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Profa Renata Vale Processos Básicos: Cognitivos * * Três equívocos a respeito do behaviorismo: Ignora a consciência e os estados mentais Formula o comportamento somente como um conjunto de respostas a estímulos, representando assim a pessoa como um autômato, robô, boneco ou máquina Não dá lugar para intenção ou propósito * *Filosofia da ciência Análise do Comportamento *Opõe-se às psicologias mentalistas e ao behaviorismo metodológico * *Admite a existência de consciência e eventos mentais, mas os exclui da análise científica pelo seu caráter subjetivo e impossibilidade de observação direta. *Propõe a formulação de leis para comportamentos observáveis. *Ao não estudar eventos mentais, considerando sua existência, elimina o papel de mediador desses eventos (S-O-R) * *Não utiliza o conceito de mente ou de eventos mentais, pois não acredita na existência de eventos imateriais sem dimensões físicas, que se passe em um mundo não-físico. *Só existem eventos materiais ocorrendo em um universo físico. *Os eventos denominados de mentais para outras abordagens são interpretados como eventos físicos ou relações entre eventos físicos. Muitos, entretanto, não são observáveis diretamente, pois são privados. * *Parte do universo (ou seja, do universo material) tem um estatuto especial por estar encerrada dentro do corpo dos seres vivos. *Esta característica praticamente impede a observação pública destes eventos e por outro lado confere ao organismo um contato especialmente íntimo com os estímulos que se originam no interior de seu próprio corpo (introspecção, auto-observação, autoconhecimento) * *Comportamento – interação organismo- ambiente *Comportamentos respondentes e operantes *Classes de respostas *Topografia X função *Contingências de reforço – operante *Controle de estímulos * Em muitas ocasiões quando nos comportamos dizemos que o estamos fazendo para atingir determinada finalidade, ou com determinado propósito. *Podemos dizer que o futuro pode controlar comportamento? * O comportamento operante é orientado para o futuro, embora não possa ser explicado pela sua finalidade. *A direcionalidade do operante é formada pelas contingências passadas de reforço e punição, que indicam ao indivíduo que há uma certa sequência temporal de eventos. *Desse modo um operante não é simplesmente movimento “cego” do organismo. Há possibilidade de planejamento. * Para o Behaviorismo Radical, o propósito não tem, entretanto, um status de causa da ação do indivíduo. *Ao se comportar o indivíduo pode observar o que faz, relacionar com outras ocorrências, lembrar- se de já ter feito isso no passado, criar regras sobre essas ocorrências, etc. Isso tudo também é definido como outros comportamentos que podem fazer parte de uma cadeia comportamental. * Skinner afasta-se da concepção corrente de que um comportamento intencional é causado por uma intenção previamente formulada no mundo da mente. *As funções devem ser buscadas nas relações filogenéticas, ontogenéticas e culturais. *Mesmo quando o indivíduo sente que tem uma inclinação a fazer algo, esta inclinação não é causa do fazer, mas é também um comportamento determinado por condições ambientais. * "Uma formulação mais explícita pode ser feita antes do ato: um homem pode anunciar seu propósito, estabelecer sua intenção ou descrever os pensamentos, crenças e conhecimentos sobre os quais uma ação se baseia. Estes não podem ser relatos da ação que ainda não ocorreu; eles parecem, em vez disso, descrever precursores..." * "Uma vez que uma formulação desta foi feita, ela pode muito bem determinar a ação, como uma regra construída para o próprio indivíduo. Ela é então um verdadeiro precursor que tem um efeito óbvio sobre o comportamento subsequente. Quando ela é encoberta, pode ser difícil de perceber para um observador externo, mas ela ainda é uma forma de comportamento ou um produto do comportamento, ao invés de um precursor mental” (Skinner, 1969, p. 216). * Quando o indivíduo tem consciência de sua ação, podemos dizer que o comportamento foi proposital. *O comportamento operante pode ocorrer sem que a pessoa tenha consciência dele. *Consciência – capacidade de relatar ou descrever para o outro ou para si próprio o seu comportamento, ou as relações entre eventos ambientais e comportamentais que seu comportamento é função. * A consciência é resultado de poderosas contingências de reforço, mantidas em certas culturas que dão especial valor ao autoconhecimento e encorajam o relato verbal do comportamento e de seus objetivos ou razões. *A consciência é um produto social. *As contingências são, todavia, efetivas mesmo quando a pessoa não pode descrevê-las. (Processos automáticos). * Quando o indivíduo é capaz de “ver que está vendo” ou “ver que está ouvindo” dizemos que ele tem consciência de seu comportamento. Perguntas como: *O que você está fazendo? *O que você sentiu naquela situação? *Qual foi o motivo de você agir assim? Oferecem ocasião para observarmos nosso comportamento. * A comunidade verbal treinará repertórios autodescritivos. *Há dificuldades nesse treinamento: *Acessibilidade *Falta de informação sobre a situação *Falta de treino da própria comunidade * *De Rose, J. C. (1982). Consciência e propósito no Behaviorismo Radical. Em B. Prado Júnior (Org.), Filosofia e comportamento. São Paulo: Brasiliense.
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