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congresso-UEPB_O rio dos bons sinais

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SOUZA, NEGREIRO (2010)
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 A REPRESENTAÇÃO DA MORTE EM RIO DOS BONS SINAIS DE NELSON SAÚTE
SOUZA, José orlando de lima
Aluno do 2° período de informática do Instituto Federal unidade de Ipanguaçu
E-mail: delima.orlando@gmail.com
NEGREIRO, Carlos Alberto de 
professor do instituto federal unidade de Ipanguaçu
E-mail: calnegreiro@cefetrn.com.br
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de apresentar a morte através da obra literária de Nelson Saúte, rio dos bons sinais, mostrando como acontece a representação desse fenômeno misterioso, que a muitos intrigam, onde observamos uma perfeita harmonia em divergências de conhecimentos e percepções, pois, mesmo que todos saibam que um dia se encontrarão com algo inevitável como a morte, existe várias crenças que fazem com que esse fenômeno seja observado de formas diferentes, ou seja, o que para alguém é tido como algo terrível para outro no entanto, poderá ser uma coisa boa, que o livrará de tantos sofrimentos e decepções. O presente trabalho mostra pontos argumentativos e comparações, entre as diversas percepções apresentadas num espectro que demonstra o mesmo tema em variadas áreas da concepção que o homem possui, na abordagem desse assunto, por conseguinte foram traçados pontos intertextuais que demonstraram novos aspectos da morte, determinando as diferentes formas de perceber e aceitar esse infortúnio, no seu sentido literal e figurado, no qual se associa muito bem em determinadas situações em que para morrer só precisa está vivo e mesmo vivendo podemos está mortos moral e socialmente, mediante a essa afirmação foi possível analisar seus diferentes tipos de representação, pois ela não está limitada apenas a morte física, também foi possível traçar um paralelo que interligue esses conceitos gerando uma conexão entre a realidade e o medo, que são antagônicas ao que a literatura de Nelson saúte nos mostra, destacando o conhecimento humano e o que a literatura apresenta em si tratando do mesmo assunto. No livro de Nelson Saúte, rio dos bons sinais, a mesma morte é descrita como uma coisa natural, com o propósito de mostrar que não existe muita diferença “nesse mundo” entre morte e vida, visto que muitos preferem em momentos de angústia morrer mesmo não tendo um conhecimento concreto sobre o que vem depois dela. Levando em consideração o que foi dito, e não desprezando o censo-comum, este trabalho mostra um paradoxo ao que muitos pensam sobre a morte, quando entendemos esse acontecimento como uma coisa simples em detrimento das mais variadas formas de morte existentes, concebemos a ideia de que morrer e viver são sinônimos, visto que a morte pode trazer a paz que a vida não proporciona para alguns, esses são aqueles que a sociedade em outro tempo já tinha matado no sentido de não se importar com suas existências por não influenciarem socialmente, para tanto os mesmos estão mortos por fazerem parte de uma classe menos favorecida, sendo assim marginalizados. Portanto, a naturalidade da representação de Nelson Saúte desmistifica aquela ideia que temos da morte no seu sentido biológico como algo tenebroso, pois essa é a que iguala a todos sem distinção de raça, cor e condição social, por outro lado a morte que distingui esses paradigmas é a que causa medo, sofrimento, angústia nas pessoas que são vitimas da morte ideológica, social e moral, essas separam a vítima do infortúnio por classes quando não conseguem atingir os preceitos e padrões impostos pela sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: tipos de morte, sinônimos, morte moral, naturalidade na morte física.
 A REPRESENTAÇÃO DA MORTE EM O RIO DOS BONS SINAIS DE NELSON SAÚTE
INTRODUÇÃO
 
Este trabalho subjetivamente trata de temas originados na análise dos aspectos da morte, segundo a etimologia da palavra morte é “em hebraico mawet e em grego thanatos. O término da vida natural ou animal; o estado de ter cessado de viver, aquela separação, violenta ou não, entre a alma e o corpo através da qual termina a vida de um organismo.” (dicionário bíblico Wicliffe, 1°Ed). O presente trabalho de maneira subjetiva desmitifica a ideia geral que tem-se sobre a mesma, em que acredita-se que o sentido da morte limita-se apenas na cessação da vida. No entanto as especulações deste fenômeno vão mais além existem outros aspectos mais abrangentes, que são compreendidos quando focamos a ideia de que morte pode ser vivida todos os dias. No livro de Nelson Saúte observamos a naturalidade de sua representação, como algo bem simples “a morte era absolutamente normal, constantemente pessoas morriam” e algumas mesmo estando vivas, são tratadas como estando mortas, pela exclusão que se faz mediante a classificação da sociedade por meio de raça, cor, gênero, condição social etc. Portanto, para muitos a morte não é mais uma novidade, depois de a experimentarmos em suas derivações que podemos destacá-las como: moral, social e ideológica, estamos aptos a enxergá-la de maneira natural como fez Nelson Saúte, pois as tais derivações podem ser apresentadas como disse Salomão personagem Bíblico, sendo insignificante em relação as mazelas que muitas vezes a vida trás, disse ele: “achei coisa mais amarga do que a morte” (Eclesiastes 7:2). O objetivo do presente trabalho é expor alguns argumentos partindo de um ponto de vista, embasado na ideia de que uma é a morte física natural, ao que é demonstrado na obra literária de Nelson Saúte, outras são as derivações existentes que ela possui criadas por consequência da própria humanidade, essa última por sua vez se mostra ser a pior de todas.
O livro foi utilizado como objeto de estudo por desiguinar os mais variados tipos de relatos significativos, sobre o comportamento de algumas personagens diante do infortúnio que lhes sobrevinham, esses relatos abrem em si horizontes para uma serie de indagações tais como: o que é a morte? Qual a diferença entre viver e morrer? Alguém pode ganhar com a morte? Existem diferentes tipos de morte? Essas perguntas são um tanto difíceis e perigosas de explicar, mais não são impossíveis: “esqueci-me que atravessava uma das estradas mais perigosas do mundo” (Nelson Saúte, rio dos bons sinais p.100).
A análise feita nesse livro demonstra que o ser humano em muitas ocasiões prefere desvendar os segredos da morte física, por a acharem uma coisa mais agradável: “melhor a boa fama do que o unguento precioso e o dia da morte, melhor do que o dia do nascimento” (Eclesiastes 7:1)
No livro de Paulo Lins, cidade de Deus, ele escreve que em alguns casos, o infortúnio que a todos visita possui suas utilidades, “há certas horas que a própria morte parece ser extremamente necessária” (Paulo Lins,cidade de Deus,p.397) mediante a essa afirmação fica claro que a vida não é bem vivida por todos e a morte deveras seria um escape: “pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem” (Eclesiastes 4:2) em contrapartida a isso existe aqueles que independente de qualquer situação querem viver. Pois, “enquanto a vida a esperança” para alguns só o que resta é a esperança de não passar pela morte física, porque dentro dos padrões impostos pela sociedade estes já foram a muito cortejados com cerimônias fúnebres através da exclusão social, desprezo moral, e preconceitos portanto, toda morte é uma separação, a física iguala a todos sem distinção: 
	“João! João! Morreu! Ai meu Deus, morreu pobre de João grilo! Tão amarelo tão safado e morreu assim! Que é que eu faço no mundo sem João? João! João! Não tem mais jeito, João grilo morreu. Acabou-se o grilo mais inteligente do mundo. cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo que é vivo morre! Que posso fazer agora? Somente o seu enterro e rezar por sua alma.” (Ariano Suassuna, auto da compadecida, P.113)
 “como saiu do ventre
da sua mãe, assim nu voltará, indo-se 
 como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo”
 (eclesiastes 5:15)
Confirmando essa ideia podemos classificar a morte em varias desiguinações, tendo como base a apresentação de Nelson Saúte, onde a morte é um fenômeno corriqueiro que acontece constantemente:
 “... talvez por isso Eufrígino ganhou pânico do convívio com os mortos, uma coisa absolutamente normal para os seus, dado que na sua família, ou mesmo na vizinhança, não era raro haver gente a morrer.”
 (Nelson Saúte, rio dos bons sinais, P. 16).
Essa personagem que fora citado por nome Eufrígino a muito vivia uma vida solitário, mesmo casado com uma mulher que era linda e ninguém conhecia, achou de certa vez o mesmo infortúnio que visitara a sua mãe que teve a cabeça decepada por uma chapa de ferro, e os seus familiares, visitar também sua esposa: “...foram estes que selaram a urna e a fizeram descer os palmos de terra que acolheram Graciosa na sua ininterrupta viagem pelo admirável país do silêncio.” (Nelson Saúte, Rio dos bons sinais P. 21) porém, a morte de Graciosa não se diferenciava em nada da vida que ela levava pois o país do silêncio citado é tão misterioso quanto seu convívio com Eufrígino: 
“... provavelmente tão estranho quanto misterioso, como aquele em que ela vivera os seus anos de mulher desposada por Eufrígino dos ídolos, o homem do luto perpétuo.” (Nelson Saúte, Rio dos bons sinais P. 21),
 “Eufrígino teve a coragem de levantar o rosto e encarar a multidão que o acompanhava naquela hora de estranha solidão de um homem que ganhara, no infortúnio, a companhia dos semelhantes.”
(Nelson Saúte, Rio dos bons sinais P. 21)
Além de a morte ser um fenômeno corriqueiro ela em alguns casos pode trazer algo de bom, as afirmações citadas respondem a uma das indagações propostas nesse artigo qual a diferença entre viver e morrer? Alguém pode ganhar com a morte? Para graciosa não fazia diferença, pois ela já vivia no país do silêncio. Eufrígino ganhou no infortúnio a companhia dos seus semelhantes. 
Para responder o que é a morte, podemos explicá-la através do seu antônimo, a vida. Nelson Saúte descreve a trajetória de um indivíduo por nome Anchilo que perdera seu emprego, porém sua mulher não sabia, ele celebrava cortejos fúnebres e seus discursos eram extensos, liturgicamente programado em fingimentos, até que um dia sua mulher descobre quando vai para o funeral do seu vizinho no qual Anchilo também estava:
	“quando chegou a vez dos avisos, a última parte da cerimônia, antes de as pessoas partirem, muitos para a casa do falecido, para tomarem o chá, outros para os seus múltiplos destinos, Anchilo nem esperou pelo dinheiro combinado. Tentou escapulir-se, esgueirando-se por uma abertura que dava para umas campas rasas quase desaparecidas de serem tão pisadas.” (Nelson Saúte, Rio dos bons sinais, P.44)
	“... Anchilo foi sacudido pela fúria de uma mulher que queria explicações... estavam os dois, marido e mulher, frente a frente. Ela em lágrimas de tanto vexame. Ele, sem saber para onde desviar os olhos... Anchilo decidiu olhar para a mulher... com a mão direita livre, na esquerda tinha a bíblia – limpou vagarosamente as lágrimas da mulher e abraçou-a. Depois, da proverbial sabedoria das suas palavras, que a mulher jamais haveria de pôr em causa, fez o discurso mais curto da sua condição de pregador: - É a vida!” 
 (Nelson Saúte, Rio dos bons sinais, P.45)
Essa citação demonstra que às vezes é necessário fazer coisas inacreditáveis para viver que só podem ser explicadas com poucas palavras, se viver é complicado dessa forma a morte é o agente separador que coloca um ponto final, nas explicações da vida, por ser antagônica a esta. 
METODOLOGIA
 O trabalho teve sua constituição básica em três etapas seguintes: primeiro foi analisado minuciosamente a obra de Nelson Saúte e a partir de uma linha interpretativa que diz respeito à temática em questão, junto com os elementos constituintes do seu gênero literário visando entender o significado da linguagem plurissignificativa conotativa presente na obra de Nelson Saúte, na qual foi permitido fazer associações.
A segunda etapa partiu de variadas pesquisas bibliográficas em livros que se relacionam com o tema comum ao do referido trabalho, como por exemplo: “o caçador de pipas” de Khaled Hosseini, “cidade de Deus” de Paulo Lins, as pesquisas feitas em sítios da internet serviram de complemento na construção das ideias.
No entanto a concretização desse trabalho só foi possível a parte da terceira etapa metodológica que teve seu andamento baseado em pensamentos que fluíram mediante a apresentação da humanidade no livro de José Saramago, “ensaio sobre a cegueira” que ajudou na construção da temática e apreciação crítica, avaliando os aspectos da humanidade dando margem para as especulações a cerca dos variados tipos de morte existentes.
Após estas analises determinou-se a presença implícita de vários significados que influenciaram na linha interpretativa seguida em todo o trabalho, onde foram feitas aplicações pessoas tendo como referencial a dissociação da concepção que se tem sobre a morte e o que é apresentado por Nelson Saúte, e mostrada nos seus mais variados sentidos. 
RESULTADOS
Observou-se no presente trabalho as várias formas de variações do tema abordado, Por intermédio dessas variações que, demonstra como a concepção do homem a cerca da morte, limita-se ao seu estado físico, porém nesse trabalho, foi depois das análises da morte em outros contextos que se pode chegar a várias conclusões que podem ser citadas, De ante da visão comum pode-se apresentar como mortos “aqueles que não resistem à vida ou desistem de viver, aqueles que são atropelados pelo destino na precária condição de viventes.” (Nelson Saúte, Rio dos bons sinais, P. 36)
Nesse trabalho verificou-se toda uma estrutura de analogias mediante a qual, foi possível destacar os diversos sentidos plurissignificativos que são vistos em citações demarcadas, que influenciaram bastante no sentido global onde foi confirmada a existência de uma sucinta e simples forma de apresentar a morte, como algo significativo em crenças, porém evidente na forma de se mostrar natural e desmitificado na ideia que se tem da morte como a pior das coisas que pode acontecer ao ser humano, pois, quando se vive miseravelmente sem perspectivas, para a sociedade estamos mortos isso é pior. Essa ideia consequentemente resultou nas seguintes afirmações: o ser humano, sendo vítima de uma separação moral, provenientes da desigualdade social é marginalizado e tido como indigente, quando se assimila esse tipo de separação com a morte pode-se dizer que a morte está presente de forma polissêmica, onde a riqueza de significados ultrapassa, a ideia de uma morte física tenebrosa provida apenas das concepções que não buscam algo que ultrapassem o campo visual lógico. 
CONCLUSÕES
Na conclusão desse trabalho formulamos o entendimento do tema principal que visa mostrar a morte, como é apresentada na literatura de Nelson Saúte e como ela pode ser vista em outros contextos assumindo outros significados e perdendo a essência no que diz respeito ao senso comum, pois, diante de certas situações ela é preferível:
 “... O cego disse Se vou ter de ficar assim, acabo com a vida, Por favor, não digas disparates, para infelicidade já basta o que nos sucedeu, Eu é que estou cego, não tu, tu não podes saber o que me sucedeu...”
 (José Saramago, ensaio sobre a cegueira P.6)
Sabendo disso entendemos outros tipos de morte como a moral as vítimas são tratadas com desumanidade, desprezo vivendo consequentemente
uma vida miserável:
	“... Isso não é comigo, Então comunique com os seus superiores, Olhe lá, ó ceguinho, quem Ihe vai comunicar uma coisa a si sou eu, ou você e essa voltam agora mesmo para donde vieram, ou levam um tiro, Vamos,disse a mulher, não há nada a fazer, eles nem têm culpa, estão cheios de medo e obedecem a ordens, Não quero acreditar que isto esteja a acontecer, é contra todas as regras de humanidade, É melhor que acredites, porque nunca te encontraste diante de uma verdade tão evidente...” (José Saramago, ensaio sobre a cegueira, 36)
para esses talvez a morte em suas concepções seja uma forma de encontrar a paz como pensava inferninho personagem do livro Cidade de Deus:
	“deitou-se bem devagar, sem sentir os movimentos que fazia, tinha uma prolixa certeza de que não sentiria a dor das balas, era uma fotografia já amarelada pelo tempo com aquele sorriso inabalável, aquela esperança de a morte ser realmente um descanso para quem é obrigado a fazer da paz das coisas um sistemático anúncio de guerra.” (Paulo Lins, cidade de Deus, p.188) 
	As divisões do mundo em classes sociais fazem com que o amor ao próximo seja utópico conviver com a certeza que só o pior pode acontecer ser julgado pelo meio e descobrir que não existem amigos perto e nem longe, é o que faz muitos preferirem o efeito da morte. No livro de Khaled Hosseini, o caçador de pipas, Hassam passou os piores momentos da sua vida sendo humilhado por alguém que ele pensava que fosse o seu único amigo, por fazer parte de uma raça inferior (hazaras) diante da morte não existe distinção. (então para que tanta descriminação, injustiça, desigualdade se até mesmo o infortúnio que acontece em nossas vidas como outras coisas insiste em nos mostrar que fazemos parte de uma única raça, a raça dos seres humanos que são frágeis, pois não existe uma raça superior a outra, todos são seres humanos e por que não são tratados como tais? As injustiças fizeram com que os homens ancorassem em seus corações o egoísmo, com o qual eles não consegue enxergar o mal que fazem, todos os dias movimentando um monopólio de direitos e democratizando apenas os deveres para aqueles que são tidos como inferiores diante do quadro social).
 “... mas pode alguém enxergar o belo com os olhos obtusos pela falta de quase tudo de que o humano carece?” (Paulo Lins, cidade de Deus, p.187) 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LINS, Paulo cidade de Deus : romance/ Paulo Lis - São Paulo: Companhia de Letras, 2007.
HOSSEINI, Khaled. O caçador de pipas / Khaled hosseini; tradução Maria Helena Rouanet - Rio de Janeiro: Nova fronteira, 2005
SAÚTE, Nelson. O rio dos bons sinais/ Nelson Saúte. - Rio de Janeiro: Lingua geral, 2007. - (coleção ponta de lança)
SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira/ José Saramago -
PFEIFFER, Charles F; Voz, Howard F; Rea John, Dicionário bíblico Wycliffe; tradução: Degmar Ribas Júnior – Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
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