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Direitos da Personalidade . Direito Civil

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Direitos da Personalidade (Art.11° ao 21°CC).
Introdução: Direito Civil Constitucional – Art.1°. II, III CRFB.
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: --- II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; ----------------------------------
Cidadania e a dignidade da pessoa humana - são clausulas gerais dos direitos da personalidade.
Conceito: Os direitos da personalidade são direitos inerentes á pessoa, que existem mesmo antes dele nascer, em regra encerram se com a morte, mas podem se protrair ate depois da morte. Considerados essenciais à pessoa humana, que a doutrina moderna preconiza e disciplina, a fim de resguardar a sua dignidade.
Objeto – Projeções: 
FISICAS: Direitos à integridade física. Ex: direito à vida, ao corpo, etc.
PSÍQUICAS: Direitos à integridade mental. Ex: direito autorais, criações, obras, etc.
MORAIS: Direitos à integridade moral. Ex: direito à imagem, honra etc.
Titularidade: Toda e qualquer Pessoa Natural e Jurídica, inclusive o nascituro. 
Art. 52°. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Características / Atributos do Direito da Personalidade:
a) Intransmissíveis: Os direitos da personalidade não podem ser transferidos para outras pessoas. Nascem e se esgotam com a pessoa.
b) Irrenunciáveis: Os direitos da personalidade são irrenunciáveis porque o seu titular não pode abrir mão desses direitos. 
 
c) Ilimitados: Os direitos da personalidade são ilimitados porque não existe um número certo de direitos da personalidade. Bem como eles não podem ser quantificados.
d) Absolutos: Os direitos da personalidade são absolutos porque são erga omnes - em face de tudo e de todos.
e) Extrapatrimoniais: Os direitos da personalidade não estão inseridos na esfera patrimonial da pessoa, não estão sujeitos a valores ou aferição econômica.
DIREITOS MORAIS - que em ultima análise e esse direito da personalidade. 
DIREITOS PATRIMONIAIS, esse você herda, transferem, penhora...
f) Impenhoráveis: Os direitos da personalidade são impenhoráveis, pois são extrapatrimoniais e, portanto, são insuscetíveis de valoração.
g) Indisponíveis: Os direitos da personalidade são indisponíveis porque nem sempre a pessoa pode dispor da forma que bem entender de seus direitos da personalidade.
h) Imprescritíveis: Os direitos da personalidade são imprescritíveis porque podem ser exercidos a qualquer tempo não se extinguem pelo seu uso, nem pela sua inércia.
i) Vitalícios: Os direitos da personalidade são vitalícios já que acompanham a pessoa do seu nascimento até a data de sua morte, sendo que alguns direitos persistem mesmo após a sua morte, como por exemplo, o direito a honra e a imagem.
j) Exercício ilimitado (regra): Art. 11°. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Enunciado. (exceção) 4 – Art.11°: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.
Enunciado. (exceção) 139 – Art. 11°: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes.
Tutela dos Direitos da Personalidade (Art.12CC). (tutela = proteção ou amparo)
No artigo 1°, inciso III da CF estabelece a dignidade da pessoa humana.
Quando se há uma lesão ou violação a dignidade humana podemos dizer que houve um dano moral.
Existem meios de tutela para o direito da personalidade, tutela preventiva / inibitória ou tutela repressiva. O que seria tutela? É um dano moral indenizável, sendo jurisdicional.
a) A tutela preventiva / inibitória: é aquela que se opera antes, tutela antecipada, com finalidade de evitar que seja concretizada a ameaça de lesão a um direito. (ameaça)
A tutela repressiva é quando o ato já foi praticado e tem por finalidade evitar que seus efeitos atinjam a esfera jurídica do particular. (lesão e indenização)
Legitimação - Art. 12°. § único.
Art. 12°. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Classificação dos Direitos de Personalidade. (EN 274)
274 – Art. 11°. Os direitos da personalidade, regulados de maneira não-exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). 2 Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação.
Base na tricotomia: 7.1 CORPO – integridade física. 
 7.2 MENTE – integridade psíquica / moral
 7.3 ESPIRITO – integridade moral / intelectual
 Integridade física.
Direito a vida - antes de nascer (aborto. Art.124°CP)
 - depois de nascer (homicídio/feminicídio Art.121° / § 2 ° VI. / infanticídio Art. 123°)
Eutanásia – antecipação da morte é crime, e implica um comportamento ativo do médico. 
Distanásia – prolongar a vida por meios de tecnologias avançadas. Normalmente a Eutanásia decorre da Distanásia.
Mistanásia ou Eutanásia Social – omissão do poder público pelas condições de saúde existente, ex: morrer na porta dos hospitais por falta de atendimento, recursos e aparelhos necessários.
Ortotanásia ou para eutanásia – Morte no tempo certo, a arte do bem morrer (objetivo - evitar que se aplique a Distanásia).
Elementos da Ortotanásia:
Limitação consentida do tratamento.
Cuidados paliativos.
Projeto – Art.121°CP § 4°.
Resolução n°1995 de 09/08/2012 Conselho Federal de Medicina. (CFM) 
Diretivas antecipadas da vontade.
Resolução n°1995 de 09/08/2012 CFM. Art. 1º. Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade. 
Art. 2º. Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.
Antecipação Terapêutica da gestação do feto Anencefálico.
A anencefalia é uma má formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária. Um recém-nascido com anencefalia geralmente é cego, surdo, inconsciente e incapaz de sentir dor. Embora alguns indivíduos com anencefalia possam nascer com um tronco encefálico, a falta de um cérebro funcionante descarta a possibilidade de vir a ter consciência e ações reflexas, como a respiração e respostas aos sons ou toques.
O Brasil autorizou em 2012 a realização do aborto terapêutico para fetos com anencefalia. Até então, grávidas com fetos com anencefalia precisavam de autorização judicial para realizar o aborto. Segundo grupos contrários à manutenção da vida do feto com anencefalia, a interrupção da gravidez nestes casos diferiria do aborto por interromper o desenvolvimento de um feto que inevitavelmente morreria durante este processo, ou logo após o parto, enquanto o aborto interromperia o desenvolvimento de um bebê normal.
Direito a saúde da gestante, sua dignidade, autodeterminação e autonomia privada para decidir se prossegue ou interrompe
(aborto terapêutico) a gestação de um feto com anencefalia. 
Direito ao próprio corpo e suas partes integrantes: 
 b.1) Corpo vivo – Art.13° CC, (exceto partes do corpo).
Art. 13°. Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Não implique mutilação. (pode mutilar para finalidade terapêutica. ex: Diabete, tétano...)
Não tenha intuito comercial. (não pode vender parte do corpo. ilegalidade / mercado negro)
Justificado interesse terapêutico. 
Não contrariar os bons costumes. (relativo / individual)
Órgãos duplos. (pode doar órgãos duplos. ex: Rins...)
Partes regeneráveis. (pode doar partes regeneráveis. ex: fígado, medula óssea.)
Lei 9434/97. Art.9° Escolha do receptor. (enquanto vivo pode escolher)
Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea. (Redação dada pela Lei nº 10.211, de 23.3.2001)--------------------------------------------------------------------------------
 NEOCOLPOVULVOPLASTIA: Cirurgia de transgenitalização – EN. CC 6 / 276.
6 – Art. 13°: a expressão “exigência médica” contida no art. 13 refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico do disponente.
276 – Art.13°. O art. 13° do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a conseqüente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil.
Resolução CFM nº 1.955/2010. 
CONSIDERANDO ser o paciente transexual portador de desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência à automutilação e/ou autoextermínio;
CONSIDERANDO que a cirurgia de transformação plástico-reconstrutiva da genitália externa, interna e caracteres sexuais secundários não constitui crime de mutilação previsto no artigo 129 do Código Penal brasileiro, haja vista que tem o propósito terapêutico específico de adequar a genitália ao sexo psíquico;
CONSIDERANDO a viabilidade técnica para as cirurgias de neocolpovulvoplastia e/ou neofaloplastia;
A Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS) é o termo para os procedimentos cirúrgicos pelos quais a aparência física de uma pessoa e a função de suas características sexuais é mudada para aquelas do sexo oposto. A Redesignação Sexual é parte do tratamento para a desordem do transtorno de identidade para transexuais e transgêneros.
O transtorno de identidade de gênero é um transtorno psicológico caracterizado pela disforia (estado caracterizado por ansiedade, depressão e inquietude) de gênero, desconforto persistente com o gênero imposto no nascimento e por um sentimento de inadequação no papel social deste gênero.
  b.2) Corpo morto – Art.14° CC. / EN. 277 (não se fala mais em mutilação)
Art. 14°. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
277 – Art.14°. O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.
Violação: 
Direito a prova. (autorização para violação do corpo para DNA)
Necessidade - beneficio da ciência: doença rara; família autorizando pode-se doar o cadáver inteiro para análise e estudo.
 - corpo inteiro / *para transplante: indigente morto depois de certo período no IML não aparecendo ninguém que reclame o cadáver doa-se o corpo para estudo anatômico, *não podendo separar as partes para transplante, o corpo e doado inteiro.
Doação de órgãos:
- Lei 10211/01: criou a Lista Única de espera. (não se escolhe o receptor)
 - Princípio do Consentimento afirmativo (na ausência de qualquer informação considerava-se doador) - revogado pela Lei 10211/01, dependerá da autorização do indivíduo em vida ou familiar. 
- Manifestações de vontade relativas à retirada RG/CNH - revogado pela Lei 10211/01- "post mortem", constantes da Carteira de Identidade Civil e da Carteira Nacional de Habilitação.
 Para se tornar um doador o principal é conversar com a família e deixar claro o seu desejo. Não é necessário deixar por escrito, se os familiares se comprometerem a autorizar a doação por escrito após a morte, mas deixando por escrito e importante que alguém tenha acesso a essa informação pra que ela possa ter efeito no cumprimento de sua vontade, pois em casos de desacordo entre os familiares quanto autorizar ou não, a doação não e efetuada, deixando por escrito não haverá o que se discutir, pois prevalece a vontade manifesta em vida do individuo em face dos familiares.
Quando o potencial doador efetivo é reconhecido, a central de transplantes é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está esperando um órgão. A escolha do receptor será definida de acordo com a ordem da lista de espera que leva em consideração: a compatibilidade entre o doador e o receptor, o tempo de espera e a urgência.
Tratamento médico de risco. (Art.15 CC) / Resolução CFM nº 1.995/2012
Autonomia da vontade x Necessidade de intervenção médica ou cirúrgica.
Art. 15°. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Em casos em que o paciente dispõe de lucidez para exprimir sua vontade, tem-se como um dos direitos do paciente a recusa a tratamento médico ou intervenção cirúrgica com risco de vida. Quando não puder exprimir sua vontade, caberá ao seu representante legal decidir acerca da submissão ao tratamento. Tal artigo visa assegurar ao paciente uma mínima liberdade, pois se trata de seu corpo, não sendo o mesmo obrigado a seguir uma doutrina só porque a medicina assim determina. O mesmo tem plena faculdade em não acreditar na medicina, preferindo segurar-se somente na fé, seja religiosa ou mística, ou nos famosos “remédios caseiros”, como é muito comum em algumas regiões. 
- Consentimento informado – por escrito.
Convicções religiosas ou filosóficas x integridade física. 
As testemunhas de Jeová têm objeções claras quanto à transfusão de sangue, pois acredita que nos textos bíblicos está expressa a proibição à dita prática. É absolutamente legítima essa recusa.
Mas havendo recusa em permitir a transfusão de sangue, o médico,  obedecendo a seu Código de Ética Médica, deverá observar a seguinte conduta:
1º - Se não houver iminente perigo de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus  responsáveis.
2º  - Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue,  independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis. (CRM/PR. Parecer nº 2.382/2012)
A religião seja qual for não pode pretender que o médico ignore as regras fundamentais de sua profissão, colaborando, com sua omissão, para o fim da vida de seu paciente, pouco importa que este se rebele contra suas decisões.
Se a transfusão de sangue é indispensável para livrar o doente do iminente perigo de vida, não cabe ao médico perguntar-lhe ou a seus familiares ou responsáveis, quais suas convicções religiosas. Cabe-lhes, sim cumprir o seu dever profissional e também a sua missão primordial, estampada no artigo
2o do Código de Ética Médica. (CRM/PR. Parecer nº 1.072/98).
PARECER - A reivindicação das Testemunhas de Jeová, em parte atendida nos preceitos do parágrafo único do artigo 41 do CEM/2009, limita-se ao âmbito das transfusões de sangue no paciente adulto que possa exprimir sua vontade, nomear representante legal para fazê-lo ou que a tenha registrado em diretivas antecipadas, bem como, salvável mediante análise de caráter científico e juridicamente capaz. Não alcança os pacientes menores de idade e particularmente outros, relativamente ou totalmente incapazes, que não tenham em período anterior as suas incapacidades e com segurança jurídica, registrado as suas diretivas antecipadas de vontade ou que ainda no pressuposto da impossibilidade de expressá-la não tenham nomeado, com a mesma segurança jurídica, representante legal para fazê-lo.
(Brasília-DF, 26 setembro de 2014. Interessado: Associação das Testemunhas de Jeová)
Direito a voz. Art.5° XXVIII. CF (Identificador)
Art.5° XXVIII. - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
Inciso que garante a proteção ao criador ou inventor. É direito das pessoas supracitadas fiscalizarem a forma como outras pessoas ou empresas ganham dinheiro com as obras que eles criaram e ajudaram a construir. Locutores, apresentadores, são exemplos de pessoas que vivem da voz. 
Direito a integridade psíquica e moral. 
Direito a liberdade: civil, política, religiosa, sexual, exercício de atividade locomoção, imprensa... 
 
Em tese esse direito e ilimitado, mas há exceções, ele sofre limitações decorrente de interesses públicos e de interesses da convivência social.
 Interesse público - referem-se ao "bem geral", atitudes que confrontam a maioria. 
 Convivência social - moda e o maior limitador de liberdade.
CRFB - Art.5° IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Desde que haja a identificação, é autorizada qualquer manifestação de pensamento.
 a.1) Colisão entre - D. á privacidade x Liberdade de expressão.
Não existe hierarquia entre eles - intimidade e a liberdade da imprensa estão no mesmo patamar. Havendo conflito impõem-se a técnica de ponderação de interesses.
Técnica de ponderação de interesses – e a análise do caso concreto.
Sumula 221 STJ - São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.
Pessoa pública? Por ter fama não se deve entender que se pode dizer ou fazer o que se quiser de sua imagem. Quando se trata de pessoa publica a que se ter uma clareza em se distinguir se a critica, matéria, notícia, relato, e uma simples opinião contrariam (atos que não cabe indenização) ou uma ofensa (cabe indenização).
Há casos que mesmo diante possível indenização a imprensa opta pela vinculação da matéria, por ser o valor a ser pago pela indenização ser inferior ao ganho com a publicação ofensiva.
Direito a imagem: Art.20°CC.
Art. 20°. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Compreende: Imagem retrato - fotografia
 Imagem atributo - como a pessoa e vista, atributos da pessoa.
Sobre a imagem-atributo: Caso Xuxa: “Após o lançamento da fita [no cinema], ocorrido em 1982, a 2ª Autora [Xuxa] se projetou, nacional e internacionalmente, com programas infantis na televisão, criando uma imagem que muito justamente não quer atingida, cuja vulgarização atingiria não só ela própria como a das crianças que são o seu público, ao qual se apresenta como símbolo da liberdade infantil, de bons hábitos e costumes, e da responsabilidade das pessoas.” (TJRJ, Apelação Cível nº 3819/91, rel. Des. Thiago Ribas Filho, julgada em 27.02.92; fls. 802).
Vinculação da imagem é violação quando:
1° Afetar a honra, a moral - forma como se refere a o individuo na matéria publicada. (ofensa)
2° Para fins comerciais. Pode não ser uma ofensa, mas possui fins lucrativos.
3° Sem consentimento – expresso (autorizou) / tácito (se expôs).
4° Desvio da função social - tirar do contesto a imagem, (atrizes, pessoas famosas) 
Limitação do direito a imagem: EN. 279. Análise do caso concreto.
279 – Art.20. A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo acesso à informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização (comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a divulgação de informações.
Necessidade de atender interesse público - Ex: filmagem na praia notícia de saúde pública.
Necessidade de atender administração da justiça. Ex: procura-se um bandido. 
Direito de arena. Lei 9615/98 – situações desportivas, imagens dos jogadores. 
Relativização a o Direito da imagem: pessoa famosa perde a privacidade com a fama. (fofocas de tablóides). Própria relativização, publicação de fotos na internet (face/whatsapp). 
Ex: suicido de pessoas que tiveram suas imagens íntimas compartilhadas. (exposição pública) 
Relativização tanto da privacidade quanto da imagem.
Direito á privacidade. Art.5°X, XXII CRBF / Art.21°CC.
Art.5°. X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
Art.5°. XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
Art. 21°. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815)
Tutela preventiva ou inibitória - providências necessárias para impedir. 
Tutela repressiva - fazer cessar ato contrário a esta norma.
Violação da privacidade:
Correspondência – abrir correspondência particular.
Sigilo bancário – não sendo nos casos de administração da justiça. 
Sigilo fiscal - a declaração fiscal não se caracteriza como violação, e uma prestação de contas para analisar se a sua renda e compatível com seu cargo. (administração da justiça.)
Sigilo telefônico - só pode ser interrompido sob autorização judicial.
Não serve como prova gravação não autorizada. (prova ilícita)
Em regra sua privacidade e inatingível, mas pode ser relativizada em varias circunstância inclusive para administração da justiça.
Direito a honra: (ligados a honra: moral/nome/imagem/privacidade)
Aspectos - Honra Objetiva - como a sociedade vê (atributo) 
 Honra Subjetiva - como a pessoa se vê. 
Quando sai do campo de uma mera reportagem de uma opinião contraria para o campo da agressão, calunia injuria e difamação, cabe responsabilização em ambos os casos - agredir ou violar a forma como o individuo se vê ou como a sociedade o vê.
Direito a Integridade intelectual:
Direitos autorais - Lei 9610/98. Art.20°CC. Art.5°XXVII / XVIII b.CRFB
Art.5°XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
Art.5°XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
Objetivo do Direito Autoral – Trata-se da criação da obra, o autor é o criador.
1° momento - o que garante essa criação, e garante o Direito Autoral e quem criou a obra.
Para proteger essa criação:
2° momento registra-se a patente desta criação.
O que garante a autoria é a criação não o registro - O registro não e interesse do Direito Autoral e um presunção de prova. (presunção "juris tantum", válida até que provem o contrário)
Inexistência do Direito Autoral sobre determinados estilo ou comportamento.
Obra anônima - não existe autor definido, é de domínio público. (todos podem usar não registrar)
Caráter patrimonial – transmitido pelo prazo de70 anos contados de 1° de janeiro do ano seguinte a morte do autor, durante esse período é direito dos filhos os lucros das obras, criação...
Findo – passou de 70 anos, é de domínio público.
Execução pública - com finalidade lucrativa. ECADE. (órgão fiscalizador de Direitos Autorais)
 - sem finalidade lucrativa.
Direitos morais do Autor:
Direito a paternidade da obra – criação (registro é a prova)
Direito ao ineditismo – não quere que seja divulgado.
Direito a integridade da obra – não pode mexer na obra. (não sendo o autor)
Direito a modificação da obra – pode mexer nela à-vontade.
Direito ao arrependimento – pode destruir obra, recolher da exposição...
Ilicitude ou atentado contra o Direito Autoral:
Plágio - utilizar trechos de obras e reproduzir sem identificar a fonte.
Contrafação - utilizar e reproduzir a obra inteira como sendo sua.
Usurpação do nome – retirar nome do autor e assumir como sendo sua.
Alteração sem previa aquiescência do autor - modificar a obra (livro/filme)

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