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Português - III

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PORTUGUÊS P/ INSS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 3– Concordância 
Prof. Décio Terror 
 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
Sumário 
 
1. Tipos de sujeito ............................................................................ 1 
2. A concordância verbal com o sujeito simples ................................ 4 
3. A concordância verbal com o sujeito composto ............................. 7 
4. A concordância utilizando o pronome apassivador “se” ............... 20 
5. Concordância com o pronome relativo “que” ............................... 22 
6. Concordância verbal com o sujeito oracional ............................... 24 
7. concordância nominal .................................................................. 53 
8. As vozes verbais ativa e passiva .................................................. 58 
9. Questões cumulativas de revisão ................................................. 72 
10. O que devo tomar nota como mais importante? ........................ 75 
11. Lista de questões para revisão .................................................. 75 
 
 
Olá, pessoal! 
Juntamente com esta aula, há vídeos com comentários de 
mais questões, todas de 2014, ok?! 
Assim, ampliamos um pouco mais o número de questões, 
para retirarmos quaisquer dúvidas!!!! 
 
O tema desta aula é muito importante. Então, atenção na teoria, porque 
vamos praticar bastante!!! 
 
Bom, na aula 2, vimos a estrutura básica da oração e faltou nos 
determos aos tipos de sujeito, para entendermos a flexão do verbo 
(concordância verbal). Nesta aula também vamos trabalhar as possibilidades 
de flexão do predicativo e do adjunto adnominal (concordância nominal). 
 
Para realizarmos as questões de concordância da FCC, devemos entender 
os tipos de sujeito e a forma como este tema é cobrado. Assim, 
primeiro,vamos aos tipos de sujeito. 
1. Determinado: É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da 
concordância verbal ou do contexto. Pode dividir-se em: 
 
Aula 3 – Concordância nominal e verbal. Vozes verbais. 
 
 PORTUGUÊS P/ INSS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 3– Concordância 
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2 
1.1. Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo). 
Uma boa Constituição é desejada por todos. 
Adj Adn Adj Adn núcleo 
sujeito simples predicado 
 
Alguns políticos se corrompem. 
Adj Adn núcleo 
sujeito simples predicado 
No primeiro exemplo, a locução verbal “é desejada” concorda com o 
núcleo “Constituição”, que é um substantivo no singular. No segundo exemplo, 
o verbo “corrompem” concorda com o núcleo “políticos”, que é um substantivo 
no plural. 
Tome cuidado quando o sujeito for extenso, pois o verbo fica distante do 
núcleo do sujeito e algumas vezes pode haver confusão na flexão do verbo: 
O valor das mensalidades dos cursos preparatórios para a carreira 
jurídica subiu muito no último semestre. 
 Perceba que o verbo “subiu” se flexionou corretamente no singular, por 
concordar com o núcleo do sujeito “valor”, que é um substantivo no singular. 
 Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009) 
Analisando a estrutura sintática, o verbo indicado entre parênteses 
deverá adotar uma forma do plural para preencher corretamente a lacuna da 
seguinte frase? 
...... (atingir) a quem quer que descumpra a LRF rigorosas sanções, 
inclusive a da perda de liberdade. 
 SIM. O sujeito de “atingir” é a expressão “rigorosas sanções”. A 
Fundação Carlos Chagas deixou o sujeito bem distante do verbo justamente 
para confundir o candidato. A ordem natural dos termos seria: 
Rigorosas sanções, inclusive a da perda de liberdade, atingem a quem quer 
que descumpra a LRF. 
 Perceba que o verbo “atingem” é transitivo indireto, o termo “a quem 
quer que descumpra a LRF” funciona como objeto indireto. Sabendo-se que o 
verbo não pode concordar com o objeto, mas com o sujeito, é o termo 
“Rigorosas sanções” que leva o verbo para o plural. 
 Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009) 
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural 
para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase? 
O estabelecimento de normas e prazos para a divulgação das contas públicas 
...... (favorecer) a fiscalização popular. 
 NÃO. O sujeito de “favorecer” é a expressão “O estabelecimento de 
normas e prazos para a divulgação das contas públicas”. Agora os termos 
estão na ordem normal. A FCC quis confundir o candidato inserindo o 
complemento nominal composto “de normas e prazos”. Muita gente acaba 
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3 
confundindo esse elemento composto, pensando que o verbo deveria ficar no 
plural, mas note que este termo é iniciado pela preposição “de”, com a função 
de complemento nominal. O verbo concorda com o núcleo do sujeito 
“estabelecimento”, que está no singular. Assim: 
O estabelecimento de normas e prazos para a divulgação das contas públicas 
favorece a fiscalização popular. 
 Perceba que o verbo “favorece” é transitivo direto e o termo “a 
fiscalização popular” é o objeto direto. 
 Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009) 
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase? 
A maior diversidade entre as plantas conhecidas do Cerrado estão na família 
dos capins e de outras plantas herbáceas. 
 NÃO. A banca quis confundir o candidato, colocando o verbo “estão” 
concordando com “plantas”, porém esta palavra está precedida da preposição 
“entre”, o que mostra que não é o núcleo do sujeito. O verbo deve flexionar-se 
no singular, porque o núcleo é o substantivo “diversidade”. Veja: 
A maior diversidade entre as plantas conhecidas do Cerrado está na família 
dos capins e de outras plantas herbáceas. 
 Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009) 
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase? 
A região do Cerrado, com a beleza e a biodiversidade de suas plantas, 
algumas delas usadas como medicamentos, representam um enorme tesouro, 
boa parte ainda desconhecido. 
 NÃO. A banca inseriu um monte de palavras no plural “plantas”, 
“algumas”, “delas”, “medicamentos”, entre o sujeito e o verbo. Tudo isso para 
confundir o candidato; mas nenhuma delas é o núcleo do sujeito. O verbo deve 
flexionar-se no singular por concordar com o núcleo do sujeito “região”. 
 Pode-se ficar na dúvida quanto à flexão no masculino de “desconhecido”. 
Este adjetivo se refere a “boa parte”, por isso o natural seria sua flexão no 
feminino; mas não há erro na concordância no masculino, tendo em vista que 
implicitamente entendemos a referência ao substantivo “tesouro”. Veja: 
A região do Cerrado, com a beleza e a biodiversidade de suas plantas, 
algumas delas usadas como medicamentos, representa um enorme tesouro, 
boa parte ainda desconhecido. 
 Assim, é importantíssimo verificar qual é o núcleo do sujeito, para saber 
a flexão do verbo. Se o núcleo do sujeito estiver no singular, o verbo se 
flexionará no singular; se estiver no plural, verbo no plural. Mas não se pode 
dizer que será sempre assim. Pode haver concordâncias diferentes, 
dependendo da intenção do autor, do valor semântico ou até da ênfase. Dessa 
forma, é necessário aprendermos a concordância verbal com base no sujeito 
simples. 
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A concordância verbal com o sujeito simples: 
a) O verbo concorda com o sujeitosimples em pessoa e número. 
Os brasileiros necessitam de bons políticos. 
De paz necessitam as pessoas. 
b) As expressões partitivas a maior parte, grande parte, a maioria, 
grande número, acompanhadas de adjunto adnominal no plural, fazem o 
verbo concordar com o núcleo do sujeito ou com o especificador (adjunto 
adnominal). Veja a construção abaixo: 
 
A maior parte dos constituintes se retirou. 
Essa é a concordância literal, pois o substantivo “parte” é o núcleo do 
sujeito. Porém, percebemos que esse vocábulo não possui a carga semântica 
(sentido) principal dentro do sujeito, pois o vocábulo “constituintes” denota 
mais clareza sobre o ser de quem se está falando. Por essa possibilidade de 
interpretação, vários autores começaram a concordar com o adjunto 
adnominal, para enfatizá-lo. Veja: 
A maior parte dos constituintes se retiraram. 
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o 
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito. 
Veja outros exemplos: 
Grande parte dos torcedores aplaudiu a jogada. 
Grande parte dos torcedores aplaudiram a jogada. 
A maioria dos constituintes votou. 
A maioria dos constituintes votaram. 
c) O mesmo ocorre com o substantivo coletivo com especificador no plural 
(adjunto adnominal). Isso pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Veja: 
Um bando de ladrões invadiu a festa. 
Um bando de ladrões invadiram a festa. 
d) Com a expressão mais de + numeral, o verbo concorda com o numeral 
Mais de um candidato prometeu melhorar o país. 
Mais de duas pessoas vieram à festa. 
Porém, se o verbo contiver pronome de reciprocidade, concordará no 
plural: 
Mais de um sócio se insultaram. (um ao outro) 
Também ocorrerá concordância no plural se houver repetição desta 
expressão: 
Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião. 
e) Expressões que denotam quantidade aproximada perto de, cerca de, 
menos de, somadas a núcleo do sujeito no plural, levam o verbo ao plural: 
Adj Adn 
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Perto de quinhentos presos fugiram. 
Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio. 
Menos de duas pessoas fizeram isto. 
f) Substantivos só usados no plural fazem com que a concordância dependa 
da presença ou não de artigo. 
Sem artigo - verbo no singular 
Férias faz bem. 
Estados Unidos cresceu 0,8 % economicamente neste ano. 
Minas Gerais produz muito leite. 
Precedidos de artigo plural - verbo no plural 
As férias fazem bem. 
Os Estados Unidos cresceram 0,8 % economicamente neste ano. 
As Minas Gerais produzem muito leite. 
 No tocante a nome de lugar, isso tem uma razão semântica. Quando se 
insere o artigo nessa situação, quer-se enfatizar a origem do nome, por 
exemplo, “Estados Unidos” (apenas uma nação), “Minas Gerais” (apenas um 
estado); mas “Os Estados Unidos” (os vários estados, unidos por uma só 
Constituição); “As Minas Gerais” (as várias minas de extração existentes na 
região). 
Por extensão, encaixam-se nesta regra os nomes plurais de obras literárias. 
A obra literária de nome plural com artigo necessita de concordância no plural. 
Note que quem inseriu o artigo foi o próprio autor. Com isso, ele quis enfatizar 
este substantivo, fazendo com que o verbo concorde no plural, justamente 
para preservar o sentido original: 
Os lusíadas contam um pouco da história das Grandes Navegações. 
Os Sertões relatam o sofrimento do sertanejo nordestino. 
Agora, veja a concordância com nome de obra no plural, mas que o 
autor preferiu não utilizar o artigo, para generalizar. Naturalmente o verbo 
concorda no singular: 
Memórias Póstumas de Brás Cubas narra a história de um personagem 
defunto. 
 Entretanto, se queremos enfatizá-lo, poderemos inserir o artigo. Dessa 
forma, a concordância passa a ser também no plural: 
As Memórias Póstumas de Brás Cubas narram a história de um 
personagem defunto. 
 Quando há o verbo “ser” nestas construções, tudo vai depender do termo 
que vier depois – o predicativo. Estando no plural, esse verbo flexionar-se-á no 
plural; no singular, verbo no singular. Veja: 
Os Lusíadas é uma obra da Literatura Portuguesa. 
Os Lusíadas são belas interpretações da história portuguesa 
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 Essas são as concordâncias literais, mas admite-se também a 
concordância ideológica (silepse) com a palavra “obra” implícita na frase ("Os 
Lusíadas" exalta a grandeza do povo português). Em concurso, essa silepse 
deve ser evitada, por isso o ideal é a forma: 
"Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português. 
g) quando o sujeito é número percentual, deve-se observar a posição do 
número percentual em relação ao verbo: 
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o 
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito. 
Verbo concorda com termo posposto ao número: 
80% da população tinha mais de 18 anos. 
Um por cento dos sócios saíram da empresa. 
É rara a construção, mas é aceita a concordância também com o numeral: 
80% da população tinham mais de 18 anos. 
Um por cento dos sócios saiu da empresa. 
Verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele: 
Perderam-se 40% da lavoura. 
Verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no 
plural: 
Os 87% da produção perderam-se. 
Aqueles 30% do lucro obtido desapareceram. 
Verbo concorda com o número quando esse estiver sem o termo posposto: 
1% chegou mais tarde. 
2% fizeram a margem consignável. 
h) Quando o sujeito for número fracionário, o verbo concorda com o 
numerador: 
1/4 da turma faltou ontem. 
3/5 dos candidatos foram reprovados. 
i) A expressão “Cada um de” enfatiza a parte separada de um todo, por 
isso, na função de sujeito, leva o verbo ao singular: 
Cada um dos candidatos poderá requerer recurso apenas uma vez. 
j) Concordância com pronomes indefinidos, interrogativos e de tratamento: 
Tome cuidado na concordância verbal com o sujeito formado por 
pronome indefinido (alguns, nenhuns, vários, muitos) ou pronome 
interrogativo (quais, quantos), seguido das expressões de nós ou de vós: 
I - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no 
singular, o verbo obrigatoriamente concordará com ele (no singular): 
Algum de nós recusou-se a colaborar. 
Qual de vós assumirá a autoria do crime? 
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II - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no plural, 
o verbo poderá concordar com o núcleo ou com a expressão periférica (de nós, 
de vós) a depender da ênfase e muitas vezes do sentido: 
 
Alguns de nós são omissos. Alguns de nós somos omissos. 
 
 Quais de vós foram insultados? Quais de vós fostes insultados? 
III - Quando os pronomes de tratamento se encontram na função de 
sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do 
singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina 
Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo 
masculino ou feminino): 
Vossa Excelência está cansado, deputado! 
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado. 
1.2. Sujeito determinado composto: formado por mais de um núcleo: 
Manuel e Cristina pretendem casar-se. 
núcleo conj. 
aditiva 
núcleo predicado 
 Deve-se notar que normalmente o verbo concordano plural, tendo em vista 
haver dois ou mais núcleos, mas nem sempre ocorrerá assim, por isso é 
importante listar a seguir a concordância verbal com base no sujeito composto. 
A concordância verbal com o sujeito composto: 
a) Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poderá 
concordar com todos os núcleos (concordância literal) ou com o mais próximo 
(concordância atrativa): 
Discutiram muito o chefe e o funcionário. 
Discutiu muito o chefe e o funcionário. 
Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural: 
Estimam-se o chefe e o funcionário. 
Quando o verbo “ser” está acompanhado de substantivo no plural, o verbo 
também se pluraliza: 
Foram vencedores Pedro e Paulo. 
b) Quando o sujeito composto for constituído por núcleos sinônimos, o 
verbo flexiona-se no singular ou plural. Então a concordância dependerá 
bastante da ênfase: 
O rancor e o ódio cegou o amante. 
O desalento e a tristeza abalaram-me. 
Cabe aqui observar que não é simplesmente dizer que a concordância no 
singular ou plural é facultativa. Ela depende da intenção do autor. Com isso se 
observa que o autor normalmente flexiona o verbo no singular para enfatizar a 
proximidade de sentido dos substantivos que formam o sujeito composto. 
 O autor se exclui do grupo. O autor se inclui no grupo. 
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c) Com núcleos em gradação, o verbo pode concordar com a totalidade 
(plural) ou com o último substantivo, enfatizando-o: 
Um minuto, uma hora, um dia passam rápido. 
Um minuto, uma hora, um dia passa rápido. 
Observação: a gradação é um recurso estilístico em que há uma enumeração 
de ideias de forma crescente ou decrescente. Note que neste exemplo há uma 
enumeração crescente. 
d) Quando o sujeito composto estiver ligado por nem, verbo no plural 
(adição de duas negações): 
Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade. 
e) Quando o sujeito composto estiver ligado por ou, faz-se a concordância 
em função da ideia transmitida pelo ou. Com valor de exclusão, verbo no 
singular: 
José ou Pedro será eleito para o cargo. 
Perceba que só um dos dois será eleito, porque há apenas um cargo, 
com isso o verbo fica no singular. Porém, se houvesse a troca de “o cargo” 
para “os cargos”, o verbo flexionar-se-ia no plural (“serão”), porque os dois 
ocupariam os cargos e naturalmente a conjunção “ou” passaria de exclusão 
para inclusão. 
Com valor de inclusão ou oposição, verbo no plural: 
Matemática ou Física exigem raciocínio lógico. 
Riso ou lágrimas fazem parte da vida. 
 No primeiro exemplo, note que as duas disciplinas exigem raciocínio 
lógico, não é só uma delas. No segundo exemplo, tanto o riso quanto as 
lágrimas fazem parte da vida, não é apenas um deles. 
f) Concordância com pronomes: 
I – Com a expressão um e outro, o verbo poderá se flexionar no 
singular, admitindo-se também o plural: 
Um e outro falava a verdade. Um e outro falavam a verdade. 
 Mas, se houver reciprocidade, o verbo ficará no plural: 
Um e outro se agrediram. 
II – Com a expressão um ou outro, a concordância dependerá do valor 
de exclusão ou de inclusão da conjunção alternativa ou: 
Um ou outro candidato chegará à cadeira da presidência. (exclusão: apenas um) 
Um ou outro país pobre sairão da condição de miséria. (inclusão: pode ser mais 
de um) 
 Na segunda frase, pode-se observar também a possibilidade de verbo no 
singular, quando não se precisa avivar a ideia de adição, inclusão, pois é 
tomado de valor geral: 
Um ou outro país pobre sairá da condição de miséria. (de maneira geral) 
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9 
III – Com a expressão nem um nem outro, o verbo fica no singular: 
Nem um nem outro comentou o fato. 
 IV - Quando houver sujeito composto de pronomes pessoais do caso 
reto de diferentes pessoas gramaticais, a primeira pessoa do plural prevalece 
sobre as outras, por subentender o pronome “nós”: 
Eu, tu e ele faremos a prova. (=nós) 
Geralmente, a segunda pessoa prevalece sobre a terceira, por se 
subentender “vós”. Como o brasileiro prefere o pronome “vocês” ao pronome 
“vós”, é fácil encontrar a concordância em terceira pessoa do plural: 
 Tu e ele fareis a prova. (=vós) 
 Tu e ele farão a prova. (=vocês) 
 Como vimos anteriormente na concordância com o sujeito composto, 
se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa: 
Por que faltastes tu e teus amigos às provas? (=vós) 
Por que faltaram tu e teus amigos às provas? (=vocês) 
Por que faltaste tu e teus amigos às provas? (atrativa: tu) 
g) Quando o sujeito composto estiver ligado por como, assim como, bem 
como (formas correlativas de adição), deve-se preferir o plural, sendo mais 
raro o singular: 
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. 
Tanto uma como a outra suplicava-lhe o perdão. 
h) Quando o sujeito composto estiver ligado por com, deve-se observar 
presença ou não de vírgulas: 
Sem vírgulas: 
Eu com outros amigos limpamos o quintal. 
O verbo concorda com os dois núcleos do sujeito composto “eu” e 
“amigos”, por isso se flexiona no plural: 
Com vírgulas: 
O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília. 
As vírgulas mostram que o sujeito não é composto, pois elas destacam 
um novo termo entre o sujeito simples e o verbo. Este termo intercalado é o 
adjunto adverbial de companhia. Assim, o verbo concorda com o núcleo do 
sujeito simples “presidente”. Como este se encontra no singular, o verbo 
também se flexiona no singular. 
i) Quando o sujeito composto é resumido por um pronome-síntese 
(aposto recapitulativo), o verbo concorda apenas com este pronome: 
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava. 
 
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10 
1.3. Sujeito determinado oculto ou desinencial: é o que ocorre quando a 
terminação verbal (primeiras e segundas pessoas e a terceira do imperativo) 
dispensa o uso do pronome pessoal correspondente: 
Estou muito feliz. (eu) Estás muito feliz. (tu) 
Para o teu carro. (tu, no imperativo) Pare o seu carro. (você, no imperativo) 
Voltaremos logo! (nós) Voltastes logo! (vós) 
 
1.4. Sujeito determinado elíptico: aquele que mantém o verbo na 3ª 
pessoa do discurso e obrigatoriamente necessita do contexto para permitir 
saber de quem se trata. 
Os alunos ficaram descontentes com a atitude do professor. Deixaram de ir à 
aula no dia seguinte. 
Percebe-se que o sujeito do verbo “ficaram” está determinado 
explicitamente no texto pelo substantivo “alunos”; porém o sujeito da locução 
verbal “deixaram de ir” está implícito no contexto, por omissão, para que não 
haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o sujeito elíptico, 
que significa omissão. Ele depende exclusivamente do contexto, sem ele não 
há sujeito elíptico, mas sim, sujeito indeterminado. 
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto. 
Para essas gramáticas, o sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não 
necessita possuir verbo na primeira ou segunda pessoas, mas também admite 
a terceira. Basta que não haja literalmente a palavra no texto, mas esteja 
facilmente subentendida. Bom, mas isso é apenas nomenclatura, algo que a 
FCC não cobra, ela quer que você atente a que palavra o verbo se refere, para 
saber a concordância. 
 
 
2. Indeterminado 
Quando não se quer ou não se pode identificarclaramente a quem o 
predicado da oração se refere. Há dois casos muito cobrados pela FCC, sempre 
focando a flexão do verbo: 
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto: 
Falaram bem de você. 
Colocaram o anúncio. 
Alugaram o apartamento. 
Observe que não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito 
elíptico faz. 
b) Com o “índice de indeterminação do sujeito” se e verbo no singular: 
Precisa -se de ajudantes. 
VTI IIS objeto indireto 
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11 
Os verbos transitivos indiretos (VTI), intransitivos (VI) e de ligação (VL), 
quando acrescidos do pronome “se” (índice de indeterminação do sujeito), 
terão sujeito indeterminado e devem ficar sempre no singular: 
Trata-se de casos delicadíssimos. (verbo transitivo indireto) 
Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo) 
É-se muito pretensioso na adolescência. (verbo de ligação) 
3. Oração sem sujeito 
Ocorre quando a oração tem apenas o predicado, isto é, o verbo é 
impessoal. É importante saber quando uma oração não possui sujeito, tendo 
em vista que o verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular. Os 
casos mais importantes ocorrem com: 
I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza: 
Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá. 
Amanheceu! Choveu pouco no último mês. 
Há de se ressaltar que não ocorre sujeito nesse tipo de construção, pois 
o suposto sujeito manteria o mesmo radical do verbo, o que implicaria uma 
repetição viciosa. (A chuva chover; O vento ventar; A neve nevar). 
Justamente por isso muitos compositores e poetas utilizam essa 
repetição por sonoridade, estilo; estrutura altamente produtiva numa 
linguagem literária. Nesse caso, passaria a sujeito determinado simples, como 
nos exemplos. 
Mas também pode ocorrer a possibilidade de o sujeito não receber o 
mesmo radical do verbo, como em “Amanheceu um lindo dia!”; “Amanheceram 
lindos dias!”. Esse verbo passa a ter sujeito determinado simples. 
Por esse princípio, quando esses verbos estão empregados de forma 
figurada, naturalmente recebem sujeito com radical distinto; assim o verbo 
concorda com ele: 
Choveram recursos contra a última questão da prova. (“recursos” é sujeito) 
II - Verbo haver significando existir, ocorrer: 
Havia muitas pessoas na sala. 
Há vários problemas na empresa. 
Tome cuidado quando esse verbo for o principal numa locução verbal. 
Seu verbo auxiliar não pode se flexionar. Veja: 
Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo) 
Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo) 
Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo) 
Mas, quando se substitui o verbo “haver” por seus sinônimos “existir” ou 
“ocorrer”, passa-se a sujeito determinado simples. Veja: 
Existem vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito) 
Devem existir vários problemas na empresa.(“vários problemas” é o sujeito) 
Têm ocorrido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito) 
Estão ocorrendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito) 
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III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural: 
 O que importa é perceber que o verbo fica flexionado no singular. Veja: 
Já faz meses que não viajo com ele. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
Há três anos não vejo minha família. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
Há quatro dias não a vejo. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
Faz muito frio na Europa. 
IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de 
tempo. 
São três horas. 
Hoje são dez de setembro. 
Hoje está muito frio. 
Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
O verbo “ser” possui concordância peculiar. Observe que esse verbo 
concorda com a quantidade de tempo. Não quer dizer que “três horas” e “dez 
de setembro” (nas orações acima) sejam sujeitos. 
Observação: Deve-se lembrar de que todos os verbos vistos podem fazer 
parte de uma locução verbal. Assim, sendo eles os verbos principais, devem os 
verbos auxiliares flexionar-se conforme visto acima: 
Deve ventar muito naquelas cidades. 
Amanhã não deve chover. 
Podia haver muitas pessoas na sala. 
Pode ter havido muitas pessoas na sala. 
Está fazendo muito frio na Europa. 
Devem ser três horas. 
Já deve ir para quatro anos que não leio esse jornal. 
 
Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT 18ªR 2008) 
O termo sublinhado está corretamente flexionado? 
Com a vigência do acordo recente entre países de língua portuguesa, pode 
haver mudanças na ortografia. 
SIM. A locução “pode haver” possui o verbo “haver” no sentido de 
“existir, ocorrer”, por isso é impessoal, devendo se flexionar no singular. 
Chega de ver teoria!!!! Agora, vamos praticar um pouco. Note nas 
questões que devemos primeiramente localizar o verbo. Em seguida devemos 
procurar o termo sem preposição de quem o verbo fala. 
Vamos tentar?!!! 
 
Questão 1: SABESP 2014 Técnico em Gestão 
O verbo grifado que concorda com um sujeito composto está em: 
(A) Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que 
proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas 
sociedades industriais. 
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(B) Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato 
que os jargões têm claras funções simbólicas... 
(C) Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas 
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e 
hermético, como por seu viés pretensioso. 
(D) Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de 
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e 
eufemismos, exatamente como vemos hoje. 
(E) Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato 
que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a 
incentivar o “espírito de corpo”... 
Comentário: Para resolver esta questão, devemos atentar ao sujeito 
composto. Lembre-se de que este tipo de sujeito possui dois ou mais núcleos. 
 Na alternativa (A), o verbo “proliferaram” encontra-se flexionado no 
plural, porque seu sujeito está subentendido (elíptico) e faz subentender “os 
jargões”. O termo composto “nos séculos 19 e 20” é apenas o adjunto 
adverbial de tempo. Confirme: 
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que 
proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas 
sociedades industriais. 
 Na alternativa (B), o verbo “têm” encontra-se flexionado no plural, 
porque seu sujeito simples é “os jargões”. Confirme: 
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que 
os jargões têm claras funções simbólicas... 
 Na alternativa (C), o verbo “abrigarem” encontra-se flexionado no 
plural, porque seu sujeito está subentendido (elíptico) e faz subentender “os 
jargões”. O termo composto “postiço e hermético” é apenas o adjunto 
adnominal. Confirme: 
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas 
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, 
como por seu viés pretensioso. 
 A alternativa(D) é a correta, pois o verbo “figuravam” encontra-se 
flexionado no plural, porque seu sujeito composto é “o uso de termos de 
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e 
eufemismos”. Confirme: 
Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de 
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de 
metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje. 
 Na alternativa (E), o verbo “visam” encontra-se flexionado no plural, 
porque seu sujeito está subentendido (elíptico) e faz subentender “os 
jargões”. Confirme: 
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que 
os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o 
“espírito de corpo”... 
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Gabarito: D 
 
Questão 2: SABESP 2014 Advogado 
Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre 
parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no 
singular está em: 
(A) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de 
gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central) 
(B) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... 
(Estudos como o que acabou de ser publicado) 
(C) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) 
(D) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa 
sociedade... (as mudanças do clima) 
(E) No sistema havia também uma estação... (várias estações) 
Comentário: Neste tipo de questão, basta encontrar o sujeito da estrutura 
oracional. Estando ele no plural, o verbo deve se flexionar no plural. 
 Na alternativa (A), o núcleo do sujeito “civilização” mantém o verbo 
“tinha” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural 
“povos”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da seguinte 
forma: 
os povos que habitavam a América Central tinham um método 
sustentável de gerenciamento da água. 
 Na alternativa (B), o núcleo do sujeito “estudo” mantém o verbo 
“mostra” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural 
“estudos”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da seguinte 
forma: 
Estudos como o que acabou de ser publicado mostram que a civilização 
maia... 
 Na alternativa (C), o núcleo do sujeito “pesquisador” mantém o verbo 
“disse” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural 
“pesquisadores”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da 
seguinte forma: 
... disseram os pesquisadores à Folha de S. Paulo. 
 Na alternativa (D), o núcleo do sujeito “mudança” mantém o verbo 
“contribuiu” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural 
“mudanças”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da seguinte 
forma: 
Segundo ele, as mudanças do clima contribuíram para a ruína dessa 
sociedade... 
 A alternativa (E) é a que deve manter o verbo no singular, pois “havia” 
encontra-se no sentido de existir. Portanto, não tem sujeito e o termo “uma 
estação” é apenas o objeto direto, o qual não interfere na concordância 
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verbal. Veja: 
No sistema havia também uma estação... 
No sistema havia também várias estações... 
Gabarito: E 
 
Questão 3: TRT RJ 2013 Técnico Judiciário – Área Administrativa (banca FCC) 
Substituindo-se o segmento em destaque pelo colocado entre parênteses ao 
final da frase, o verbo que deverá manter-se no singular está em: 
(A) Houve um sonho monumental... (sonhos monumentais) 
(B) Bem disse Le Corbusier que Niemeyer... (os que mais conheciam a sua 
obra) 
(C) Assim pensava o maior arquiteto... (grandes arquitetos como 
Niemeyer) 
(D) O comunismo resolve o problema da vida... (As revoluções vitoriosas 
da esquerda) 
(E) Niemeyer vira a possibilidade... (Os arquitetos da geração de 
Niemeyer) 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “Houve” encontra-se 
no sentido de existir. Assim, não possui sujeito, é transitivo direto, e o termo 
“um sonho monumental” é o objeto direto. Portanto, estando o objeto direto 
no plural ou no singular, o verbo “Houve” deve permanecer no singular. 
 A alternativa (B) está errada, pois o sujeito do verbo “disse” é “Le 
Corbusier”. Com o sujeito no plural “os” (pronome demonstrativo, o qual é 
seguido da oração “que mais conheciam a sua obra”), o verbo deve se 
flexionar no plural: 
Bem disseram os que mais conheciam a sua obra que Niemeyer... 
 A alternativa (C) está errada, pois o sujeito do verbo “pensava” é “o 
maior arquiteto”. Com o sujeito no plural “grandes arquitetos como 
Niemeyer”, o verbo deve se flexionar no plural: 
Assim pensavam grandes arquitetos como Niemeyer... 
 A alternativa (D) está errada, pois o sujeito do verbo “resolve” é “O 
comunismo”. Com o sujeito no plural “As revoluções vitoriosas da 
esquerda”, o verbo deve se flexionar no plural: 
As revoluções vitoriosas da esquerda resolvem o problema da vida... 
 A alternativa (E) está errada, pois o sujeito do verbo “vira” é 
“Niemeyer”. Com o sujeito no plural “Os arquitetos da geração de 
Niemeyer”, o verbo deve se flexionar no plural: 
Os arquitetos da geração de Niemeyer viram a possibilidade... 
Gabarito: A 
 
 
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Questão 4: TRT 11ªR 2012 Técnico Judiciário – Tecnologia da Informação 
O verbo que se mantém corretamente no singular, apesar das alterações 
propostas entre parênteses para o segmento grifado, está na frase: 
(A) É o desafio do nosso tempo. (os desafios) 
(B) E isso quando a própria FAO alerta ... (os especialistas da própria 
FAO) 
(C) E que a produção precisará crescer 70% até 2050 ... (a produção de 
alimentos) 
(D) Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os problemas) 
(E) Um relatório da própria FAO assegura ... (Os dados de um relatório) 
Comentário: Na alternativa (A), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do 
sujeito singular “desafio” mudou para o núcleo plural “desafios”. 
É o desafio do nosso tempo. 
São os desafios do nosso tempo. 
 Na alternativa (B), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito 
singular “FAO” mudou para o núcleo plural “especialistas”. 
E isso quando a própria FAO alerta ... 
E isso quando os especialistas da própria FAO alertam ... 
 A alternativa (C) é a correta, pois não há por que alterar a flexão do 
verbo, tendo em vista que o núcleo do sujeito singular “produção” se manteve 
na segunda estrutura. 
E que a produção precisará crescer 70% até 2050 ... 
E que a produção de alimentos precisará crescer 70% até 2050 ... 
 Na alternativa (D), deve haver a flexão verbal pois o núcleo do sujeito 
singular “Tudo” mudou para o núcleo plural “problemas”. 
Tudo acontece num cenário paradoxal 
Todos os problemas acontecem num cenário paradoxal 
 Na alternativa (E), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito 
singular “Valongo” mudou para o núcleo plural “adjacências”. 
Um relatório da própria FAO assegura ... 
Os dados de um relatório da própria FAO asseguram ... 
Gabarito: C 
 
Questão 5: Banese 2012 Técnico Bancário (nível superior) 
O verbo flexionado no singular que também poderia ter sido flexionado no 
plural, mantendo-se a correção da frase, está em: 
(A) ... a primeira delas diz respeito à neutralidade... 
(B) ... o avanço tecnológico produz um crescimentode empregos... 
(C) A maioria dos economistas acredita nisso... 
(D) ... a preocupação rotineira dos economistas em geral é a capacidade de 
as economias... 
(E) ... não existe uma relação direta entre crescimento econômico e maior 
empregabilidade... 
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Comentário: A questão pede a alternativa que admita a concordância 
facultativa. 
 Na alternativa (A), o verbo “diz” deve se flexionar no singular, para 
concordar com o núcleo do sujeito “primeira”. 
 Na alternativa (B), o verbo “produz” deve se flexionar no singular, para 
concordar com o núcleo do sujeito “avanço”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “acredita” pode se flexionar 
no singular ou no plural, tendo em vista que o sujeito apresenta a expressão 
partitiva “A maioria dos”. Assim, o verbo pode concordar com o núcleo do 
sujeito (“maioria”) ou com adjunto adnominal plural (“dos economistas”). 
 Na alternativa (D), o verbo “é” deve se flexionar no singular, para 
concordar com o núcleo do sujeito “preocupação”. 
 Na alternativa (E), o verbo “existe” deve se flexionar no singular, para 
concordar com o núcleo do sujeito “relação”. 
Gabarito: C 
 
Questão 6: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário – Área Administrativa 
Entre os países mais poderosos do mundo, os EUA e a França ...... a indústria 
turística como prioritária. A França, líder mundial no receptivo turístico, ...... 
80 milhões de visitantes estrangeiros em 2011, com crescimento de 20% de 
brasileiros. Os EUA receberam 1.508.279 brasileiros no ano passado, e os 
gastos desses turistas ...... US$ 8,4 bilhões. 
(Folha de S.Paulo, com adaptações) 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
(A) enxergam - atraíram - totalizaram 
(B) enxerga - atraíram - totalizaram 
(C) enxerga - atraiu - totalizou 
(D) enxerga - atraíram - totalizou 
(E) enxergam - atraiu - totalizaram 
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com o verbo plural 
“enxergam”, pois o sujeito é composto: “os EUA e a França”. Assim, já 
eliminamos as alternativas (B), (C) e (D). 
 A segunda lacuna deve ser preenchida com o verbo singular “atraiu”, 
pois o sujeito é simples e singular: “A França”. Assim, também eliminamos a 
alternativa (A), e sabemos que a alternativa correta é a (E). 
 Note que a terceira lacuna deve ser preenchida pelo verbo plural 
“totalizaram”, pois o sujeito simples “os gastos desses turistas” está no 
plural. 
 Veja como ficou: 
Entre os países mais poderosos do mundo, os EUA e a França enxergam a 
indústria turística como prioritária. A França, líder mundial no receptivo 
turístico, atraiu 80 milhões de visitantes estrangeiros em 2011, com 
crescimento de 20% de brasileiros. Os EUA receberam 1.508.279 brasileiros 
no ano passado, e os gastos desses turistas totalizaram US$ 8,4 bilhões. 
Gabarito: E 
 
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Questão 7: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário – Área Administrativa 
Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de peregrinação. 
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso o segmento 
grifado seja substituído por: 
(A) Há folheteiros que 
(B) A maior parte dos folheteiros 
(C) O folheteiro e sua família 
(D) O grosso dos folheteiros 
(E) Cada um dos folheteiros 
Comentário: Abaixo, veja a explicação e a frase já com a substituição. 
 Na alternativa (A), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito 
passa a ser o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo plural 
“folheteiros”. Veja: 
Há folheteiros que vivem em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
 Na alternativa (B), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito 
passa a possuir a expressão partitiva “a maior parte dos”. Assim, este verbo 
pode se flexionar no plural concordando com o adjunto adnominal “dos 
folheteiros” ou no singular, concordando com o núcleo do sujeito “parte”. 
Veja: 
A maior parte dos folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
A maior parte dos folheteiros vive em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
 Na alternativa (C), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito 
passa a ser composto (“O folheteiro e sua família”). Veja: 
O folheteiro e sua família vivem em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
 Na alternativa (D), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito 
passa a possuir a expressão partitiva “O grosso dos”, que é o mesmo que “a 
maioria dos”, “a maior parte dos”, “grande parte dos”. Assim, este verbo pode 
se flexionar no plural concordando com o adjunto adnominal “dos folheteiros” 
ou no singular, concordando com o núcleo do sujeito “grosso”. Veja: 
O grosso dos folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
O grosso dos folheteiros vive em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
 A alternativa (E) não admite a flexão do verbo no plural, pois o pronome 
indefinido “cada” é o núcleo do sujeito e enfatiza a individualização, o que 
força o verbo ao singular. Veja: 
Cada um dos folheteiros vive em feiras, mercados, praças e locais de 
peregrinação. 
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Gabarito: E 
 
Questão 8: TRF 5ªR 2012 Analista Judiciário – Área Administrativa 
O verbo flexionado no singular que também pode ser corretamente flexionado 
no plural, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está 
destacado em: 
(A) Para promover os direitos humanos, a consolidação da democracia em 
todos os países é extremamente necessária. 
(B) Cada um dos países do Conselho de Direitos Humanos da Organização 
das Nações Unidas (ONU) há de zelar pela manutenção dos Direitos 
Humanos. 
(C) A comunidade internacional trata os direitos humanos de forma global, 
justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase. 
(D) A maior parte dos países compreende que o direito ao trabalho é de 
vital importância para o desenvolvimento de povos e nações. 
(E) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de 1993, reconhece uma 
série de direitos fundamentais, como o direito ao desenvolvimento. 
Comentário: A questão cobra seu conhecimento sobre a concordância 
facultativa de um dos verbos em negrito. 
 Na alternativa (A), o verbo “é” deve se flexionar no singular, para 
concordar com o núcleo do sujeito “consolidação”. 
 Na alternativa (B), a locução verbal “há de zelar” deve se flexionar no 
singular, para concordar com o sujeito “Cada um dos países do Conselho de 
Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas”. Note que a expressão 
“Cada um” força o verbo ao singular. 
 Na alternativa (C), o verbo “trata” deve se flexionar no singular, para 
concordar com o sujeito “A comunidade internacional”. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “compreende” pode se 
flexionar no singular ou no plural, tendo em vista que o sujeito apresenta a 
expressão partitiva “A maior parte dos”. Assim, o verbo pode concordar com o 
núcleo do sujeito (“parte”) ou com adjunto adnominal plural (“dos países”). 
 Na alternativa (E), o verbo “reconhece” deve se flexionar no singular, 
para concordar com o núcleo do sujeito “declaração”. 
Gabarito: D 
 
Questão 9: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário 
Com as alterações propostas entre parênteses para o segmento grifado nas 
frases abaixo, o verbo que poderá permanecer corretamente empregado no 
singular está em: 
(A)1 milhão entrou no país pelo Valongo (1 milhão de escravos) 
(B) quando foi proibida a importação de escravos (as atividades 
escravocratas) 
(C) o Império construiu o Cais da Imperatriz (os representantes do 
Império) 
(D) O maior porto de chegada de escravos desapareceu (Os portos) 
(E) O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831 (As adjacências do 
Valongo) 
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Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois não há por que alterar a 
flexão do verbo, tendo em vista que o núcleo do sujeito (“milhão”) 
permaneceu. Houve apenas a inserção do adjunto adnominal “de escravos”, o 
qual não faz diferença na concordância. 
1 milhão entrou no país pelo Valongo 
1 milhão de escravos entrou no país pelo Valongo 
 Na alternativa (B), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito 
singular “importação” mudou para o núcleo plural “atividades”. 
quando foi proibida a importação de escravos 
quando foram proibidas as atividades escravocratas 
 Na alternativa (C), deve haver a flexão verbal pois o núcleo do sujeito 
singular “Império” mudou para o núcleo plural “representantes”. 
o Império construiu o Cais da Imperatriz 
os representantes do Império construíram o Cais da Imperatriz 
 Na alternativa (D), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito 
singular “porto” mudou para o núcleo plural “portos”. 
O maior porto de chegada de escravos desapareceu 
Os portos de chegada de escravos desapareceram 
 Na alternativa (E), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito 
singular “Valongo” mudou para o núcleo plural “adjacências”. 
O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831 
As adjacências do Valongo deixaram de ser porto negreiro em 1831 
Gabarito: A 
Vimos os tipos de sujeito importantes para a concordância verbal, 
reforçamos com algumas questões. Mas você vai notar que a maioria das 
questões de concordância se refere ao sujeito determinado simples, o qual 
pode aparecer, além das formas vistas anteriormente, também da seguinte 
forma: 
A concordância utilizando o pronome apassivador “se”: 
Vimos que o pronome “se”, com o verbo transitivo indireto (VTI), 
intransitivo (VI) e de ligação (VL), tem o nome de índice de indeterminação do 
sujeito (IIS). Com isso o verbo fica flexionado obrigatoriamente na terceira 
pessoa do singular. 
Agora, veremos o pronome “se” com o verbo transitivo direto (VTD) ou 
com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI). Esse “se” é chamado de 
pronome apassivador. Isso força a seguinte estrutura: 
 
 
VTD + se + sujeito paciente 
É natural você fazer a seguinte pergunta: se o verbo é transitivo direto, 
onde está o objeto direto? 
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21 
Bom, como dissemos que esse pronome “se” é o apassivador (P Ap), 
então temos voz passiva sintética. Na voz passiva, não existe objeto direto. O 
termo que seria o objeto direto passou a ser o sujeito paciente. Isso será visto 
adiante na transposição de voz verbal. 
Por enquanto, tenha em mente a estrutura anterior. Isso ocorre em 
muitas questões de concordância verbal. 
Veja como: 
 
Aluga-se casa. Alugam-se casas. 
 VTD +PAp+ sujeito paciente VTD + PAp + sujeito paciente 
 
Veja que “aluga” é verbo transitivo direto. Assim, o pronome “se” é 
apassivador e o termo posterior “casa” é o sujeito paciente. Toda vez que 
tivermos esta estrutura passiva sintética, troque-a pela analítica (casa é 
alugada), para ter certeza de que realmente há voz passiva. Veja no segundo 
exemplo. O sujeito ficou no plural (“casas”), por isso o verbo também se 
flexionou no plural: “Alugam”. Transpondo para a analítica (casas são 
alugadas), confirmamos que temos voz passiva. 
 
Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT 18ªR 2008) 
O termo sublinhado está corretamente flexionado? 
Observa-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela 
internet. 
NÃO. O verbo “observa” é transitivo direto (alguém observa algo) e o 
vocábulo “se” possivelmente é o pronome apassivador. Para se ter certeza 
disso, basta transpormos para a voz passiva analítica: subversões são 
observadas... 
 Como há coerência, realmente o “se” é pronome apassivador e com isso 
“subversões” é o sujeito paciente. Dessa forma, o verbo deve ser flexionado no 
plural: Observam-se. Veja a reescrita: 
Observam-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela 
internet. 
O pronome apassivador não ocorre só com o verbo transitivo direto 
(VTD). Ele também ocorre com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI): 
 
VTDI + se + OI + sujeito paciente 
Veja a aplicação: 
Enviaram-se ao gerente pedidos de aumento. 
 VTDI + PAp + OI + sujeito paciente 
 
Para se ter certeza de que há pronome apassivador, basta 
transformarmos para a voz passiva analítica: 
Pedidos de aumento foram enviados ao gerente. 
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22 
Essas construções podem ser estruturadas também com locução verbal. 
Para isso, basta observar a transitividade do verbo principal (sempre o último). 
Veja: 
 
Deve-se alugar casa. Devem-se alugar casas. 
 P Ap + VTD + sujeito paciente P Ap + VTD + sujeito paciente 
 
Estão-se enviando ao gerente pedidos de aumento. 
 P Ap + VTDI + OI + sujeito paciente 
 
 
Veja uma frase na prova da FCC!!! (BACEN 2005) 
Na proposta de uma nova redação para uma frase do texto, cometeu-se 
um deslize quanto à concordância verbal em: 
Devem-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os 
migrantes da globalização, um quadro de semelhanças que não exclui uma 
importante diferença. 
 Note que a locução verbal “devem-se notar” possui o verbo principal 
“notar”, o qual é transitivo direto (alguém nota algo). Assim o pronome “se” 
pode ser apassivador, havendo, portanto, a voz passiva sintética. Para se ter 
certeza disso, SEMPRE devemos passar para a voz passiva analítica (um 
quadro deve ser notado). Dessa forma, o termo “quadro” é realmente o 
núcleo do sujeito paciente. Se este termo está no singular, a locução verbal 
deve se flexionar no singular. A banca afastou o sujeito do seu verbo por meio 
de uma estrutura adverbial entre vírgulas. Fez isso apenas para nos confundir, 
mas você não vai cair nesta!!!! 
Veja a reescrita: 
Deve-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os migrantes 
da globalização, um quadro de semelhanças que não exclui uma importante 
diferença. 
Concordância com o pronome relativo “que”: 
Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva e serve para 
retomar um substantivo anterior. Ele pode cumprir várias funções sintáticas e 
a que nos interessa muito para a prova é a função sintática de sujeito: 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
A oração grifada possui o verbo “cuida”, o qual é transitivo indireto. Seu 
objeto indireto é “de crianças carentes”. Assim o termo que falta é o sujeito. 
Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”. 
Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então teríamos: “a 
instituição cuida de crianças carentes”. 
Veja: 
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Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
 
Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes. 
 
É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também 
pronomes relativos “o qual, a qual, os quais, as quais”. 
Concordância com o pronome relativo “o qual” e suas variações (a 
qual, os quais, as quais): 
Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva. 
 
Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser revistas. 
 
Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser revistas. 
 
Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser 
revistas”, e o pronome relativo “que” (ou “as quais”) é o sujeito do verbo 
“estão”. Quando se lê “que” ou “os quais”, devemos entender o substantivo 
“leis”: leis estão em vigor no país. 
 Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009) 
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural 
para preencher corretamente a lacuna da frase? 
No que ...... (dizer) respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as 
sanções da LRF são inflexíveis. 
 NÃO. Note que a oração “que diz respeito aos desmandos nos gastos” 
possui o verbo “diz”, o qual é transitivo direto. O objeto direto é “respeito”. O 
substantivo “respeito” pede o complemento nominal “aos desmandos nos 
gastos”. Assim, falta o sujeito “que”. Esse pronome relativo retoma o pronome 
demonstrativo “o” (= aquilo). No lugar do “que” podemos entender o vocábulo 
anterior (“o”=“aquilo”): 
...aquilo diz respeito aos desmandos nos gastos... 
No que diz respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as sanções da 
LRF são inflexíveis. 
 Assim, o pronome relativo na função de sujeito, ao retomar nome 
singular anterior, leva o verbo para o singular. 
 
 Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009) 
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural 
para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase? 
VTI sujeito 
objeto indireto 
VTI sujeito 
objeto indireto 
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As operações de que ...... (cuidar) a LRF trarão maior disciplina e 
seriedade na gestão das verbas públicas. 
NÃO. O sujeito de “cuidar” é a expressão “a LRF”. Neste caso, devemos 
analisar apenas a oração com base no verbo em negrito: 
... de que cuida a LRF...” 
Agora fica mais clara a interpretação de que a LRF cuida de algo. Dentre 
os termos desta oração, o único que não possui preposição é “a LRF”, por isso 
esta expressão leva o verbo para o singular. Agora o pronome relativo tem a 
função de objeto indireto. Veja: 
 
As operações de que cuida a LRF trarão maior disciplina e seriedade na 
gestão das verbas públicas. 
 Obs.: As várias funções sintáticas do pronome relativo serão vistas na 
aula de regência. 
 
Concordância verbal com o sujeito oracional: 
Quando o sujeito recebe um verbo, passa a ser uma oração. Essa oração 
força o verbo para o singular. Veja a frase abaixo, com sujeito determinado 
simples: 
É fundamental o estudo organizado. 
VL + predicativo (sujeito simples) 
Período simples 
Chamamos de período simples o enunciado que possua apenas uma 
oração (um verbo). Neste caso, o verbo “É” (de ligação) serve para ligar o 
predicativo “fundamental” ao sujeito determinado simples “o estudo 
organizado”, por isso se flexiona no singular. 
Note agora que este sujeito pode receber um verbo, passando a ser 
considerado um sujeito oracional. Veja: 
É fundamental que você estude organizadamente. 
VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva 
período composto 
Agora passamos a ter duas orações (dois verbos: “É” e “estude”), por 
isso temos um período composto. Veja que antes tínhamos o sujeito “o estudo 
organizado”, agora temos o sujeito oracional “que você estude 
organizadamente”. 
Note na estrutura acima que este sujeito oracional possui um verbo 
intransitivo. Este verbo tem seu sujeito (“você”) e um adjunto adverbial de 
modo (“organizadamente”). Assim, sempre que tivermos um verbo, é natural 
que haja um tipo de sujeito relacionado a ele e também um complemento 
verbal, quando possível. 
Neste sujeito oracional, perceba a conjunção integrante “que”, ela faz 
com que o verbo nesta oração seja conjugado em tempo e modo verbal 
(“estude”: presente do subjuntivo). 
Agora veja o período abaixo. Retiramos a conjunção integrante “que”. 
Naturalmente reduzimos o número de palavras da oração, por isso a 
OI 
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chamamos de oração reduzida. Isso faz com que o verbo deixe de ser 
conjugado em modo e tempo verbal (“estude”) e passe para a forma nominal 
infinitiva: “estudar”. 
Veja: 
 
É fundamental você estudar organizadamente. 
VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) 
período composto 
O sujeito oracional é chamado de oração subordinada substantiva 
subjetiva. A oração substantiva possui várias funções sintáticas, mas cabe 
agora trabalharmos apenas o valor de sujeito. 
Tudo isso foi visto com a única e exclusiva intenção de você perceber 
que toda vez que tivermos um verbo referindo-se ao sujeito oracional, 
obrigatoriamente deverá permanecer na terceira pessoa do singular. 
 Para ficar bem claro. Quando tivermos um sujeito oracional, troquemos 
pela palavra ISSO. Como este vocábulo está no singular, o verbo também 
estará. Vamos fazer um teste: 
 
Veja alguns exemplos com orações desenvolvidas: 
 
É preciso que se adotem providências eficazes. 
 VL + predicativo + sujeito oracional 
 
Parece estar comprovado que soluções mágicas não funcionam. 
 Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional 
 
 
 
Convém que você fique. 
 VI + sujeito oracional 
 
 
Veja alguns exemplos com orações reduzidas: 
 
É preciso adotarem-se providências eficazes. 
 VL + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo) 
 
 
Parece estar comprovado não funcionarem soluções mágicas. 
 Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo) 
 
Parece ser ela a pessoa indicada. 
 VI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo) 
 
Coube-nos sustentar aquela informação. 
 VTI + OI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo) 
 
 
Isso é preciso. 
Isso parece estar comprovado. 
Isso convém. 
Isso é preciso. 
Isso parece estar comprovado. 
Isso parece. 
Isso nos coube. 
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Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRE MG 2009) 
Muitos prefeitos entendem que não ...... (dever) caber a eles empenhar 
verbas para o ensino fundamental e o atendimento básico de saúde. 
 
 A banca pedia para verificar se o verbo entre parênteses deveria se 
flexionar no plural. Neste caso não, pois o sujeito da locução verbal “dever 
caber” é toda a oração “empenhar verbas para o ensino fundamental e o 
atendimento básico de saúde”; por isso a locução verbal deve ficar 
obrigatoriamente no singular (Isso deve caber a eles): 
 
Muitos prefeitos entendem que não deve caber a elesempenhar verbas 
para o ensino fundamental e o atendimento básico de saúde. 
Questão 10: ALEPE 2014 Analista Legislativo 
Ou me engano, ou isto quis dizer que se lançam véus sobre certas notícias a 
pretexto de que, sujeitas a tantas e tão virulentas críticas, faz mal às pessoas. 
Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado 
sobre o acima transcrito é: O período 
(A) está correto em todos os seus aspectos. 
(B) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se 
lança", em lugar de "que se lançam. 
(C) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal". 
(D) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às 
pessoas" para "as pessoas". 
(E) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento indicativo 
da crase, em "à pretexto". 
Comentário: A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “faz”, assim como o 
particípio “sujeitas”, refere-se ao sujeito subentendido (elíptico) “certas 
notícias”. Assim, deve-se flexionar no plural. Veja: 
Ou me engano, ou isto quis dizer que se lançam véus sobre certas notícias a 
pretexto de que, sujeitas a tantas e tão virulentas críticas, fazem mal às 
pessoas. 
 Ressalta-se que a flexão “quis” não pode receber a letra “z”. Além disso, 
o verbo “lançam” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador, e o termo 
“véus” é o sujeito paciente, o qual força a flexão do verbo no plural. 
 Ademais, veremos na aula de crase que a expressão “às pessoas” 
recebe acento indicativo de crase obrigatoriamente o substantivo masculino 
“pretexto” não pode receber artigo feminino “a”, por isso não pode haver 
crase. 
Gabarito: C 
 
Questão 11: ALEPE 2014 Analista Legislativo 
Está correta a seguinte flexão para o plural: 
(A) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos. 
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(B) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: 
os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a 
perder. 
(C) a internet é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza. 
(D) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos 
existem acima de qualquer dúvidas. 
(E) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos. 
Comentário: Na alternativa (A), somente a primeira estrutura está correta, 
pois o verbo “trata” é transitivo indireto, o pronome “se” é o índice de 
indeterminação do sujeito e o termo preposicionado “de um vocábulo” é o 
objeto indireto. Assim, este verbo deve se manter sempre na terceira pessoa 
do singular. Dessa forma, a flexão do objeto indireto no plural não interfere na 
flexão do verbo. A forma correta é: Trata-se de vocábulos. 
 Na alternativa (B), somente a primeira estrutura está correta. Porém, 
na segunda estrutura, o verbo “tem” deve se flexionar na terceira do plural 
para concordar com o seu sujeito plural “os meios digitais”. A forma correta é: 
os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não têm tempo a perder. 
 Na alternativa (C), somente a primeira estrutura está correta, pois o 
sujeito permaneceu o mesmo, no singular. Assim, verbo de ligação “são” e o 
predicativo “casca-grossas” também devem manter-se no singular. A forma 
correta é: a internet é casca-grossa por natureza. 
 Na alternativa (D), somente a primeira estrutura está correta. Porém, 
na segunda estrutura, o adjunto adnominal “qualquer” deve concordar com o 
núcleo “dúvidas”. A forma correta é: os substantivos existem acima de 
quaisquer dúvidas. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “extraiam” é transitivo direto, 
o pronome “se” é apassivador, e o termo “substantivos” é o sujeito paciente, o 
qual força a flexão do verbo no plural. Se o sujeito encontra-se no singular, 
deve o verbo concordar no singular, conforme a primeira estrutura. 
Gabarito: E 
 
Questão 12: CMSP 2014 Procurador Legislativo 
Estão observadas as normas de concordância verbal na seguinte frase: 
(A) Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados à condição 
de exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma criatura sofrer. 
(B) A muitos exilados ocorreram, durante a experiência do exílio, tentar 
voltar clandestinamente à sua pátria, correndo todos os riscos que 
implicam tal decisão. 
(C) Para muitos brasileiros, aos quais se infligiu os suplícios do exílio, a 
experiência da expatriação implicou a perda da própria identidade. 
(D) Dentre as diferentes reações que experimentam quem se afasta de sua 
terra natal ressalta a da crescente nostalgia, que muitas vezes levam à 
antecipação do retorno. 
(E) A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do texto 
reconheceu num artigo de Edward Said, acabou por impressioná-lo tão 
fortemente quanto ao pensador palestino. 
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Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “cabe” é transitivo 
indireto, “nos” é o objeto indireto. Assim, tal verbo está corretamente 
flexionado no singular por concordar com o sujeito oracional “experimentar” 
(isso nos cabe). A locução verbal “formos levados” faz subentender o sujeito 
oculto “nós”. O verbo “estão” concorda com o seu sujeito “Os sentimentos”. 
Por fim, a locução verbal “pode sofrer” concorda com o sujeito “uma 
criatura”. Nesta oração, o pronome relativo “que” é apenas o objeto direto. 
Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados à condição de 
exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma criatura sofrer. 
 A Alternativa (B) está errada, pois o verbo “ocorreram”, neste caso, é 
transitivo indireto, “A muitos exilados” é o objeto indireto. Assim, tal verbo 
deve se flexionar no singular por concordar com o sujeito oracional “tentar 
voltar clandestinamente à sua pátria” (isso ocorreu a muitos exilados). Além 
disso, o verbo “implicam” é transitivo direto, seu objeto direto é o pronome 
relativo “que”, o qual retoma o termo plural “todos os riscos”. Assim, esse 
verbo deve se flexionar no singular por concordar com o sujeito “tal decisão” 
(tal decisão implica todos os riscos). 
A muitos exilados ocorreu, durante a experiência do exílio, tentar voltar 
clandestinamente à sua pátria, correndo todos os riscos que implica tal 
decisão. 
 A Alternativa (C) está errada, pois o verbo “infligiu”, neste caso, é 
transitivo direto e indireto, o pronome relativo “aos quais” é o objeto indireto 
e o pronome “se” é apassivador. Assim, tal verbo deve se flexionar no plural 
por concordar com o sujeito “os suplícios do exílio” (os suplícios do exílio 
foram infligidos a muitos brasileiros). Note que a flexão do verbo “implicou” 
está correta por concordar com o sujeito “a experiência da expatriação”. 
Para muitos brasileiros, aos quais se infligiram os suplícios do exílio, a 
experiência da expatriação implicou a perda da própria identidade. 
 A Alternativa (D) está errada, pois o verbo “experimentam” é transitivo 
direto, o pronome relativo “que” é o objeto direto e o pronome indefinido 
“quem” é o sujeito, o qual força a concordância ao singular (alguém 
experimenta as diferentes reações). Note que a flexão do verbo “ressalta” 
está correta por concordar com o sujeito “a da crescente nostalgia”. Já o 
verbo “levam” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma o 
termo singular “a da crescente nostalgia” (a reação da crescente nostalgia 
muitas vezes leva à antecipação do retorno). Assim, tal verbo deve se 
flexionar no singular. 
Dentre as diferentes reações que experimenta quem se afasta de sua terra 
natal ressaltaa da crescente nostalgia, que muitas vezes leva à antecipação 
do retorno. 
 A Alternativa (E) está errada, pois o verbo “acabou” tem como sujeito o 
termo composto “A sabedoria e a elevação do monge medieval”. Assim, deve 
se flexionar no plural. Note que a flexão do verbo “reconheceu” está correta 
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por concordar com o sujeito “o autor do texto”. Nesta oração, o pronome 
relativo “que” é apenas o objeto direto. 
A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do texto 
reconheceu num artigo de Edward Said, acabaram por impressioná-lo tão 
fortemente quanto ao pensador palestino. 
Gabarito: A 
 
Questão 13: CMSP 2014 Procurador Legislativo 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar 
com o elemento sublinhado na frase: 
(A) São comoventes os impulsos de gratidão de Donato, materializados 
quando se (dispor) a abraçar as paredes da editora. 
(B) As condições de privação em que vivia (acabar) por levar Donato a 
valorizar o sentido essencial de cada experiência. 
(C) A escolha dessas duas histórias verdadeiramente exemplares (propiciar) 
ao autor a viva apresentação de um dilema cultural da nossa época. 
(D) Em nossos dias (impor)-se pensar sobre as escolhas que devemos fazer 
entre procedimentos tradicionais e processos modernos. 
(E) Somente a um leitor insensível (deixar) de impressionar as palavras com 
que Donato se refere à sua experiência com o primeiro livro. 
Comentário: Neste tipo de questão, deve-se observar se o termo sublinhado 
realmente é o sujeito do verbo em negrito. 
 A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dispor” refere-se ao sujeito 
subentendido (elíptico) “Donato”. Assim, deve se flexionar no singular e não 
tem relação com o termo sublinhado “impulsos”. Veja: 
São comoventes os impulsos de gratidão de Donato, materializados quando 
se dispõe a abraçar as paredes da editora. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “acabar” refere-se ao sujeito 
plural “As condições de privação”. Assim, deve se flexionar no plural e não 
tem relação com o termo sublinhado “Donato”. O segmento “em que vivia” é 
uma oração subordinada adjetiva restritiva, e é o verbo “vivia” que se refere 
ao sujeito subentendido (elíptico) “Donato”. Veja: 
As condições de privação em que vivia acabaram por levar Donato a 
valorizar o sentido essencial de cada experiência. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “propiciar” refere-se ao 
núcleo do sujeito “escolha”. Assim, deve se flexionar no singular e não tem 
relação com o termo sublinhado “duas histórias”. Veja: 
A escolha dessas duas histórias verdadeiramente exemplares propicia ao 
autor a viva apresentação de um dilema cultural da nossa época. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “impor” é transitivo direto, o 
pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é a oração subordinada 
substantiva subjetiva “pensar sobre as escolhas” (pensar sobre as escolhas é 
imposto em nossos dias). Assim, o verbo deve se flexionar no singular e não 
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tem relação com o termo sublinhado “as escolhas”. Veja: 
Em nossos dias impõe-se pensar sobre as escolhas que devemos fazer 
entre procedimentos tradicionais e processos modernos. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “deixar” tem como sujeito o 
termo sublinhado “as palavras” (as palavras deixam de impressionar a um 
leitor insensível). Veja: 
Somente a um leitor insensível deixam de impressionar as palavras com que 
Donato se refere à sua experiência com o primeiro livro. 
Gabarito: E 
 
Questão 14: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o 
elemento sublinhado na frase: 
(A) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que 
ganharão no futuro. 
(B) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer 
consigo uma expectativa de futuro. 
(C) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular meus 
empreendimentos. 
(D) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de ser 
responsável por minhas decisões. 
(E) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar fortalecem-
nos diante do futuro. 
Comentário: Neste tipo de questão, deve-se observar se o termo sublinhado 
realmente é o sujeito do verbo em negrito. 
 A alternativa (A) está errada, pois o verbo “executar” refere-se ao 
sujeito “a gente”. Assim, deve se flexionar no singular e não tem relação com 
o termo sublinhado “trabalhos”. Veja: 
Há trabalhos que a gente executa sem imaginar o sentido que ganharão no 
futuro. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “necessitar” é transitivo 
indireto, o pronome “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Assim, tal 
verbo deve se flexionar no singular e não tem relação com o termo sublinhado 
“minutos”, o qual é o sujeito da locução verbal “devem trazer”. Veja: 
Os minutos de que se necessita viver plenamente devem trazer consigo uma 
expectativa de futuro. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “competir” é transitivo 
indireto, o pronome “me” é o objeto indireto e o sujeito é a oração 
subordinada substantiva subjetiva “enfrentar” (enfrentar as privações 
compete a mim). Assim, o verbo deve se flexionar no singular e não tem 
relação com o termo sublinhado “privações”. O termo sublinhado “privações” é 
o sujeito da locução verbal “devem desestimular”. Veja: 
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As privações que me compete enfrentar não devem desestimular meus 
empreendimentos. 
 A alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal “dever eximir” tem 
como núcleo do sujeito o termo sublinhado “incertezas”. Veja: 
As incertezas quanto ao meu próprio futuro não devem eximir-me de ser 
responsável por minhas decisões. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “obrigar” refere-se ao sujeito 
“cada um de nós”. Assim, deve se flexionar no singular e não tem relação com 
o termo sublinhado “desafios”. Tal termo sublinhado é o sujeito do verbo 
“fortalecem”. Veja: 
Os desafios que cada um de nós hoje se obriga a enfrentar fortalecem-nos 
diante do futuro. 
Gabarito: D 
 
Questão 15: TRT 2ªR 2014 Técnico Judiciário 
A frase em que a concordância respeita as regras da gramática normativa é: 
(A) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem apresentar 
uma proposta de ação e uma previsão de custos. 
(B) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que 
sugere que haverá de serem cumpridos fielmente. 
(C) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se 
informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do 
processo. 
(D) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas 
entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de 
saneamento é indiscutível. 
(E) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo 
de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões 
mútuas. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. O sujeito “Cada um dos 
interessados” tem a expressão singular “cada um” como núcleo, o que força a 
locução verbal “devem apresentar” ao singular. Veja a correção: 
Cada um dos interessados em participar dos projetos deve apresentar uma 
proposta de ação e uma previsão de custos. 
 A alternativa (B) está

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