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Regulação Osmótica em Invertebrados terrestres

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Regulação Osmótica em Invertebrados terrestres
Caracóis
Caracóis e lesmas possuem peles úmidas e uma elevada evaporação a partir de suas superfícies. Lesmas nuas dependem da umidade se seus habitats. Caracóis portam uma concha impermeável à água, onde podem se recolher.
Caracóis terrestres que se encontram inativos ou em estivação durante o verão, possui uma excelente barreira à perda d’água retraindo-se para dentro da concha e recobrindo a abertura com o epifragma, uma membrana constituída de muco seco. Em alguns casos contém uma grande quantidade de carbonato de cálcio cristalino.
Esta estratégia de inativação dentro da concha permite que alguns caracóis sobrevivam em regiões desérticas secas e quentes por muitos anos sem sofrerem desidratação. Estes animais tornam-se ativos após as chuvas de inverno, quando se reproduzem e se alimentam.
Artrópodes
Caracterizados por um esqueleto rígido e articulado, os artrópodes compreendem os animais terrestres mais bem adaptados.
Crustáceos
Embora a maioria de crustáceos seja aquática, alguns decápodes são terrestres a ponto de se afogarem se mantidos submersos. Já outros como os isópodes, são totalmente terrestres e alguns vivem até mesmo em desertos quentes e áridos.
Os caranguejos terrestres e semi terrestres são excelentes osmorreguladores e dependendo das condições e da necessidade, conseguem executar de forme eficaz tanto a hiper como a hiporregulação. Alguns caranguejos terrestres conseguem captar água a partir da areia ou substrato úmido, conseguindo sobreviver por meses sem ter acesso direto à água.
Os isópodas terrestres comuns encontrados em habitats úmidos permanecem escondidos durante o dia e se movimentam à noite quando a umidade relativa é maior.
Insetos e Aracnídeos
Vivem em quase todos habitats em terra e água doce, perecendo estar ausentes apenas em regiões polares e em oceanos.
Para um organismo manter balanço hídrico, toda perda d’água precisa, durante um período ser equilibrada por um ganho idêntico de água.
Balanço Hídrico
A manutenção do balanço hídrico pode ocorrer em situações nas quais há excesso ou escassez de água. Por exemplo, um inseto de água doce pode engolir grande quantidade de água com o alimento e também receber um influxo osmótico de água. O excesso de água deve ser eliminado (função normalmente realizada pelo rim) que por sua vez produz uma grande quantidade de urina diluída.
Perda d’água: evaporação
Os órgãos respiratórios dos insetos consistem de tubos revestidos com quitina e somente os ramos mais delgados são relativamente permeáveis à água.
A epiderme de insetos é uma camada seca e rígida e não é completamente impermeável à água. A evaporação da epiderme dos insetos aumenta com a elevação da temperatura. O aumento é muito maior que a elevação da pressão de vapor d’água e parece relacionado às alterações físicas na camada de cera.
Perda de água nas fezes e urina
Os insetos eliminam fezes e urina através do ânus. Tanto a urina quanto o material fecal do intestino passam para o reto, onde ocorre a reabsorção de água.
Armazenagem de excreta
Se os produtos da excreção, ao invés de serem eliminados na urina, forem retidos no organismo, não haverá gasto de agua para excretá-los. Muitos insetos armazenam ácido úrico na gordura do corpo, outros na epiderme.
Transporte ‘ativo’ da água
Insetos que vivem em meios muito secos retiram água do conteúdo fecal até que os bolos fecais fiquem extremamente ressecados. Essa retirada de água tem a aparência de um transporte ativo de água, pois a água é transferida de uma alta concentração osmótica no reto para uma menor no sangue.
A maior parte do transporte de água contra um gradiente nos sistemas animais pode ser explicado por um transporte primário de um soluto, com a água passando passivamente devido as forças osmóticas.
O transporte pode ser uma maneira comum de movimentar a água. Espaços intra ou intercelulares longos e estreitos são característicos de muitos epitélios.
Ganho de água: ingestão
A forma mais evidente de captação de água é a ingestão de água livre. Para a maioria dos insetos, entretanto, a água encontra-se disponível apenas para intermitentemente e a intervalos irregulares, e muitos vivem em habitats secos, onde nunca há água livre disponível e eles necessitam obtê-la em outro local.
Água no alimento
Os insetos que se alimentam de vegetais podem obter grandes quantidades de água. Quando a água é abundante no alimento, o problema é a eliminação do excesso. Essa função é a função normal do rim, que produz urina diluída em grande quantidade. Sob condições secas, ao contrário, o objetivo é eliminar os produtos da excreção com um mínimo de água e produzir urina, a mais concentrada que o renal é capaz de produzir.
Água e oxidação
Para os animais que vivem sob condições áridas, o ganho hídrico mais significativo é a partir da água formada pela oxidação de materiais orgânicos, que pode ser denominada água de oxidação.
Na oxidação do alimento, a quantidade de água depende da quantidade de hidrogênio presente nos substratos em questão.
Captação de agua através da superfície do corpo
A maior concentração osmótica dos solutos nos fluidos corpóreos causa um influxo osmótico de água. Para os insetos aquáticos, o problema é eliminar o excesso de água. Nos insetos terrestres, entretanto, a situação é diferente, já que muitas vezes há escassez de água.
A umidade atmosférica abaixo da qual a captação não ocorre, varia entre as espécies. A captação de vapor é limitada a dois locais, a porção retal do intestino posterior de alguns animais, ou a região da boca em outros (exceto nos isópodes, onde a captação ocorre na região abaixo dos apêndices abdominais).
As estruturas morfológicas distintamente diferentes associadas à capacidade de absorver vapor de água sugerem que essa característica desenvolveu-se separadamente em muitos artrópodes diferentes.

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