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Português - II - Parte I

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PORTUGUÊS P/ INSS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 02.1 – Sintaxe da oração 
Prof. Décio Terror 
 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
Sumário 
 
1. O que é sintaxe? .......................................................................... 1 
2. Pontuação com adjunto adverbial “solto” ..................................... 8 
3. Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal . 31 
4. O comentário do autor: orações intercaladas .............................. 38 
5. Palavras denotativas .................................................................... 42 
6. Questões cumulativas de revisão ................................................. 48 
7. O que devo tomar nota como mais importante? .......................... 50 
8. Lista de questões para revisão .................................................... 51 
 
Olá, pessoal! 
Vamos à nossa aula de sintaxe da oração! 
O que é sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. 
Basicamente uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se 
flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o 
predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na 
estrutura SVO (sujeito→verbo→complemento). 
1. O candidato realizou a prova. 
 2. duvidou do gabarito. 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
 6. estava tranquilo. 
 
 
 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no 
verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer 
aqui que você decore todos os termos da oração, basta entendê-los, pois a 
Fundação Carlos Chagas tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova. 
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. 
Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O 
candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já 
que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso 
sujeito predicado 
Aula 02.1 – Sintaxe da oração. Pontuação. 
 
 PORTUGUÊS P/ INSS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 02.1 – Sintaxe da oração 
Prof. Décio Terror 
 
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2 
de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em 
qualquer gramática por aí. 
Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo? 
Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo, 
para saber flexionar o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância 
verbal, para esta banca. 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 2. duvidou do gabarito. 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
 6. estava tranquilo. 
 
 
Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de 
concordância verbal. Nas aulas posteriores, aprofundaremos nisso. 
Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas 
frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam 
dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou 
o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê? 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para 
terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o 
complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não 
consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa 
forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” 
e “certeza” completam o sentido destes verbos. 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um 
obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a 
preposição, o trânsito é livre, direto. 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o 
termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o 
complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está dificultado 
(indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é 
chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida 
pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu 
complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo 
verbo: um(direto) e outro(indireto). 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o 
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal 
indireto é o objeto indireto(OI). 
 
sujeito predicado 
Concordância verbal 
 PORTUGUÊS P/ INSS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 02.1 – Sintaxe da oração 
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3 
 
Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois 
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo 
de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige, 
é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo nas gramáticas que 
trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), 
a qual veremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a 
estrutura abaixo. 
Veja: 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
 2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
 
 
 
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter 
transitividade. Nomes como “certeza”, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, 
etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para 
terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a 
alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é 
fiel a algo ou a alguém. 
 
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual 
é chamado de complemento nominal (CN). 
 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito 
na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, 
podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser 
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por 
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o 
nome exige complemento, mas tudo depende do contexto. 
 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do 
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência 
Nominal. 
 
Regência Verbal 
sujeito predicado 
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Aula 02.1 – Sintaxe da oração 
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4 
Veja a frase 4: 
 
 
 4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
 
 
 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A 
expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o 
nome “certeza”: certeza de sua aprovação. 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para 
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal. 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD+ OI) para a 4 
(VTD + OD + CN). 
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum 
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura 
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas 
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o 
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como 
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o 
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas 
há mais e veremos adiante. Então veja como ficaria: 
 
O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. 
 
 
 
 
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode 
aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos 
inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o 
adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. 
 
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e 
sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, 
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado, 
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
Predicado verbal = VTD + OD 
 VTI + OI 
 VTDI + OD + OI 
 VI 
 
sujeito predicado 
Regência Nominal 
sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv 
tempo 
Adj Adv 
modo 
Adj Adv 
causa 
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Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e 
complemento nominal em todos eles. 
 
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se 
flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta 
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo 
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se 
flexiona com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo 
seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao sujeito damos 
o nome de Concordância Nominal. Nas gramáticas, há um capítulo só para a 
concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um 
dos pontos principais, mas isso veremos em outra aula. 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu 
predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
 Predicado Nominal = VL + predicativo 
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também 
pode fazer parte do predicado verbo-nominal; mas isso é assunto para ser 
visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte estrutura: 
 
 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
4. tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
5. viajou. 
 VI 
6. estava tranquilo. 
 VL + predicativo 
 
 
 
 
 
 
sujeito predicado 
Concordância verbal 
Concordância nominal 
Regência verbal 
Regência nominal 
Predicado 
Nominal 
Predicado 
Verbal 
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Questão 2: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário 
... das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços. 
O segmento grifado exerce na frase acima a função de 
(A) sujeito. 
(B) objeto direto. 
(C) objeto indireto. 
(D) adjunto adverbial. 
(E) adjunto adnominal. 
Comentário: O termo “colchas, toalhas bordadas e outros adereços” é o 
sujeito, o verbo “pendiam” é intransitivo e a expressão “das varandas” é o 
adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: A 
 
Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para 
entendermos melhor a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo 
intransitivo. 
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal. Veja: 
 Adoeci. 
 Fui à praia. 
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar 
predicado verbal 
 
Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos. 
O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que 
complemente seu sentido, como “Adoeci.”; “Juvenal morreu.”; “Um vendaval 
ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo que os complete. Esse tipo 
de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido 
necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir 
mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: “Adoeci por causa 
do mau tempo.”; “Juvenal morreu anteontem.” e “Um vendaval ocorreu 
aqui.”. 
Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que 
produza sentido. Se alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum 
lugar. Se alguém diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de 
onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a 
transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que 
completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente 
circunstâncias de lugar ou modo. Veja: 
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem. 
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite 
valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados 
nos vocábulos “a São Paulo”, “de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se 
há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta “Onde?”, “Como?”, 
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respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos 
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as 
quais serão enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto 
adverbial em dois tipos: 
Adjunto adverbial solto: não há exigência do verbo, apenas foi inserido 
para ampliar o sentido. 
Veja: 
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. 
Adjunto adverbial preso: o verbo intransitivo o exige. Veja: 
 Eu estou bem. 
 Eu estou em São Paulo. 
 Eu vim de São Paulo. 
Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é 
cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a 
pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos 
adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial 
solto, é natural podermos inserir a vírgula. 
Pontuação com adjunto adverbial “solto” 
É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois 
este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da 
oração. Essa mobilidade é percebida nos termos soltos, os quais não são 
exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso 
é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios 
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções 
adverbiais: 
O custo de vida é bem alto em Brasília. 
Em Brasília, o custo de vida é bem alto. 
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. 
O custo de vida é bem alto, em Brasília. 
 
 
Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. 
A Brasília prefeitos de várias cidades foram. 
Prefeitosde várias cidades a Brasília foram. 
 
Naturalmente, você já percebeu o problema. 
Sim, eu sei. 
 
Quando a locução adverbial solta (adjunto adverbial) for de grande 
extensão e estiver antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será 
obrigatória. Se estiver no final, a vírgula será facultativa. 
Esta locução adverbial de 
lugar não é exigida pelo 
verbo, por isso se considera 
um termo solto, o qual pode 
receber vírgula. Compare 
com a seguinte. 
Esta locução adverbial de 
lugar é exigida pelo verbo, 
por isso não se considera 
termo solto, ela pode se 
mover na oração, mas não 
recebe vírgula. 
Esses advérbios referem-
se a toda a oração. 
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9 
Antes da última rodada, o time já se dizia campeão. 
O time, antes da última rodada, já se dizia campeão. 
O time já se dizia, antes da última rodada, campeão. 
O time já se dizia campeão, antes da última rodada. 
O time já se dizia campeão antes da última rodada. 
Adjunto adverbial: É o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o 
advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer. 
A seguir, listei para você o nome da palavra (morfologia) e a função que 
esta palavra desempenha na oração (sintaxe). 
 
morfologia artigo + substantivo verbo advérbio de 
intensidade 
 
 
 Os atletas correram muito. 
 
sintaxe 
adj adn + núcleo verbo intransitivo adjunto 
adverbial de 
intensidade 
 sujeito predicado verbal 
 período simples 
 
morfologia pronome + substantivo verbo + advérb o 
 de intensidade 
adjetivo 
 
 
 Seu projeto é muito interessante. 
 
sintaxe 
adj adn + núcleo VL + adj adverbial 
 de intensidade 
Predicativo do sujeito 
 sujeito predicado nominal 
 período simples 
 
morfologia artigo + substantivo verbo + advérb o de 
 intensidade 
advérbio 
 
 
 O time jogou muito mal. 
 
sintaxe 
 adj adn + núcleo VI + adj adverbial 
 de intensidade 
adjunto 
adverbial de 
modo 
 sujeito predicado verbal 
 período simples 
Observações: 
a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma 
locução adverbial ou um pronome relativo (que será visto nas próximas aulas). 
Deixei o embrulho aqui. (advérbio) 
À noite conversaremos. (locução adverbial) 
A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo) 
 b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de 
tempo e modo: 
Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite) 
Domingo ela estará aqui. (No domingo) 
Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos) 
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Aula 02.1 – Sintaxe da oração 
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Principais valores das locuções adverbiais, a depender da preposição e 
das locuções prepositivas nocionais: 
 
1. assunto: 
sobre: conversar sobre política; falar sobre futebol. 
quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente. 
2. causa: 
a: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido 
dos amigos. 
ante: Ante os protestos, recuou da decisão. (Perceba que não há preposição 
“a” após “ante”. Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.) 
com: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação. 
de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade. 
devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforço. 
diante de: Diante de tais ofertas, não pude deixar de comprar. 
em consequência de: Em consequência de seu estudo eficaz, passou 
em primeiro lugar. 
em virtude de: Em virtude de muitas vaias, o show foi interrompido. 
em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma. 
(em virtude de) 
graças a: Graças ao estudo, passou no concurso. 
por: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem 
Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer pela 
pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. Assim, não deixa de possuir 
valor causal. 
3. companhia: 
com: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos. 
4. concessão (contraste, oposição) 
apesar de: Foi à praia apesar do temporal. 
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai, 
normalmente, à praia em dia de temporal. 
com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro. 
malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio. 
5. condição: 
Sem: Sem o empréstimo, não construiremos a casa. 
6. conformidade: 
a: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe. 
conforme: Agiu conforme a situação. 
por: tocar pela partitura; copiar pelo original. 
7. lugar: 
a: (destino - em correlação com a preposição de): de Santos a 
Guarujá; daqui a Salvador. 
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Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na 
página 28 do jornal. Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às 
páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal. 
ante: A verdade está ante nossos olhos; 
até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando 
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da 
preposição a: 
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou 
Caminharam até à entrada do estacionamento. 
de: (relação de origem): vir de Madri. 
desde: dormir desde lá até cá. 
em: (estático): ficar em casa; o jantar está na mesa. 
Observação: 
O uso da preposição “em” com verbos ou expressões de 
movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma 
culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as 
crianças na praia, dar um pulo na farmácia, etc. O correto é: chegar a 
casa; ir ao supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à 
farmácia. 
defronte: Ela mora defronte à igreja. 
em frente a: Em frente à escola estava ele. 
entre: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os 
aprovados. 
para: ir para Madri; apontar o dedo para o céu. 
perante: (posição em frente); perante o juiz, negou o crime. [Não use 
preposição “a” após “perante”: “perante a Deus”, “perante à juíza”. O correto é “perante 
Deus”, “perante a juíza”, “perante a menina”(a=artigo)] 
por: ir por Bauru, morar por aqui. 
sob: (posição inferior): ficar sob o viaduto. 
sobre: (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; 
flutuar sobre as ondas; (direção): ir sobre o adversário. 
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; 
atua, sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para 
trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva 
“por trás de” (ficar por trás do muro). 
8. modo: 
a: bife à milanesa; jogar à Telê Santana. 
com: andar com cuidado; tratar com carinho. 
de: olhar alguém de frente, ficar de pé. 
em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês. 
por: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por 
alto o que aconteceu. 
sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar sem 
dinheiro; 
sob: sair sob pretexto não convincente. 
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12 
9. tempo: 
com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados, o Hino 
Nacional; com o tempo os frutos amadurecem. 
de: dormirde dia, estudar de tarde, perambular de noite; de 
pequenino é que se torce o pepino. 
desde: desde ontem estou assim. 
em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em 
minutos, no ano 2000. 
entre: ela virá entre dez e onze horas. 
para: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá 
para o final de dezembro viajaremos. 
por: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela 
manhã. 
sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II. 
 
 Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por 
outra, sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis 
alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em 
frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto 
a/com/de. 
Questão 3: CMSP 2014 Técnico Administrativo 
Hoje a publicidade não serve apenas para convencer o possível comprador de 
que um carro é mais potente do que o outro. 
Uma vírgula pode ser inserida imediatamente após Hoje, sem prejuízo para a 
correção e o sentido original. 
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTA) ou E (ERRADA) 
Comentário: O adjunto adverbial de pequena extensão e antecipado “Hoje” 
pode receber vírgula sem alteração do sentido. Assim, a afirmação está 
correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 4: TJ RJ 2012 Analista Judiciário – Analista de Sistemas 
A despeito do sucesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da 
atividade como jornalista, articulista e cronista. 
O elemento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração 
do sentido original, por 
(A) Em razão do (B) Conquanto o (C) Em que pese o 
(D) Em vista do (E) A partir do 
Comentário: A locução prepositiva “A despeito do” tem valor adverbial 
concessivo, é o mesmo que “apesar de”. Assim, a expressão “A despeito do 
sucesso” é o adjunto adverbial de concessão. 
 Os conectivos “Em razão do” e “Em vista do” têm valor adverbial causal; 
“Conquanto” é uma conjunção subordinativa adverbial concessiva e só pode 
iniciar uma oração, e não apenas um adjunto adverbial. 
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 A locução prepositiva “A partir do” normalmente tem valor adverbial 
temporal, mas neste contexto tem valor adverbial causal, marcando a origem. 
 Assim, resta como correta a alternativa (C), pois o conectivo “Em que 
pese o” tem valor adverbial concessivo e inicia o adjunto adverbial. 
Gabarito: C 
 
Questão 5: TRT 2ªR 2008 Técnico 
... que vivem em áreas urbanas ... 
O mesmo tipo de regência que caracteriza o verbo grifado acima está na 
oração: 
(A) ... ultrapassará o de moradores do campo. 
(B) ... todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades ... 
(C) ... porque elas atraem diferentes tipos de moradores ... 
(D) ... e dependem de normas comuns de comportamento. 
(E) ... a criar os filhos sob um controle extenuante. 
Comentário: A questão está cobrando a regência verbal, isto é, devemos 
descobrir qual alternativa possui verbo com a mesma regência (transitividade) 
do verbo “vivem”. 
 O verbo “vivem” é intransitivo, por isso “em áreas urbanas” é o adjunto 
adverbial de lugar. 
 Na alternativa (A), o verbo “ultrapassará” é transitivo direto e “o” é o 
objeto direto. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “ocorrerá” é intransitivo e 
“nas cidades” é adjunto adverbial de lugar. 
 Na alternativa (C), o verbo “atraem” é transitivo direto e “diferentes 
tipos de moradores” é objeto direto. 
 Na alternativa (D), o verbo “dependem” é transitivo indireto e “de 
normas comuns de comportamento” é objeto indireto. 
 Na alternativa (E), o verbo “criar” é transitivo direto e “os filhos” é 
objeto direto. 
Gabarito: B 
 
Questão 6: BB Escriturário 2010 
Identifica-se noção de causa no segmento: 
(A) ... sobre as condições de vida humana na Terra e o futuro das novas 
gerações. 
(B) ... capaz de reconhecer para a natureza um direito próprio. 
(C) ... em virtude das forças econômicas e de outra índole ... 
(D) ... para que um "basta" derradeiro não seja imposto pela catástrofe ... 
(E) ... comprometidos com o futuro das próximas gerações. 
Comentário: Nem foi necessário inserir o fragmento do texto para esta 
questão, pois vimos que a locução “em virtude de” transmite valor semântico 
de causa; assim, “em virtude das forças econômicas e de outra índole” é um 
adjunto adverbial de causa. 
Gabarito: C 
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14 
 
Questão 7: BB 2011 Escriturário 
Fragmento do texto: 
 Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um 
aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se 
esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai 
passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se há algo 
imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de 
permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a 
experiência passada, o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e 
a conclusão pode não ser clara. 
 Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam 
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco 
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta 
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no 
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for 
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a 
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá 
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança. 
Considere as alterações feitas nos segmentos abaixo grifados. 
I. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara. 
 Dá trabalho, e a conclusão não pode ser clara. 
II. Nesse processo, depara-se com armadilhas. 
 Depara-se com armadilhas nesse processo. 
III. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre 
criança. 
 Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a criança 
pobre. 
Com as modificações feitas na 2ª frase, altera-se o sentido do que foi 
afirmado na 1ª frase em 
(A) II, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
Comentário: Na estrutura I, muda-se o sentido, pois o advérbio “não” 
modifica o verbo “ser” na primeira frase e o verbo “pode” na segunda. 
 Na estrutura II, não se muda o sentido, pois o adjunto adverbial de 
pequena extensão “Nesse processo” encontra-se antecipado. O autor do texto 
modificou a frase colocando-o no final do período. Portanto, não há mudança 
de sentido, pois é normal haver mobilidade de posição do adjunto adverbial 
solto (como falamos, essa classificação é apenas didática). 
 Na estrutura III, muda-se o sentido; pois no texto o adjetivo antecipado 
transmite valor de uma criança digna de pena, triste (na visão do autor). Já 
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na posposição deste adjetivo o sentido passa a ser de uma criança de família 
sem recursos financeiros. 
Gabarito: D 
 
Questão 8: SEC SP 2011 Superior 
Neologismo 
Beijo pouco, falo menos ainda. 
Mas invento palavras 
Que traduzem a ternura mais funda 
E mais cotidiana. 
Inventei, por exemplo, o verboteadorar. 
Intransitivo: 
Teadoro, Teodora. 
(Manuel Bandeira, Belo Belo, 1948) 
No poema, os verbos beijar e falar são empregados como 
(A) intransitivos. (B) transitivos diretos. (C) transitivos indiretos. 
(D) bitransitivos. (E) verbos de ligação. 
Comentário: Observe que os verbos “beijar” e “falar” possuem diversas 
transitividades, mas neste contexto não há o objeto direto ou indireto. Assim, 
é considerado verbo intransitivo. As expressões “pouco” e “menos ainda” são 
adjuntos adverbiais de intensidade. 
 Note que verbo “bitransitivo”, expresso na alternativa (D), é o mesmo 
que verbo transitivo direto e indireto. 
Gabarito: A 
 
Questão 9: BB 2011 Escriturário 
Fragmento do texto: Arte para o futebol jamais é adjetivo; é a sua essência. 
A beleza intrínseca do movimento e da harmonia é meio ideal de cultura para 
a alegria e a criatividade. E quem, neste mundo, apresenta com tanta clareza 
tais qualidades? Um povo historicamente esmagado pela colonização (que 
insiste em se fazer viva), explorado e excluído em sua imensa maioria e que 
permanece com os queixos elevados e com a esperança intocável, é de se 
admirar. E só conseguiu atingir essa capacidade de sobrevivência por suas 
incomparáveis características. Quando qualquer de nós se aproxima de 
alguma forma de expressão artística é que podemos perceber a sensibilidade 
que exala de cada poro. 
 Como podemos explicar que cá por estas bandas surgissem tantas 
genialidades sem que, em sua maioria, tenham tido quaisquer facilidades para 
seus ofícios? Em tantas áreas poderíamos desfilar um sem número de figuras 
excepcionais que se destacaram por suas criações e capacidades. No esporte 
não é diferente. 
Como podemos explicar que cá por estas bandas surgissem tantas 
genialidades ... (2° parágrafo) 
A expressão grifada acima pode ser corretamente substituída, sem alteração 
do sentido original, por: 
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(A) aqui entre nós. 
(B) além dos campos de futebol. 
(C) nos demais esportes. 
(D) em áreas não esportivas. 
(E) em todos os lugares. 
Comentário: A expressão “cá por estas bandas” é coloquial que significa um 
lugar próximo do locutor, aquele que emite a informação. Textual e 
sintaticamente, podemos entendê-la como um adjunto adverbial de lugar, que 
tem o sentido de “aqui entre nós”. 
Gabarito: A 
 
Aprofundamos um pouco no verbo intransitivo e percebemos os valores 
dos adjuntos adverbiais. Agora, vamos aprofundar um pouquinho mais nos 
complementos verbais (OD e OI), mais precisamente, em algumas formas 
como aparecem na oração. 
Objeto direto 
1) Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase, 
antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o repetimos 
através de um pronome oblíquo átono. A esse objeto repetido damos o nome 
de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo, 
como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua 
postura diante do fato: 
- O que você acha desta roupa? 
- Essa roupa, ninguém a quer. 
 
Esses “rabiscos”, foi o genial pintor que os pintou e vale muito. 
Note a vírgula separando esses objetos diretos. Apesar de ser 
obrigatória, alguns autores renomados usam esta estrutura sem vírgula. 
2) Objeto direto preposicionado: Aquele cuja preposição não é exigência do 
verbo, que é transitivo direto, mas ocorre por ênfase, por necessidade do 
próprio complemento e para se evitar ambiguidade. 
 
Amo a Deus. (ênfase) 
Cumpri com a minha palavra. (ênfase) 
Ele puxou da espada. (ênfase) 
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade) 
Ninguém entende a mim. (é o pronome “mim” que exige a preposição “a”) 
 
 Perceba que os verbos amar, caçar, puxar e entender não exigem 
preposição: são transitivos diretos. 
 Perceba, também, que, se a expressão “Aos mais desfavorecidos” não 
tivesse a preposição, não haveria erro gramatical, mas ficaríamos na dúvida 
sobre quem seria o sujeito, pois as expressões estão no plural e o verbo 
também. Assim, o leitor ficaria na dúvida: foram as medidas que atingiram os 
desfavorecidos ou foram os desfavorecidos que atingiram as medidas? O 
objeto direto preposicionado retira esta dúvida. 
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3) Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são “me, 
te, se, o, a, nos, vos, os, as”: 
Quando encontrar seu material, traga-o até mim. 
Respeite-me, garoto. Levar-te-ei a São Paulo amanhã. 
Atente muito às questões a seguir, pois são típicas da FCC e certas de 
caírem na sua prova!!!! 
Questão 10: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam 
por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então 
percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e 
além. 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase 
acima está em: 
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... 
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. 
(C) ... viajavam por cordilheiras... 
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. 
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. 
Comentário: O verbo “acompanham” é transitivo direto (alguém acompanha 
o quê?). Então, o termo “as fronteiras ocidentais chinesas” é o objeto direto. 
Agora, basta achar, numa das alternativas, o mesmo tipo de complemento. 
 A alternativa (A) está errada, pois o verbo “foi” é de ligação e “uma rota 
única” é o predicativo do sujeito. 
 A alternativa (B) está errada, pois “floresceram” é verbo intransitivo 
(algo floresce). O termo “durante os primórdios da Idade Média” é apenas o 
adjunto adverbial de tempo. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “viajavam” é intransitivo e o 
termo “por cordilheiras” é o adjunto adverbial de lugar (viajavam por onde?). 
 A alternativa (D) está errada, pois “cair” é verbo transitivo indireto e 
“em desuso” é o objeto indireto (cair em quê?). 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “empurra” é transitivo direto 
(alguém empurra o quê?). Então, o termo “a manopla do acelerador” é o 
objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Questão 11: TRT 19ªR 2014 Técnico Judiciário 
A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo... 
Nas frases transcritas abaixo, o verbo que exige o mesmo tipo de 
complemento do grifado acima está em: 
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região... 
(B) ... a maior parte está no Brasil... 
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana. 
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats... 
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta. 
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Comentário: O verbo “tem” é transitivo direto (alguém tem o quê?). Então, 
o termo “a maior bacia fluvial do mundo” é o objeto direto. Agora, basta 
achar, numa das alternativas, o mesmo tipo de complemento. 
 A alternativa (A) está errada, pois o verbo “é” é de ligação e “maior” é o 
predicativo do sujeito. 
 A alternativa (B) está errada, pois “está” é verbo intransitivo (algo está 
onde?). O termo “no Brasil” é apenas o adjunto adverbial de lugar. 
 A alternativa (C) está errada, pois “sofrem” é verbo transitivo indireto e 
“com a ocupação humana” é o objeto indireto (sofrem com quê?). 
 A alternativa(D) está errada, pois “levam” é verbo transitivo indireto e 
“à perda de hábitats” é o objeto indireto (levam a quê?). 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “detém” é transitivo direto 
(alguém detém o quê?). Então, o termo “69% da área coberta pela floresta” 
é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Questão 12: TRE-CE 2012 Analista Judiciário 
... aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia. 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está 
em: 
(A) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios. 
(B) ... a adoção de uma atitude que nos impede de... 
(C) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida 
moderna... 
(D) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera... 
(E) ... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico... 
Comentário: O verbo “maximiza” é transitivo direto (alguém maximiza o 
quê?). Então, o termo “a utilidade de cada hora do dia” é o objeto direto. 
 Na alternativa (A), o verbo “proporciona” é transitivo direto e indireto, o 
termo “a melhor relação” é o objeto direto e o pronome “lhe” é o objeto 
indireto (proporcionar o quê? a quem?). Note que o termo “entre custos e 
benefícios” é um adjunto adverbial. 
 Na alternativa (B), o verbo “impede” é transitivo direto e indireto, o 
pronome “nos” é o objeto direto e a preposição “de” inicia o objeto indireto 
(impede quem? de quê?). 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “investigou” é transitivo 
direto, e o termo “a realidade dessa questão” é o objeto direto (investigou o 
quê?). Note que o termo “nas condições da vida moderna” é um adjunto 
adverbial. 
 Na alternativa (D), o verbo “delibera” é intransitivo, pois não há 
complemento. 
 Na alternativa (E), a estrutura verbal “se presta” é transitiva indireta, e 
o termo “à aplicação do cálculo econômico” é o objeto indireto. Veremos em 
outras aulas que este pronome integra o verbo. O que importa agora é que 
este termo preposicionado não é o objeto direto, ok!!!! 
Gabarito: C 
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Questão 13: Banese 2012 Técnico Bancário (nível superior) 
Criou vitrines, miniaturas, painéis, estandartes... 
O segmento em destaque exerce na oração acima a mesma função sintática 
que o elemento grifado exerce em: 
(A) ... quase tudo ao seu redor se transformava em material para criação 
plástica... 
(B) ... havia sido adotado pela Virgem Maria... 
(C) ... “o artista vê na sua própria obra somente uma promessa de 
felicidade”... 
(D) Era um artesão aficionado... 
(E) ... ou que adquiria no mercado negro do hospício. 
Comentário: O verbo “Criou” possui um sujeito que não se encontra 
determinado neste trecho. Fatalmente, se lêssemos todo o texto do qual faz 
parte esta frase, certamente perceberíamos a referência ao sujeito. Tal verbo 
é transitivo direto e o termo “vitrines, miniaturas, painéis, estandartes” é o 
objeto direto composto. 
 Na alternativa (A), o termo grifado “quase tudo ao seu redor” é o 
sujeito. 
 Na alternativa (B), o termo grifado “pela Virgem Maria” é o agente da 
passiva. Tal termo será visto adiante. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “vê” é transitivo direto e o 
termo grifado “somente uma promessa de felicidade” é o objeto direto. Note 
que a expressão “na sua própria obra” é o adjunto adverbial de lugar. 
 Na alternativa (D), o sujeito está implícito possivelmente em alguma 
informação anterior do texto. O verbo “Era” é de ligação e o termo “um 
artesão aficionado” é o predicativo do sujeito. 
 Na alternativa (E), o verbo “adquiria”, neste contexto, é intransitivo, 
pois não há referência a um objeto direto. O termo grifado “no mercado negro 
do hospício” é o adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: C 
 
Questão 14: TJ RJ 2012 Analista Judiciário – Comissário de Justiça 
A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais 
é: 
(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas 
opiniões em contrário. 
(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho 
cronista, leitor amigo. 
(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres 
num cemitério. 
(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando 
desce a um porão... 
(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou 
evocação mágica numa casa moderna. 
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20 
Comentário: Os complementos verbais são o objeto direto ou o objeto 
indireto. 
 A alternativa (A) é a correta, pois o pronome “vos” é o objeto indireto do 
verbo transitivo direto e indireto “confesso” (confessar a alguém alguma 
coisa); e o termo “de arquitetura” é também objeto indireto, porém do verbo 
transitivo indireto “entendo” (entender de alguma coisa). 
 Na alternativa (B), o pronome “Ninguém” é o sujeito, e o advérbio 
“tanto” é o adjunto adverbial de intensidade. 
 Na alternativa (C), o termo “sob os pés da família” é o adjunto adverbial 
de lugar, e o termo “os cadáveres” é o sujeito do verbo intransitivo “jazem”. 
 Na alternativa (D), o termo “as gravatas manchadas” é o sujeito do 
verbo “exercem”; o termo “a um porão” é o adjunto adverbial de lugar 
referente ao verbo “desce”. 
 Na alternativa (E), o verbo “fazem” e transitivo direto, o pronome “se” é 
apassivador, e o termo “porões” é o sujeito paciente (Essa estrutura será 
estudada na aula de concordância). O termo grifado “numa casa moderna” é o 
adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: A 
 
Questão 15: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas 
Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da 
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder 
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma, 
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto 
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade 
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés 
representava. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
As expressões “não só” e “como” introduzem os complementos verbais 
exigidos por ser preferível. 
Comentário: Lembre-se de que complemento verbal é o objeto direto ou 
objeto indireto. Percebemos que a expressão “não só a liberdade como a vida” 
é o objeto direto do verbo “perder”, o qual é transitivo direto (perder o quê?). 
 Assim, esse complemento verbal não tem relação com a expressão “ser 
preferível”. 
Gabarito: E 
 
Questão 16: TRT 16ªR 2009 Técnico 
Na indústria da saúde destacamos uma extensa e diversificada cadeia de 
fornecedores ... 
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima 
é: 
(A) ... melhor atender a suas especificidades ... 
(B) ... são também importantes os estímulos ... 
(C) Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central ... 
(D) ... a influir sobre as decisões de compra. 
(E) ... a despertar o interesse de pesquisadores ... 
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21 
Comentário: O verbo “destacamos” é transitivo direto e “uma extensa e 
diversificada cadeia de fornecedores” é objeto direto. Assim, devemos 
procurar, dentre as alternativas, aquela que apresenta verbo transitivo direto. 
 Na alternativa (A), o verbo “atender” é, neste caso, transitivo indireto e 
“a suas especificidades” é objetoindireto. 
 Na alternativa (B), “são” é verbo de ligação e “importantes” é 
predicativo. 
 Na alternativa (C), “remetem” é transitivo indireto e “a uma ideia 
central” é objeto indireto. 
 Na alternativa (D), o verbo “influir” é transitivo indireto e “sobre as 
decisões de compra” é objeto indireto. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “despertar” é transitivo direto 
e “o interesse de pesquisadores” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Questão 17: BB 2011 Escriturário 
A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos 
tecnológicos também mudam a cara do Nordeste... 
O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase: 
(A) ... que mexeram com a renda ... 
(B) ... que mais crescem na região. 
(C) ... que movimentam milhões de reais ... 
(D) A outra face do "novo Nordeste" está no campo. 
(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis ... 
Comentário: O verbo “mudam” é transitivo direto e “a cara do Nordeste” é o 
objeto direto. A alternativa correta é a (C), pois o verbo “movimentam” é 
também transitivo direto, com isso o objeto direto é “milhões de reais”. 
 Na alternativa (A), o verbo “mexeram” é VTI e “com a renda” é OI. 
 Na alternativa (B), o verbo “crescem” é VI e “na região” é adjunto 
adverbial de lugar. (crescem onde?) 
 Na alternativa (D), o verbo “está” é VI e “no campo” é adjunto adverbial 
de lugar. (está onde?) 
 Na alternativa (E), o verbo “são” é VL e “menos favoráveis” é 
predicativo do sujeito. 
Gabarito: C 
 
Questão 18: TRT 12ªR 2010 Técnico 
O projeto rendeu frutos. 
A mesma relação entre verbo e complemento, ambos grifados acima, se 
reproduz na frase: 
(A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4% 
ao ano. 
(B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia nacional. 
(C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias. 
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22 
(D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu 
tecido urbano. 
(E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas ... 
Comentário: O verbo “rendeu” é transitivo direto e “frutos” é o objeto direto. 
 Na alternativa (A), o verbo “cresceu” é intransitivo e “a uma taxa de 4% 
ao ano” é o adjunto adverbial de modo. (cresceu como?) 
 Na alternativa (B), o verbo “responderam” é transitivo indireto e “por 
28% da economia nacional” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (C), o verbo “vive” é intransitivo e “em cidades médias” é 
adjunto adverbial de lugar. (vive onde?) 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “obtiveram” é transitivo direto 
e “melhores resultados” é o objeto direto. 
 Na alternativa (E), o verbo “depararam” é transitivo indireto e “com 
capitais estranguladas” é objeto indireto. É natural esse verbo ser seguido do 
pronome “se” (deparar-se com), mas o uso sem pronome também é aceito na 
norma culta. 
Gabarito: D 
 
Questão 19: TCE SP – 2009 – Agente Fiscalização 
... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ... 
O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase: 
(A) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ... 
(B) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos 
vem em ótima hora... 
(C) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de 
refino. 
(D) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha. 
(E) ... para gerar produtos de alto valor ambiental. 
Comentário: O verbo “consomem” é transitivo direto, e o termo “46% de 
toda a gasolina do planeta” é o objeto direto. Note que o núcleo do objeto 
direto é o numeral “46%” e a expressão “de toda a gasolina do planeta” 
caracteriza este numeral, por isso é um adjunto adnominal. 
 A alternativa (A) está errada, pois o verbo “sofre” é transitivo indireto e 
o termo “com a falta de capacidade de refino moderno” é o objeto indireto. 
 A alternativa (B) está errada, pois o “vem” é intransitivo e o termo “em 
ótima hora” é o adjunto adverbial de tempo. 
 Uma observação importante: o ideal é que o termo “outros adjacentes” 
recebesse a preposição “de”, para que deixasse claro que o núcleo do sujeito é 
apenas o substantivo “delimitação”. Assim, temos certeza de que o verbo deve 
se flexionar no singular. Veja: 
“A delimitação do Campo de Tupi e de outros adjacentes na Bacia de Santos 
vem em ótima hora”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “reside” é transitivo indireto e 
o termo “em investimentos maciços” é o objeto indireto e “em capacidade de 
refino” é o complemento nominal. 
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Aula 02.1 – Sintaxe da oração 
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23 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “é” é de ligação, e a locução 
verbal “vem espalhando” possui o sujeito “que” e a estrutura adverbial de 
comparação “como fogo em palha”. 
 O pronome “se” é chamado de apassivador, o qual será visto em outra 
aula. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “gerar” é transitivo direto e o 
termo “produtos de alto valor ambiental” é o objeto direto, cujo núcleo é 
“produtos” e “de alto valor ambiental” é o adjunto adnominal. 
Gabarito: E 
 
Questão 20: Secretaria Seg – BA 2010 - Agente Penitenciário 
... que a natureza tinha seus próprios ritmos, alguns regulares e outros 
irregulares. 
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima 
é: 
(A) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos 
atrás ... 
(B) ... que grandes migrações da África em direção à Eurásia e à Oceania 
ocorriam já há 70 mil anos. 
(C) Os perigos eram muitos ... 
(D) ... se gotas caíam ritmicamente das folhas ... 
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais ... 
Comentário: O verbo “tinha” é transitivo direto e o termo “seus próprios 
ritmos” é o objeto direto. 
 O mesmo complemento (objeto direto) ocorre na alternativa (E), pois o 
verbo “mostram” é transitivo direto e “uma enorme variedade de animais” é o 
objeto direto. 
 Na alternativa (A), o verbo “apareceu” é intransitivo e “em torno de 200 
mil anos atrás” é o adjunto adverbial de tempo. 
 Na alternativa (B), o verbo “ocorriam” é intransitivo e o verbo “há” 
compõe termo de sentido de tempo decorrido (“há 70 mil anos”). Veremos 
esse emprego na concordância verbal. 
 Na alternativa (C), o verbo “eram” é de ligação, e a expressão “muitos” 
é o predicativo do sujeito. 
 Na alternativa (D), o verbo “caíam” é intransitivo, e o termo “das folhas” 
é o adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: E 
Objeto indireto 
 O objeto indireto pode também ser pleonástico: repetição, por meio de 
um pronome oblíquo, do objeto indireto. 
 Ao amigo, não lhe peça tal coisa. 
 Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são 
“me, te, lhe, nos, vos, lhes”: 
Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci. 
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24 
Questão 21: SABESP 2014 Analista 
... e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e 
debatidos pelos pesquisadores. 
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima 
está empregado em: 
(A) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da 
antiga cidade de Tikal... 
(B) ... que os maias não estão mortos. 
(C) ... que a civilização maia da América Central tinha um método 
sustentável de gerenciamento da água. 
(D) ... o que de fato aconteceu. 
(E) ... uma vez que elesdependiam muito dos reservatórios que... 
Comentário: O verbo “levaram” é transitivo indireto e o termo “ao seu 
colapso” é o objeto indireto, pois se pode entender a seguinte pergunta: 
levaram a quê? Assim, devemos achar nas alternativas um verbo de mesma 
transitividade e seu complemento. 
 Na alternativa (A), o verbo “fizeram” é transitivo direto (fizeram o 
quê?), e o termo “uma escavação arqueológica” é o objeto direto. Assim, a 
transitividade é diferente. 
 Na alternativa (B), o verbo “estão” é de ligação, e o adjetivo “mortos” é 
o predicativo do sujeito. Assim, a transitividade é diferente. 
 Na alternativa (C), o verbo “tinha” é transitivo direto (tinha o quê?), e o 
termo “um método sustentável de gerenciamento da água” é o objeto direto. 
Assim, a transitividade é diferente. 
 Na alternativa (D), o verbo “aconteceu” é intransitivo (algo acontece). 
Assim, não há complemento e a transitividade é diferente. 
 A alternativa (E) é a correta, pois “dependiam” é verbo transitivo 
indireto e “dos reservatórios” é o objeto indireto (dependiam de quê?). 
Gabarito: E 
 
Questão 22: TCE AP 2012 Técnico de Controle Externo 
Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos... 
A regência verbal assinalada acima está reproduzida em: 
(A) ... mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos 
desencadearam fortes altas nos preços. 
(B) ... esses gigantes não importam muitos alimentos. 
(C) ... o que torna mais fácil a tarefa ... 
(D) Mas eles também impõem custos aos consumidores ... 
(E) ... quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro 
anos ... 
Comentário: O verbo “proporcionam” é transitivo direto e indireto 
(proporcionam a alguém alguma coisa). Então, a expressão “aos agricultores” 
é o objeto indireto e “incentivos” é o objeto direto. 
 Assim, há regência verbal direta e indireta, sendo que o objeto indireto 
é iniciado pela preposição “a”. O mesmo tipo de regência é encontrado na 
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25 
alternativa (D), pois o verbo “impõem” é transitivo direto e indireto (impõem 
alguma coisa a alguém), e exige o objeto direto “custos” e o objeto indireto 
“aos consumidores”, iniciado pela preposição “a”. 
 Na alternativa (A), o verbo “desencadearam” é também transitivo direto 
e indireto, sendo o termo “fortes altas” o objeto direto e “nos preços” o objeto 
indireto. Porém, veja que o verbo do pedido da questão exige preposição “a”, 
e este exige preposição “em”. Isso confirma a alternativa (D) como correta. 
 Uma outra observação: o termo “nos preços” não pode ser confundido 
como adjunto adverbial de lugar, pois “preço” não é lugar, concorda? 
 Na alternativa (B), o verbo “importam” é transitivo direto (importam o 
quê?). Assim, o termo “muitos alimentos” é o objeto direto. 
 Na alternativa (C), o verbo “tornar” é transitivo direto, o termo “a 
tarefa” é o objeto direto e “mais fácil” é o predicativo do objeto direto. Temos 
aí um predicado verbo-nominal (que será visto a seguir). 
 Na alternativa (E), o verbo “dobrar” é transitivo direto (dobrar o quê?). 
Assim, “os preços mundiais dos alimentos” é o objeto direto. Note que a 
expressão “duas vezes em quatro anos” é o adjunto adverbial de tempo. 
Gabarito: D 
 
Questão 23: BB 2011 Escriturário 
O segmento grifado que está sendo substituído de modo INCORRETO por um 
pronome, com as necessárias adaptações, é: 
(A) um recenseamento revelou a situação inédita = revelou-a 
(B) milhares de pessoas trocavam as cidades do interior = trocavam-nas 
(C) A tendência (...) definiu o Brasil do século XXI = lhe definiu 
(D) era a que levava famílias inteiras do Nordeste = as levava 
(E) que tem criado empregos = que os tem criado 
Comentário: Perceba que os pronomes “o”, “a”, “os”, “as” podem substituir 
apenas objetos diretos e que o pronome “lhe” substitui objeto indireto. 
 Devemos notar que os verbos “revelou”, “trocavam”, “definiu”, “levava” 
e “tem criado” são transitivos diretos. Assim, os termos “a situação inédita”, 
“as cidades do interior”, “o Brasil do século XXI”, “famílias inteiras do 
Nordeste” e “empregos” são os objetos diretos. 
 Por esse motivo, não pode haver o pronome “lhe” na alternativa (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 24: TRT 18ªR 2008 Técnico 
Pensam em novas formas de suprimento de energia ... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na 
frase: 
(A) Durante milênios convivemos com a convicção... 
(B) Há outros ângulos do problema ... 
(C) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ... 
(D) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ... 
(E) ... se haverá um limite para a internet ... 
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26 
Comentário: O verbo “Pensam” é transitivo indireto “em novas formas de 
suprimento de energia” é objeto indireto. (pensam em quê?) 
 A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “convivemos” também é 
transitivo indireto e “com a convicção” é objeto indireto. 
 Na alternativa (B), o verbo “há” é transitivo direto e “outros ângulos do 
problema” é objeto direto. 
 Na alternativa (C), o verbo “entopem” é transitivo direto e “as caixas de 
recepção” é objeto direto. 
 Na alternativa (D), o verbo “criou” é transitivo direto e “diretrizes 
mundiais” é objeto direto. 
 Na alternativa (E), o verbo “haverá” é transitivo direto e “um limite” é 
objeto direto. 
Gabarito: A 
 
 
Adjunto adnominal 
 
Vimos no início da aula que o termo sintático da oração necessita de um 
núcleo, constituído de um substantivo ou palavra de valor substantivo. Esse 
núcleo pode ser caracterizado, determinado, modificado, especificado por um 
termo, chamado de adjunto adnominal. Esse termo pode ser representado por: 
 
1) um artigo: O carro parou. 
2) um pronome adjetivo: Encontrei meu relógio. 
3) um numeral adjetivo: Recebi a segunda parcela. 
4) um adjetivo: Tive ali grandes amigos. 
5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa de pedra. 
 
As nossas primeiras experiências científicas fracassaram. 
artigo pronome numeral substantivo adjetivo verbo intransitivo 
adjuntos adnominais núcleo adj adnominal 
sujeito predicado 
 
Predicativo 
Também vimos no início da aula o termo predicativo. Esse termo se liga 
ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É 
representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo, 
numeral e pronome. 
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal, 
respectivamente. Nestes exemplos, note que o grupo à esquerda é 
constituído de verbos de ligação mais os predicativos. É fácil perceber o 
predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, para que o predicativo 
também se flexione, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há 
predicação verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam 
por causa do sujeito, pois são complementos verbais ou adjuntos adverbiais: 
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28 
Durante ou após o ato de confirmar, ela ficou temerosa. Esse predicativo 
é a característica transitória do sujeito. (O valor transitório será explicado 
adiante.) 
Esta característica pode se deslocar na oração, desde que se separe por 
vírgula para não se confundir com o adjunto adnominal: 
Ela, temerosa, confirmou o crime. 
Temerosa, ela confirmou o crime. 
Ela confirmou o crime temerosa. 
Sabendo-seque o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor 
restritivo que está junto ao núcleo, note que a vírgula foi necessária nos dois 
primeiros exemplos para não se confundir predicativo com adjunto adnominal, 
pois o adjetivo “temerosa” está próximo ao núcleo do sujeito “ela”. No último 
exemplo, a vírgula não foi usada justamente porque não se confunde o 
predicativo do sujeito com o adjunto adnominal, haja vista que o adjetivo 
“temerosa” está distante do núcleo do sujeito. 
 
II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-
nominal) 
Carlos deixou Ana zangada. 
sujeito VTD OD predicativo do OD 
 predicado verbo-nominal 
Da mesma forma, a característica “zangada” ocorre após o ato de deixar. 
Por isso é transitória. 
III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-
nominal) 
Gosto de meu filho sempre limpo 
VTI OI adjunto 
adverbial 
de tempo 
predicativo 
do OI 
 predicado verbo-nominal 
Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição: 
Chamei-o de louco. 
 
Questão 25: Metrô-SP 2014 Analista 
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados na 
frase: 
(A) Viagens de avião e de metrô podem guardar certa semelhança. 
(B) Em tais viagens, estamos surpreendentemente sós. 
(C) Que ninguém se socorra do celular ou de qualquer engenhoca eletrônica. 
(D) O único compromisso é o de não resistir à súbita liberdade que nossa 
imaginação ganhou. 
(E) Chegando à nossa estação, retomaremos a rotina. 
Comentário: Na alternativa (A), há a locução verbal transitiva direta “podem 
guardar”, a qual se refere ao sujeito “Viagens de avião e de metrô” e tem 
como objeto direto o termo “certa semelhança”. 
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29 
 Na alternativa (B), a expressão “Em tais viagens” é um adjunto 
adverbial, cujo núcleo é “viagens” e o pronome “tais” é apenas o adjunto 
adnominal. Já o adjetivo “sós” (= sozinhos) cumpre a função sintática de 
predicativo do sujeito, pois o verbo “estamos” é de ligação. 
 Na alternativa (C), “ninguém” é o sujeito do verbo “socorra”. Já 
“engenhoca” é o segundo núcleo do objeto indireto composto “do celular ou 
de qualquer engenhoca eletrônica”. 
 A alternativa (D) é a correta, pois “compromisso” é o núcleo do sujeito 
“O único compromisso”, o verbo “é” é de ligação e o artigo “o” faz 
subentender o substantivo “compromisso”. Assim, o vocábulo “o” ocupa a 
função de predicativo do sujeito. Na outra oração, o verbo “ganhou” tem como 
sujeito o termo “nossa imaginação”, cujo núcleo é “imaginação”. Isso 
confirma esta alternativa como correta. 
 Na alternativa (E), o verbo intransitivo “Chegando” é seguido do adjunto 
adverbial “à nossa estação”, cujo núcleo é “estação” e o adjunto adnominal é 
“nossa”. Já o vocábulo “rotina” é o núcleo do objeto direto “a rotina”. 
Gabarito: D 
 
Questão 26: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário – Área Administrativa 
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. 
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. 
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função 
de 
(A) adjunto adverbial. 
(B) objeto direto. 
(C) complemento nominal. 
(D) predicativo. 
(E) objeto indireto. 
Comentário: Os termos “Este conceito” e “a sua contribuição maior” são os 
sujeitos; “é” e “foi” são verbos de ligação; e os termos “relativo” e “a 
liberdade de criação e expressão” são os predicativos. 
Gabarito: D 
 
Questão 27: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas 
Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da 
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder 
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma, 
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto 
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade 
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés 
representava. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Em perder não só a liberdade, o elemento destacado tem o mesmo valor e 
função dos notados na frase "Estava só, mas bastante tranquilo". 
Comentário: O vocábulo “só”, na expressão “não só a liberdade” é um 
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advérbio, o qual é uma redução do advérbio “somente”. 
 Já o vocábulo “só”, na oração “Estava só, mas bastante tranquilo", é um 
adjetivo, por ser uma forma reduzida do adjetivo “sozinho”. 
 Assim, os valores são diferentes. 
Gabarito: E 
 
Complemento nominal 
A transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes 
(substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que 
determinados substantivos, adjetivos e advérbios se fazem acompanhar de 
complementos. Esses complementos são chamados complementos nominais e 
são sempre introduzidos por preposição: 
1) complemento nominal de um substantivo: 
Você fez uma boa leitura do texto. 
sujeito VTD objeto direto complemento nominal 
 Predicado verbal 
 Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”. Como é 
natural o verbo ser transitivo, o substantivo também fica transitivo. 
Observe: 
Você leu o texto. 
sujeito VTD objeto 
direto 
 Predicado verbal 
Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto) 
Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal) 
2) complemento nominal de um adjetivo: 
 
Você precisa ser fiel aos seus ideais. 
sujeito locução verbal 
de ligação 
adjetivo na 
função de 
predicativo 
complemento nominal 
 Predicado nominal 
 
Quem é fiel é fiel a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” é transitivo, ou seja, 
necessita de complemento. 
 
3) Complemento nominal de advérbio: 
Você mora perto de Maria. 
sujeito verbo intransitivo advérbio na função de 
adjunto adverbial de lugar 
complemento 
nominal 
 Predicado verbal 
 
Note que o advérbio “perto” necessita de um complemento: perto de 
algo ou de alguém. Podemos dizer que o complemento nominal é mais uma 
função substantiva da oração: nos casos citados anteriormente, o núcleo dos 
complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). Pronomes e numerais 
substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem 
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desempenhar essa função. Observe o pronome “lhe” atuando como 
complemento nominal na oração seguinte: 
Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa. 
 (fiel a alguém) 
Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com 
o verbo da oração, e sim com um nome que pode desempenhar as mais 
diversas funções. 
A realização do projeto é necessária à população carente. 
Adj. 
Adn 
núcleo complemento 
nominal 
VL predicativo do 
sujeito 
complemento nominal 
sujeito predicado nominal 
Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser 
confundido com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida, 
pois, segundo o que foi visto, o adjunto adnominal é constituído de vocábulo 
de valor restritivo que caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o 
complemento nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida 
quando os dois termos são preposicionados. Por exemplo: 
A leiturado livro é instigante. 
A leitura do aluno foi boa. 
 Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios: 
1º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O termo preposicionado caracteriza o 
substantivo. 
 O termo preposicionado complementa 
um substantivo, adjetivo ou advérbio. 
Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de 
você.”, logo no primeiro critério já saberíamos que “de problemas” e “de você” 
são complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “cheio” e 
do advérbio “perto”, respectivamente. 
 
2º critério: 
O substantivo caracterizado pode ser 
concreto ou abstrato. 
 O substantivo complementado deve ser 
abstrato. 
 
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de 
uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que 
o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos 
visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a 
casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, 
pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”, 
respectivamente. 
 
3º critério: 
O termo preposicionado é agente. O termo preposicionado é paciente. 
 
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32 
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo 
sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se 
pacientes, serão complementos nominais. Veja: 
Adjuntos adnominais: 
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama) 
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou) 
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu) 
Complementos nominais: 
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada) 
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado) 
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido) 
Questão 28: TRT 2ªR 2008 Técnico 
Para observadores atentos, é uma forte ameaça à democracia... 
O mesmo tipo de complemento grifado acima SÓ NÃO se repete na expressão 
também grifada em: 
(A) ... é o desmonte do conceito de segurança alimentar ... 
(B) ... alimentos indispensáveis ao sustento da população... 
(C) ... que muitos países da África e da América Latina desenvolvessem sua 
agricultura... 
(D) ... na busca da garantia do abastecimento interno. 
(E) ... associado a políticas demográficas e ambientais. 
Comentário: A expressão “à democracia” é um complemento nominal, pois 
esse termo preposicionado foi exigido por regência nominal pelo substantivo 
abstrato “ameaça”. (ameaçar a democracia → ameaça à democracia). 
 Agora, devemos observar dentre as alternativas aquela que não possui o 
complemento nominal. 
(A): o substantivo abstrato “desmonte” exige o complemento “do conceito de 
segurança alimentar” (desmontar o conceito → desmonte do conceito) 
(B): “indispensável” é um adjetivo que exige complemento: “indispensável ao 
sustento da população”. 
(C): O substantivo concreto “países” não é gerado a partir de um verbo, não é 
o nome de uma ação; por isso não exige complemento, conforme o 2° critério 
visto anteriormente. Na realidade, o termo “da África e da América Latina” é o 
adjunto adnominal, pois apenas caracteriza, restringe o substantivo anterior. 
Por isso, esta é a alternativa a ser marcada. 
(D): O substantivo “garantia” é abstrato e por isso exige o complemento “do 
abastecimento interno”. 
(E): O adjetivo “associado” exige o complemento “a políticas demográficas e 
ambientais”. 
Gabarito: C 
 
Questão 29: TRE – RN 2011 – Técnico Judiciário 
O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a 
pecuária. 
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33 
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento 
também grifado em: 
(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias, 
falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo... 
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo 
na economia estadual. 
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação 
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. 
(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a 
imaginação do homem. 
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do 
sertão potiguar ... 
Comentário: Primeiro, é bom lembrar o que é a regência nominal: é o 
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio que exigem um complemento 
nominal. 
 Podemos normalmente fazer uma associação com a regência verbal, em 
que um verbo exige o complemento verbal. Vou inventar um exemplo!!! 
 A expressão “leitura do livro” possui o termo paciente “do livro” por ser 
complemento nominal do substantivo abstrato “leitura”. Veja: 
 ler o livro leitura do livro 
 VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente) 
 (regência verbal) (regência nominal) 
 Agora, compare com a estrutura “leitura do aluno”. 
 O termo “do aluno” é apenas o adjunto adnominal, pois é um termo 
agente. Veja: 
 O aluno lê leitura do aluno 
 sujeito + VTD nome + adjunto adnominal 
 (termo agente) (termo agente) 
 
 Vale lembrar que, quando há adjetivo ou advérbio, não há necessidade 
de verificação se o termo preposicionado é agente ou paciente, pois não pode 
haver adjunto adnominal dessas palavras. 
 Agora, vamos à questão: 
 No segmento “favorável ao cultivo da cana”, há dois complementos 
nominais: o adjetivo “favorável” exigiu o complemento nominal “ao cultivo”, e 
o substantivo abstrato “cultivo” exigiu o complemento nominal “da cana”. Veja 
que o substantivo abstrato é gerado do verbo “cultivar” (cultivar a cana). 
Como “a cana” é o complemento verbal de “cultivar”, na transformação desse 
verbo em substantivo abstrato, esse complemento passa a ser nominal: 
cultivo da cana. 
Veja: 
 cultivar a cana cultivo da cana 
 VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente) 
 (regência verbal) (regência nominal) 
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 A alternativa (C) é a correta, pois a expressão “fundação do Forte dos 
Reis Magos e da Vila de Natal” possui o termo paciente “do Forte dos Reis 
Magos e da Vila de Natal” por ser complemento nominal do substantivo 
abstrato “fundação”. Veja: 
 fundar Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência verbal) 
 VTD + objeto direto (termo paciente) 
 
fundação Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência nominal) 
 nome + complemento nominal (termo paciente) 
 
 Na alternativa (A), o substantivo “Polo” está sendo determinado pelo 
aposto especificativo “Costa das Dunas”. Este aposto é utilizado para dar 
nome às coisas. Assim, não há regência nominal. 
 Na alternativa (B), o termo “de praias” é o adjunto adnominal do 
substantivo “quilômetros”, pois o restringe. Assim, também não há regência 
nominal. 
Na alternativa (D), o termo “do homem” é o adjunto adnominal do 
substantivo “imagem”, pois o restringe. Assim, também não há regência 
nominal. 
Na alternativa (E), o termo “do sertão potiguar” é o adjunto adnominal 
do substantivo “beleza”, pois o restringe. Assim, também não há regência 
nominal. 
Gabarito: C 
 
Agente da passiva: Este termo

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