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AULA 4 A coerência é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na comunicação, que diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor. tipos de coerência ( Ingedore Koch ) Coerência semântica refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível. Coerência sintática refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. Trata de adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência. Coerência estilística vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interoperabilidade de um texto. É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal) Ex.: É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme. Coerência pragmática é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de fala, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado. Fatores responsável pela coerência Conhecimento de mundo - aquele proveniente de nossa experiências, como o mundo, conhecimento sociocultural. através dessa interação armazenamos esse conhecimento constituindo modelos cognitivos. Conhecimento partilhado - Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma interação. Essa interação se torna possível graças à experiência comum dos envolvidos. Fatores de contextualização São elementos que compõem uma história, um texto, data, local, elementos gráficos etc. Situacional Conhecimento de onde a história se situa, com todos os elementos necessários. Informatividade Diz respeito ao grau de previsibilidade (ou expectabilidade) da informação contida no texto. Focalização Constitui-se no próprio foco do texto, o assunto a ser tratado. Intertextualidade Interação com outros textos, mecanismo importante para entendimento de determinadas mensagens. AULA 5 Tipologia Texto – Introdução – Desenvolvimento – conclusão Introdução: A introdução deve conter a proposta do texto, a ideia principal. Desenvolvimento: Deve trazer os desdobramentos do que foi proposto na introdução. Conclusão: trata do fechamento do texto, pode deixar a ideia em aberto, pode apresentar um ponto de vista coerente com o que foi desenvolvido, mais precisa trazer um fechamento. Narração ou Narrativa Narrar é contar histórias; em textos, contos, novelas, filmes etc... Se a narrativa compreende contar histórias, deve conter elementos como: Personagens, local, tempo, espaço. Normalmente utilizamos os verbos de ação. Estes proporcionam “movimento” à história. Estrutura: - Introdução: apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espaço. - Desenvolvimento: através das ações das personagens, constrói-se a trama e o suspense que culmina o clímax. - Conclusão: existem várias maneiras de se concluir uma narração. Esclarecer a trama é apenas uma delas. Descrição Situa seres e objetos no espaço (fotografia) Estrutura: - Introdução: A perspectiva do observador focaliza o ser ou o objeto e distingue seus aspectos gerias. - Desenvolvimento: Capta os elementos numa ordem coerente com a disposição em que ele se encontram no espaço. - Conclusão: Não há um procedimento especifico para conclusão. Dissertação Explorar um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, discutindo a problemática que nele reside; Defender princípios, tomando decisões; Analisar objetivamente um assunto através da sequência lógica de ideias; Apresentar opiniões sobre um determinado assunto; Apresenta opiniões positiva e negativas. A dissertação é uma série concatenada de ideias, opiniões ou juízos. Argumentação Argumentar é defender um ponto de vista, posicionar-se diante de determinado assunto e tentar persuadir o leitor/ouvinte para que aceite seu ponto de vista como correto e concorde com o que você propõe. Argumentar, então, é persuadir o interlocutor através do raciocínio. Exposição É um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento sobre um objetivo (pessoa, fato, circunstância). Como traz informações específicas sobre um tema, também é chamada de texto informativo. Injunção É uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como sse realiza uma ação. Os textos oficiais e comerciais visam estabelecer uma comunicação formal e documentada em ambientes de trabalho. Os tipos mais comuns são memorandos, ofícios, avisos, requerimentos, pareceres, ordem de serviço e cartas comerciais. Textos literários desvelam a arte da palavra ao recriar a realidade a partir do olhar do artista. Encontramos exemplos em fábulas, lendas, romances e poemas. Textos acadêmicos e científicos possuem características específicas: Focalizam com especial atenção a linguagem, a exatidão e a autenticidade dos dados e raciocínios apresentados. Exigem um rigor na utilização dos métodos e técnicas na sua elaboração. São classificados a partir do nível de aprofundamento de seus conteúdos e seus objetivos (resumos, resenhas, relatórios, artigos científicos, monografias, dissertações e teses). De forma geral, temos cinco tipos textuais: narração, argumentação, exposição, descrição e injunção. AULA 6 Diferença conto e crônica ambos são narrativas, possuem personagens, marcadas em lugares e cronologia. tipologia textual é narrativa Crônica tem a ver com reflexão com o cotidiano, nasce de uma situação real; Conto compara-se com um romance ou novelas, narrativas longas, mais personagens, mais ações. Crônica também tem o objetivo de entretenimento mas leva a reflexão, a principal função é trazer a luz, acontece naquele momento histórico. Conto e romance pode se contar em qualquer época. Romance tem momentos descritivos. Artigo científico Estrutura do texto Resumo do trabalho Introdução Desenvolvimento Conclusão Bibliografia Na escrita acadêmica precisamos ter: Clareza; Concisão; Impessoalidade. Texto Jurídico – petição Apresentação das partes - Fatos (passíveis de serem resolvidos pela área jurídica); - Fundamentos (Argumentação favorável ao pedido, com citações legais); - Valor da Causa; - Fechamento. Paráfrase Escrever com outras palavras (as próprias) as principais ideias de outro autor, de outro texto. Resumo Extrai as principais ideias de um texto, é fiel ao conteúdo original e também ao ordenamento do conteúdo. Resenha É uma espécie de resumo em que são emitidos julgamentos, comentários. (Resenha crítica) Parodia Uma forma cômica de se remeter a um outro texto. Características gerais de uma crônica: Relação com a vida cotidiana, narrativa informal, familiar,intimista, uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial, uso do humor. AULA 7 Parágrafo Estabelece a necessidade de demarcar, na construção de nosso texto, a mudança de enfoque em relação ao assunto. É uma unidade de texto composta por um ou mais de um período, em que desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. Eles auxiliam no processo de leitura. Tendo introdução e desenvolvimento, trazendo uma síntese do assunto que será abordado. Denominamos essa síntese como TÓPICO FRASAL. O tópico frasal é um resumo daquilo que vai ser dito ao longo do texto ou ainda um recurso para introduzir uma ideia. Segundo a Garcia o parágrafo-padrão é composto por: Introdução ou tópico frasal, um ou dois períodos curto iniciais. Desenvolvimento, explanação da ideia-núcleo. Conclusão, mais rara, principalmente em parágrafos curtos. Tipos de tópico frasal - Declaração inicial: o autor declara uma opinião por medo de uma frase afirmativa ou negativa. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Definição: trata-se de um bom recurso didático. - Divisão: o parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto. - Interrogação: o autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante a uma pergunta. - Alusão histórica – o autor faz referência a um fato histórico, um exemplo, uma lenda ou até mesmo, uma piada com o objetivo do prender a atenção do leitor. Tipos de desenvolvimento - Explanação da declaração inicial: o autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico. - Enumeração de detalhes: é bastante comum em parágrafos descritivos. É um tipo de texto em que o autor procura formar uma imagem mental de algo, um lugar ou alguém. - Comparação: Há quem faça distinção entre analogia e contraste, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes. - Causa e consequência: apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico, ou dela decorrentes, ou consequências, ou ambas. Resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Significa reduzi-lo ao que é essencial, mais sem perder de vista três elementos: Cada uma das partes essenciais do texto, a progressão em que elas acontecem, a correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. Resumo é uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mais não dispensa a leitura original. Resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. Para ABNT – Resumo informativo/indicativo – combina os dois tipos anteriores que acabamos de ver (resumo indicativo ou fichamento e resumo informativo). Critico ou recensão – também denominado recensão ou resenha, é redigido por especialistas e compreende análise e interpretação de um texto. Regras para um resumo. Seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto. Utilizar a 3° pessoa do singular. Excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários. Registrar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os resultados e as conclusões. Escrever frases concisas, evitando-se enumerar tópicos. Brevidade, pois só deve apresentar as ideias principais; Respeito pela sequência de ideias do texto; Clareza, já que os fatos apresentados devem ser objetivos; Rigor, pois as ideias principais devem ser reproduzidas sem erros. AULA 8 Argumentos “São sustentados por dados, exemplos, experiências pessoais ou conhecimento alheios a que atribuímos um valor indiscutível. ” Quando uso o argumento eu quero convencer alguém. Os argumentos apoiam-se em Dois métodos: Método indutivo – parte do particular para o geral; Método dedutivo – parte do geral para o particular. Estratégia argumentativa Argumento de autoridade: é um tipo de argumento feito a partir de citações de autoridades renomadas, autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana, para corroborar uma tese, um ponto de vista. Argumento baseado no consenso: tem-se este tipo de argumento quando se usa proposições evidentes por si ou universalmente aceitas. Argumentos baseados em provas concretas: para a construção deste argumento, utiliza-se uma opinião embasada em fatos comprobatórios. Argumentos com base no raciocínio lógico: Baseia-se nas relações de causa e consequência. Argumentos da competência linguística: É a utilização de diferentes mecanismos linguísticos contribui para a persuasão. Na dedução as inferências são organizadas a partir das premissas. Na indução as inferências são organizadas a partir do real. Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apoiada pelas premissas. (Argumentação informal – linguagem informal) Argumentação formal – linguagem formal – inferências – deduções a partir das situações. Raciocínio indutivo – consiste em utilizar informações concretas e transformá-las em uma regra geral que se adapte ao tema de nosso argumento. Raciocínio dedutivo – parte-se de uma ideia geral, universal para uma ideia específica. É preciso no entanto, que as premissas sejam admitidas como verdadeiras, para que se aceite a conclusão. Diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um argumento pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao passo que em um raciocínio queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um determinado conjunto de afirmação. Argumento de autoridade – a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político. Argumento de exemplificação/ilustração – consiste no relato de um pequeno fato (real ou fictício). A contra-argumentação nada mais é que uma nova argumentação em que se procura desmontar um raciocínio anteriormente apresentado. AULA 9 Metáfora é um princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado domínio de conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. Essa versatilidade faz a metáfora um recurso de economia lexical, mais com um potencial expressivo muitas vezes surpreendente. Metáfora é o emprego da palavra fora de seu sentido normal. E já que cria uma associação de sentidos de forma figurada, ela é classificada como figura de linguagem. Baseada na transferência (metáfora em grego significa “transporte”) de um termo para um contexto que não lhe é próprio. Quando isso ocorre, temos um processo metafórico de produção de sentido. A metáfora entre palavras funciona a partir do estabelecimento de uma relação/comparação de sentido entre um elemento comparado e um elemento comparante. Metonímia – consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias. Na metáfora a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, intuitivo, estreitamente dependente do sujeito que realiza a substituição. Na metonímia, o processo é externo, pois a relação entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal relação. Metáfora e metonímia: aproximações e afastamentos Metáfora relação de adesão semântica entreduas palavras ou expressões, como uma comparação implícita (sem a presença do elemento comparativo). Metonímia relação de aproximação, em que parte de conteúdo semântico de uma palavra ou expressão é relacionada a outra palavra ou expressão, também numa comparação implícita. Informação implícita significa que não precisa ser desvendada pelo leitor. Quando o sentido está escondido, implícito, ele precisa ser desvendado pelo ouvinte/leitor, que o transformará em uma informação explícita. Metáfora não cria novo argumentos ela reaproveita os que foram usados. AULA 10 Palavras que possui mais de um sentido em diferentes contextos de uso são chamados esse fenômeno de polissemia, e são raras as palavras que não o apresentam. Homonímia é outro fenômeno: temos palavras que possuem “raízes” distintas, mas que são idênticas na maneira de escrever e de falar. Nesses casos, forma-se um homônimo: dois vocábulos que possuem a mesma configuração fonológica e ortográfica. Uma das ferramentas discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo sentido. O duplo sentindo é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão. Diferente do duplo sentido, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele como um todo. Ambiguidade – Lexical – uso de palavras ou expressões cujos sentidos podem gerar interpretação indevida. Ambiguidade – estrutural – falha na disposição de palavras ou expressões em um período, ou uso indevido de referente.
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