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Tecidos. Epitelial, Conjuntivo, Cartilagenoso e Ósseo

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Prof.º Jorge Thadeu P.R. de Rezende 
(Anatomia Humana-Neuroanatomia- Histologia – Embriologia - Fisiologia-
Semiologia) 
Tecidos Generalidade (Imagem) 
 
Tecido epitelial 
Epitélio ou tecido epitelial (do latim epi+ grego thelium; acima do mamilo ) é um dos 
principais grupos de tecidos celulares, sendo sua principal função a de revestimento da 
superfície externa e de diversas cavidades internas do organismo. As células epiteliais 
estão intimamente ligadas entre si (justapostas) e formam algumas glândulas. 
Camadas epiteliais são avasculares (ou seja, sem irrigação por pequenos vasos 
sanguíneos), então recebem alimentação via difusão de substâncias a partir dos tecidos 
conjuntivos subjacentes, através da membrana basal. Tecidos sem essa membrana são 
chamados de epitelioides. 
Outros tipos de tecidos. Múiscular e Nervoso. (Apenas uma abordagem) 
 
Tecido epitelial do esôfago de um músculos (a superfície externa em rosa mais intenso) 
Estrutura 
As células são mantidas unidas através de junções. As principais junções são os 
desmossomos, zônulas de aderência, zônulas de oclusão ou tight junctions, junções 
comunicantes ou gap e os hemidesmossomos, que ligam as células epiteliais à lâmina 
basal. Via de regra, as junções empregam proteínas integrais de membrana, associadas 
ou não a elementos do citoesqueleto. 
As células do tecido epitelial da pele são muito unidas, sendo este epitélio estratificado. 
Já o tecido epitelial que reveste os órgãos onde há trocas de substâncias, é simples. 
Essa diferença acontece, pois a função da pele é evitar que corpos estranhos entrem no 
nosso organismo, agindo como uma espécie de barreira. Protege também contra o atrito, 
efeitos solares e produtos químicos. Já no revestimento dos órgãos, o tecido não pode 
ser tão grosso, pois nele há trocas de substâncias. 
O tecido epitelial apresenta vários tipos de funções, como, proteção e revestimento 
(pele, por exemplo), secreção (como é o caso do estômago), "secreção e absorção" (que 
é o caso do intestino), impermeabilização (bexiga urinária), etc. O tecido epitelial reveste 
o corpo humano e suas cavidades. Compõe-se quase exclusivamente de células 
poliédricas justapostas, ou seja, muito unidas, com pouca ou até nenhuma substância 
intercelular entre elas, aderidas firmemente umas às outras por meio de junções 
intercelulares (estruturas associadas à membrana plasmática das células que 
contribuem para a coesão e comunicação entre as mesmas) ou por meio de proteínas 
integrais da membrana (caderinas, que perdem a sua adesividade na ausência de cálcio). 
Esse tecido é avascular (não possui vasos sanguíneos), sendo a nutrição de suas 
células feita a partir do tecido conjuntivo adjacente, por difusão. 
Classificações por organização 
 
Classificação dos diferentes tipos de epitélio. 
Os epitélios são classificados de acordo com três fatores: 
Forma 
 Escamoso ou pavimentoso: quando as células são chatas como escamas. 
 Cúbico: quando as células têm forma de cubo. 
 Cilíndrico ou colunar: quando as células são alongadas em forma de colunas. 
 De transição: quando uma célula muda sua forma. 
Observação importante: as células dos epitélios glandulares são altamente 
especializadas na secreção de certas substâncias, por isso possuem abundante retículo 
endoplasmático, complexo de Golgi e mitocôndrias. 
Estratificação 
 Simples: somente uma única camada de células em contato com a lâmina. Podem ser 
classificadas em pavimentosas, cubicas e prismáticas ou colunar. Um exemplo é o 
revestimento de vasos sanguíneos. 
 Estratificado: várias camadas de células, mas somente a mais profunda entra em 
contato com a lâmina basal. Pode ser classificado em pavimentoso queratinizado 
(seco), pavimentoso não-queratinizado (úmido), transição e prismático ou colunar, 
tendo como exemplo a própria pele. 
 Pseudoestratificado ciliado: possui apenas uma camada celular, dando a impressão 
de várias camadas em contato com a lâmina, mas suas células têm tamanhos 
diferentes e suas posições estão, em geral, invertidas alternadamente. Nem todas as 
células alcançam a superfície, mas todas se apoiam na lâmina basal. 
 
Especializações 
 Microvilos: são projeções microscópicas da membrana plasmática, em forma de dedo 
de luva, o que aumenta a sua área superficial 
 Cílios: prolongamento celulares móveis que batem em ritmo ondular e sincrônico que 
tende a propelir partículas superficiais 
 Estereocílios: prolongamentos extremamente longos e imóveis que podem ser vistos 
em microscopia óptica - encontram-se em pequenos números no organismo humano, 
podendo ser encontrados no canal deferente, epidídimo e células pilosas do ouvido. 
Classificações por função Outros tipos de tecidos. Múiscular e Nervoso. (Apenas 
uma abordagem) 
Células Neuroepiteliais 
Consiste num conjunto de células especializadas na captação de estímulos (cheiro, gosto), 
provenientes do ambiente. Os neuroepitélios são constituídos por células epiteliais com função 
sensorial encontradas nos órgãos da audição, da olfação e da gustação, geralmente ao lado do 
epitélio de revestimento. 
Células Mioepiteliais 
Consiste num conjunto de células ramificadas que contêm miosina e um grande número de 
filamentos de actina. Elas são capazes de contração, agindo, por exemplo, nas porções 
secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e salivares. 
São formadas por um conjunto de células especializadas cuja função é a produção e liberação 
de secreção. As células secretoras de uma glândula são conhecidas como parênquima, 
enquanto que o tecido conjuntivo no interior da glândula que sustenta as células secretoras, é 
denominado de estroma. O estroma sustenta também vasos sanguíneos, vasos linfáticos e 
nervos. As moléculas a serem secretadas geralmente são armazenadas nas células em 
pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas grânulos de secreção. As 
células epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas (por exemplo o 
pâncreas), lipídios (por exemplo, as glândulas sebáceas) ou complexos de carboidratos e 
proteínas (por exemplo, as glândulas salivares). As glândulas mamárias secretam todos os três 
tipos de substâncias. 
Epitélio glandular 
As células epiteliais glandulares são especializadas em sintetizar, armazenar e secretar 
substâncias. Estas podem ser proteínas (no caso do pâncreas), lipídios (nas glândulas 
sebáceas e adrenais) ou complexos de carboidratos e proteínas (por exemplo, nas 
glândulas salivares). Já o leite, produto de secreção das glândulas mamárias, contém 
esses três tipos de substâncias. De um modo geral, o composto a ser secretado é 
temporariamente acumulado no citoplasma da célula glandular e fica armazenado em 
estruturas membranosas chamadas de vesículas ou grânulos de secreção. 
O termo glândula é normalmente usado para designar agregados maiores e mais complexos 
de células epiteliais glandulares. São as glândulas pluricelulares, como o pâncreas e as 
adrenais. Mas se essas células aparecem isoladas, cada uma delas é chamada de 
glândula unicelular, a exemplo das células caliciformes da traqueia e brônquios. O 
produto de secreção pode deixar a célula de diferentes maneiras. Se sai apenas a substância a 
ser secretada, a glândula é chamada de merócrina (do grego, merós [parte, parcial]; crina 
[secreção]). Diferente da holócrina (do grego, holos [total]), na qual todo o conteúdo da 
célula é expelido. 
 
Classificações das células glandulares 
 
Epitélio glandular tubulo-acinar composto possui múltiplas formas de tubo e de sino. 
 
Epitélio glandular tubular composto possui múltiplas formas de tubo. 
 
Glândulas sebáceas (acinosa simples) próximas a um pelo (10x em microscópio óptico). 
Classificação quantoao número de células 
As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células 
proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após o que sofrem diferenciação 
adicional. Elas podem ser classificadas quanto a organização: 
 Unicelulares: Células glandulares isoladas. 
 Multicelulares: Compostas de agrupamentos de células. 
Classificação quanto ao local de secreção 
As glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originaram. Esta 
conexão toma a forma de ductos tubulares formados por células epiteliais e através destes 
ductos as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. Este 
tipo de glândula tem uma porção secretora constituída pelas células responsáveis pelo 
processo secretório e ductos que transportam a secreção eliminada das células. Assim as 
glândulas exócrinas, quanto aos ductos, são: 
 Simples: Têm somente um ducto secretor não-ramificado. As glândulas simples 
podem ser, de acordo com a forma de sua porção secretora tubulares 
apresentando um ducto em forma de tubo (glândulas do intestino), tubulares 
contorcidas (glândula sudorípara), tubulares ramificadas (glândulas do 
estômago) ou acinosas apresentando formato de sino (glândula sebácea). 
 Composta: Têm ductos secretores ramificados, que nas grandes glândulas 
atingem altos níveis de complexidade. Podem ser tubulares (forma de tubo), 
acinosas (forma de sino) ou túbulo-acinosas (forma de tubo e sino). Exemplo de 
glândula composta é a glândula salivar. 
Nas glândulas endócrinas a conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento. 
Estas glândulas, portanto, não têm ductos e suas secreções são lançadas no sangue e 
transportadas para o seu local de ação pela circulação. Existem 2 tipos de glândulas 
endócrinas: No 1° tipo, as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares 
sanguíneos (por exemplo, a paratireoide e lobo anterior da hipófise). No 2° tipo, as células 
formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado (por exemplo, a glândula 
tireoide). 
Classificação quanto ao tipo de secreção 
 Holócrinas (Do grego, holos (total); crina [secreção]): 
Glândulas cujas células são eliminadas juntamente com os produtos de secreção. As células 
eliminadas são substituídas a partir de células-fonte existentes na glândula. Ex. Glândula 
sebácea. 
 Apócrinas (Do grego, após [extremidade]): 
Glândulas cujas parte (pedaço) das células são eliminadas, juntamente com os produtos de 
secreção, parte do citoplasmaapical (extremidade superior) no qual a secreção fica acumulada. 
Ex. Glândulas mamárias. 
 Merócrinas (Do grego, merós [parte, parcial]): 
Glândulas cujas células eliminam somente o produto de secreção, permanecendo o restante da 
célula intacto. Ex. A maioria das glândulas exócrinas, como as sudoríparas, os ácinos 
pancreáticos e as salivares. 
Tecido epitelial de revestimento 
 
Pele humana vista em microscópio eletrônico de varredura. 
O tecido epitelial de revestimento possui peculiaridades que estão diretamente ligadas às 
suas funções. As células estão intimamente ligadas por meio dos complexos unitivos ou 
juncionais, há escassez de material intercelular (matriz extracelular) e há o que chamamos de 
polaridade celular (polo apical - aquele voltado para a luz do órgão e polo basal - aquele em 
contato com a membrana basal). 
Como função do epitélio de revestimento podemos citar o órgão de impacto imediato do 
organismo, a pele, a qual possui o epitélio do tipo pavimentoso estratificado queratinizado, que 
impede a ação microbiológica patogênica conferindo proteção, evita o ressecamento do 
organismo e ameniza a ação de choques mecânicos. 
Está presente nos órgãos e é ele que recobre toda e qualquer cavidade (exemplo a cavidade 
gastrointestinal e respiratória). 
O epitélio de revestimento pode ser classificado de acordo com o número de camadas: epitélio 
simples e epitélio estratificado e uma subclassificação o epitélio pseudo-estratificado. E 
quanto sua forma: pavimentoso, cúbico e prismático, colunar ou cilíndrico. Epitélios 
simples possuem apenas uma camada de células. Epitélios estratificados contêm mais de uma 
camada de células. Epitélios pseudo-estratificados são assim chamados pois, embora sejam 
formados por apenas uma camada de células, os núcleos parecem estar em várias camadas. 
Todas as células estão apoiadas na lâmina basal, mas nem todas alcançam a superfície do 
epitélio, fazendo com que a posição dos núcleos seja variável. 
O endotélio, que reveste os vasos sanguíneos e linfáticos, e o mesotélio, que reveste 
cavidades do corpo, como a cavidade pleural e peritoneal, e também recobre as vísceras, são 
exemplos de epitélios pavimentosos simples. Um exemplo de epitélio cúbico é o epitélio que 
reveste externamente o ovário, e um exemplo de epitélio prismático é o revestimento do 
intestino delgado. Um exemplo de epitélio pseudo-estratificado prismático ciliado é o que 
reveste as passagens respiratórias. 
Tecido conjuntivo 
 
Tecidos conjuntivo frouxo é aquele que possui muita substância fundamental e poucas 
fibras. 
Tecido conjuntivo ou tecido conectivo caracteriza-se por apresentar células distanciadas 
entre si, em maior ou menor grau. Também se refere ao grupo de tecidos orgânicos 
responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar os outros tecidos. Vista ao 
microscópio, suas células são diversificadas e estão espalhadas por uma matriz 
extracelular composta por substância fundamental e uma fibra. 
Origem 
A maior parte dos tecidos conjuntivos origina-se das células do folheto germinativo 
intermediário dos tecidos embrionários conhecido como mesoderme, especialmente do 
mesênquima. As células mesenquimais são alongadas, têm um núcleo oval, com 
cromatina fina e nucléolo proeminente. Estas células possuem muitos prolongamentos 
citoplasmáticos e são imersas em uma matriz extracelular abundante e viscosa com 
poucas fibras. As células mesenquimais migram de seu lugar de origem e envolvem e 
penetram nos órgãos em desenvolvimento e dão origem também a tecidos epiteliais. 
Funções 
 
Tecido adiposo conservado com parafina. 
As principais funções são 
 Suporte estrutural 
 Amortecer impactos 
 Transportar nutrientes 
 Espalhar células de defesa pelo corpo 
 Armazenar gordura 
Classificação 
Matriz 
 
O tecido conjuntivo é rico em fibras colágenas e substância amorfa, ao contrário dos 
outros tipos de tecidos que são predominantemente compostos por células. 
A matriz extracelular é formada por 3 partes: 
Substância fundamental 
 Glicosaminoglicanos 
 Proteoglicano 
 Glicoproteínas e glicosmatiaínas 
 
 
Fibras 
 Colágenas 
 Elásticas 
 Reticulares 
Camada de solvatação 
 Água 
Estrutura 
Os componentes do tecido conjuntivo podem ser divididos em três classes: Células, fibras e 
substância fundamental. Além de desempenhar uma evidente função estrutural, a grande 
variedade de tecidos conjuntivos reflete a variedade de composição e na quantidade de seus 
três componentes, os quais são responsáveis pela notável diversidade estrutural, funcional e 
patológica do tecido conjuntivo. 
Matriz extracelular 
Diferente de outros tecidos que são formados principalmente por células (epitelial, 
muscular e nervoso), o principal constituinte do conjuntivo é a matriz extracelular 
(especialmente substância fundamental). 
As matrizes extracelulares consistem em diferentes combinações de proteínas fibrosas e 
de substância fundamental. Substância fundamental é um complexo viscoso e altamente 
hidrofílico de macromoléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e 
glicoproteínas multiadesivas(laminina, fribonectina, entre outras) que se ligam a 
proteínasreceptoras(integrinas) presente na superfície das células bem como a outros 
componentes da matriz, fornecendo, desse modo, força tênsil e rigidez à matriz. 
As células do tecido conjuntivo ficam imersas em grande quantidade de substâncias 
intercelular denominada matriz, ou seja, ficam localizados entre células. 
Fibras 
 
Fibras colágenas do um tecido conjuntivo denso modelado do pulmão. 
Fibras predominantemente diversos tipos de colágenos, constituem os tendões, 
aponeuroses, cápsulas de órgãos, e membranas que envolvem o sistema nervoso 
central (meninges). As fibras também constituem as trabéculas e "paredes" que existem 
dentro de vários órgãos, formando o componente mais resistente do estroma(tecido de 
sustentação) dos órgãos. 
Tipos de tecidos conjuntivos 
 
Tecidos conjuntivos não especializados: frouxo (laxo), adiposo e denso (fibroso). 
Tecido conjuntivo propriamente dito (não especializado) 
 Tecido conjuntivo frouxo ou laxo 
 Tecido conjuntivo denso 
o Tecido conjuntivo denso modelado 
o Tecido conjuntivo denso não modelado 
 
Tecidos conjuntivos especializados: sanguíneo, ósseo e cartilaginoso. 
Tecido conjuntivo especializado 
 Tecido ósseo 
 Tecido cartilaginoso 
 Tecido sanguíneo 
Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
 Tecido adiposo; 
 Tecido elástico; 
 Tecido hematopoético; 
 Tecido mucoso. 
Células do tecido conjuntivo 
 
Tecidos conjuntivos propriamente ditos tingidos com hematoxilina e eosina, visto ao 
microscópio. 
Existem várias células em cada tecido conjuntivo, dentre elas 
 Fibroblastos: Produzem fibras e a substância fundamental e estão envolvidos na 
produção de fatores de crescimento 
 Linfócitos: Um tipo de leucócito responsável por detectar a natureza do invasor e 
a reação necessária para eliminá-lo; 
 Adipócitos: Armazenam gordura, formam grandes capas capazes de proteger 
órgãos de impacto e do frio que também servem como fonte de energia, 
vitaminas lipossolúveis e água. 
 Macrófagos: Envolvem e digerem substâncias estranhas (fagocitose) 
 Mastócitos: Células responsáveis pelo processo inflamatório, reações alérgicas e 
na expulsão de parasitas. 
 Plasmócitos: Produzem imunoglobulinas como resposta a partículas estranhas 
(antígeno) 
Exemplo de um tipo de tecido conjuntivo 
 
Tecido cartilaginoso 
Exemplos Histológico de Tecido Cartilagenoso 
 
 
O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, é uma forma de tecido conjuntivo 
mais rígido que possui uma cicatrização lenta por ser avascular, é branco ou 
acinzentado, aderente às superfícies articulares dos ossos. Também é encontrado em 
outros locais como na orelha, na ponta do nariz. É formado por condrócitos e 
condroblastos (condrócitos jovens) , revestido pelo pericôndrio ( a cartilagem fibrosa 
não possui pericôndrio). O tecido serve para revestir, proteger, dar forma e sustentação 
a algumas partes do corpo, mas com menor rigidez que os ossos e também serve para 
prevenir o atrito entre os ossos. No tecido cartilaginoso não existem vasos sanguíneos, 
nervos e vasos linfaticos. 
A partir de sua principal constituição nos peixes cartilaginosos, este grupo recebe a 
denominação de Chondrichthyes ( condros = cartilagem). 
Cartilagem de crescimento, ou disco epifisial, é uma cartilagem presente na 
epífise dos ossos longos jovens, modulando seu crescimento. Estas cartilagens 
são encontradas bem mais definidas nas extremidades dos ossos longos. São 
chamadas de “Placas Epifisárias de Crescimentos”. Cabe ressaltar, que 
todos os ossos possuem placas de crescimento. Na mulher em geral, elas 
desaparecem com aproximadamenbte 16 anos (pode ser mais tarde), em 
homens por volta de 18 anos (podendo ser mais). Mais tarde elas são 
encontradas em todas as superfície dos ossos que se arciculam com 
outros. Exemplo abixo 
 
 
Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, a cartilagem não possui vasos sanguíneos 
ou nervos, com exceção do pericôndrio (peri = ao redor; condros = cartilagem), a túnica 
de tecido conjuntivo denso não-modelado que reveste a superfície da cartilagem. 
Tecido conjuntivo anexo 
Por não apresentar vasos sanguíneos, o tecido cartilaginoso precisa de um [Tecido 
Conjuntivo Anexal] para receber por meio de difusão tudo o que precisa. No caso é o 
"Pericôndrio", tecido conjuntivo que envolve a cartilagem, que auxilia na obtenção de 
nutrientes trazidos pelo sangue a penetrar na matriz até chegar nas células. 
Composição 
O tecido conjuntivo cartilaginoso é composto por células, fibras proteicas, substância 
intercelular e condrina (substância mucopolissacarídea com consistência de borracha). 
Células 
Os condrócitos são células mais velhas e usadas, circulares ovaladas que já secretaram 
matriz extracelular e que por isso ficaram envolvidas por matriz extracelular, têm pouco 
reticulo endoplasmático e complexo de golgi, e já são células que trabalham mais 
lentamente, daí a pouca presença de organelas e proteínas, além de não receberem 
vasos e nervos o que dificulta ainda mais a velocidade do metabolismo celular interno e 
externo. Condroblastos são células jovens e que ainda não foram envolvidas pela matriz 
extra celular, apresentam complexo de Golgi e reticulo endoplasmático rugoso bastante 
desenvolvidos, tendo assim um importante papel na secreção de colágeno tipo II. São as 
células comumente encontradas na cartilagem. 
Fibras protéicas 
Colágeno em grande quantidade e poucas fibras elásticas. Na cartilagem hialina, colágeno 
tipo II corresponde a 30% de seu peso seco 
Matriz 
O principal constituinte da matriz extracelular são os proteoglicanos que são glicoconjugados 
compostos por um esqueleto protéico e um glicosaminoglicano. O tipos mais comum de 
proteoglicano é o agrecam e os glicosaminoglicanos presentes são: condroitim sulfato e 
queratam sulfato. 
Locais onde se encontram os tipos de cartilagem 
 
Figura: 1- Médula espinhal, 2- raiz dorsal, 3- gânglio da raiz dorsal, 4- raiz ventral, 5- 
nervo espinhal, 6 e 7- disco invertebrado, 6- Anulus fibrosus, 7- Nucleus pulposus, 8- 
Corpus vertebrae 
 Cartilagem hialina: Possui moderada quantidade de fibras colágenas. Forma o primeiro 
esqueleto do embrião, que, depois, é substituído por osso. Mesmo assim, alguns locais 
dos ossos ainda mantêm esse tipo de cartilagem. Ela é a mais abundante do corpo 
humano. É encontrada no disco epifisário, fossas nasais, brônquios e na traquéia 
 Cartilagem fibrosa: Apresenta abundante quantidade de fibras colágenas. É encontrada 
nos chamados discos intervertebrais (em azul, número 6 e 7, na figura ao lado) e na 
sínfise púbica. Suporta altas pressões. 
 Cartilagem elástica: Pequena quantidade de colágeno e grande quantidade de fibras 
elásticas. É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na epiglote, 
na tuba auditiva e na laringe. 
Tecido ósseo 
 
 
 
 
Corte transversal de um osso longo mostrando os dois tipos de tecido ósseo, esponjoso 
e compacto. Além disso, pode-se ver muitos outros componentes citados neste artigo. 
O tecido ósseo é constituinte do esqueleto dos vertebrados; serve de suporte para as 
partes moles do corpo; protege órgãos vitais; aloja e protege a medula óssea; 
proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em 
movimentos úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas 
pela contração muscular. Além dessas funções, os ossos funcionam como depósitos de 
cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, 
para manter constante a concentração desses importantes íons nos líquidos corporais. 
 
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecidoconjuntivo formado por células e uma 
matriz extracelular calcificada, a matriz óssea. A única forma de nutrição dessas células 
é através de canalículos por onde passam capilares já que a matriz calcificada não 
permite a difusão de substâncias até as células. 
Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas 
conjuntivas que possuem células osteogênicas (ou seja, células que atuam na formação 
óssea), o periósteo e o endósteo, respectivamente. 
Células 
 
Micrografia eletrônica de um osteócito dentro de uma lacuna 
 
Osteoblastos sintetizando ativamente osteoides com osteócitos. 
 
Osteoclastos com múltiplos núcleos e um citossol “espumoso”. 
Osteócitos 
Osteócitos são as células encontradas no interior da matriz óssea , ocupando as lacunas das 
quais partem em pequenos espaços que se formam entre as células dos ossos, em outras 
palavras canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os 
prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos através de junções comunicantes, por 
onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para outro. 
Osteoblastos 
Osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica - como o colágeno tipo I - da 
matriz óssea além de participar da mineralização desta. Dispõem-se sempre nas 
superfícies ósseas, lado a lado, num arranjo que lembra um epitélio simples. Uma vez 
aprisionado pela matriz recém-sintetizada o osteoblasto passa a se chamar osteócito. A 
matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando 
assim as lacunas e os canalículos respectivamente. 
Osteoclastos 
Os Osteoclastos são células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente 
ramificadas. São as células responsáveis pela remodelação óssea que ocorre ao longo 
do crescimento de um osso ou em condições que favoreçam a reabsorção óssea, como 
a osteoporose ou a remodelação de uma região de fratura. Ficam localizados em regiões 
chamadas lacunas de Howship e podem ser requisitados para outras regiões do osso de 
acordo com a necessidade, guiando-se através de quimiotaxia. 
Matriz óssea 
A Matriz óssea tem 50% de seu peso composto por matéria inorgânica. Os íons mais 
encontrados são o fosfato e o cálcio que formam cristais com estrutura de hidroxiapatita. Há 
também magnésio, potássio, sódio e citrato em menos quantidades. 
A porção orgânica da matriz óssea é composta por 95% de fibras colágenas, constituídas de 
colágeno tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas. 
A associação de hidroxiapatita com fibras colágenas é responsável pela dureza e resistência 
do tecido ósseo. Quando se remove o cálcio dessa equação, o osso mantém sua forma, mas 
fica tão flexível quanto um tendão. E quando se remove o colágeno, como depois do o osso ser 
incinerado, ele também mantém a forma, mas fica tão quebradiço que dificilmente pode ser 
manipulado sem se partir. 
Periósteo e Endósteo 
As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e tecido 
conjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo, respectivamente. 
A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos. 
Na sua porção profunda, o periósteo é mais celularizado e apresenta células 
osteoprogenitoras, que se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, 
desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. 
O endósteo é constituído geralmente por uma camada de células osteogênicas achatadas 
revestindo as cavidades do osso esponjoso , o canal medular e os canalículos. 
As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o 
fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação do osso. 
Tipos de tecido ósseo 
Histologicamente, existem dois tipos de tecido ósseo: imaturo ou primário; e maduro, 
secundário ou lamelar. Os dois tipos possuem as mesmas células e os mesmo constituintes 
da matriz. O tecido primário é o que aparece inicialmente, tanto no desenvolvimento 
embrionário como na reparação das fraturas; sendo temporário e substituído por tecido 
secundário. 
Tecido ósseo primário 
O tecido ósseo primário (não lamelar) apresenta fibras colágenas dispostas em várias 
direções sem organização definida, tem menos quantidade de minerais e maior proporção de 
osteócitos quando comparada ao tecido ósseo secundário. Encontra-se pouco presente em 
adultos, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio e nos alvéolos dentários. 
O tecido ósseo primário é formado através de ossificação intramembranosa e surge a partir 
da diferenciação de células de tecido conjuntivo em osteoblastos. A membrana de tecido 
conjuntivo restante se condensa e forma o periósteo. 
Tecido ósseo secundário (lamelar) 
O tecido ósseo secundário é a variedade geralmente encontrada no adulto. Sua principal 
característica é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a 7 μm (micrômetro) de 
espessura que, ou ficam paralelas umas às outras, ou se dispõem em camadas concêntricas 
em torno de canais com vasos formando os Sistemas de Havers ou ósteons. 
 
 
Estrutura de um osso longo (acima) 
Observando-se a olho nu a superfície de um osso serrado, verifica-se que há partes sem 
cavidades visíveis - o osso compacto ou denso - e por partes com muitas cavidades 
intercomunicantes - o osso esponjoso ou reticulado. Esta classificação é macroscópica e 
não histológica como visto acima, porém, ainda assim, ela é muito utilizada no dia-a-dia dos 
zoólogos e paleontólogos. Tais tipos apresentam o mesmo tipo de célula e de substância 
intracelular, mudando apenas entre si a disposição de seus elementos e a quantidade de 
espaços medulares. A substância óssea esponjosa e a compacta aparecem juntas na maioria 
dos ossos dos vertebrados. 
Substância óssea esponjosa 
A substância óssea esponjosa apresenta espaços medulares mais amplos, sendo 
formada por várias trabéculas, que dão um aspecto poroso ao tecido. O osso esponjoso 
é o de menor peso, tem forma de grade, com espaços ósseos nos quais se encontra a 
medula óssea. Existe tanto a medula óssea vermelha - que produz grande quantidade de 
células do sangue - quanto a medula óssea amarela - que diminui a quantidade de 
células no sangue. Com o envelhecimento, perde-se medula óssea vermelha e esta se 
transforma em amarela. 
 
Geralmente, o osso esponjoso localiza-se na parte interna da diáfise, ou corpo dos ossos, e na 
epífise, as extremidades. 
Substância óssea compacta 
 
Camada externa do tecido ósseo (osso compacto) 
 
Apresenta pouquíssimo espaço medular, possuindo, no entanto, um conjunto de canais 
que são percorridos por nervos e vasos sanguíneos: canais de Volkmann e canais de 
Havers. Por serem uma estrutura inervada e irrigada, os ossos têm sensibilidade, alto 
metabolismo e capacidade de regeneração. 
Canais de Volkmann 
Os canais de Volkmann começam na superfície externa ou interna do osso, possuindo 
uma trajetória transversal. Esses canais se comunicam com os canais de Havers. Os 
canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. 
Canais de Havers 
O Canais de Havers percorrem o osso longitudinalmente (ou no eixo axial) e podem 
intercomunicar-se por projeções laterais. Em cortes transversais, percebe-se que ao 
redor de cada canal de Havers existem várias lamelas concêntricas de substância 
intercelular e de células ósseas. Cada conjunto deste, formado pelo canal central de 
Havers e por lamelas concêntricas, é chamado de Sistema de Havers ou Sistema 
haversiano. 
 
Histogênese 
Ossificação intramembranosa 
A ossificação intramembranosa ocorre na formação de ossos curtos, ossos do crânio eno crescimento em espessura de ossos longos. Esse tipo de ossificação não depende 
da presença de tecido cartilaginoso e sim de uma membrana conjuntiva, na qual haverá 
diferenciação de células mesenquimais em osteoblastos. O local de início da ossificação 
é chamado centro de ossificação primária. Vários centros de ossificação podem ser 
iniciados ao mesmo tempo, como ocorre na formação do crânio, cujos ossos ainda não 
se encontram totalmente fundidos no momento do nascimento. 
Ossificação endocondral 
A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos (como o fêmur) na fase 
embrionária e também nas extremidades desses ossos ao longo do crescimento do 
indivíduo. As extremidades ósseas são chamadas epífises. Nestas regiões, há uma 
camada de cartilagem e para que ocorra o crescimento, os condrócitos presentes nesse 
tecido deverão sofrer proliferação seguida de morte, deixando uma matriz cartilaginosa 
que, em seguida, é vascularizada e invadida por células do tecido ósseo, como 
componentes da medula óssea, osteoclastos e osteoblastos. A matriz cartilaginosa é 
utilizada como base para a deposição da matriz calcificada. Após a formação da matriz 
extracelular óssea, há ação de osteoclastos na porção mais central do osso, formando 
(ou aumentando, no caso de um osso em crescimento) a cavidade medular. 
Crescimento e remodelação dos ossos 
O crescimento dos ossos consiste na formação do tecido ósseo novo, associada à reabsorção 
parcial de tecido já formado. Deste modo, os ossos conseguem manter sua forma enquanto 
crescem. 
 
Formação de calo ósseo numa fratura medial de úmero. 
Apesar de sua resistência às pressões e da sua dureza, o tecido ósseo é muito plástico, sendo 
capaz de responder a modificações nas forças a que está submetido remodelando sua 
estrutura interna. 
Fraturas 
Nos locais de fratura óssea ocorre hemorragia, pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição 
da matriz e morte de células ósseas. 
Macrófagos removem o coágulo sanguíneo, restos de células e restos da matriz para que 
se possa começar o reparo da fratura. O periósteo e o endósteo próximos à área de 
fratura respondem com uma intensa proliferação, formando um tecido muito rico em 
células osteoprogenitoras que constitui um colar em torno da fratura e penetra entre as 
extremidades ósseas rompidas. Esse processo se desenvolve de modo a aparecer um 
calo ósseo após algum tempo. 
As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno 
do paciente a suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa 
substituição por tecido ósseo lamelar. Se essas trações e pressões forem idênticas às 
exercidas sobre o osso antes da fratura, a estrutura do osso volta a ser a mesma que existia 
anteriormente; é exatamente essa uma das principais funções das sessões de Fisioterapia 
recomendada para pacientes que sofreram fraturas. Ao contrário dos outros tecidos 
conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser duro, repara-se sem a formação de cicatriz. 
Papel metabólico do tecido ósseo 
O esqueleto é a reserva de cálcio dos vertebrados, contendo mais de 90% desse íon em 
sua composição inorgânica. A concentração deste no sangue (calcemia) deve ser 
mantida constante para o funcionamento adequado do organismo. Há um intercâmbio 
contínuo entre os íons cálcio do sangue e dos ossos. Quando nos alimentamos, esse íon 
é absorvido da comida para a corrente sanguínea e rapidamente é depositado nos 
ossos. De forma inversa, quando há diminuição da calcemia o cálcio dos ossos é 
mobilizado para o sangue. 
Essas transferências de íons cálcio entre esses dois tecidos (o sangue também é 
considerado um tecido) podem ocorrer de maneira espontânea, por difusão simples, ou 
podem ser mediadas por um hormônio das glândulas paratireoides, o paratormônio, e 
um outro hormônio da tireoide, a calcitonina. 
Articulações 
 
Diartroses: 1-Triaxial ou anertrose; 2-Condilar ou elipsoide; 3-Selar; 4-Gínglimo; 5-
Gínglimo atípica ou dobradiça. 
 
As articulações são estruturas formadas por tecido conjuntivo que unem os ossos entre 
si, formando o esqueleto. Elas podem ser classificadas em diartroses, que permitem 
grande movimento dos ossos (vide imagem), e sinartroses, nas quais não ocorrem 
movimentos ou estes são muito limitados. 
Nas diartroses existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, delimitando uma 
cavidade fechada, a cavidade articular. Ela contém um líquido incolor, transparente e 
viscoso, o líquido sinovial, com alta concentração de ácido hialurônico, molécula com 
efeito lubrificante que facilita o movimento articular. 
A resiliência da cartilagem é um eficiente amortecedor das presões mecânicas 
intermitentes que são exercidas sobre a cartilagem articular. Mecanismos semelhantes 
ocorrem nos discos intervertebrais.

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