Buscar

Bens. Direito Civil

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CÓDIGO CIVIL – BENS.
Classificação: 1° - Bens Considerados em Si Mesmos. (Art. 79 ao Art. 91)
 2° - Bens Reciprocamente Considerados. (Art. 92 ao Art. 97)
 3° - Bens Públicos e particulares. (Art.98 ao Art. 103)
 4° - Bens fora do comércio. (Doutrina)
1° - Bens Considerados em Si Mesmos: Art. 79 ao Art. 91 CC.
 Bens imóveis e móveis: 
 
Importância da distinção – alienação (venda).
Móveis – para a maioria das coisas móveis, em regra basta a TRADIÇÃO, que consiste no ato pelo qual alguém entrega o dinheiro e ou o bem à outra pessoa, o que simboliza a alienação. (qualquer contrato de compra e venda)
Imóveis – só se transfere direitos por ESCRITURA PÚBLICA.
Ex: casamento cuja comunhão e parcial ou total de bens, ou participação final nos aquestos, não importa de quem é o imóvel, tem que ter a outorga uxória ou a outorga marital para a alienação. Se uma das partes não quiser autorizar a venda move-se uma ação e o juiz quem decide se supri ou não a outorga. Quando se refere à autorização dada pela mulher, é chamada outorga uxória. Já a autorização dada pelo marido é chamada outorga marital. 
Bens Imóveis: Art.79 CC.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Classificação:
Por sua natureza: solo e suas adjacentes naturais (floresta, vegetações, rios).
Por acessão (incorporação): alguém acrescenta. 
- NATURAL- aquela que decorre de plantações, ato de semear a terra.
 
- ARTIFICIAL- aquilo que se constroem como prédios, praças, casas... Tudo que decorreu artificialmente da elaboração do homem e que fixou, incorporou-se definitivamente a esse solo. 
- INTELECTUAL- EN11(não existe mais).
Por determinação legal: Art. 80 CC. Lei diz que e Imóvel.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Sucessão aberta - e aquele patrimônio que ainda não foi feito a partilha, quando indivíduo morre faz-se a partilha através do inventário, mas enquanto não e feita à partilha todos os bens são consideradas por lei imóveis. 
Árvores para indústria madeireira – se especificamente foi plantada para indústria madeireira, ou seja, para ser cortado para fabricação de papel, lápis... São MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO.
Barracas e tendas – são consideradas MÓVEIS, pois a aderência ao solo e transitória.
Não perdem o caráter de imóveis: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
 
Ex: I - casa pré fabricada, estava no solo e é retirada transitoriamente, o fato de está sendo transportada não muda seu caráter de imóvel. Mas esta mesma casa quando se encontra na loja para venda é móvel, pois em momento nenhum foi fixada ao solo. Para vender a casa depois de fixada ao solo ela e móvel por tradição, não precisa escritura pública, uma vez que o solo não á compõe.
Ex: II – telhas, janelas... que estão sendo retiradas para reforma, não perdem seu caráter de imóveis, pois estão sendo provisoriamente separados para se reempregarem novamente.(finalidade)
Bens Móveis: 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Por sua natureza: Move-se naturalmente não necessita de força alheia, todo e qualquer ser movente. (animais)
Propriamente ditos: necessita de força alheia para se locomover. Ex: celular, cadeira...
Por determinação legal: Art. 83 CC.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
*Direitos pessoais envolvem os direitos da personalidade; *de caráter patrimonial referem-se principalmente a parte dos direitos autorais, as ações que envolvem a parte patrimonial dos direitos da personalidade, da honra, da moral, das obras, para efeitos legais são considerados móveis.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Ex: Telhas, comprar – móvel. Vender/jogar fora - móvel. Retirar para reforma- imóvel. (finalidade) 
Aquela que foi transitoriamente retirada mantém seu caráter de imóvel, aquela que foi retirada definitivamente passa a ter caráter de móvel.
*Casa pré-fabricada. E imóvel, mas móvel em determinadas situações. (o solo não á compõe) 
*Navios e aeronaves Art.1473 VI, VII. CC.
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
Navios e aeronaves são móveis propriamente ditos, podendo estar sujeitos a hipoteca. 
(Móvel – penhor / Imóvel – hipoteca.)
Bens fungíveis e infungíveis: Art.85 CC.
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
A fungibilidade decorre: 
Da comparação. Pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Da vontade das partes. Transforma fungível em infungível. (animal de estimação)
Do valor histórico. Transforma fungível em infungível (dinheiro e naturalmente fungível gasta coloca-se outro no lugar, mas se é uma moeda antiga, histórica torna-se infungível)
Do valor artístico. Transforma fungível em infungível. (quadros de pintor famoso)
Importância – Obrigações de fazer:
Fungível - A obrigação de fazer de natureza fungível admite a execução por terceiro, ou seja, a pessoa do devedor e substituível com facilidade.
Ex: o concerto de um carro.
Infungível – (intuitu personae) A obrigação de fazer de natureza infungível não admite a substituição da pessoa do devedor, ou seja, quando aquele que se obrigou não puder ser substituído por outra que exerça atividade equivalente.
Ex: a substituição de um cantor específico tendo em vista suas características individuais.
Ex: a substituição de pintor específico pra determinada obra artística.
(Cabe indenização)
Distinção: Mútuo Art. 586 CC (fungível) / Comodato Art. 579 CC. (infungível).
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Mútuo – fungível: (empréstimo de coisa móvel)
Revela-se como empréstimo de consumo 
Desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade 
Acarreta a transferência do domínio 
Permite a alienação da coisa emprestada
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
 Comodato - infungível: (coisa imóvel - indenizável)
Consubstancia no empréstimo de uso. 
Só se libera da obrigação restituindo a própria coisa emprestada. 
Não acarreta transferência do domínio.
É proibido de transferir o bem a terceiro. 
Não permite a alienação da coisa emprestada.
Bens consumíveis e inconsumíveis: Art.86 CC.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Consumíveis: 
Por natureza – quando seu uso faz extinguir completamente a natureza do bem, e a possibilidade de sua reutilização.
Ex: alimentos/cigarro/todo e qualquer descartável.
*Inconsumível por natureza – seria em tese aquilo que se reutiliza. Ex: roupa, mesa...
Por destinação – é tudo aquilo que esta à venda, por isso se fala Código do Consumidor relações de consumo.
Ex: roupa e inconsumível (uso próprio), mas na loja e consumível, pois esta para consumo. 
Por vontade das partes – a vontade pode definir se consumível
ou inconsumível. (reutilizar)
Ex: presente uma garrafa de vinho e para ter lembrança da ocasião decide não consumir e guardar. 
Ex: reutilizar pote de manteiga. 
Bens divisíveis e indivisíveis: Art.87 CC.
Em regra pode se disser que tudo e divisível, mas pode se interessar a indivisibilidade deste bem. Critérios: Utilidade / Diminuição de valor.
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Divisível por natureza - não alteração na sua substância... 
Ex: bolo, cada fatia possui todas as mesmas substâncias. 
Indivisibilidade:
Por natureza – se alterar a substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes
Por determinação legal – Art. 88 CC. lei determina sua indivisibilidade.
Ex: herança antes da partilha e um bem por lei indivisível.
Ex: menor módulo rural não pode ser fracionado por lei.
Por vontade das partes – pode tornar algo que seria divisível em indivisível.
Ex: gado, se dono decidi que só vai vender o rebanho inteiro.
Ex: vender um apartamento não implica em vender os moveis, mas se estabelece porteira fecha transformou em indivisível, ou seja, com tudo que esta dentro.
Importância Art.504 CC. Condomínio transforma o que poderia ser divisível em indivisível.
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Bens singulares e coletivos: Art. 89/90/91 CC. 
Bens singulares: 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. 
Dividi-se em:
Simples - por natureza - todo homogêneo integrado não se reparte, massa única.
Ex: animal, arvore...
Composto - ligado pelo homem – que o torna homogêneo, uma coisa única, não se reparte.
Ex: avião, carro, edifício...
Bens coletivos:
Universalidade de fato: varias coisas singulares que são tratadas de forma unitária.
 Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Ex: rebanho. Pode-se vender um boi separado, mas decidiu-se que vai vender todos. (como um todo possui maior valor.)
Universalidade de direito – um complexo de relações jurídicas que vai formar uma universalidade de diretos, ou seja, varias coisas que a lei vai tratar de forma unitária.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Ex: herança, enquanto não foi dividida não importa os itens ou quantidade deles e tratada de forma como unitária.
Ex: massa falida, bens que pertence a uma empresa falida, caminhão, prateleiras, tudo administrado por um síndico (representante) bens coletivos, mas se analisa de forma unitária.
 2° - Bens Reciprocamente Considerados: Art. 92 ao Art. 97 CC.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
Principais e acessórios: Art.92 CC.
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Principal é o bem que tem existência própria, que existe por si só (ex. solo). O bem acessório, ao contrário, é aquele que depende do principal (árvore). A relação entre bem principal e acessório existe entre coisas e entre direitos pessoais ou reais. Por exemplo: contrato de compra e venda é coisa principal e cláusula penal nele inserida é coisa acessória. Contrato de locação é principal e fiança acessório. Contrato de financiamento é principal e contrato de hipoteca acessório.
Princípio da gravitação jurídica: a natureza jurídica do acessório é a mesma do principal (solo x árvore), é o princípio da gravitação jurídica, em que o bem principal atrai para a sua órbita o bem acessório (rota gravitacional). O acessório acompanha o destino do principal, pois se a obrigação principal se extingue o mesmo ocorre com o bem acessório, o inverso não é verdadeiro. Sendo o proprietário do principal o é também do acessório.
- Ex. nulidade do contrato de locação implica a nulidade da fiança, enquanto que a nulidade da fiança não implica a do contrato.
- Ex. dono da árvore é dono dos frutos; o dono do solo é dono das coisas móveis que nele estiverem.
Classificação dos bens acessórios:
Frutos 
Produtos 
Pertenças 
Benfeitorias
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
- Frutos e Produtos podem formar relações jurídicas próprias.
Frutos – São as utilidades normais e periódicas que um bem lhe oferece e que na medida em que vão sendo explorados não ocorre comprometimento da substância da coisa em si. 
Características:
Periodicidade – se repõe de tempos em tempos 
Inalterabilidade do principal – retira-se o fruto sem alterar o principal.
Separabilidade – separa-se o fruto sem alterar o principal. 
 a.1) Quanto a natureza ou origem:
Frutos Naturais – e aquele que por natureza separa-se do principal periodicamente sem alterá-lo. Ex: frutas - maça, pêra... Toda e qualquer cria de animais, bezerro...
Frutos Industriais – aquela produzida pelo homem periodicamente sem alterá-lo; toda e qualquer produção industrial. Ex: celulares, carteira...
Frutos Civis – rendimentos do capital e aquele que se separa do principal periodicamente sem alterá-lo. Ex: juros, correção monetária, aluguel, renda de capital, ações...
 a.2) Quanto a ligação com o principal:
Percebidos – São os frutos já percebidos, que já foram separados da coisa principal.
Pendentes – É os frutos que ainda estão juntos a coisa principal, ainda não foram colhidos.
Percipiendos – São os frutos que deveriam ser colhidos e não foram, estão deteriorando junto à 
coisa principal.
Estantes – São os frutos já percebidos e armazenados para uma posterior utilização.
Consumidos – São os frutos que não existem mais pela sua consumação ou utilização.
Produtos: São as utilidades normais e não periódicas os quais à medida que vão sendo exploradas implicam no imediato comprometimento da substância da coisa principal. 
Características:
Não são renováveis
E alteram o principal. (mesmo que de longa data)
Ex: Os minérios de um modo geral, carvão, granito, pedras...
Pertenças: Art.93. CC / EXEÇÂO. Art. 94 CC.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Pertenças – são bens que não constitui partes integrantes. Tudo que embeleza ou facilita o uso e se retira sem danificar o principal é pertença, alem de ser objeto de reação jurídica própria. As pertenças, apesar de serem bens acessórios, não seguem o destino do principal, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
No silêncio do contrato as pertenças não estão contidas, a não ser em caso da lei diz ser pertencente, ou da manifestação de vontade (porteira fechada) se necessário entrar com ressalvas por que se incluem tudo ao contrato de porteira fechada, e salvo as circunstâncias do negocio. Ex Apresenta carro tudo equipado no momento da venda e quer retira as pertenças após a compra. Diante circunstancias do negocio conclui-se que as pertenças fazem parte do negocio.
Partes integrantes: aquela que compõe o principal
de forma absoluta (massa homogênea) que não e objeto de relação jurídica própria isolada a partir do momento que se tornou parte integrante. 
d) Benfeitorias. Art.96 CC. Realizada pelo homem com o propósito de (espécies):
Conservar – necessárias.
Melhorar – úteis.
Embelezar – voluptuárias ou suntuárias - mero deleite.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
O artigo 96 do Código Civil em seus parágrafos esclarece que benfeitorias são todos os melhoramentos realizados em determinado bem podendo ter por fim a conservação da coisa impedindo que a mesma se deteriore ou ainda aumentando as facilidades ou utilidades da coisa já existente ou finalmente objetivando apenas tornar a coisa mais prazerosa ou apenas mais bela, respectivamente benfeitorias, necessárias, úteis e voluptuárias ou suntuarias.
*A benfeitoria pode ser voluptuária ou útil mediante a circunstância. Ex: piscina benfeitoria voluptuária, mas se para uso de um paraplégico (fisioterapia) a piscina passa ser bem útil.
Importância: Art. 1.219 CC/Art. 1.220 CC. Possuidor e termo que se refere aquele que não tem título da propriedade da coisa, mas esta no uso dela. Possuidor de boa-fé e aquele que, por exemplo, mora na casa que acredita será sua, seu pai permitiu a moradia, mas quando o pai morre não deixando testamento e abre-se o inventário os irmãos não concordaram a casa então não será sua. Possuidor de má-fé e aquele que mora na casa e sabe que esta não e dele nem será.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
Não são Benfeitorias: Art.97 CC. Apesar de melhorar o bem. (incorpora ao bem)
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Não são Benfeitorias - Acessões naturais:
Ilhas. (Art.1249 CC) 
Aluvião. (Art.1250 CC)
Avulsão. (Art.1251 CC)
Álveo abandonado. (Art.1252 CC)
Não são Benfeitorias - Acessões artificiais ou invertidas:
Art.1253 CC.
Art.1255 § único.
Art.1270 § 2° CC. 
 Acessões naturais.
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:..................................................
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
Acessões artificiais ou invertidas. 
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.
§ 1° Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
§ 2° Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria-prima.
3° - Bens Públicos e particulares. (Art.98 ao Art. 103) 
*Particulares foram todos os bens citados até agora. Não pertencentes à União, Estados e Municípios.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Bens públicos: Art. 99 CC.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
 
I – Uso comum do povo. 
II – Uso especial. Destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
III – Dominicais / Dominiais. Estado é proprietário como se fosse particular. (Caixa Econômica) 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar
Bens de domínio público: Inalienáveis / Impenhoráveis / Imprescritíveis (Art.102 CC).
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Uso comum do povo / Uso especial.
 4.2 Bens de domínio privado: Alienáveis (Art.101 CC). 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Afetação – Bem passa da categoria de domínio privado para o domínio público. (uso especial) não pode vender; inalienável. 
Desafetação – Passa domínio público para o domínio privado (uso especial para dominial), pode vender; alienável com aprovação do legislativo.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
4° - Bens fora do comércio. (Doutrina). Quanto à possibilidade de serem comercializados.
Por natureza: 
De uso inexorável e Insuscetíveis de apropriação Ex: ar. Não se esgota, todo mundo tem, se todos têm esta fora do comercio, o que torna uma coisa fora do comercio por natureza depende da época e do lugar.
Por determinação legal: 
Bens de domínio público. (uso comum do povo / uso especial)
Imóveis tombados (sentido de modificá-los). 
Bem de família legal (Lei 8.009/90/ no sentido de pagar dívida comum)
Bens de menores. (administrar, inalienável/ somente
o juiz pode autorizar a venda/casada)
Terras indígenas. (demarcadas para fim específico)
Por vontade das partes:
Clausula de inalienabilidade.
Impenhorabilidade.
Instituição de bem de família voluntária. (Art.1711 á 1722 CC)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais