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Ascaris Lumbricoides Amanda Tabarim Douglas Diniz Felipe Nubia Maria Rafaella Pierina Robson Gonçalves de Andrade Renan Legaspe São João da Boa Vista - SP ASCARIDÍASE É o parasitismo desenvolvido no homem pelo Ascaris lumbricoides. É encontrado em todo os países do mundo e ocorre com freqüência variada em virtude das condições climáticas, ambientais, e de acordo com o grau de desenvolvimento da população. • Agente etiológico: - Filo: Aschelminthes - Classe: Nematoda - Família: Ascarididae - Gênero: Ascaris - Espécie: A. lumbricoides Ascaris lumbricoides: Parasito do homem. Ascaris suum: Parasito comum em suínos, podendo também acometer os humanos. Toxocara canis: Parasito comum em cães, podendo acometer humanos a síndrome denominada larva migrans viscera. MACHO Mede cerca de 30 a 20 cm de comprimento. Cor leitosa. Boca colocada na extremidade anterior, contornada por 3 fortes lábios. À boca segue-se o esôfago musculoso e, depois, o intestino retilíneo. O reto é encontrado próximo a extremidade posterior. Apresenta ainda dois espículos que funcionam como órgãos acessórios da cópula. Apresenta o caráter sexual externo que o diferencia facilmente da fêmea já que esse se apresenta fortemente encurvado. FÊMEA Mede cerca de 30 a 40 cm e é mais grossa que o macho. A cor, a boca e o aparelho digestivo são semelhantes aos do macho. Apresenta dois ovários filiformes e enovelados que se continuam como ovidutos que, por sua vez, se diferenciam em úteros que vão se unir em uma única vagina, que se exterioriza pela vulva. A extremidade posterior da fêmea é retilínea. OVOS Têm cor castanha, são grandes, ovais medindo cerca de 50 micrômetros de diâmetro e muito típicos em razão da membrana mamilonada que possuem externamente( tem aspecto de abacaxi), essa membrana é apoiada sobre duas outras que conferem ao ovo grande resistência. Internamente, apresentam uma massa de células germinativas. OVOS Ovos férteis Ovos larvados Ovos inférteis HABITAT 90% localizam-se ao longo das alças jejunais e o restante no íleo - Pequeno número de parasitos; Em infestações intensas tomam todo o intestino delgado; Movem-se contra a corrente peristáltica migrações; Alimentam-se de materiais semi-digeridos da luz intestinal. CICLO BIOLÓGICO É do tipo monoxênico; cada fêmea é capaz de botar cerca de 200.000 ovos por dia. Estes chegam ao exterior junto com as fezes. Os ovos férteis em presença de ambiente favorável se tornarão embrionados em 15 dias. A primeira larva, L1 sofre uma mudança em 15 dias e se transforma em L2, após muda-se novamente de 15 dias transforma-se em L3, infectante dentro do ovo. Após a ingestão, os ovos contendo L3, atravessam todo o trato digestivo e vão sofrer eclosão no intestino delgado. As larvas liberadas penetram na mucosa do intestino grosso caem nos vasos linfáticos e veias, e invadem o fígado 18h-24h após a infecção. Dois a três dias depois invadem o coração, através da veia inferior. Migram para o pulmão e sofrem muda para L4 ( oito a nove dias após ingestão dos ovos). Rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde sofrem muda para L5. Sobem pela árvore brônquica e traquéia, chegando ate a faringe. Daí podem ser expelidas com a expectoração ou serem ingeridas; chegam ao intestino delgado onde se transformam em machos e fêmeas, as quais 30 dias depois iniciam a oviposição. PATOGENIA Leve: 3 a 4 vermes – em geral não apresenta manifestações clínicas; Média: 30 a 40 vermes; Maciça: 100 ou mais vermes – são comuns lesões hepáticas e pulmonares; Sinais mais comuns: Febre, tosse, manifestações alérgicas, bronquite, catarro sanguinolento, subnutrição LARVAS Lesões hepáticas e pulmonares: Hepáticas: Focos hemorrágicos e de necrose Fibrosados; Pulmonares: Edemaciação dos alvéolos, com infiltrado eosinofílicos, febre, bronquite, pneumonia, tosse. VERMES ADULTOS Expoliadora: Consomem grande quantidade de vitaminas (A e C), proteínas, lipídeos, carboidratos Desnutrição e depalperamento físico e mental. Tóxica: Antígenos parasitários X Anticorpos do hospedeiro (Edema, urticária, etc.) Mecânica: Irritação da parede intestinal ou enovelamento de casais ou grupos de parasitos. Ação ectópica: Vermes migratórios (áscaris errático) podem, espontaneamente ou após medicação, atingir locais indevidos, tais como o canal colédoco, causando obstrução do mesmo ou eliminação do verme pela boca. QUADRO CLÍNICO Fase invasiva = as lesões dependem do número de larvas, do tecido em que se encontrem e da resposta do hospedeiro. Síndrome de Loeffler = ciclo pulmonar = febre, tosse, alta eosinofilia e quadro radiológico com manchas isoladas ou confluentes nos campos pulmonares. Normalmente, esses sintomas desaparecem em poucos dias sem deixar traços. Em crianças pequenas e em pessoas hipersensíveis, a gravidade pode ser alta. Podem permanecer nos intestinos sem molestar o paciente, sendo descobertos, ocasionalmente, quando um deles for expulso com as fezes. Manifestações mais frequentes são: – desconforto abdominal, dor epigástrica, cólicas intermitentes e má digestão; – Náuseas, anorexia e emagrecimento. – Irritabilidade, sono intranqüilo, ranger de dentes à noite e coceira no nariz. – Quadros alérgicos, como urticária, edemas e crises de asma. Em populações de baixa renda e crianças desnutridas, os parasitos agravam o mau estado nutricional. COMPLICAÇÕES: Estado grave ou fatal - se um único helminto entrar no apêndice, nas vias biliares ou pancreáticas, em um brônquio. Mais comum, em crianças: obstrução intestinal por um bolo de áscaris - quadro de abdome agudo. TRANSMISSÃO: Ingestão de água ou alimentos contaminados; Ovos com grande capacidade de adesão; Alimentos deveriam ser lavados com ovicidas; Transmissão por insetos, principalmente moscas e baratas. EPIDEMIOLOGIA Cosmopolita (encontrado em países de clima tropical e semi-tropical) Fatores que interferem na prevalência do Ascaris lumbricoides: Baixo nível socioeconômico; Precárias condições de saneamento básico; Má educação sanitária; Grande produção de ovos pela fêmea do parasito (200.000 ovos por dia durante 1 ano) Contaminação fecal do solo ou piso das habitações, por falta de instalações sanitárias; Disseminação de ovos através de poeira, chuvas, insetos; Viabilidade dos ovos no solo durante meses ou anos, quando em condições favoráveis de temperatura e umidade; Resistência dos ovos aos desinfetantes usuais devido à sua membrana lipóidica interna. Atinge cerca de 70% das crianças na faixa de 1 a 10 anos (Neves, 2005). DIAGNÓSTICO: Exame parasitológico de fezes. TRATAMENTO: A – Albendazol – ovocida, larvicida e vermicida B – Levamisol é um antihelmíntico de largo espectro, do grupo do mebendazol. C – Mebendazol – Praticamente sem efeitos colaterais, mas contra-indicado em epilépticos. D – Nitazoxanida - Annita PROFILAXIA
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