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Civil - 03

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EXAME DE ORDEM 2012.2 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2012.2 
 
Disciplina Direito Civil 
Aula 03 
 
EMENTA DA AULA 
1. Defeitos do negócio jurídico 
2. Eficácia dos negócios jurídicos 
3. Prescrição 
4. Decadência 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Defeitos do negócio jurídico 
�Espécies: 
• Vícios do consentimento: provoca uma manifestação de vontade que não 
corresponde ao íntimo verdadeiro querer do agente. (erro, dolo, coação, estado de 
perigo e lesão). 
• Vícios sociais: vontade deliberada, exteriorizada com intuito de prejudicar terceiros 
(simulação e fraude contra credores). 
 
����ERRO: 
• Definição: consiste na falsa representação da realidade representação da realidade. O 
agente se equivoca sozinho, sem influência externa. 
• Pressupostos: a) substancial ou essencial (art. 139, CC): foi por causa do erro que 
houve a prática do ato; b) escusável; 
• Falso motivo (art. 140, CC): só conduzirá anulação quando estiver expresso. 
• Terceiro: art. 140, CC 
• Não será anulado: a) erro acidental (art. 142, CC): manifesto de vontade equivocada e 
se não houver possibilidade de praticá-lo; b) erro de cálculo (art. 143, CC): neste caso 
para sanar o erro basta refazer o cálculo; c) convalescimento: o outro contratante 
percebeu o equívoco e sana o erro e pratica o ato sem vício. 
 
EXAME DE ORDEM 2012.2 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
����DOLO: 
• Definição: é o erro provocado por terceiro que utiliza de artifício astucioso. 
• Espécies: a) dolo principal (art. 145, CC): o negócio anulável; b) dolo acidental (art. 
146, CC): não foi a razão do negócio jurídico, mas faria de outra maneira se não 
houvesse o dolo. O negócio jurídico não será desfeito, mas pode-se requerer perdas e 
danos; 
• Dolo “manus”: aquela pessoa que exalta as qualidades: NÃO ANULÁVEL; dolo 
“malus”: dolo principal: ANULÁVEL. Dolo é positivo, mas há dolo omissivo, pois a parte 
deliberadamente omitiu com informação importante (art. 147, CC): NEGÓCIO 
ANULÁVEL. 
• Dolo de terceiro (art. 148, CC): se o beneficiário desconhece a prática do dolo, o 
negócio não será defeito e quem responderá por perdas e danos será daquele que 
praticou o dolo. 
• Dolo bilateral: um leva o outro a incorrer em um determinado erro (art. 150, CC). 
Nenhum dos sujeitos poderá alegar dolo, o negócio jurídico não será desfeito e cada 
um terá que arcar com prejuízo. 
 
����COAÇÃO 
• Definição: é toda ameaça (física moral) ou pressão injusta exercida sobre o indivíduo 
para forçá-lo contra a sua vontade a realizar determinado negócio; 
• Requisitos (art. 151, CC): a) causalidade; b) gravidade; c) atualidade; d) ilícita (art. 
153, CC): temor reverencial e o exercício de um direito não ilicitude; 
• Alvo da ameaça (art. 151, CC): próprio declarante, sua família ou seus bens. Pode ser 
dirigida a terceiro, desde que cause fundado temor; 
• Terceiro (art. 154 e 155, CC): o negócio será desfeito se o terceiro sabia da coação. 
Subsistirá o erro se o terceiro não tinha ciência. Quem recompõe é o que praticou a 
coação. 
 
����ESTADO DE PERIGO: 
• Definição (art. 156, CC): situação de extrema necessidade de salvar-se ou salvar 
alguém da família ou terceiros, com a formalização de obrigação excessivamente 
onerosa. 
EXAME DE ORDEM 2012.2 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
• Requisitos: a) necessidade de salvar-se; b) vantagem desproporcional; c) ciência do 
contratante. 
 
����LESÃO (art. 157, CC) 
• Definição: situação premente necessidade ou inexperiência, com formalização de 
obrigação manifestamente proporcional; 
• Requisitos: a) premente necessidade ou inexperiência; b) vantagem desproporcional; 
c) não depende da ciência da outra parte; 
Observação: visa conter o desequilíbrio contratual. Não será anulado o negócio 
jurídico. Esta hipótese tem sido aplicada aos casos de estado de perigo. 
 
����FRAUDE CONTRA CREDORES 
• Definição: é vontade manifesta com objetivo de prejudicar credores. É praticado por 
devedor insolvente, ou pelo ato reduzido a insolvência. 
• Hipótese: a) remissão de dívida ou transmissão gratuita: só exige eventos “damni”, 
ou seja, prejuízo causado; b) transmissão onerosa (art. 159): “consilium fraudis”: 
deveria saber que o outro será reduzido a insolvência. 
 
2. Eficácia dos negócios jurídicos 
���� Condição 
• Definição: acontecimento futuro e incerto; 
• Espécies: a) suspensiva (art. 125, CC): já assinou, mas ainda não produz efeitos, ou 
seja, estão suspensivos; b) resolutiva (art. 127, CC): já produz efeitos desde a 
assinatura, o negócio jurídico só se resolve depois por isso para de cumprir. 
 
���� Termo 
• Definição: acontecimento futuro e certo, que subordina início ou término da eficácia 
de um determinado negócio jurídico; 
• Prazo: art. 132, CC. 
 
���� Encargo ou modo 
EXAME DE ORDEM 2012.2 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
• Definição: é determinação acessória a um negócio jurídico que impõe uma obrigação 
ao favorecido em benefício do instituidor ou de terceiros; 
• Art. 137, CC: o encargo ilícito elimina o encargo e o negócio jurídico. 
 
3. Prescrição: é a perda da pretensão poder de exigir uma conduta positiva ou negativa contra 
aquele que lhe viola um direito. Prescrição pode ser aquisitiva: no caso de usucapião. 
• Prazo (art. 205, CC): o prazo prescricional não pode ser alterado por convenção das 
partes. Caráter público: pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição. Conforme o 
art. 219, § 1º, do CPC, o juiz pode reconhecer de ofício; 
• Das causas que suspendem ou impedem a prescrição (art. 197 a 201, CC): 
impedimento e suspensão; 
• Interrupção da prescrição (art. 202): pode haver apenas uma vez para ato de vontade 
de qualquer interessado (art. 203, CC); 
• Renúncia: pode haver renúncia somente depois que se consumar (art. 191, CC) e 
desde que não cause prejuízo a terceiros. 
 
4. Decadência: perda do direito potestativo. 
• Espécies: legal e convencional; 
• Na decadência o prazo nunca suspende ou interrompe (art. 207, CC), exceção é o 
artigo 208, CC.

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