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Direito Privado TRABALho

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Direito Privado
Direito civil é o ramo do direito privado que regula a capacidade jurídica das pessoas e suas relações jurídicas referentes à família, às coisas (bens), às obrigações e à sucessão patrimonial.
Sendo que a principal fonte das normas do direito civil brasileiro que se compõe de duas partes: a geral que se divide em três livros e a parte especial que divide em cinco livros.
Gráfico da subdivisão do Código Civil Brasileiro:
CÓDIGO CIVIL 
BRASILE
I
RO
Parte
 
E
special
Parte Geral
Livro I: Direito Das Obrigações
Livro II: Direito de Empresa
Livro III: Direito das Coisas
Livro IV: direito da Família
Livro V: Direito das Sucessões
Livro I: Das Pessoas
Livro II: Dos bens
Livro III: Dos Fatos jurídicos 
Sujeito do direito: pessoa física e jurídica
Pessoa física – São pessoas naturais individualmente consideradas. A pessoa natural é o ser humano dotado de personalidade civil, ou seja, é aquele que tem aptidão reconhecida pela ordem jurídica de exercer direitos e contrair obrigações.
Segundo o Código Civil, em seu artigo 1º, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Capacidade da pessoa física
Para que alguém tenha capacidade de exercício, necessário é que ela tenha discernimento suficiente para reger a sua própria pessoa e seus bens, sabendo se relacionar socialmente de modo proveitoso a si. Como o grau de discernimento entre as pessoas é variável, a lei divide os incapazes em absolutamente incapazes, relativamente incapazes e plenamente capazes. 
São absolutamente incapazes:
A) Os menores de dezesseis anos.
B) Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos.
C) Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los, sendo representados pelos seus tutores: 
A) Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
B) Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido.
C) Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo.
D) Os pródigos.
* Os índios, pois vivem em outra realidade cultural.
Pessoas plenamente capazes exercem seus diretos pessoalmente dispensando representantes ou assistentes, mais só adquirem esse titulo quando atingem a maioridade aos 18 completos ou adquirem a emancipação que é a da plena capacidade civil antes dos 18 anos completos.
Formas para ser adquirir a emancipação: 
1. Pela concessão dos pais, ou de um deles à falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos.
2. Pelo casamento.
3. Pelo exercício de emprego público efetivo.
4. Pela colação de grau em curso de ensino superior.
5. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, dede que, em função deles, o menor de dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Fim da personalidade civil
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Por nascituro se entende o feto já concebido e que encontra no ventre materno. A Certidão de nascimento é documento que comprova a existência do registro civil.
 Todavia, A existência da pessoa natural termina com a morte. Sendo a certidão de óbito o documento que comprova a morte real. No entanto, também existe a morte presumida, e é caracterizada pelos sentes ou nas seguintes situações:
A) Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.
B) Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Pessoa jurídica – São as empresas, instituições e entidades que são capazes de assumir direitos e obrigações, são divididas em dois grupos:
1. Pessoas jurídicas de direito publico – união, os municípios, os estados estrangeiros.
2. Pessoas jurídicas de direito privado – as sociedades empresarias as associações e as fundações.
As pessoas jurídicas de direto privado começam a existir legalmente com a inscrição dos seus contratos, estatutos ou atos constitutivos no registro competente. 
E terminam sua existência de pessoa jurídica, quando:
a) Pela sua dissolução, deliberada entre seus membros.
b) Pela sua dissolução, quando a lei termina
c) Pela sua dissolução em virtude de ato do governo, que casse a autorização de funcionar.
2. Sujeito do direito: Bens
Bens são valores matérias ou imateriais que servem de objeto a uma relação jurídica, sendo classificados de diversas maneiras:
Móvel – é o bem que possui movimento próprio ou pode ser removido por força alheia. 
Imóvel – é o solo e tudo quanto se incorporar de forma natural ou artificial a ele.
Fungível – é o bem que pode ser substituído por outro da mesma espécie, quantidade ou qualidade.
Não- Fungível – não pode ser substituído por outro da mesma espécie, em face do mesmo valor único e singular. 
Consumível – é o bem cuja utilização implica sua destruição, mais ou menos imediata.
Não consumível – é o bem que não se destrói de modo imediato com a sua utilização. 
Público – é o bem que pertence à união, aos estados federados, aos municípios, etc.
Particular – bem que não pertence ao patrimônio publico.
3. Fatos jurídicos
Segundo o jurista SAVIGNY, fatos jurídicos são acontecimentos, inseridos numa estrutura normativa, em virtude dos quais as relações de diretos nascem, se transformam e se extinguem.Podem ser classificados respectivamente:
(A) Os fatos naturais – ocorrem por conta da natureza.
(b) Os atos humanos - são fatos que derivam da conduta humana (ação e omissão) e se dividem em:
1. Atos jurídicos lato sensu ou em sentido amplo – são atos lícitos. Subdividem em;
1.1 atos jurídicos stricto sensu ou em sentido escrito - são os atos que não exigem uma declaração expressa de vontade do agente.
1.2 negócios jurídicos – são os atos que se originam de declaração expressa de vontade dos agentes, sendo produzidas em função de um objetivo amparado pelo direito. 
2. Atos ilícitos – contrariam o direto vigente.
Requisitos para a validade dos negócios jurídicos
O negocio jurídico é a ação licita que, demanda da vontade humana, em como fim promover uma relação de direito. Sendo os requisitos e classificação para que todo negocio jurídico possa ser validado, respectivamente:
Agente capaz - significa que a pessoa deve ter capacidade jurídica para fazê-lo.
Objeto licito- 
Forma prescrita ou não defesa em lei – significa que o negocio jurídica deve obedecer à forma estabelecida ou não proibida pela lei
Classificação dos negócios jurídicos:
Unilaterais – são os negócios que dependem da vontade de uma das partes.
Bilaterais – são os negócios que dependem do acordo de vontade das duas partes.
Solenes – são os negócios que precisam obedecer a uma forma prescrita em lei
Não-solenes – são os negócios que não precisam obedecer à forma determina em lei
Onerosos – são negócios que estabelecem vantagens às partes, mas exigem uma contraprestação de ambas
Gratuitos- são os negócios que conferem vantagens somente a uma das partes
Inter vivos - são os negócios que devem produzir durante a vida dos interessados.
Causa mortis- são os negócios que devem produzir efeitos depois da morte do agente declarante
Vícios dos negócios jurídicos
Vícios do constrangimento- Neste grupo estão os defeitos que impedem a manifestação livre e consciente da vontade, portanto se a declaração estiver contaminada por algum vicio que corrompa a vontade interior do agente, o negocio jurídico pode ser anulado.
Erro – É a falsa noção da realidade.
Dolo – É o engano intencionalmente provocado por uma pessoa para iludir a outra.
Coação – É toda pressão injusta e grave exercida sobre alguém para forçá-lo a praticar um ato.
Lesão – ocorre quando umas das partes, em um contrato, por necessidade ou inexperiência, se obriga a uma prestação desproporcional
em relação à contraprestação da outra parte.
Vícios sociais – Neste grupo temos a presença de um agente desonesto que declara sua vontade de má- fé com a finalidade de prejudicar terceiros, sendo este o motivo de o negocio ser considerado invalido.
Simulação – é a declaração enganosa da vontade, visando a produzir efeito diverso do ostensivamente indicado.
Fraude – é a artimanha utilizada pelo devedor para prejudicar o credor.
Diretos das obrigações
É a relação jurídica estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste em prestação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Os direitos obrigacionais são diferentes dos direitos reais; os titulares deste exercem um poder imediato sobre determinada coisa. Os titulares daqueles não, porque a responsabilidade é pessoal.
Os sujeitos da obrigação podem ser divididos em: 
a) sujeito ativo - é o credor, aquele que tem direito a uma prestação; 
b) sujeito passivo - é o devedor, aquele que deve realizar a prestação. 
c)Vinculo jurídico – normas que determinam a relação entre devedor e credor;
d) Objeto - consiste na prestação a ser cumprida pelo devedor. Esta deve ser passível de avaliação econômica.
A obrigação do devedor se expressa no compromisso de dar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa, economicamente de valor, em benefício do credor. Assim, as obrigações podem ser divididas em três tipos básicos.
Obrigação de dar – consiste na responsabilidade do devedor de entrega uma coisa certa ou incerta a alguém. Coisa certa é aquela perfeitamente individualizada em suas características. Coisa incerta é a indicada de modo genérico ou pela sua quantidade.
Obrigação de fazer – consiste na responsabilidade do devedor de realizar determinados atos em beneficio do credor.
Obrigação de não fazer – consiste na responsabilidade assumida pelo devedor de não praticar determinado ato.
Sendo as obrigações de caráter transitório, isto que dizer que nascem, vivem e se extinguem. Nascem de uma declaração de vontade ou em virtude da lei. Vivem por meio de suas modalidades: obrigações de dar, fazer ou não fazer. Extinguem por meio de diversos modos, e entre eles o pagamento, a prescrição e execução judicial.
Pagamento – é o cumprimento do voluntario da obrigação. Pode ser em dinheiro ou por qualquer outra forma, a de prestação. Sendo que o pagamento deve ser feito ao credor ou a seu representante.
Prescrição – é a extinção da divida pelo decurso do prazo, durante o qual o credor tinha o direto de exigi-la, judicialmente, do devedor.
Execução judicial – é o pagamento forçado em virtude de decisão judicial (sentença do juiz ou acórdão do tribunal).
É sabido que o Contrato significa trato com. Segundo Clovis Beviláqua, “contrato é o acordo de vontades para o fim de adquiri, resguardar, modificar ou extinguir direitos”. Aplicando esses conceitos sobretudos, aos contratos paritários e não os contratos por adesão.
Contrato paritário – constitui- se pela livre manifestação de vontade das partes contratantes, que discutem e deliberam sobre as cláusulas que regerão a relação contratual 
Contrato por adesão – diz que é a aceitação por uma das partes da vontade expressa da outra. Uma dos contratantes limita-se a aderir às cláusulas contratuais previamente estabelecidas pela parte economicamente mais forte.
A validade dos contratos depende dos mesmos requisitos exigidos para a eficácia dos negócios em geral. Estes requisitos são:
Agente capaz 
Objeto licito
Forma prescrita ou não defesa em lei
Contratos civis e comercias 
O contrato será civil se os contratantes não forem empresários ou sociedade empresaria. Por outro lado, o contrato será comercial quando ambas as partes que o celebram forem empresários ou sociedade empresária.
Elementos que caracterizam o contrato comercial, tornando-o distinto do contrato civil:
Finalidade de lucro – o contrato comercial obrigatoriamente visará sempre o lucro, o que nem sempre acontece no contrato civil. 
Onerosidade das obrigações mercantis – o contrato comercial é sempre oneroso para as duas partes, isto é, exige contraprestação de ambos os contratantes. No contrato civil, a onerosidade só existe quando for expressamente declarada.
Simplificação das formas e provas mercantis – os atos comerciais são praticados inúmeras vezes em um mesmo dia, por isso, podendo ser provado por qualquer documento. Já os atos civis, sendo bem menos formais exigem, quase sempre, escritura publica ou instrumento particular revestido de todas as solenidades exigidas em lei.
Contratos civis e comerciais mais freqüentes
Contratos civis
Compra e venda residencial
Locação de imóvel residencial
Mandato
Deposito
Doação
Edição
Casamento
Adoção
Contratos comerciais
Compra e venda comercial ou mercantil
Locação de imóvel comercial
Mandato mercantil
Deposito mercantil
Compra e venda mercantil
 Representação comercial
Franquia (franchising)
Alienação fiduciária em garantia
Arrendamento mercantil (leasing)
Seguro 
Direto das coisas
É o conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens (tudo o que satisfaz uma necessidade humana) materiais (móveis ou imóveis) ou imateriais (propriedade literária, científica e artística - direito autoral; propriedade industrial - marcas e patentes) suscetíveis de apropriação pelo homem (Clóvis Beviláqua).
Propriedade é o direto de usar, gozar e dispor de uma coisa, bem com de retirá-la do poder de quem quer injustamente a detenha. Assim, perante o direto brasileiro a propriedade apresenta-se com duas funções: 
Função pessoal – a propriedade é um direto exclusivo e, em principio, ilimitado. Sendo a propriedade presumida plena (o direito de propriedade só se extingue pela vontade do dono ou pela vontade da lei.) e exclusiva (exclui o domínio de outras pessoas sobre essa mesma), até prova em contrario.
Função social - a propriedade traz responsabilidades sociais. Por isso, deve haver o uso da propriedade de acordo com sua destinação socioeconômica.
Aquisição da propriedade – O código civil impõe que a propriedade imóvel seja tratada com mais rigor e solenidade do que a propriedade móvel. No entanto, o simples contrato de compra e venda não é suficiente para transferir a propriedade de uma coisa. 
Formas de aquisição da propriedade imóvel:
1. Transcrição - a escritura da compra e venda imobiliária necessita ser devidamente registrada, caso contrario o domínio do imóvel não se transfere.
2. Acessão - é o acréscimo territorial à propriedade, devido a elementos externos.
3. Usucapião – é a aquisição de uma propriedade, pela sua posse prolongada, por um tempo fixado na lei. Existem quatros tipos de usucapião, são elas respectivamente:
Ordinário – é aquele que decorre da posse de uma imóvel por dez anos
Extraordinário – é aquele que decorre de posse, pacifica e ininterrupta, de uma imóvel pelo prazo de 15 anos, independentemente de titulo e boa fé.
Pro labore ou usucapião rural especial- é aquele que decorre da posse interrupta e sem oposição (pacifica) do eventual dono por mais de cinco anos de terra em zona rural, cuja área não ultrapasse 50 hectares.
Urbana ou usucapião especial urbana – é aquele que decorre da posse de área urbana de até 250m₂, pelo prazo de cinco anos ininterruptos e sem oposição do eventual dono.
4. Direto hereditário – é a transmissão da propriedade pela sucessão que ocorre com a morte do proprietário. Portanto, a propriedade será transmitida por herdeiros legítimos (são os descendentes, os ascendentes, o cônjuge sobrevivente, os colaterais e o Estado) e testamentários (são as pessoas nomeadas no testamento).
Formas de aquisição da propriedade móvel prevista no código civil:
1. Ocupação – é a posse de coisa abandonada, que não tenha dono.
2. Especificação – é a transformação de matéria-prima em espécie nova, obtida pelo trabalho humano.
3. Confusão, comistão e adjunção – Ocorre confusão quando se fundem coisas liquidas; comistão, quando se misturam coisas solidas; adjunção, quando se justapõe uma coisa a outra.
4. Usucapião – Posse continuada e sem oposição da coisa durante três anos, desde que baseada em justo titulo e boa-fé.
5. Tradição – é a entrega material da coisa, das mãos do proprietário para o comprador
A Posse é a detenção material de uma coisa. Assim, considera-se possuidor toda pessoa que tem, de fato, o exercício de algum dos poderes inerentes ao domínio ou á propriedade. Sendo que a posse pode ser classificada segundo diversos fatores, dente quais:
Posse direta – é aquela exercida diretamente pelo possuidor com a autorização do proprietário.
Posse indireta – é aquela que o proprietário exerce, após transferido a coisa, por sua vontade, ao possuidor direto.
Posse justa – é aquela que não for violenta (é obtida mediante uso da força), precária (quando for obtida às escondidas do proprietário) ou clandestina (quando for obtida por meio do abuso de confiança do possuidor direto que, tendo recebido a coisa do proprietário com a obrigação de devolvê-la depois de certo tempo, deixa de cumprir seu dever).
Posse injusta – portanto, é aquela que for violenta, clandestina ou precária.
Posse de boa fé – é aquela em que o possuidor ignora o vicio ou o obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa, ou do direito possuído.
Posse de má-fé – é aquela em que o possuidor está consciente de que a coisa foi adquirida de forma violenta, clandestina ou precária.
Vale ressaltar posse produz efeitos no campo jurídico. Dentre seus efeitos, se destaca pela sua importância, a proteção possessória. Nessa proteção, o possuidor tem direto a ser mantido na posse mesmo em casos de transtorno, como: 
Turbação – Ocorre quando alguém é perturbado na sua posse. Diante desse problema, a lei assegura ao possuidor o direto de mover contra o turbador ação de manutenção de posse.
Esbulho – ocorre quando alguém é retirado de sua posse pelo de violência, clandestinamente ou abuso de confiança. O possuidor esbulhado tem o direito de mover ação de reintegração de posse para restituir judicialmente a coisa.
Ameaça – Como proteção preventiva, a lei assegura ainda o possuidor o interdito proibitório. Este invertido visa tranqüilizar o possuidor que está sendo ameaçado de perturbação ou de esbulho em sua posse.
Já o penhor é o direto real que recai sobre coisa móvel, oferecida como garantia do pagamento de uma divida. A finalidade do penhor é aumentar a probabilidade do cumprimento da obrigação por parte do devedor.
A hipoteca é o direto real que recai sobre bem, imóvel oferecido como garantia do pagamento de uma divida. Recai sobre a totalidade do imóvel, abrangendo suas acessões, melhoramentos ou construções.
Direito da família
Direto das sucessões
Direito das Sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio (ativo e passivo – créditos e débitos) de alguém, depois de sua morte, em virtude de lei ou testamento.
Sucessão – é a transmissão dos bens e direitos da pessoa morta.
Herança ou espolia – é o patrimônio transmitido na sucessão. 
Herdeiro ou legatário – é pessoa que recebe a herança.
De cujus – Expressão latina, que refere à pessoa que morreu.
Sucessão legitima – é aquela que ocorre de acordo com as regras previstas em lei. Assim, se o de cujus não deixou testamento, a lei determina que seu patrimônio seja transferido aos herdeiros legítimos, que incluem os chamados herdeiros necessários.
Ordem de vocação hereditária
1. Descendentes (filhos, netos, etc.).
2. Ascendente (pais, avós, etc.).
3. Cônjuge sobrevivente.
4. Colaterais (irmãos, tios, etc.).
Sucessão testamentária é aquela que ocorre em virtude de testamento. Considera-se testamento o contrato solene, gratuito e renovável, no qual a pessoa dispõe de seus bens e outros atos de ultima vontade, para depois de SUS morte. Sendo os beneficiários do testamento:
Herdeiro testamentário – é a pessoa no testamento para receber a totalidade dos bens deixados pelo de cujus.
Legatário – é a pessoa nomeada no testamento para receber certa parte individualizada da herança, especialmente determina pelo de cujus.
O art. 1.814 do código Civil estabelece que as pessoas que cometeram atos criminosos ou ofensivos contra o falecido são consideradas indignas de receber sua herança. A pena de indignidade só alcança o indigno, sendo representado por seus sucessores, como se morto fosse. Sendo estes casos próprios da sucessão legitima.
Outra forma de ser privado da herança ou sucessão é ser Deserdado. A deserdação só pode ser ordenada em testamento, com expressa declaração da causas que a motivou. Assim, casos de deserdação são próprios da sucessão testamentária.
Para a transmissão do patrimônio do de cujus a seus herdeiros é necessário o inventario e a partilha dos bens da herança.
Inventário é a relação detalhada e precisa de todos os bens que constituem a herança. O inventário desenvolve-se por meio de processo judicial, cujo objetivo é relacionar, descrever, avaliar e distribuir os bens entre os sucessores.
Partilha é a divisão dos bens da herança, na proporção que compete a cada herdeiro
 
Recuperação de empresa e falência
Falência é o nome da organização legal e processual destinada à defesa daqueles impossibilitados de receber seus créditos. Trata-se de um processo de execução coletiva dos bens do devedor, decretado judicialmente, ao qual concorrem todos os credores, que buscam no patrimônio disponível, saldar o passivo em rateio, observadas as preferências legais.
Segundo a lei da falência brasileira, para que alguém seja considerado falido é necessário que satisfaça todos os requisitos a seguir enumerados:
O devedor deve ser empresário ou sociedade empresária (não existe regime de falência para o devedor civil).
O devedor empresário deve apresentar insolvência.
O art. 96 da lei de recuperação de empresas e falências, Lei n° 11.101 de 9/2/2005, enumera as diversas situações que configuram relevante razão de direito, assim , a falência não será declarada se a pessoa contra quem for requerida provar, entre outros:
Falsidade do titulo de obrigação;
Prescrição;
Pagamento da divida;
Nulidade da obrigação ou do titulo respectivo;
Vicio em protesto ou me seu instrumento;
Requerimento de recuperação judicial no prazo da contestação.
Contudo, no direito brasileiro, somente o devedor empresário pode ser sujeito passivo do processo falimentar. Sendo a expressão empresário, limitada à:
Ao individuo capaz que faz do comercio sua profissão;
As sociedades empresariais;
As sociedades por ações, ainda que seu objetivo seja civil.
Sendo assim, o pedido de falência, de modo geral, é requerido pelos credores, que são as vítimas diretas da falta de pagamento. Contudo, a lei exige que o próprio devedor confesse seu estado de falência e tome iniciativa do pedido, considerando este ação autofalência.
A falência requeria pelo credor, para sua execução, deve apresentar titulo comprovante de seu credito. Se a mesma for pedida com base na impontualidade injustificada do devedor, o pedido deve conter certidão de protesto do titulo exclusivo.
Efeitos da falência – São diversos os efeitos que decorrem da sentença judicial que declara o empresário devedor em estado de falência. Pode se classificar os principais efeitos em quatro grupos:
Quantos aos diretos dos credores;
Intervir, como assistente, em quais quer ações ou incidentes em que a massa falida (conjunto de bens, direitos e obrigações do devedor falido) seja parte ou interessada. 
Fiscalizar a administração da massa falida.
Examinar, em qualquer tempo, os livros e papeis do falido e da administração da massa, independente de autorização do juiz.
Quanto à pessoa do falido;
As obrigações estão rigorosamente previstas e relacionados no art. 104 da LREF>
Quanto aos bens do falido;
O devedor perde o direito de administrar e dispor de seus bens. Assim, qualquer ato do devedor falido em relação aos bens poderá ser anulado pelo juiz.
Quanto aos contratos do falido;
Contratos bilaterais
Contratos de conta correntes
As dividas do falido
Classificação dos créditos – os créditos obedecem a uma hierarquia de preferências, embasado nisso. A LREF, no art. 183, estabeleceu uma classificação dos créditos, sendo esta:
Créditos extraconcursais
Créditos trabalhistas e acidentários
 Créditos com garantia real
 Créditos tributários
 Créditos com privilégio especial
Créditos com privilégio geral
 Créditos quirografários
Multas
Créditos subordinados
Recuperação judicial é o procedimento judicial cujo objetivo é a viabilização de meios par que o devedor supere a situação de crise econômico-financeira e continue sua atividade empresarial. A recuperação judicial resulta de um estado de insolvência “mais moderado” (não comprometendo toda vida econômica do devedor) que pode ser suportado. Em suma, entre outros, abaixo relacionados retirados do art. 50 da LREF são os meios de recuperação judicial:
Alteração do controle societário;
Aumento de capital social
Venda parcial dos bens;
Usufruto da empresa;
Administração compartilhada;
Concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
Emissão de valores mobiliários.
Recuperação extrajudicial – Por meio deste procedimento, o empresário e a sociedade empresaria podem estabelecer- se uma crise econômico- financeira. Essa recuperação consiste basicamente em um acordo de vontades em que o devedor e seus credores acertam uma forma na qual o devedor consiga honrar seus compromissos, pagando suas dividas.
Direito do consumidor
O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC) é um ordenamento jurídico, um conjunto de normas que visam à proteção e defesa aos direitos do consumidor, assim como disciplinar as relações de consumo entre fornecedores e consumidores finais e as responsabilidades que tem esses fornecedores (fabricante de produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor final, estabelecendo padrões de conduta, prazos e penalidades.
Para compreender como funciona o sistema de proteção ao consumidor, é preciso, antes de qualquer coisa, conhecer o significado de alguns termos, exatamente como foram definidos no texto do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Fornecedor é todo sujeito de direto que desenvolve atividade profissional de oferecimento de produtos ou prestação de serviços.
Sujeito de direto – é todo “ente” capaz de exercer diretos ou cumprir deveres. São sujeitos de diretos as pessoas (físicas e jurídicas) com também os entes despersonalizados (massa falida, espólio, etc.).
Atividade profissional – é a pratica habitual de ato econômico licito e lucrativo.
Produto – é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Serviço – é qualquer prestação de trabalho remunerado, oferecida no mercado de consumo, exceto as relações de caráter trabalhista.
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Alguns direitos básicos e fundamentais do consumidor previstos no CDC:
Segurança – garantia contra produtos ou serviços perigosos ou nocivos à vida e à saúde do consumidor.
Educação e escolha – Educação e divulgação sobre o consumo adequado, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações.
Informação – deve ser clara e adequada sobre os diferentes produtos e serviços, bem como os riscos que apresentem.
Publicidade – proteção contra a publicidade enganosa, abusiva e simulada.
Clausulas abusivas de contrato – proteção contra as clausulas abusivas de contratos impostas no fornecimento de produtos e serviços. 
Indenização – prevenção e reparação dos donos patrimoniais e morais causados pelo uso de produtos e serviços.
Acesso à justiça – é livre o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à reparação de danos e facilitação da defesa dos direitos do consumidor. 
Qualidade dos serviços públicos – adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
O CDC estabelece normas procurando a garantia, o equilíbrio e a igualdade nas relações de consumo, principalmente nas que são regidas por contrato de adesão.
Princípios dos contratos de adesão entre consumidor e fornecedor:
Irrenunciabilidade – são nulas as clausulas contratuais que estabeleçam renuncia, pelo consumidor, de diretos assegurados no CDC.
2. Equilíbrio contratual – são nulas as clausulas que estabeleçam desvantagens contratuais em relação ao consumidor.
3. Clareza – as relações de consumo devem desenvolver-se de forma clara e transparente.
4. Interpretação favorável ao consumidor – as cláusulas contratuais devem ser interpretadas favoravelmente ao consumidor, em caso de dubiedade de interpretação.
Introdução a direto do trabalho
Atualmente há imensa sofisticação das necessidades humanas, que é proporcional à evolução tecnológica e progresso material voltada para satisfazê-las. Esse progresso material é originário da conjugação de alguns elementos fundamentais, denominados fatores de produção, sendo esses:
Natureza – é o mundo material existente, onde se encontra os recursos naturais utilizados e transformados pelo homem.
Trabalho – é a atividade pelo qual o ser humano utiliza sua energia física e psíquica, com a finalidade de produzir bens e serviços para satisfazer suas necessidades.
Capital – é o elemento intermediário entre o trabalho e a natureza.
Por intermédio do trabalho e com a utilização do capital, o ser humano é capaz de mudar e moldar a natureza e, ao mesmo tempo, transformar a si próprio. Entretanto, o trabalho foi desvirtuado de sua função positiva, transformando-se apenas em rotina de reprodução. 
Segundo NASCIMENTO, o direito do trabalho surge com autentica expressão do humanismo jurídico e instrumento de renovação social. Portanto, o direto do trabalho abrange o conjunto de princípios e normas que regulam as relações de trabalho subordinado, ocupando-se, ainda, em garantir condições sociais básicas ao trabalhador.
Destas relações de trabalho, destaca o contrato de trabalho, que é o acordo, escrito ou verbal, pelo qual o empregado em troca de salário, presta serviços continuados ao empregador, subordinando-se profissionalmente, à sua atenção. Sendo envolvidos dois sujeitos que são:
Empregado –
Empregador -
Características fundamentais do contrato de trabalho são:
Prestação de serviços continuados – o trabalho do empregado deve ser permanente e continuo.
Recebimento do salário – entende-se por salário o pagamento efetuado pelo empregador ao empregado em troca de seus serviços. 
Subordinação profissional – na execução do seu trabalho, o empregado deve obedecer às ordens do empregador. Sendo essa obediência de caráter profissional.
Carteira de trabalho e previdência social – é um dos meios de prova da relação de trabalho. Dentre suas principais características, pode-se citar:
Obrigatoriedade – é obrigatório para o exercício de qualquer emprego.
Emissão – é emitida pelas delegacias regionais do trabalho.
Elementos de identificação –
Anotações – a 
Duração do contrato de trabalho – Com relação à duração, pode se dividir os contratos de trabalho em dois tipos:
Contrato de duração determinada – é o contrato no qual o empregado e o empregador resolvem fixar, antecipadamente, o momento final do trabalho. Esse momento final pode ser fixado em função: 
De um prazo previamente combinado entre as partes;
Da execução de um serviço especificado;
Da realização de um acontecimento sobre o qual seja possível uma previsão aproximada.
Contrato de duração indeterminada – este é a regra no Direto do Trabalho, que preza a preservação e extensão do contrato. Nasce com a admissão do empregado pelo empregador e vive através do tempo, sem que as partes estabeleçam previamente um prazo final para sua existência. Contudo, na vigência do contrato, o tempo de serviço traz para o empregado diversos direitos, tais como: férias,décimo terceiro salário, etc.
Direitos fundamentais do trabalhador
A constituição federal assegura aos trabalhadores urbanos e rurais uma serie de diretos
fundamentais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social. Sendo abaixo uma síntese desses direitos:
Extinção do contrato de trabalho
O contrato de trabalho tem caráter transitório. Portanto, não existe contrato de trabalho vitalício, isto é, que obrigue o empregado a trabalhar por toda a vida. Sendo assim, morre mediante os diversos meios de extinção do contrato de trabalho.
 O Acordo é um desses meios, e ocorre quando o empregado e o empregador combinam, amigavelmente, uma forma de encerrar o contrato de trabalho. O acordo, portanto, é o resultado do ajuste entre as partes que, mutuamente, consentem com seus termos. A esse acordo dá se o nome de distrato, contudo, precisa ser homologado judicialmente para evitar prejuízos a diretos fundamentais do trabalhador.
A demissão ocorre quando o empregado, por sua vontade própria, decide romper o contrato de trabalho. Nessa hipótese, o empregado deve comunicar ao empregador sua decisão, oferecendo aviso prévio (notificação pela qual a parte que deseja encerrar o contrato comunica antecipadamente sua decisão a outro.). A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao respectivo período.
Ocorre dispensa com justa causa quando o empregador toma a iniciativa de romper o contrato de trabalho. Configura-se justa causa de acordo com a CLT, art.482 as hipóteses de: Ato de improbidade, desídia, embriaguez, incontinência de conduta ou mau procedimento, ato lesivo à honra ou ofensas físicas, pratica constate de jogo de azar, atos atentatórios à segurança nacional, abandono de emprego, violação de segredo da empresa, ato de indisciplina ou de insubordinação, condenação criminal do empregado e negociação habitual sem permissão do empregador. Nesse despedimento o empregado perde diversos diretos como entre outros: 13/; salário proporcional, direto a aviso prévio, etc.
O despedimento ou dispensa sem justa causa (ou despedida arbitrária) ocorre quando o empregador decide romper o contrato de trabalho sem ter como fundamento de sua atitude nenhuma das hipóteses contidas NO ART.782 DA CLT. A Constituição Federal prevê indenização compensatória no caso do despedimento sem justa causa.
Ocorre dispensa indireta quando o empregado decide encerrar o contrato de trabalho em virtude de justa causa praticada pelo empregador. Portanto, o empregado considera rescindido o seu contrato de trabalho em conseqüência de uma grave atitude cometida pelo empregador.
A culpa recíproca ocorre quando ambos, empregado e empregador, oferecem motivos que ensejem justa causa para o rompimento do contrato de trabalho.
A aposentadoria é um direito de que é titular assegurado, para poder tirar-se de sua atividade ou trabalho e passa a receber um pagamento periódico, efetuado pela instituição previdenciária, em substituição à remuneração. Portanto, a concessão de aposentadoria definitiva por si só extingue o contrato de trabalho vigente. Assim o empregado deixa o trabalho, desfazendo-se o contrato, por os seguintes motivos: invalidez, idade e tempo de serviço. 
A morte é o momento final em que se extingue a personalidade jurídica da pessoa física. Assim, evidentemente, Poe fim a relação jurídica expressa no contrato de trabalho.
Introdução ao direito de trabalho

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