Buscar

Texto 2 - Jango e as razies da imprensa golpista

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

64
Jango e as raízes da imprensa golpista1
Tudo se acelerou em março de 1964. O presidente João Goulart, no clima da Guerra Fria, es-premido entre direita e esquerda, esquentou a situação ao dar o passo de que o Brasil precisava: as reformas de base. Na sexta-feira, 13 de março, no Comício da Central do Brasil, ao anunciar a reforma 
conservadoras, apoiadas pelos Estados Unidos, como hoje está documentalmente provado, moveram-se para consolidar a atmosfera de deposição do Presidente da República. Foram criadas as “Marchas da Família com Deus pela Liberdade”. O golpe, que vinha sendo preparado desde 1962, conforme o “roteiro da revolução” divulgado por Júlio de Mesquita no jornal O Estado de S. Paulo, veio à tona.
1. Jornais e jornalistas em 1964
O ano de 1964, no Brasil, pode ser descrito como o ano da imprensa colaboracionista. Os inte-lectuais jornalistas traíram o compromisso com a verdade e com a independência por desinformação, conservadorismo e ideologia. Alberto Dines, Antonio Callado e Carlos Heitor Cony ajudaram a derrubar Jango. Até o poeta Carlos Drummond de Andrade sujou as mãos com algumas mal-traçadas crônicas destinadas, pós-golpe, a chutar cachorro morto. Em 1954, a mesma imprensa havia empurrado Getúlio Vargas ao suicídio. Nas únicas três vezes em que o Brasil teve governos do centro para a esquerda – 1951-1954, 1961-1964 e 2002 até hoje –, a mídia aliou-se aos mais conservadores agitando os mesmos espantalhos: corrupção, anarquia, desgoverno, aparelhamento do Estado, tentações comunistas e outras 
Em 1964, João Goulart, fervido no caldo borbulhante da Guerra Fria, enfrentou a ira moralista de jornais como Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Tribuna da Imprensa, o Dia e dos Diários Associados de Assis Chateaubriand. A queda de Jango come-
ruas as “Marchas da Família com Deus pela Liberdade”. Consumado o golpe, o poderoso chefão de O Estado de S. Paulo, Júlio de Mesquita, não se constrangeu em publicar, em 12 de abril de 1964, o “roteiro da revolução”, que ajudara a preparar, com ajuda do professor Vicento Rao, em 1962. 
O patriarca da imprensa golpista clamava pelo fechamento do Congresso Nacional e das Assem-bleias Legislativas. “Há mais ou menos dois anos, o Dr. Júlio de Mesquita Filho, instado por altas patentes das Forças Armadas a dar a sua opinião sobre o que se deveria fazer caso fosse vitoriosa a conspiração que então já se iniciara contra o regime do Sr. João Goulart, enviou-lhes em resposta a seguinte carta...” Sugeria a suspensão do habeas-corpus, um expurgo no Judiciário e a extinção dos mandatos dos prefei-tos e governadores. A solução “democrática” contra o governo de Jango seria uma junta militar instalada no poder por, no mínimo, cinco anos. 
A “Mensagem ao Congresso”, enviada por Jango em 15 de março, detonou o horror na impren-sa golpista. O confronto com os marinheiros reunidos no Sindicato dos Metalúrgicos, no Rio de Janeiro, 
1 Parte deste texto foi publicada na revista Carta Capital, edição de 28 de março de 2014.
* Doutor em Sociologia pela Sorbonne, Paris V; escritor, historiador, jornalista, radialista e tradutor, é pesquisador 1B do CNPq, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS e autor de vários livros.
65
Unidade IAs lutas populares por direitos e as (in)transições brasileiras no contexto latino-americano
em 25 de março, deu nova e poderosa munição para o golpismo midiático: as Forças Armadas estariam minadas pela indisciplina, os marinheiros da base da hierarquia tinham reivindicações subversivas. Por exemplo, o direito ao casamento. A mídia considerava tudo isso muito radical. Em 30 de março, Jango compareceu ao encontro dos sargentos no Automóvel Clube do Rio de Janeiro. Foi a senha para o au-todenominado “vaca fardada”, o general Olympio Mourão Filho, dar o seu coice mortal, marchando com suas tropas de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro. A mídia exultou.
O golpe partiu de Minas Gerais sob a liderança civil do governador mineiro Magalhães Pinto. Alberto Dines, hoje decano dos críticos de mídia e pregador de moral e cívica no seu Observatório da Imprensa, brindou Magalhães Pinto, no livro que organizou e publicou, ainda em 1964, para tecer loas ao golpismo – “Os idos de março e a queda em abril” –, com o mais alto elogio disponível na época: um 
Este homem é o mais tranquilo, o mais sereno de todos os que estão na cena política. Magalhães Pinto, sem muitos arroubos, redimiu os brasileiros da pecha de impotentes”.
O Correio da Manhã deveria constar no livro dos recordes como o mais rápido caso de arrepen-dimento da história do jornalismo. Em 31 de março e 1º de abril de 1964, o Correio da Manhã golpeava furiosamente. No editorial Basta!, decretava: “O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta”. De quê? “Basta de farsa. Basta da guerra psicológica que o próprio governo desencadeou com o objetivo de convulsionar o país e levar avante a sua política continuísta. Basta de demagogia para que, realmente, se possam fazer as reformas de base”. Jango era o culpado de tudo: “Não contente de intran-quilizar o campo, com o decreto da Supra, agitando igualmente os proprietários e os camponeses, de 
ação deformadora às Forças Armadas, destruindo de cima a baixo a hierarquia e a disciplina”. 
O Correio da Manhã
editorial Fora!, o mesmo jornal saiu do armário: “Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: ‘Saia!’” Ve-redicto: “João Goulart iniciou a sedição no país”. E mais: “A nação não mais suporta a permanência do Sr. 
resta outra saída ao Sr. João Goulart senão a de entregar o Governo ao seu legítimo sucessor”. Como poderia de um golpe vir um “legítimo sucessor”? Mistérios do jornalismo: “Hoje, como ontem, queremos preservar a Constituição. O Sr. João Goulart deve entregar o Governo ao seu sucessor porque não pode mais governar o País”.
Em 3 de abril de 1964, no editorial de capa, Terrorismo, não, Correio da Manhã acordava do seu sono golpista: “Agora o Sr. Carlos Lacerda age por meio da polícia política, prendendo e espancando, como se estivéssemos em plena ditadura”. Era só o começo dela.
2. A penúltima traição dos intelectuais jornalistas
Os grandes jornais paulistas e cariocas atolaram-se com o mesmo entusiasmo. Apoiaram o golpe e a ditadura. A Folha de S. PauloBandeirantes (OBAN) transportar “subversivos” para o tronco. Em 22 de setembro de 1971, o jornal de Otávio Frias tecia em editorial o seu mais ditirâmbico elogio ao pior momento da ditadura: “Os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta. Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve. E de maneira especial não há hoje, quando um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social-realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama”.
66
Série O Direito Achado na Rua, vol. 7 – Introdução Crítica à Justiça de Transição na América Latina
Esse apoio explícito da Folha de S. Paulo ao governo de Médici ganha neste editorial um tom de -
sentimentos deste. Essa mesma imprensa que os remanescentes do terror querem golpear”. Em 2009, a Folha de S. Paulo ainda chamava a ditadura de “ditabranda”. O arrependimento nunca chegou.
O Globo, em editorial de 2 de abril de 1964, notabilizou-se pela bajulação surrealista: “Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem”. Em 7 de outubro de 1984, nos 20 anos do regime militar, Roberto Marinho reincidiu: -tuições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”. Só 49 anos depois do golpe, O Globo publicaria uma retratação contraditória e poucoconvincente. Assim foi com outro grande do jornalismo carioca. Em 31 de março de 1973, o Jornal do Brasil comemorava: “Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer”.
Em 2 de abril de 1964, a Tribuna da Imprensa deu em manchete uma lição do mau jornalismo que sempre a distinguiu: “Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr. João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-ne-gocistas-sindicalistas”. O Globo ecoou: “Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada”. Alguns jornais, ao menos, mantiveram a coerência reacionária: O Globo, O Estado de S. Paulo e a Tribuna da Imprensa foram contra a posse de Jango em 1961, a favor do golpe de 1964 e defensores do regime a partir daí. A Tribuna da Imprensa arrependeu-se precocemente quando viu que o poder não acabaria nas mãos de Carlos Lacerda.
Se os jornais apoiaram o golpe e a ditadura, muitos intelectuais jornalistas marcharam na linha de frente do golpismo. Carlos Heitor Cony, que logo percebeu o tamanho da encrenca e passou a criticar o novo regime, admitiu que ajudou a escrever os editoriais Basta! e Fora! do Correio da Manhã: “Minha -trospectiva! Para Cony, João Goulart era um “homem completamente despreparado para qualquer cargo público, fraco, pusilânime e, sobretudo, raiando os extensos limites do analfabetismo”. Reconhecia, en-tretanto, a legitimidade do mandato do Presidente.
Mesmo nos textos que o consagraram como primeiro grande resistente, no jornalismo, ao golpe, Cony resvala no preconceito: “Até agora, essa chamada Revolução não disse a que veio. As necessida-des do País, que levaram o governo inábil do Sr. João Goulart a atrelar-se à linha chinesa do comunismo, não receberam uma só palavra do Alto Comando”. Cony foi, contudo, um dos primeiros a denunciar o pa-
histéricos e analfabetos: Flávio Cavalcanti, Ibrahim Sued, Hélio Fernandes, César de Alencar e outros vultos de mesmo gabarito e da mesma fossa”. Um esgoto.
Alberto Dines vomitaria uma das maiores asneiras da época: “É preciso muita convicção para 
marinheiros, que arriscaram a vida com aquele motim por uma causa tão distante e abstrata, como re-formas de base, eram oportunistas e agitadores”. Entre as causas distantes e abstratas defendidas na-queles tempos, estavam o direito ao casamento e ao voto para os analfabetos. Em 1968, depois do Ato Institucional nº 5 (AI 5), em discurso em uma formatura, Dines criticou a censura. Enrolou-se com os ve-lhos amigos. O Serviço Nacional de Informações (SNI) forneceu-lhe um atestado de bons antecedentes descoberto pelo pesquisador Álvaro Larangeira: “Sempre se manifestou contrário ao regime comunista. Colaborou com o governo revolucionário escrevendo livro sobre a revolução e orientou feitura de cader-nos para difundir objetivos da revolução”. Não foi denunciado. Perdoou-se o deslize.
67
Unidade IAs lutas populares por direitos e as (in)transições brasileiras no contexto latino-americano
Carlos Drummond de Andrade mostrou que, como analista político, era um grande poeta: “No 
quando o servidor-presidente se torna inimigo maior da tranquilidade? Esperar que ele liquide a ordem legal...?” O poeta sentiu-se mais tranquilo com a liquidação da ordem legal pelo Exército. 
Já Antonio Callado faz de Jango um bêbado, incompetente e inculto, casado com uma mulher fútil, e com um vício terrível, “o de aumentar o salário mínimo”. O futuro grande escritor atrapalhava-se com as palavras: “A presidência da República foi transformada numa espécie de grande Ministério do Trabalho, com a preocupação constante do salário mínimo”. Chafurdava no preconceito e na maledicên-cia: “Ao que se sabe, muitos cirurgiões lhe garantiram, através dos anos, que poderia corrigir o defeito que tem na perna esquerda. Mas o horror à ideia de dor física fez com que Jango jamais considerasse a sério o conselho. Talvez por isso tenha cometido o seu suicídio indolor na Páscoa”. Escreveu o indizível: latrino-americano da deposição de Jango, é que realmente não se pode desejar que as Forças Armadas não o traíssem”. Raízes do PIG.
3. A popularidade de Jango
Em 15 de março de 1964, dois dias depois de espantar o Brasil com o contundente discurso da Central do Brasil, João Goulart cometeu mais um erro grave: mandou ao Congresso Nacional uma “men-
chocantes, mas que não levavam os inimigos de Jango a apressar-se: “Impressiona saber que somen-te 46% das crianças brasileiras frequentam escolas e que menos de dois milhões de adolescentes, ou 
importava com isso?
O perigoso Jango resolveu mexer numa abelheira. Pediram-lhe que fosse sensato e não radica-lizasse. Ele tinha projetos diabólicos como construir 5.800 salas de aula. Instituiu o monopólio da impor-tação de petróleo dando um golpe mortal em interesses estrangeiros defendidos por aliados brasileiros com forte poder de fogo na imprensa. Num país com alta concentração de terras, 44% da área rural pertenciam a 32 mil empreendimentos, 0,97% do total. Os 99,3% restantes dividiam 66% da área, segun-do dados do IBGE e análise do economista Cássio Moreira. Nesse contexto inacreditável, o Presidente ousava propor uma reforma agrária real.
como os açudes. Por este ato, áreas inexploradas e sob o domínio de latifundiários, que não as cultivam nem permitem que outros a cultivem, serão desapropriadas e divididas em lotes para entrega aos campo-neses que as queiram cultivar. Esta é a primeira ampla porta que se abre para uma reforma agrária que 
nosso povo”. Bateu o terror.
A reforma agrária do “comunista” gaúcho tinha como base os princípios cristãos. O assustador João Goulart não considerava muito cristão que a maioria passasse fome e não tivesse terras para cul-tivar enquanto sobrava solo fértil. Nem que apenas 93 mil jovens, numa população de quase 80 milhões de habitantes, frequentasse a universidade. Como se vê, era mesmo preciso derrubá-lo.
O professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Luiz Antônio Dias, recuperou as pesquisas do IBOPE feitas poucos antes do golpe, como já havia feito outro pesquisador, Antônio La-vareda, que mostram o imenso apoio da população a Jango. Em entrevista à revista Carta Capital, Dias resumiu: “A primeira [pesquisa], sem indicação de contratante, revelava amplo apoio à reforma agrária, com um índice superior a 70% em algumas capitais. A outra, realizada em São Paulo a pedido da Feco-
68
Série O Direito Achado na Rua, vol. 7 – Introdução Crítica à Justiça de Transição na América Latina
mercio na semana anterior ao golpe, apontava que 72% da população aprovava o governo Jango. Entre os mais pobres a popularidade alcançava 86%. Esse mesmo estudo revela que 55% dos paulistanos consideravam as medidas anunciadas por Goulart no Comício da Central do Brasil, em 13 de março, como de real interesse para o povo”. 
Jango foi um herói que, duas vezes, em 1961 e em 1964, evitou mergulhar o Brasil em guerras civis. Reformista adiante do seu tempo, foi derrubado pelos setores conservadores por causa das suas ousadas reformas de base. Pagou por ter tentado melhorar o Brasil.
Referências
ABREU, Alzira Alves. A participação da imprensa na queda do Governo Goulart. In: FICO, Carlos; CASTRO, Celso; MARTINS, Ismênia de Lima. 1964-2004 – 40 anos do golpe: ditadura militar e resistência no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004, p. 15-25.
AFONSO, Almino. Raízes do golpe – da crise da legalidade ao parlamentarismo: 1961-1963. São Paulo: Marco Zero, 1988.
AGEE, Philip. Dentro da “Companhia”: diário da CIA. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.
ARNS, Paulo Evaristo. Brasil nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1990.
ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Vozes, 1984.
ALVES, Márcio Moreira. Torturas e torturados. Rio de Janeiro, 1967.
ALVIM, Thereza Cesário. O golpe de 64: a imprensa disse não. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.ANDRADE, Auro de Moura. Um congresso contra o arbítrio: diários e memórias (1961-1967). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BANDEIRA, Moniz. João Goulart – as lutas sociais no Brasil (1961-1964). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.
BANDEIRA, Moniz. Brizola e o trabalhismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
BANDEIRA, Moniz. A renúncia de Jânio Quadros e a crise pré-64: caminho da revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1979.
BARBOSA, Vivaldo. A rebelião da legalidade. Rio de Janeiro: FGV, 2002.
BASTOS, Justino Alves. Encontro com o tempo. Porto Alegre: Globo, 1965.
BENDA, Julian. A traição dos intelectuais. São Paulo: Peixoto Neto, 2007.
BENEVIDES, Maria Vitória. A UDN e o udenismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
BRAGA, Kenny. Meu amigo Jango – depoimento de Manoel Leães. Porto Alegre: Sulina, 2004.
BRAGA, Kenny et al. (orgs.) Parlamentares gaúchos: (1919-1976). Porto Alegre: Assembleia Legislativa do RS, 2004.
BORGES, Mauro. O golpe em Goiás – história de uma grande traição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.
69
Unidade IAs lutas populares por direitos e as (in)transições brasileiras no contexto latino-americano
CALDEIRA, João Ricardo de Castro; ODALIA, Nilo. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo: Editora Unesp; Arquivo Público do Estado de São Paulo, 2010.
CASTELLO BRANCO, Carlos. A renúncia de Jânio. Brasília: Senado Federal, 2000.
CASTELLO BRANCO, Lucídio. Na memória de um repórter. Porto Alegre: AGE, 2002.
CHAGAS, Carlos. O Brasil sem retoque – 1808-1964: a história contada por jornais e jornalistas. Rio de Janeiro: Record, 2001.
CHAMMAS, Eduardo Zayat. A ditadura militar e a grande imprensa: os editoriais do Jornal do Brasil e do Correio da Manhã entre 1964 e 1968. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em História Social. São Paulo: USP, 2012.
CHEUICHE, Alcy (Org.) Nós e a legalidade. Porto Alegre: IEL/AGE, 1991.
CROPANI, Eliszabeth (supervisora). Nosso século Brasil: 1960/1980 (I). São Paulo: Abril, 1986.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
DENYS, Odylio. Ciclo revolucionário brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
DIAS, Mauricio; TENDLER, Sílvio. Jango. Porto Alegre: L&PM, 1984.
DINES, Alberto (Org.). Os idos de março e a queda em abril. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1964.
DREYFUS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Petrópolis: Vozes, 1981.
FALCÃO, Armando. Tudo a declarar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
FELIZARDO, Joaquim. A legalidade – último levante gaúcho. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1988.
FERREIRA, Jorge. João Goulart. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
FICO, Carlos. Como eles agiam: os subterrâneos da ditadura militar: espionagem e polícia política. Rio de Janeiro: Record, 2001,
GALVANI, Walter. Um século de poder: os bastidores da Caldas Junior. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1995.
GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002b.
GRAMSCI, Antônio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
GORDON, Lincoln. A segunda chance do Brasil – a caminho do primeiro mundo. São Paulo: Senac, 2002.
GUIMARAENS, Rafael et al. (Eds.). Legalidade 25 anos – a resistência popular que levou Jango ao poder. Porto Alegre: Redactor, 1986.
HIPPOLYTO, Lúcia. PSD – de raposas e reformistas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
JUREMA, Abelardo. Sexta-feira, 13: os últimos dias do governo João Goulart. Rio de Janeiro: Edições O Cruzeiro, 1964.
KUHN, Dione. Brizola, da legalidade ao exílio. Porto Alegre: RBS Publicações, 2004.
LABAKI, Amir. A crise da resistência e a solução parlamentarista. São Paulo: Brasiliense, 1986.
LACERDA, Carlos. Depoimentos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977.
70
Série O Direito Achado na Rua, vol. 7 – Introdução Crítica à Justiça de Transição na América Latina
LACERDA, Carlos. O poder das ideias. Rio de Janeiro: Record, 1964.
LANE, Jonathan. “Functions of the mass media in Brazil 1964 crisis”. Journalism & mass communication quaterly. v. 44, nº 2, p. 297-306, jun. de 1967.
LEITE FILHO, F.C. El caudillo Brizola 
LOPES, José Machado. O III Exército na crise da renúncia de Jânio Quadros. Rio de Janeiro: Alhambra, 1980.
LOPEZ, Luis Roberto. João Goulart. Porto Alegre: IEL, 1990.
MARCELO, Henrique. Jânio Quadros sem retoque. Campinas: Komedi, 2001.
MELO, José Marques de. A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.
MOREIRA, Cássio Silva. O projeto de nação de João Goulart: o plano trienal e as reformas de base (1961-1964). 404 p. Tese (Doutorado em Economia) Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
MOTA, Lourenço Dantas (Org.). História vivida. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1981.
PILAGALLO, Oscar. O Brasil em sobressalto – 80 anos de história contada pela Folha. São Paulo: Publifolha, 2002.
Memorial à história do Brasil. São Paulo: Rideel, 1996.
RYFF, Raul. O fazendeiro Jango no governo. Rio de Janeiro: Avenir, 1979.
SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.
SILVA, Hélio; CARNEIRO, Maria Cecilia Ribas. A renúncia 1961. São Paulo: Editora Três, 1975.
SILVA, Juremir Machado da. 1964 golpe midiático-civil-militar. Porto Alegre: Sulina, 2014.
SILVA, Juremir Machado da. Jango, a vida e a morte no exílio – como foram construídos, com ajuda da mídia, o imaginário favorável ao golpe e as narrativas sobre as suspeitas de assassinato do presidente deposto em 1964. Porto Alegre: Sulina, 2013.
SILVA, Juremir Machado da. Vozes da legalidade: política e imaginário na era do rádio. Porto Alegre: Sulina, 2011.
SILVA, Juremir Machado da. Getúlio. Rio de Janeiro: Record, 2004.
SOUZA, Alda; SOARES, Floriano. Leonel Brizola. Porto Alegre: Tchê!, 1986.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. Porto Alegre: Edipucrs, 2011.
SOUZA, Maria do Carmo Campello de. Estado e partidos políticos no Brasil – 1930 a 1964. São Paulo: Alfa-Ômega, 1983.
SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
Nuvens de chumbo sobre o Cambaí: a queda de João Goulart, um campo de prisioneiros em Itaqui. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2009.
WAINER, Samuel. Memórias de um repórter. Rio de Janeiro: Record, 1987.

Outros materiais