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5/20/2013 1 INVESTIMENTOS Parte I Profa. Diane Rossi Maximiano Reina 2013 � INTRODUÇÃO � NATUREZA DAS CONTAS � AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO/VALOR JUSTO � AVALIAÇÃO POR EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 2 INTRODUÇÃO A Lei 11.638/07 e 11.941/09 introduziram critérios de avaliação de investimentos mais adequados. 3 4 NATUREZA DAS CONTAS 5 Segundo o artigo 179 da Lei nº 6.404/76, serão classificados no sub-grupo Investimentos do Ativo Não Circulante: III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem a manutenção da atividade da companhia ou empresa. 6 Neste contexto, as empresas aproveitando os excessos de recursos financeiros podem aplicá-los na compra de: (i) títulos de crédito ou de valores mobiliários no mercado financeiro, (ii) títulos representativos do capital de outras sociedades, (iii) investimentos representativos de direitos de qualquer natureza. Esses investimentos podem variar quanto ao prazo de vencimento desde curtíssimo até longo prazo. Investimentos 5/20/2013 2 7 � PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM OUTRAS SOCIEDADES (Investidoras e Investidas) Títulos representativos de capital de outras sociedades Organização “A” adquire ações ou quotas da organização “B”; a partir desta aquisição a organização “A” passa a ser detentora de parte do Capital Social da organização “B”. Organização que compra as ações é a investidora; Organização que vende as ações é a investida. Caso a empresa o adquira para fins especulativos, será classificado no Ativo Circulante ou no Ativo Não Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo (Investimentos Temporários). Em primeiro lugar deve-se avaliar o objetivo da aquisição do bem (uso próprio; auferir aluguel, diversificar investimentos, etc). CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM OUTRAS SOCIEDADES - Método de Custo (Valor Justo) - Método de Equivalência Patrimonial 8 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: (...) III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250 (COLIGADAS E CONTROLADAS), pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; (NÃO ALTERADO) 9 Art. 177, § 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo (Demonstrações Financeiras de Cias. abertas deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários). 10 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO Avaliação pelo valor justo quando não for investimentos considerados coligadas ou controladas (inclusive controladas em conjunto) ou que não sejam do mesmo grupo ou estiverem sob controle comum. 11 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO Método de custo somente se for impossível ou não confiável a mensuração a valor justo. 12 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO 5/20/2013 3 Valor justo É o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 13 Por esse método, os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas. Significa que não interessa o valor patrimonial da investida. 14 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação por subscrição relativa a aumento de capital, ou ainda, pela compra de ações de terceiros, quando a base de custo é o preço total pago. 15 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO São incluídos como parte do custo todos os gastos incrementais necessários à colocação do ativo em condição de efetivo uso, o que inclui transporte em alguns casos, tributos, comissões, legalizações etc. 16 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO EXEMPLO (1): A Cia. A adquiriu 2% da participação na Cia. B por $2.000 17 INVESTIDA - Cia. B Patrimônio Líquido: $100.000 INVESTIDORA - Cia. A Caixa: ($2.000) Investimento Cia. B: $2.000 2% EXEMPLO (2): A Cia. A adquiriu 1% da participação na Cia. B por $2.000 18 INVESTIDA - Cia. B Patrimônio Líquido: $100.000 INVESTIDORA - Cia. A Caixa: ($2.000) Investimento Cia. B: $2.000 1% 5/20/2013 4 Os lucros e prejuízos apurados pela INVESTIDA, e que alteram o valor do seu patrimônio líquido, não impactam a contabilidade da empresa INVESTIDORA. 19 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO EXEMPLO (3): A Cia. B no ano seguinte apura um lucro de 3.000, que foi destinado a reserva de lucros 20 INVESTIDA - Cia. B Patrimônio Líquido: $100.000 Reserva de Lucros: $ 3.000 INVESTIDORA - Cia. A Caixa: ($2.000) Investimento Cia. B: $2.000 2% EXEMPLO (4): A Cia. B apura um prejuízo de 1.000. 21 INVESTIDA - Cia. B Patrimônio Líquido: $100.000 Prejuízo Acumulado: (1.000) INVESTIDORA - Cia. A Caixa: ($2.000) Investimento Cia. B: $2.000 2% Perdas estimadas - Deve-se seguir o CPC 01 – Redução ao valor recuperável. Não é dedutível do Imposto de renda, tem que realizar o ajuste no LALUR. 22 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELOS MÉTODOS DE CUSTO E VALOR JUSTO EXEMPLO: A Cia. B apura um prejuízo de 1.000. 23 INVESTIDA - Cia. B Patrimônio Líquido: $100.000 Prejuízo Acumulado: (1.000) INVESTIDORA - Cia. A Caixa: ($2.000) Investimento Cia. B: $2.000 Perdas Estimadas: ($20)* 2% * A contrapartida é no resultado em despesas DIVIDENDOS Pelo método de custo e valor justo, as receitas dos investimentos são reconhecidas pelos dividendos. Tal receita é considerada como operacional, mas em subgrupo a parte. Outras receitas e despesas operacionais – conta receita com dividendos. Dividendos a receber – deve-se registrar a receita de dividendos proporcionais quando efetivamente declarados pela assembléia dos acionistas ou dos sócios da investida. D: valores a receber (dividendos a receber) ou caixa C: receita com dividendos. 24 5/20/2013 5 EXEMPLO: A Cia. B distribui $3.000 em dividendos. 25 INVESTIDA - Cia. B Patrimônio Líquido: $100.000 Reserva de Lucros: 3.000 INVESTIDORA - Cia. A Caixa: $ 60 Investimento Cia. B: $2.000 2% * A contrapartida é no resultado em receitas 26 O Balanço Patrimonial da Cia. A em 31/12/10 era: Em 01/01/11, a Cia. A comprou 10% do Patrimônio Líquido da Cia. B, pagando por isso R$5.000, à vista, não existindo outros gastos com a aquisição. A intenção da Cia. A é diversificar seus investimentos de forma não temporária. Considerando também o seu valor de aquisição como o valor justo. EXEMPLO – Aquisição de investimento sem controle e/ou sem influência significativa 27 O Balanço Patrimonialda Cia. B em 31/12/10 era: Em 31/12/11, a Cia.B apurou lucro de R$20.000 referente ao exercício social de 2011 e declarou que vai distribuir os R$10.000 em dividendos mínimos obrigatórios. 28 Pede-se: (i)Determinar o método de avaliação a ser utilizado (ii)Efetuar a contabilização na Cia. A da aquisição e dos dividendos propostos pela Cia. B (iii) Elabore o novo Balanço Patrimonial da Cia. A. 29 RESOLUÇÃO (i)o método a ser utilizado é o da avaliação a valor justo, pois é possível sua mensuração, que nesse momento equivale ao custo e também não é coligada e controlada. (ii) Em 01/01/11 D: Ações da Cia. B(Investimentos).......... 5.000 C: Caixa....................... 5.000 Em 31/12/11 D: Dividendos a Receber (valores a receber).......1.000 C: Receita com Dividendos (10.000 X 10%)..........1.000 30 RESOLUÇÃO (iii) Balanço Patrimonial 31-dez-11 Cia A Caixa 7.000 Estoques 5.550 Dividendos a Receber 1.000 Investimentos 15.000 TOTAL 28.550 Capital 27.550 Reserva de Lucros 1.000 TOTAL 28.550 5/20/2013 6 31 REFERÊNCIAS IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto R.; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de contabilidade societária (aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC). São Paulo: Atlas, 2010. (Capítulo 9 e 10) PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luís Martins de. Contabilidade Avançada. 7. ed., São Paulo: Atlas, 2010. Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 01 – 18 – 38 – ICPC 09 Lei 6.404/76 – Dispõe sobre a sociedade por ações (atualizada)
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