhos livres onde tinham apenas a noção de combinação das cores primárias e secundárias, o que nos possibilita concluir que nossa criatividade e imaginação foi inibida e até prejudicada.
 Em relação à recreação, os professores nunca deixaram de buscar atividades que deixavam os alunos com pensamentos amplos em relação às brincadeiras e tinham como foco a exploração de pensamentos e comunicações diferentes.
 Naquela época não tinha atividades ligadas ao artesanato o que depois de muito tempo, quando já no ensino médio, alguns tiveram a oportunidade de aprender diferentes técnicas usando recursos diversificados, criando assim um indivíduo que reconhece seus potenciais e limites. No decorrer do tempo, vimos que nossas necessidades podem ser superadas.
 O grupo chegou à conclusão de que é necessário começar a educar o olhar da criança desde a educação infantil, possibilitando atividades de leitura para que além do fascínio das cores, formas e ritmos ela possa compreender a analisar como a linguagem visual se estrutura, podendo assim pensar criticamente sobre as imagens.
 Acreditamos que a escola deve ir além das vivencias artísticas com as quais está acostumada, devendo ajudar a criança a conhecer outros espaços históricos, outras culturas, outras formas de expressão, cabendo a nós como professores, fazer com que a criança compreenda o mundo em que esta inserida, situando-a em diferentes contextos socioculturais.
 
QUAL O PAPEL DA ARTE NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA?
	A arte tem um papel fundamental na educação contemporânea, pois trata-se de uma linguagem que possibilita o entendimento do mundo sem a linguagem verbal. A arte possibilita às pessoas, entender conceitos sem passar pela oralidade, envolvendo diretamente o sentimento, a subjetividade. Seu papel na educação traz uma nova forma de pensar, onde o fundamental significado da arte na educação é entender que ela é constituída de modos específicos de manifestações criativas do ser humano ao interagir com o mundo em que vive, seja ao se conhecer ou ao conhecê-lo. A compreensão de mundo adquirido por meio de práticas educativas voltadas ao campo da arte, de um modo geral, favorece o despertar desta criticidade tão importante para entendermos melhor e com mais clareza os modos de organização que regem, sobretudo, a sociedade ocidental. 
	Essa capacidade de leitura de mundo influencia muito no processo de formação de identidade, à medida que permite ao indivíduo se reconhecer na cultura ou se definir em oposição a ela. Pensar a arte educação requer considerar um elemento importante para a sua compreensão: o sujeito educado através da arte será capaz de conquistar autonomia e criticidade frente às questões sociais que o cerca, tornando-se capaz de promover a construção da sua identidade, à medida que entender que é por meio da arte que o agente transformador e socializador se manifesta.
	Um fator muito importante na arte educação é justamente a questão multicultural. Mais do que estimular a criatividade e a sensibilidade, a Arte-Educação tem impacto direto sobre o potencial cognitivo do indivíduo, tornando o multicultural importante na educação, pois amplia o conceito de arte no sentido de valorizar em todas as culturas, seus diversos aspectos. 
	Durante muito tempo considerava-se Arte com “a” maiúsculo, algo fruto de um gênio. Para que um artista fosse considerado, precisava ser europeu e branco e que fizesse arte com materiais nobres. Esses conceitos restringiam muito a ideia de arte. Com base em estudos, podemos afirmar a eficiência da arte no desenvolvimento de formas de: pensar, diferenciar, comparar, generalizar, interpretar, conceber possibilidades, construir, formular hipótese e decifrar metáforas.
	Os Parâmetros Curriculares da disciplina (BRASIL, 1998) asseveram que é possível desenvolver a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão, ao realizar produções artísticas e interagir com diferentes materiais, procedimentos e instrumentos. O documento ressalta ainda, a possibilidade de se desenvolver outros conteúdos como o respeito à própria produção e à dos colegas, a compreensão e a identificação da arte das diversas culturas e épocas, a observação e a comparação das diferenças existentes nos padrões artísticos e estéticos, além de proporcionar a reflexão e a discussão quanto às relações homem-sociedade, o entendimento dos processos criativos dos artistas e a busca e a organização da quantidade e diversidade de materiais relacionados ao meio artístico.
	Deste modo, atribuir responsabilidade a arte educação, entendida no contexto de um espaço escolar é compreender o seu verdadeiro papel na medida em que consideramos que “... O ensino da arte é fator contribuinte na formação do cidadão sensível e responsável...” (STRAZZACAPPA, 2008, p.88). Desta forma, tornamos aqui matéria de discussão, a compreensão conceitual sobre a arte educação, como também os elementos inseridos na perspectiva da educação popular, que contribui no pensar dos elementos constituintes da cultura e que estão presentes nos processos formativos e educativos na vida dos educandos. Estes, por meio do contato com a arte tornam-se capazes de desenvolver habilidades que contribuem num melhor relacionamento interpessoal nas organizações sociais em que estão inseridos. 
HABILIDADES ARTÍSTICAS
	É importante que o aluno saiba identificar, compreender a arte como fato histórico e respeitar os enfoques diferenciados pela diversidade cultural e social, como também outras habilidades, que possam enriquecer a autocrítica de cada um sendo de grande importância para as transformações. 
	Para isso é necessário que sejam desenvolvidos trabalhos individuais e grupais, que sejam aplicados desde os anos iniciais na vida escolar através do lúdico, com definição por faixa etária, com atividades e materiais para o desenvolvimento das habilidades fundamentais do aluno, em cada um dos pilares da expressividade artística, sendo eles: artes visuais, música e dança, teatro e jogos dramáticos, com a finalidade de desenvolver no aluno, sua competência estética e artística, isto é, que seja capaz de expressar suas emoções, sensibilidades em suas produções artísticas, capaz também de interagir com materiais, instrumentos e metodologias variadas em artes relacionando-se bem com sua produção artística e com a do outro, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Artes visuais:
	Em artes visuais deve-se proporcionar aos alunos experiências de aprender, criar e expressar a sua percepção, imaginação, sensibilidade artística, mantendo contato com atividades como textura, forma, volume, ritmo, movimento, equilíbrio, superfícies planas e cores. 
	A arte visual possui um caráter de inovação e criação, em qualquer
maneira de conhecimento. A mesma organiza o mundo de um modo geral, conseguindo respostas para os desafios que o cerca, pois ele sofre transformações do homem e da realidade na qual o rodeia. 
Às atividades exploradas nesta área, elucidamos como importantes: visitas às exposições de vídeos, desenhos, ilustrações e editoras, o fazer artístico, desenho, pintura, colagem, escultura, gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos, produções informatizadas e outros.
	Porém as Artes Visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis, pois por meio do desenho a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.
Musicas e Danças:
	A música e a dança são maneiras de expressar os sentimentos, muitas vezes reprimidos. Elas são sentidos construídos através de imagens poéticas, podendo ser: visuais, corporais, sonoras ou até mesmo em um anexo de palavras. Essas formas artísticas se iniciam através de ideias, sentimentos, imagens, fatos, ou até mesmo por prazer. 
	O trabalho com música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças, inclusive aquelas que apresentem necessidades especiais. A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social. A atividade de construção de instrumentos é de grande importância e por isso poderá justificar a organização de um momento específico na rotina, comumente denominado de oficina. Além de contribuir para o entendimento de questões elementares referentes à produção do som e suas qualidades, estimula a pesquisa, a imaginação e a capacidade criativa.
	A dança desenvolve a percepção de espaço e tempo, espontaneidade, criatividade e liberdade no desenvolvimento da criança. No que se refere à autoestima, pode despertar a consciência e a construção de sua imagem corporal, aspectos fundamentais para o crescimento interior individual e sua consciência social. 
	Portanto, a música e a dança estão atreladas às tradições de todas as culturas de cada povo, em cada época. Elas desenvolvem não só os sentimentos, mas o raciocínio e abre um leque de transformações tanto para o desenvolvimento físico como interior do indivíduo de qualquer idade. Quando colocadas no ciclo básico escolar, há um estímulo ao ensino por ampliar as condições de pesquisa, interesse e de curiosidade pela origem de cada canção, de cada composição, proporcionando assim, um campo imenso de conhecimentos, de culturas. 
Teatro e jogos dramáticos:
	
	O teatro e jogos dramáticos trazem experiências que contribuem para o desenvolvimento integrado de uma criança, podendo ser expressiva ou artística. Além de proporcionar prazer e exercitar o cérebro, os mesmos contribuem para que a criança aprenda a coletividade, pois é uma atividade em grupo, onde um depende do outro, tornando-se um momento de diálogos, respeito, cooperação, reflexão e imaginação, fazendo com que a criança desenvolva sua própria autonomia e confiança. 
	Os momentos de jogo e de brincadeira devem se constituir em atividades permanentes, nas quais as crianças poderão estar em contato também com temas relacionados ao mundo social e natural. Acreditamos na boa função dos jogos populares de movimento, brincadeiras de amarelinha, de cirandas e outros que fazem parte da cultura dos povos, oferecendo riqueza na aprendizagem.  Contudo, o teatro como arte, expõe a todos a cultura e o conhecimento, exige do ator uma ação completa de sua fala, de seus gestos, de seu corpo, de sua criatividade, seus sentimentos na reprodução da realidade ou da ficção, proporcionando assim um crescimento pessoal e social, pois estimula as relações de companheirismo, cooperação, respeito mútuo e à diversidade e muito mais.
PLANO DE AULA
Mostra de desenhos com linhas
Objetivos
Observar as variedades de linhas
Desenhar utilizando linhas
Experimentar produzir linhas utilizando diversos materiais
Apreciar trabalhos de artistas
Conteúdo 
Desenho
Série/Ano
2º ano Ensino Fundamental I
Recursos Didáticos
Barbante ou lã preta, câmera fotográfica, cartolina formato A3, pincel macio grosso, tinta guache preta, sulfite e lápis grafite. Imagens dos trabalhos de Edith Derdyk (como Slice Arco Madrid) e Pablo Picasso.
Metodologia/Desenvolvimento 
1ª etapa 
Selecionar desenhos já realizados pelos alunos com uma diversidade grande de linhas: curvas, retas, cruzadas etc. Perguntar como poderiam desenhar se não tivessem lápis. Levando em consideração as hipóteses que surgirem, convidá-los a usar materiais inusitados e registrar os resultados. 
2ª etapa 
Perguntar às crianças se elas já imaginaram como seriam as coisas se fossem feitas somente de linhas. Contar que Pablo Picasso criou muitas obras assim e mostrar as imagens. Convidar a turma para transformar diferentes objetos em desenhos com só uma linha.
3ª etapa 
Expor os desenhos da aula anterior no mural para a apreciação dos estudantes e pedir que contem como fizeram.
4ª etapa 
Oferecer 1 metro de barbante ou lã para cada criança. Sugerir que experimentem desenhar com esse material. Enquanto os estudantes produzem, caminhe pela sala e fotografe os desenhos.
5ª etapa 
Apresentar imagens do trabalho de Edith Derdyk. Deixando que os estudantes comentem sobre o procedimento utilizado por ela e fale sobre o desenho, que é tridimensional. Divida a classe em pequenos grupos para que escolham um lugar da escola onde queiram produzir uma obra dessa natureza com lã ou barbante. Acompanhar a turma fotografando. Depois, convidar todos a visitar o local e comentar sobre os desenhos realizados pelos colegas.
6ª etapa 
Organizar as produções e comentar sobre os tipos de linhas e imagens que aparecem, como cruzam o espaço e formam figuras. Distribuir cartolinas A3, pincéis e tinta guache preta e convide os alunos a registrar as linhas realizadas no espaço.
7ª etapa 
Aguardar a tinta secar e convidar os pequenos a organizar a mostra. Peça que deem nome às produções e criem legendas e um texto coletivo para apresentar o trabalho ao público.
Avaliação 
Observar como as crianças desenham e experimentam os materiais. Organize uma apreciação coletiva. Peça que elas falem sobre as suas produções e analise se observam mudanças nas dos colegas. O objetivo é perceber o quanto a atividade favorece o uso do desenho para explorar diferentes linhas e experimentar novas soluções, ampliando o repertório.
Flexibilização 
O aluno cego contribui muito para a discussão em sala ao contar que materiais ele utiliza para desenhar. Para ajudá-lo nesta sequência, imprima as imagens feitas por Picasso e ressalte as linhas com cola de relevo. O trabalho com barbantes é desenvolvido normalmente e o registro das linhas pode ser feito com canudos ou cola de relevo. Amplie o tempo de realização das etapas para que o aluno possa perceber os desenhos dos colegas. Todas as crianças devem explorar espaços e objetos da escola em grupos, para que o aluno com DV exercite o tato. Conte com o AEE para que o aluno escreva as legendas em braile.
Deficiências 	
Visual
IMPORTÂNCIA DA APRECIAÇÃO DE OBRAS DE ARTE
	A apreciação artística coopera para desenvolver no aluno a compreensão do tempo histórico, do contexto em que elas foram realizadas e as condições sociais que elas representam. Promovendo o prazer e desenvolvendo a apreciação pelo belo. Arte se ensina e Arte se aprende. Por isso, é importante que o professor leve a obra de arte até os alunos, tornando as aulas mais bonitas, coloridas e dinâmicas. Neste contexto, o papel
do professor é muito importante, atuando como mediador a obra de arte e o aluno. Para isso, é preciso pesquisar, ler, reler, apreciar, recriar, visando estimular os seus alunos a fazerem o mesmo e ampliar assim, seu repertório cultural. 
	Quando falamos especificamente das obras de arte como elemento de desenvolvimento e apreciação dentro de uma sala de aula, falamos em motivação.
Através delas, o professor pode desenvolver ensinamentos interessantes e curiosos despertando no educando interesses, como por exemplo, irem buscar a origem de sua criação, saber como é feito um quadro, suas técnicas e materiais. Estes questionamentos intrigam o aluno e os motiva a observar mais de perto outras obras de arte.
Podemos também, estimular a reflexão sobre o valor e os direitos de posse sobre obras de arte, analisar a situação em que determinados tesouros culturais foram levados de seus países de origem.
	 A apreciação artística e o trabalho com obras de arte são importantes na vida da criança, pois colabora para o seu desenvolvimento expressivo, para a construção de sua poética pessoal e para o desenvolvimento de sua criatividade, tornando um indivíduo mais sensível e que vê o mundo com outros olhos. Os seres humanos são dotados de criatividade e possuem a capacidade de aprender e de ensinar. 
	A criatividade da criança precisa ser trabalhada e desenvolvida, e é por meio do trabalho realizado com arte nas escolas que isso será possível. As pinturas retratam imagens, lugares, pessoas e situações, pois até determinada época os pintores retratavam a realidade em que viviam.
	O ensino da arte na escola tem como objetivo principal possibilitar que o aluno tenha contato, com as diferentes linguagens artísticas de forma que ele possa criar, conhecer e apreciar os produtos artísticos produzidos pelas sociedades nos diferentes momentos históricos e sociais. Dessa maneira, o ensino da arte tem uma função específica: formar o aluno para que ele possa participar do mundo em que vive, sabendo analisar, interpretar e atuar como um indivíduo presente na sociedade.
	A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo particular de se dar sentido às experiências das pessoas, por meio dela, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a linguagem. Aprender arte envolve fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolvendo e conhecendo, sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas épocas e culturas.
	A criança, mesmo antes de aprender a ler e a escrever, reage positivamente aos estímulos artísticos, pois ela é criadora em potencial. Nesta fase, as atividades de artes fornecerão ricas oportunidades para o desenvolvimento das crianças, uma vez que põem ao seu alcance os mais diversos tipos de material para manipulação. Nesse contexto as obras de arte são necessariamente importantes, para o desenvolvimento do ser humano, devendo ser trabalhada de forma livre em sala de aula, possibilitando ao aluno maior amplitude abrindo caminhos para o imaginário e para novas descobertas, criando novas possibilidades para o educando. O conteúdo de artes tende a estimular o aprendizado, pesquisando a cultura, o pensamento, arte e o saber, sem perder a ideia de conceito de importância das obras de artes, mas do que nunca dentro da escola.
	Desenvolver um projeto de arte proporciona aos educandos ampliar suas habilidades artísticas: a sensibilidade, a reflexão, a percepção e a imaginação. Através de algumas dinâmicas e técnicas de pintura, os educandos se expressam livremente, manifestando suas emoções, seu ritmo interior e seus interesses, pois a expressão plástica é a linguagem que constitui a comunicação com o mundo. Os alunos passam, então a conhecer, apreciar e a refletir sobre as formas da natureza e o que foi produzido artisticamente em diferentes épocas.
	É através das aulas de Arte que o professor irá estimular seu aluno a investigar, inventar, explorar e, mesmo cometendo erros, ele não terá medo de liberar sua criatividade. O professor deve apresentar a atividade como algo essencial para a criança, e também deve estar motivado com o trabalho, não apenas orientando de forma mecânica, mas fazendo a criança sentir sua importância para que a atividade seja significativa para o aluno.
	A ida aos museus é um incentivo de aprendizado, estimulado pela identificação dos artistas e de suas obras, essas visitas poderão ser mais interessantes fazendo-os perceberem que os artistas de obras de arte retratam situações por eles vividas. Sendo assim, por meio deste planejamento bem elaborado ocorrerá um aprendizado prazeroso, onde seus alunos poderão reproduzir estas pinturas ou esculturas com argilas e refletir sobre elas.
	Portanto, ao desenvolver um trabalho com essa perspectiva, o aprendizado torna-se prazeroso para todos os envolvidos, além de facilitar a apreensão dos conceitos para os alunos e facilitar o trabalho do professor, quebrando o aspecto tradicional da sala de aula, tornando a relação entre professores e alunos mais aberta para um discurso saudável e de muita sabedoria.
CONCLUSÃO
	Ao concluir este trabalho, nos foi possível compreender que a Arte é muito importante para o desenvolvimento da criatividade, reflexão, expressividade, sensibilidade, imaginação e identificação de mundo. Através da arte o indivíduo aprende a se expressar e se interagir com a sociedade, consegue expor suas emoções e desenvolver habilidades que o preparam para a vida. 
	Com o desenvolvimento da criatividade o indivíduo torna-se capaz de colocar seus sentimentos no que faz, consegue ver o mundo com bons olhos, pois aprendeu a contemplar o belo. De maneira bastante lúdica, a recreação tem o objetivo de desenvolver o intelectual dos alunos, pois criança e brincadeiras andam juntas e a melhor maneira de desenvolver o gosto pela aprendizagem é utilizando-se do que dá prazer às crianças. 
	A arte é uma brincadeira, onde brincamos de ser artista, brincamos de fazer algo que irá impressionar e que irá chamar a atenção, que será contemplado e admirado. Isso traz à criança a sensação de ser talentoso, sentimento capaz de elevar sua autoestima e fazer com que essa criança sinta-se segura para encarar os desafios que a vida lhe propuser. 
	O ensino da arte é fator responsável por formar um cidadão sensível e responsável, pois ao se tornar um adulto, o indivíduo expressará na sua vida cotidiana, aquilo que lhe foi moldado na sua infância. Se a criança aprendeu a desenvolver suas habilidades artísticas e apreciar a arte que existe ao seu redor, saberá conviver na sociedade de maneira cidadã. Na idade adulta, não terá medo de expressar sua criatividade mesmo que tenha frustrações, pois entenderá que a vida é feita de recomeços e que depende dela fazer dos desafios que a vida lhe impuser, uma obra de arte.
	Enfim, podemos dizer que o contato com a arte de diversos períodos históricos e de outros lugares e regiões amplia a visão de mundo do ser humano, enriquece seu repertório estético, favorece os vínculos com realidades diversas e assim propicia uma cultura de tolerância, de valorização da diversidade, de respeito mútuo, podendo contribuir para uma cultura de paz. O conhecimento da arte produzida em sua própria cultura permite ao sujeito conhecer-se a si mesmo, percebendo-se como ser histórico que mantém conexões com o passado, que é capaz de modificar o futuro, que toma consciência de suas concepções e ideias podendo escolher criticamente seus princípios, superar preconceitos e agir socialmente para transformar a sociedade da qual faz parte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte –Brasília, 1997.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/arte.pdf 
Acesso em: 20 de Agosto de 2015.
FUSARI, Maria F. R; FERRAZ, Maria H.C.T. Arte na educação escolar. São Paulo: 
Cortez, 1993. (coleção magistério 2º grau. Série formação geral)._______.
LARROSA,
Jorge. Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas.4. ed. Tradução de Alfredo Veiga-Neto. Belo Horizonte: Autêntica, 2003
Metodologia do Ensino de Arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999. (coleção Magistério. 2º grau. Série formação do professor.).
Pinacoteca do Estado de São Paulo: Disponível em:
 http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca-pt/default.aspx?mn=538&c=1048&s=0&friendly=acao-educativa
Acesso em: 19 de agosto de 2015
Relatos de experiência: Disponível em:
http://artenaescola.org.br/relatos-de-experiencia/
Acesso em: 19 de agosto de 2015
revistaescola.abril.com.br/.../indice-fundamental-1.shtml?...arte.artes-visuais...
Trabalhando com obras de arte. Disponível em:
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/trabalhando-com-obras-arte.htm
Acesso em: 19 de agosto de 2015

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