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ATOS INFRACIONAIS - PENAS

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Turma e Ano: Ministério Público/RJ – Intensivo / 2013 
Matéria / Aula: ECA / Aula 3 
Professor: Tadeu Valverde 
Monitor: Aline Ferreira 
 
7) Ato Infracional (cont.) 
e) Espécies de Ato Infracional e Medidas Socioeducativas 
Existem 6 medidas socioeducativas definidas pelo ECA. Mas, diferente do Código Penal, o ECA não traz a 
medida socioeducativa aplicável para cada ato infracional, individualmente. Com base na divisão dos atos 
infracionais em leves, graves e gravíssimos, a(s) medida(s) socioeducativa(s) adequada(s) deve(m) ser 
identificada(s). 
De acordo com a Lei nº 12.594/12, que trata do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE, 
um adolescente não pode sofrer uma medida socioeducativa mais pesada que uma pena aplicada a um 
adulto. 
Atos 
Infracionais 
Definição Exemplos Medidas Aplicáveis 
Leves Análogos a crimes de menor 
potencial ofensivo (pena máxima 
não superior a 02 anos – art. 61 
da Lei nº 9.099/95) e a crimes de 
médio potencial ofensivo (pena 
mínima não superior a 01 ano, 
autorizadora, inclusive, de 
substituição pela suspensão 
condicional do processo – art. 89 
da Lei nº 9.099/95) 
Menor potencial ofensivo: 
ameaça (art. 147 CP), calúnia 
(art. 138 CP), constrangimento 
ilegal (art. 146 CP) e porte de 
substância entorpecente para 
uso próprio (art. 28 Lei nº 
11.343/06) 
Médio potencial ofensivo: furto 
(art. 155 CP), estelionato (art. 
171 CP), receptação (art. 180 
CP), aborto provocado pela 
gestante ou com seu 
consentimento (art. 124 CP) 
Advertência (medida 
mais branda) 
Reparação do dano 
Prestação de serviços à 
comunidade 
Liberdade assistida. 
Graves Análogos a crimes de maior 
potencial ofensivo (pena mínima 
superior a 01 ano), cometidos 
sem violência ou grave ameaça 
Tráfico ilícito de entorpecentes 
(art. 38 Lei nº 11.343/06), furto 
qualificado (art. 155, §4º CP) 
Reparação do dano 
Prestação de serviços à 
comunidade 
Liberdade assistida ou 
semiliberdade. 
Gravíssimos Análogos a crimes de maior 
potencial ofensivo (pena mínima 
superior a 01 ano), cometidos 
com violência ou grave ameaça 
Homicídio (art. 121 CP), roubo 
(art. 157 CP), extorsão mediante 
sequestro (art. 159 CP), estupro 
(art. 213 CP) 
Reparação do dano 
Prestação de serviços à 
comunidade 
Liberdade assistida, 
semiliberdade ou 
internação 
 
 
 
Atenção! Não há uma medida socioeducativa específica, previamente definida, para cada ato infracional. A 
definição da medida socioeducativa dependerá sempre do ato infracional praticado e das condições pessoas 
do adolescente. 
 Ato infracional análogo ao crime de tráfico – STJ X MP 
 
A súmula 492 do STJ determina que a prática de ato infracional, por adolescente, análogo ao crime de 
tráfico não determinará obrigatoriamente a aplicação da medida socioeducativa de internação, já que o rol 
das hipóteses de internação do art. 122 seria taxativo. 
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: 
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa; 
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves; 
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. 
Para o MP, entretanto, é possível que um adolescente apreendido por tráfico, ainda que primário, sofra 
medida de internação. Para o MP, o tráfico é crime equiparado a hediondo. O rol do art. 122 seria 
meramente exemplificativo. Além disso, o próprio ECA, ao tratar da internação, também não é específico 
sobre as medidas aplicáveis. O art. 174, do ECA, inclusive, considera possível a internação de adolescente 
que pratica ato infracional análogo ao crime de tráfico, buscando garantir sua segurança pessoal. 
 
g) A gravidade do ato é requisito necessário, mas não suficiente à aplicação da medida de internação. 
Devem, ainda, ser respeitados os princípios da brevidade (a medida de internação deve durar o menor lapso 
temporal possível, ou seja, o estritamente necessário a ressocialização), da excepcionalidade (aplicável 
somente quando nenhuma outra medida o for) e da respeito à condição de peculiar de pessoa em 
desenvolvimento. 
 
h) Pode ser aplicada mais de uma medida socioeducativa ao adolescente que cometeu ato infracional, de 
forma cumulativa, desde que compatíveis (art. 113, do ECA). 
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100. 
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como 
substituídas a qualquer tempo. 
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas 
que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. 
i) Medidas protetivas são aplicáveis à crianças e adolescentes (art. 101 do ECA). Medidas socioeducativas 
são aplicáveis apenas à adolescentes. Crianças praticam atos infracionais, mas não tem responsabilidade, 
podendo sofrer apenas medidas protetivas. 
 
j) O juiz pode aplicar medida protetiva não prevista em lei, já que não há conteúdo punitivo – apenas 
protetivo. Por outro lado, por ter conteúdo punitivo, medidas socioeducativas só serão válidas se previstas 
em lei – mesma lógica aplicada na legislação penal, pela qual não há crime ou pena sem lei anterior que os 
defina. 
 
 
 
k) O CC/02, ao reduzir a maioridade penal de 21 para 18 anos não atingiu o ECA, na parte de ato infracional. 
O ECA é aplicado a indivíduos menores de 18 anos, mas, se o adolescente praticar ato infracional às 
vésperas dos 18 anos, poderá receber medida socioeducativa até os 21 anos (limite etário da medida 
socioeducativa) – arts. 2º, parágrafo único. Não relação entre a maioridade civil e o limite etário para 
cumprimento de medida socioeducativa. 
 
Atenção! É possível aplicar a medida de internação após os 18 anos, até os 21 (art. 121, §5º, ECA). Apesar 
de polêmico, compreende-se aplicável entre os 18 e 21 anos a medida de semiliberdade (art. 120, §2º, ECA) 
– é o posicionamento do MP. Além disso, para o MP, também é possível a aplicação entre os 18 e 21 anos 
para os outras medidas. 
 
l) Se o adolescente pratica ato infracional aos 18 anos, desaparece e só é encontrado aos 21, não haverá 
mais a possibilidade de aplicação da medida socioeducativa (limite etário dos 21 anos). Não é prescrição; é 
limite etário máximo. 
 
8) Execução das Medidas Socioeducativas 
 
a) Medidas de execução imediata: advertência e reparação do dano. 
Medidas de execução continuada: 
 de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. 
 
b) Plano Individual de Atendimento (PIA) é plano de ressocialização, direito subjetivo do adolescente na 
execução de medidas socioeducativas de execução continuada. O PIA é laborado de acordo com as 
peculiaridades do adolescente, no prazo máximo de 45 dias, podendo englobar inclusive sua família. 
Regra: avaliação periódica a cada 06 meses (Lei nº 12.594/12, art. 42). → Excepcionalmente, na 
prestação de serviços à comunidade, não haverá a reavaliação periódica. 
 
c) Termo a quo para contagem do prazo para reavaliação: data da sentença. 
 
d) Prazo máximo das medidas: em regra, 03 anos. Exceção: prestação de serviços à comunidade (06 
meses). 
 Duração das MSE’s Mínimo Máximo 
 Prestação de serviços à comunidade x 6 meses 
 Liberdade Assistida (aberto) 6 meses 3 anos 
 Semiliberdade (semiaberto) x 3 anos 
 Internação (fechado) x 3 anos 
 
e) Pela semelhança entre as medidas socioeducativas de internação, semiliberdade e liberdade assistida 
com os regimes fechado, semiaberto e aberto, é possível que o adolescente, por descumprimento da 
medida socioeducativa aplicada de liberdade assistida, seja colocadoem medida de semiliberdade ou 
internação (regressão da medida socioeducativa). O contrário também é possível: progressão. → Tanto 
a progressão, quanto a regressão podem ocorrer per saltum – o ECA possui regramento próprio. 
 
 
 
f) Quando o juiz progride uma medida socioeducativa, a decisão é interlocutória. Logo, cabe o recurso de 
agravo de instrumento. 
 
g) O Plano Individual de Atendimento (PIA) tem natureza híbrida: é administrativa, mas se sujeita a 
homologação judicial (arts. 41 e 53 da Lei nº 12.594/12). 
 
h) A inexistência de um PIA não impede a reavaliação. 
 
 Duração das MSE’s Mínimo Máximo 
 Prestação de serviços à comunidade x 6 meses 
 Liberdade Assistida (aberto) 6 meses 3 anos 
 Semiliberdade (semiaberto) x 3 anos 
 Internação (fechado) x 3 anos 
 
 
i) Advertência → deve ser aplicada e executada pelo juiz (Súmula nº 108 do STJ). 
 
j) Obrigação de reparar o dano → obrigação de restituir a coisa objeto do ato infracional; ressarcir o dano, 
se impossível a devolução da coisa; ou praticar qualquer outro ato que compense o prejuízo sofrido pela 
vítima. 
k) OBS.: Os pais não podem ser compelidos a cumprir medida de reparação do dano imposta ao filho – a 
pena não pode ultrapassar a pessoa do apenado (princípio da intranscendência). Se o adolescente não 
tiver meios de reparar o dano, a medida poderá ser substituída por outra adequada (art. 116, ECA). 
Sentença que aplica medida socioeducativa não é título executivo no cível. Assim, os pais respondem 
civilmente por meio de uma ação cível própria, mas não por uma ação de medida socioeducativa. 
 
l) Prestação de serviços à comunidade → realização de tarefas gratuitas de interesse geral, junto a 
entidades assistenciais, hospitais, escolas etc, bem como em programas comunitários ou 
governamentais (art. 117 do ECA). → Carga horária máxima de 08 horas. → Duração máximo de 06 
meses. → Pode ser aplica a adolescente que estuda e trabalha (STJ). 
 
m) Liberdade assistida → acompanhamento do adolescente por período determinado (arts. 118 e 119, do 
ECA). → Duração mínima de 06 meses e máxima de 03 anos (artigo 118 do ECA). → Reavaliação a cada 6 
meses. → É possível a liberdade assistida provisória sempre que o adolescente responder a ação 
socioeducativa em liberdade. 
 
n) Semiliberdade → adolescente colocado em instituição própria, onde deverá dormir e da qual poderá 
sair para exercer atividades lícitas como estudo, trabalho e cursos (art. 120 do ECA). → Duração máxima 
de 03 anos. → Reavaliação a cada 06 meses. → atividades externas reguladas. → não existe 
semiliberdade provisória, por ausência de previsão legal. 
 
o) Internação → adolescente inserido em unidade própria, ficando privado da liberdade (art. 121 e ss. do 
ECA). → Princípios da brevidade, da excepcionalidade e do respeito à condição peculiar de pessoa em 
desenvolvimento. → Duração máxima de 03 anos, sem duração mínima. → Reavaliação em 06 meses. 
 
 
 
p) Aplica-se o princípio do livre convencimento motivado do juiz na reavaliação. 
 
q) A medida de internação não impede a realização de atividades externas pelo adolescente (art. 50, Lei nº 
12.594/12). 
Art. 50. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 121 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e 
do Adolescente), a direção do programa de execução de medida de privação da liberdade poderá autorizar a saída, 
monitorada, do adolescente nos casos de tratamento médico, doença grave ou falecimento, devidamente 
comprovados, de pai, mãe, filho, cônjuge, companheiro ou irmão, com imediata comunicação ao juízo competente. 
r) Internação-sanção (art. 122, inciso III, do ECA) é aquela que decorre do descumprimento reiterado e 
injustificado (para o STJ, pela terceira vez) de medida socioeducativa anteriormente imposta (art. 43, 
§4º, Lei nº 12.594/12). → Duração máxima de 03 meses, sem duração mínima. → Não tem reavaliação. 
→ Atingido o prazo máximo de 03 meses, voltará a cumprir medida socioeducativa anteriormente 
imposta ou medida mais branda, se necessário, ou, ainda, gozará liberdade. 
§ 4o A substituição por medida mais gravosa somente ocorrerá em situações excepcionais, após o devido processo 
legal, inclusive na hipótese do inciso III do art. 122 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), e deve ser: 
I - fundamentada em parecer técnico; 
II - precedida de prévia audiência, e nos termos do § 1o do art. 42 desta Lei. 
s) Reiteração ≠ Reincidência. 
 
t) A solicitação do MP para manutenção ou regressão da medida socioeducativa imposta não pode se dar 
sem fundamentação. 
 
u) Súmula 265 do STJ: 
STJ Súmula nº 265 - É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida sócio-
educativa. 
 
v) Adolescente que teve passagens pela Vara da Infância e da Juventude e, depois dos 18 anos, pratica 
crime é primário, tendo apenas maus antecedentes. Não é caso de reincidência. 
 
w) Para que o pedido de aplicação de medida socioeducativa seja procedente, é preciso prova suficiente da 
materialidade e autoria (semelhante aos adultos). Excepcionalmente, no caso da advertência, basta 
haver prova de materialidade e indícios suficientes de autoria (art. 114, parágrafo único, ECA). 
 
9) Recursos: meio voluntário de ensejar, dentro da mesma relação jurídica, a reforma, a invalidação, o 
esclarecimento ou integração da decisão judicial impugnada. Aplica-se o sistema recursal do CPC.i 
 
a) Difere do sistema recursal do CPC apenas por não haver custas; ter prazo de 10 dias para a apelação; 
permitir que o juiz reforme ou mantenha sua sentença antes de remeter ao Tribunal; MP e defesa 
com 10 dias para manifestar-se, não havendo prazo em dobro para o MP. 
 
 
 
b) São aplicáveis as excludentes de ilicitude, dirimentes de culpabilidade e escusas absolutórias. 
 
c) Em regra, não pode ser definido prazo mínimo ou máximo para aplicação de medidas socioeducativas – 
reavaliação a cada 6 meses. Apenas no caso de prestação de serviços à comunidade o prazo máximo 
será de 6 meses. 
 
d) Não se aplica a deserção na Justiça da Infância e da Juventude. Deserção é o não conhecimento do 
recurso de apelação em razão da fuga do réu após sua interposição. 
 
10) Prescrição da Pretensão Socioeducativa: extinção de uma pretensão em virtude da inércia do seu 
titular ou de seu representante por um lapso temporal fixado em lei, ausentes as causas interruptivas, 
suspensivas ou impeditivas de seu decurso. → O ECA não prevê a prescrição. 
Súmula 338 STJ: “A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas.” 
 
Prazo tabela no CPP artigo109 e artigo115 (reduz a metade). 
 
Exemplo: 3 anos pena máxima, pena de 8 anos, artigo 115 metade, prazo prescricional em 4 anos. 
 
 
11) Visita Íntima: apesar de o ECA restar omisso com relação a visita íntima, a Lei nº 12.954/12, no art. 68, 
indica a intenção do legislador na preservação dos laços com a(o) companheira(o) – casamento ou união 
estável. 
 
12) Algemas: 
 
Súmula vinculante 11 do STF: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga 
ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade 
e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” 
13) Transporte em Camburão: controvertido. Se ainda não foi condenado, não; se condenado, sim, desde 
que não seja atentatório a sua dignidade física e mental, nem implique em risco. Art. 178 do ECA. 
 
14) A ação socioeducativaé pública e incondicionada à representação. 
 
 
 
i Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas 
socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei n
o
 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as 
seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo; 
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa será sempre de 10 
(dez) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor; 
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de agravo, a 
autoridade judiciária proferirá despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias; 
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o instrumento à superior instância dentro de vinte e 
quatro horas, independentemente de novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido expresso 
da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da intimação. 
Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149 caberá recurso de apelação. 
 
 
 
Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida exclusivamente 
no efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao 
adotando. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que deverá ser 
recebida apenas no efeito devolutivo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar, em face da relevância das questões, serão 
processados com prioridade absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem, em qualquer 
situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com parecer urgente do Ministério 
Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da sua 
conclusão. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da data do julgamento e poderá na sessão, se entender necessário, apresentar 
oralmente seu parecer. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a instauração de procedimento para apuração de responsabilidades se constatar o 
descumprimento das providências e do prazo previstos nos artigos anteriores. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

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