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RESUMO DE INSTITUIÇOES JURÍDICAS E ÉTICA

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RESUMO DE INSTITUIÇOES JURÍDICAS E ÉTICA
2º BIMESTRE - 2015
CONTÉUDO 2º BIMESTRE
1- PODER JUDICIÁRIO
 Separação dos poderes – (executivo, legislativo e judiciário) art. 2º C.F.
Organização – art. 92-126 C.F.
Função Jurisdicional - (cabe ao Estado dizer o Direito)
Poder – dever do Estado
“Juris” (Direito) = “Dicto” (dizer)
Princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional
Art. 5º, XXXV- C.F. – á lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça ao Direito.
	Isso quer dizer, para a preservação do Direito acionar-se-á a justiça com processos judiciários, independente contra quem, pode ser até mesmo do Estado contra o Estado. Toda lei que é infringida, o Estado é obrigado a responder, ou seja, que ele (Estado) não pode se omitir na lesão de ameaça do direito do indivíduo.
Organograma do Poder Judiciário (estudar o organograma do caderno)
		vai anexo um modelo parecido com o do caderno
Algumas anotações sobre Poder Judiciário:
	Organizado em 3 estâncias, chamadas de “graus”:
1ª grau – Justiça Residual (justiça comum), Juizados Especiais Civil e Criminal e Turma Recursal, Justiça Federal, Juizado Especial Federal e Conselho Recursal, Junta Eleitoral, Juiz do Trabalho e a Auditoria Militar da União(Justiça Militar);
2º grau – Tribunal de Justiça (TJ), Tribunal Regional Federal (TRF), Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Tribunal Militar (TM);
3º grau – Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior do Trabalho ( TST) e o Superior Tribunal Militar (STM).
Superior Tribunal Federal (STF) é o poder máximo do Poder Judiciário.
 Conselho Nacional de Justiça (CNJ): 
	cabe a ele fiscalizar todos os órgãos judiciais;
 integra a organização do Poder Judiciário;
	 é um “poder paralelo”;
	 qualquer ato de ilegalidade dos ministros ou juízes , eles prestam conta ao CNJ;
	 é uma ferramenta do cidadão;
	 é funcional e não está submisso ao STF.
Número de ministros:
STF – 11 ministros
STJ – 33 ministros
TSE – 7 ministros
TST – 27 ministros
STM – 15 ministros
2- SEGURANÇA PÚBLICA – art. 144 C.F.
Direito e responsabilidade de todos;
Todo indivíduo tem direito fundamental à segurança e o dever de auxiliar na sua promoção ( ex: em caso de flagrante, qualquer indivíduo pode dar voz de prisão);
Direito é dever do Estado, uma obrigação emanada do próprio texto constitucional.
Órgãos de Segurança Pública:
Polícia Federal
Polícia Rodoviária Federal
Polícia Ferroviária Federal
Polícia Civil
Polícia Militar
Corpo de bombeiros
Cada instituição possui atribuição constitucional específica.
	
	
	
	 
Polícia Federal, Civil e Militar:
 Polícia Federal (PF) – art. 144 § 1º da CF
	Cabe a Polícia Federal:
 apurar infrações penais de interesse da união;
 prevenir e reprimir o tráfico de drogas;
 exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
exercer com exclusividade as funções de polícia judiciária da União.
Polícia Civil (PC) – art. 144 § 4º da CF
	Cabe a Polícia Civil:
ser dirigida por delegados de carreira;
ser voltada para as questões estatais (dos estados) e municipais;
exercer função de Polícia Judiciária e apurar infrações penais (exceto as militares).
Polícia Militar (PM) – art. 144 § 5º da CF
	 Cabe a Polícia Militar:
o exercício ostensivo para a preservação da ordem social por meio de ações preventivas.
Polícia Investigativa e Judiciária:
atua em ações diretamente voltadas à colheita de provas e elementos de informação quanto à autoria e materialidade criminosa.
Polícia Judiciária :auxilia o poder judiciário (polícia federal e polícia civil);
 Polícia Civil (âmbito estadual);
 Polícia Federal (âmbito federal);
 Polícia Militar ( crime militar).
Não existe hierarquia entre as policias judiciárias.
Todas as policias têm autonomia umas em relação as outras.
No poder judiciário também não existe hierarquia entre juiz, promotor e advogado,
Polícia Administrativa (receita federal):
incide sobre bens, direitos e atividades;
Exercida por órgãos administrativo de caráter fiscalizador.
Guardas Municipais:
não exerce a função de polícia judiciária;
destina-se ao policiamento administrativo da cidade (praças, monumentos históricos, museus,etc.)
visa preservar o patrimônio público.
Ministério Público – art. 127 da CF
instituição independente e autônoma;
Tem orçamento, carreira e administração próprios;
Exerce a defesa e a ordem jurídica do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
	Composição:
Ministério Público Federal
 Ministério Público do Trabalho
Ministério Público Militar
Ministério Público do Distrito e Território
Ministério Público do Estado
	Garantias:
Vitaliciedade: adquirida após dois anos de exercício no cargo; enquanto a pessoa não gozar desta garantia, será designada como juiz substituto, podendo perder o cargo por deliberação do tribunal. Quando já for vitalício, só o perderá através de sentença transitada em julgado. 
Inamovibilidade: o juiz não poderá ser removido do lugar onde trabalha para outro, somente poderá ser removido ou promovido por iniciativa própria. 
Irredutibilidade de subsídio:impede que o "salário" do juiz possa ser reduzido, evitando que o Magistrado possa ceder a pressões políticas.
	Vedações:
Receber qualquer valor a título de honorários, percentuais ou custas judiciais;
Exercer a advocacia
Participar de sociedade em cargo administrativo;
Exercer outra função pública cumulativamente;
Exercer atividade político-partidária.
 Caso o Magistrado não observe as vedações acima citadas e descumpra a legislação, poderá ser apenado com a exoneração do cargo.
3- ÉTICA PROFISSIONAL:
 Ética profissional: trata-se do regramento relacionado a previsão do comportamento ideal almejado do profissional. 
 No Direito a ética profissional está regulamentada pelo: 
 Estatuto da OAB;
Código de ética e Disciplina ; 
 Regulamento Geral.
Advogado : art. 133 C.F.
Exercício da advocacia: art. 1º do C.E.D. ( Código de Ética e Disciplina)
Deveres do advogado: art. 2º - parágrafo único do C.E.D.:
	O advogado deve:
preservar em sua conduta a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencibilidade e indispensabilidade;
atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa fé.
Abster-se de utilizar qualquer tipo de influência indevida, em seu benefício ou do cliente.
Direito: é o meio de mitigar (reduzir os impactos ou danos) as desigualdades para o encontro de soluções justas e a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
Atividades privativas (própria) da advocacia:
 postular em juízo, ou seja, atuar na justiça;
emitir parecer legal (equivale a um laudo técnico);
prestar consultoria ou assessoria jurídica;
ser gestor, gerente, diretor financeiro;
integrar sociedade de advogados;
Exceções ao “Jus Postulandi” (direito de postular):
 Não precisa fazer uso de advogado para:
Juizado especial Civil (JEC) em causas de até 20 salários mínimos e durante o trâmite em 1º grau – art. 9º, da Lei 9099/95;
Habeas Corpus em causa própria ou para seu representado;
Propor ação trabalhista – art. 791 da CLT;
Acompanhar ações de alimentos (chamada de Pensão alimentícia) – Lei 578/68;
Propor revisão criminal;
Postular medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha – Lei 11.340/06.
Vedação da prática da advocacia em conjunto com outras atividades:
 escritório de advocacia e contabilidade;
 imobiliária, etc.
Pessoas sujeitas ao Estatuto da O.A.B.:
Advogado ( ativo, suspenso, impedido, licenciado, defensor público e procurador);
Estagiário ( devidamente inscrito na OAB);
Sociedade de advogados (regular).
Atos nulos – art. 4º
	São considerados atos nulos os atos privativos de advogados praticados por pessoanão inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Mandato ( Procuração):
	É o instrumento que outorga (consente) poderes para o advogado representar em juízo os interesses de seu cliente.
Postulação sem mandato:
	Ocorre somente em casos de comprovada urgência e sua juntada deverá ser feita até 15 dias, sendo lícita uma prorrogação do prazo por igual período em caso de justificativa.
 Renuncia do mandato:
realizado por meio de notificação ao cliente;
o advogado ainda responderá pela causa pelos 10 dias sucessivos à notificação da renuncia (contados a partir do momento que o cliente tome ciência por escrito da renuncia).
 Revogação do mandato:
ato praticado pelo cliente quando não quer mais ser representado pelo seu advogado;
os honorários advocatícios ainda serão devidos em sua proporcionalidade (idem para eventual sucumbência*)
*sucumbência: é um princípio que estabelece que a parte que perdeu a ação efetue o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios da parte vencedora. Desta forma ela decorre do ato ou efeito de sucumbir, ou seja, de ser vencido.
	O CPC consagrou o princípio da sucumbência, pelo qual o vencido é obrigado a pagar ao vencedor as despesas por este antecipada, bem como honorários de advogado.
 Substabelecimento:
 trata-se de um instrumento com o fim de transferir com ou sem reservas os poderes outorgados em procuração para outro advogado, ou para associação de advogados.
	Muito comum em advogados correspondentes, quer dizer, de outros lugares .
	Com reserva se dá quando o advogado ainda está atuando nesse processo, tem reservas de poder;
	Sem reservas se dá quando o advogado passa para outro advogado ou escritório de advogados todos os seus poderes.
4- Hierarquia:
 Hierarquia: ordem que existe de forma a priorizar um membro, poderes, categorias, patentes e/ou dignidades de suas organizações: a hierarquia eclesiástica.
	Qualquer classificação que tenha como base as relações entre superiores e dependentes.
 Não há hierarquia de poder entre advogados, magistrados e membros do ministério público.
 Direitos do advogado :
	São direitos do advogado:
 liberdade para o exercício legal da profissão – art. 5º, XIII da C.F.;
liberdade de exercício em todo território nacional;
	Ressalva: necessidade de inscrição na OAB do Estado de atuação, com a possibilidade de inscrição suplementar em caso de atuação em outros Estados em número superior a 5 causas (em cada Estado) por ano – art. 10, § 2º EAOAB (Estatuto do Advogado da Ordem dos Advogados do Brasil).
Comunicação com o cliente: não existe cliente incomunicável e o mesmo sem procuração o advogado terá acesso ao seu cliente preso em estabelecimento civil ou militar (princípio constitucional da ampla defesa) – art. 7º EAOAB;
 Advogado preso em flagrante: para crimes inafiançáveis o advogado somente poderá ser preso em flagrante na presença de um representante da OAB (para preservação das prerrogativas dos advogados);
 Livre ingresso do advogado: art. 7º VI,VII,VIII da EAOAB;
 Pela ordem : ou seja, questão de ordem, é a expressão que deverá ser utilizada de maneira rápida e objetiva em qualquer juízo ou tribunal para esclarecer equívocos ou dúvidas surgidas em relação a fatos, documentos ou outras circunstâncias que influem na audiência;
Vista de autos: é defeso ( proibido, vedado, impedido) ao advogado ter vista de processo e retirada da secretaria, mesmo que concluso;
 Súmula vinculante 14 do STF : é direito do advogado examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, mesmo que conclusos (que está com o juiz para decisão do mesmo) para a autoridade competente.
 Requisitos para inscrição na OAB para advogados:
 ser maior de 18 anos;
 bacharelado em Direito;
 quitação eleitoral e militar;
 aprovação no exame da ordem;
 não exercer atividade incompatível;
 idoneidade moral (uma pessoa que possui idoneidade moral significa que ela é considerada uma pessoa honesta e honrada no ambiente em que está inserida, ou seja, é uma pessoa de bem, e esse requisito é avaliado a partir do cumprimento de normas e padrões).
 Requisitos para inscrição na OAB para estagiários :
 previsto no art. 9º do EAOAB:
 duração de 2 anos;
Possibilidade para alunos a partir do 7º período(semestre) do curso de Direito, que seja admitido em estágio profissional.
 Honorários advocatícios:
 previsto no art. 22 do EAOAB;
 estipulados por contrato (ex: pagamento mensal ou no êxito da questão);
 na ausência de contrato: 1/3 no início, 1/3 na sentença, 1/3 ao final da ação;
 os honorários advocatícios não podem ser compensados (ou confundidos) com verbas sucumbenciais.
 Publicidade profissional:
 deve ser restrita e moderada;
 tem a necessidade de atender os art. 27 à 35 do EAOAB;
 é vedado o marketing em qualquer veículo de publicidade ou qualquer tipo de exposição “exagerada”.
A triste geração que virou escrava da própria carreira
RUTH MANUS
29 Abril 2015 | 11:11
	E a juventude vai escoando entre os dedos.
	Era uma vez uma geração que se achava muito livre.
	Tinha pena dos avós, que casaram cedo e nunca viajaram para a Europa.
	Tinha pena dos pais, que tiveram que camelar em empreguinhos ingratos e suar muitas camisas para pagar o aluguel, a escola e as viagens em família para pousadas no interior.
	Tinha pena de todos os que não falavam inglês fluentemente.
	Era uma vez uma geração que crescia quase bilíngue. Depois vinham noções de francês, italiano, espanhol, alemão, mandarim.
	Frequentou as melhores escolas.
	Entrou nas melhores faculdades.
	Passou no processo seletivo dos melhores estágios.
	Foram efetivados. Ficaram orgulhosos, com razão.
	E veio pós, especialização, mestrado, MBA. Os diplomas foram subindo pelas paredes.
	Era uma vez uma geração que aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam na vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar.
	Ninguém podia os deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.
	O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.
	O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que necessário e o que era vício.
	O dinheiro que estava na conta dava para muitas viagens. Dava para visitar aquele amigo querido que estava em Barcelona. Dava para realizar o sonho de conhecer a Tailândia. Dava para voar bem alto.
	Mas, sabe como é, né? Prioridades. Acabavam sempre ficando ao invés de sempre ir.
	Essa geração tentava se convencer de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia diariamente ao próprio corpo.
	Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.
	Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada e comprimidos para dormir.
	
	
	
	Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. 	Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer se destacar na equipe? Sim.
	Mas para a vida, costumava ser não:
	Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio demandava muito.
	Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspectiva muito boa de promoção na empresa.
	Aos 30 eles não foram no aniversário de um velho amigo porque ficaram até as 2 da manhã no escritório.
	Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado.
	Às vezes, choravam no carro e, descuidadamente começavam a se perguntar se a vida dos pais e dos avóstinha sido mesmo tão ruim como parecia.
	Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias em um hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.
	Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos “amigos”.
	Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro.
	Só não tinha controle do próprio tempo.
	Só não via que os dias estavam passando.
	Só não percebia que a juventude estava escoando entre os dedos e que os bônus do final do ano não comprariam os anos de volta.
http://vida-estilo.estadao.com.br

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