Buscar

orçamento e contab publica aula 01

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
Planejamento
 A Constituição Federal estabelece três instrumentos legais de planejamento, em seu artigo 165:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais”.
*
*
Plano Plurianual – PPA
A lei que instituir o plano plurianual deverá estabelecer, de forma regionalizada: DOM. - as Diretrizes - os Objetivos e - as Metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
O PPA é doutrinariamente conhecido como o planejamento estratégico de médio prazo da administração pública brasileira.
Planejamento refere-se PPA e o orçamento refere-se à LOA.
A elaboração dos planos e programas nacionais, regionais e setoriais, assim como a elaboração das leis de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais, serão realizados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
No caso da União, o projeto do PPA será encaminhado, pelo presidente ao legislativo, até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial, ou seja, até 31 de agosto do primeiro ano de mandato.
Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão fixar, nas suas constituições e leis orgânicas, respectivamente, prazo diverso do estabelecido na Constituição Federal, em caso omisso deverá ser obedecido o prazo estabelecido naCF/88.
O poder legislativo deverá devolver o PPA aprovado para sanção até o encerramento da sessão legislativa (22/12, conforme artigo 57, da CF/88)
*
*
Plano Plurianual – PPA
Legislatura - Período de 4 anos (parágrafo único, art. 44, CF)
Sessão Legislativa - Será de 02 de fevereiro a 22 de dezembro (art. 57, CF).
Período Legislativo:
 1º período: vai de 02 de fevereiro a 17 de julho (art. 57, CF).
 2º período: vai de 1º de agosto a 22 de dezembro (art. 57, CF).
O projeto do PPA poderá receber emendas dos parlamentares, apresentadas na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, onde receberão parecer, que depois de votado na comissão, será apreciado pelo Congresso Nacional na forma de regimento comum.
O presidente da república pode encaminhar mensagem ao Congresso Nacional, propondo modificações no projeto do PPA, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta.
A vigência do PPA é de quatro anos, porém inicia-se no segundo ano do mandato do chefe do Poder Executivo, e termina no primeiro ano do mandato subseqüente. Assim, apesar da duração do plano plurianual ser de quatro anos não coincide com o mandato do chefe do Poder Executivo. O objetivo dessa metodologia é assegurar um mínimo de continuidade administrativa.
*
*
 LDO
A lei de diretrizes orçamentárias conterá, segundo o art. 165 da Constituição Federal:
 as metas e prioridades (MP) da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente; orientará a elaboração da lei orçamentária anual, e disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
A LDO, inovação da Constituição Federal de 1988, é o instrumento norteador da LOA, ela é responsável pela conexão entre o plano estratégico das ações governamentais (plano plurianual) e o plano operacional (orçamento anual).
O encaminhamento da LDO, pelo chefe do Poder executivo, ocorrerá até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, até o dia 15/04, e será devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa, que ocorre no dia 17/07, que não será encerrada sem a aprovação do projeto.
*
*
LDO
A doutrina majoritária defende que a vigência da LDO é anual, ou seja, vigora por um período de 12 meses, porém muitos entendem que a LDO possui eficácia formal por mais de um ano, tendo em vista que ela começa a vigorar no segundo período legislativo de cada ano e vai até o término do período legislativo seguinte.
No congresso nacional, o projeto da LDO poderá receber emendas dos parlamentares, desde que compatíveis com o PPA. As emendas serão apresentadas na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMPOF, onde receberão parecer prévio para serem submetidas ao plenário do congresso, na forma de regimento comum.
O Presidente da República, a exemplo do que ocorre no PPA, também poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificações no projeto da LDO, enquanto não iniciada a votação na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta.
*
*
LDO e a LRF
Com a edição da Lei complementar 101 de 04 de maio de 2000, a LDO teve a suas funções ampliadas, por força do artigo 4º, passando a ter maior relevância. Entre suas novas funções destacam-se:
 equilíbrio entre receita e despesa;
critérios e formas de limitação de empenho, a ser verificado no final de cada bimestre quando se verificar que a realização da receita poderá comprometer os resultados nominal e primário estabelecidos no anexo de metas fiscais e para reduzir a dívida ao limite estabelecido pelo Senado Federal;
 normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos orçamentários;
 anexo de metas fiscais e de riscos.
*
*
ANEXOS LDO -LRF
Anexo de Metas Fiscais, que conterá as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
 O anexo conterá: 
 avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
 demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
 evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
 demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
 avaliação da situação financeira e atuarial dos:
 • regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
 • demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
*
*
A lei orçamentária anual compreende a programação das ações a serem executadas, visando atingir as diretrizes, objetivos e metas estabelecidas no plano plurianual. É o cumprimento ano a ano das etapas previstas no PPA, em consonância com a LDO e com a LRF.
A lei orçamentária compreenderá:
 o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
 o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
 o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
 sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
 indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados,Municípios e Distrito Federal; 
ou sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
O demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de naturezas financeiras, tributárias e creditícia, deverão acompanhar o projeto da lei orçamentária.
o Congresso Nacional pode na própria LOA autorizar: a contratação de qualquer modalidade de operação de crédito; a abertura de crédito adicional suplementar; a realização de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO.
A reserva de contingência deverá estar contida na LOA e a sua forma de utilização e o montante serão estabelecidos na LDO. Ainda, segundo a LRF, é vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
*
*
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
“A lei de orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade”.
Princípio da Anualidade ou Periodicidade 
 ( ano civil ; exceção são os créditos adicionais especiais e extraordinários)
Princípio da Unidade (orçamento tem que ser uno – total e compatível)
Princípio da Exclusividade (somente orçamento;duas exceções a autorização para abertura de créditos suplementares na própria LOA e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita)
Princípio da Especificação ( sem dotações globais; duas exceções Os programas especiais e a Reserva de Contingência)
Princípio da Publicidade (principio constitucional)
Princípio do Equilíbrio (receita x despesas, atenção as Op. De Créditos)
Princípio do Orçamento Bruto ( sem nenhuma dedução)
Princípio da Não Vinculação da Receita ( receita de impostos não pode ter despesa vinculada ressalvada as hipóteses da C.F.)
Princípio da Legalidade ( LEI)
Princípio da Clareza ( Inteligível)
Princípio da Uniformidade ( comparação a longo do tempo)
Princípio da Unidade de Tesouraria ou de Caixa ( caixa único)
*
*
ESPÉCIES DE ORÇAMENTOS
ORÇAMENTO TRADICIONAL
 orçamento clássico ou tradicional, constava apenas a previsão da receita e a autorização da despesa, classificando estas últimas por objeto do gasto e distribuídas pelos diversos órgãos, para o período de um ano. Não havia nenhuma preocupação com as reais necessidades da administração ou da população e não se consideravam objetivos econômicos e sociais. Além disso, era corrigido de acordo com o que se gastava no exercício anterior. Sua principal característica: dar ênfase aos objetos de gastos.
Orçamento De Desempenho
 orçamento de realizações ou desempenho o gestor começa a se preocupar com o que o governo realiza e não com o que compra, ou seja. O orçamento de desempenho é o processo orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Falta a a vinculação ao Sistema de Planejamento.
Orçamento-Programa
 O orçamento–programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados. A CF/88 implantou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao estabelecer a normatização da matéria orçamentária através do PPA, da LDO e da LOA, ficando evidente o extremo zelo do constituinte para com o planejamento das ações do governo.
Orçamento Base Zero
 orçamento base zero ou por estratégica na fase da elaboração da proposta orçamentária anual, os órgãos governamentais deverão justificar a totalidade de seus gastos . todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.
Orçamento Legislativo; Orçamento Executivo; e Orçamento Misto.
*
*
Exercício de Credito Suplementar e Especial:
Exercício de Credito Suplementar e Especial:
A Prefeitura Municipal de Parentins em setembro e outubro de x5 realizou a abertura de créditos extraordinários totalizando $ 10.000,00 e não indicou a fonte de recursos. Em dezembro do mesmo ano resolveu abrir um crédito especial no valor de $ 40.000,00 e indicou como fonte de recursos o excesso de arrecadação apurado no valor de $ 60.000,00.
Nesta situação apresentada, qual o valor que essa prefeitura poderá utilizar para abrir crédito suplementar ou especial?

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais