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Resumo da Primeira Prova de Psiquiatria

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Resumo para a Primeira Prova de Psiquiatria – Daniela Braga – Medicina 141 
 
- Fenomenologia: descrição da aparência; o fenômeno é o objeto aparente, que se apresenta à nossa consciência. Centra-
se na vivência das coisas pelo sujeito, e não nas coisas em si. 
- Funções psíquicas elementares: Consciência, Orientação, Atenção, Memória, Linguagem, Pensamento, Sensopercepção, 
Juízo, Vontade e Afetividade. 
- Funções psíquicas compostas: Consciência do Eu, Inteligência e Personalidade. 
- Funções mais acometidas em alguns transtornos: Transtornos orgânicos (Consciência, Orientação, Atenção, Memória e 
Linguagem – compõem a Inteligência), Psicoses (Pensamento, Sensopercepção e Juízo) e Transtornos afetivos e neuroses 
(Afetividade e Vontade). 
 
1) Aparência 
 
- Devem-se descrever: o aspecto global do paciente, o biótipo, a postura geral (ativa/passiva), as roupas e acessórios, os 
olhos e o olhar, os fâneros cutâneos, os dentes, o odor (compõe a análise da higiene), movimentos e gestos. 
- Variações: cuidada, descuidada, adequada, bizarra e exibicionista. Ex.: Pacientes deprimidos podem vestir-se com roupas 
escuras e apresentarem desinteresse por cuidados pessoais. 
 
2) Atitude 
 
- A atitude é traduzida em falas, gestos e mímica. 
- Alguns exemplos: afetada, arrogante, querelante, hostil, pueril, sedutora. Ex.: Pacientes maníacos podem apresentar 
atitude expansiva e desinibida. 
 
3) Consciência: conhecimento que temos de nós mesmos e do mundo externo. 
 
- Definição neuropsicológica: é estado vígil e lúcido, estado de estar desperto, acordado; grau de clareza do sensório. 
- Definição psicológica: soma de todas as experiências conscientes de um indivíduo em um determinado momento. 
- Definição ético-filosófica: capacidade de tomar ciência dos deveres éticos. 
- Visão clássica: consciência como tábula rasa, passiva, na qual os objetos penetram e imprimem sua marca. 
- Visão fenomenológica: a consciência é ativa e produz sentido aos objetos. 
- A consciência dos objetos (conhecimento compartilhado com o outro) apresenta um campo constituído de: foco (parte 
central, mais iluminada) e margem (franja - parte periférica, menos iluminada). 
 
- Alterações da Consciência: 
* Quantitativas: rebaixamento do nível de consciência: 
a) Obnubilação: diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração; 
b) Sopor: paciente sonolento, pode ser desperto por estímulo enérgico, incapaz de ação espontânea; 
c) Coma: não é possível qualquer atividade voluntária consciente. 
 
*Qualitativas: estreitamento do campo (menor número de elementos na mente, foco menor): 
a)Estados crepusculares: estreitamento transitório do campo da consciência, conservando uma atividade psicomotora 
global permitindo os atos automáticos. 
b)Dissociação da consciência: fragmentação do campo da consciência ocorrendo perda da unidade psíquica. 
c)Transe (ocorre em contextos religiosos e culturais): auto-hipnose, presença de atividade motora automática e 
estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários. 
d)Estado hipnótico: alteração induzida do estado de consciência, envolve sugestionabilidade. 
 
4) Atenção: consciência direcionada a determinado estímulo. 
 
- Classificação: 
a)Quanto à natureza: 
*Voluntária: ativa, esforço intencional na direção do objeto; 
*Espontânea: passiva, involuntária, reação automática, não consciente e não intencional do individuo aos estímulos 
devido às características destes; 
*Tenacidade: capacidade de fixar sua atenção sobre determinado objeto (concentração); 
*Mobilidade (Vigilância): capacidade de desviar a atenção de um objeto a outro. 
b)Quanto à direção: 
*Atenção Externa: voltada para o mundo exterior ou ao corpo; 
*Atenção Interna: se volta para os processos mentais do próprio indivíduo, é reflexiva e meditativa. 
c)Quanto à amplitude: 
*Atenção focal: concentrada sobre campo restrito da consciência; 
*Atenção dispersa: não se concentra em um campo determinado. 
 
- Alterações da Atenção 
*Quantitativas: 
a) Hipoprosexia: perda básica da capacidade de concentração. Pode ocorrer por fadiga ou sonolência; 
b) Aprosexia: Total abolição da capacidade de concentração; 
c) Hiperprosexia: estado de atenção exacerbado, com tendência a obstinar-se; 
 
*Qualitativas: 
a) Rigidez da atenção (distração): hipertenacidade e hipomobilidade. Super concentração ativa da atenção sobre 
determinado objeto. Foca em determinada coisa e esquece as demais. Ensimesmamento. 
b) Labilidade da atenção (distraibilidade): hipotenacidade e hipermobilidade. A atenção do individuo é muito facilmente 
desviada de um objeto para o outro. 
 
5) Orientação: Capacidade de se situar em relação a si mesmo e ao ambiente. 
 
- Orientação autopsíquica: quanto a si mesmo. Paciente sabe quem é, como se chama, onde nasceu, profissão etc. 
- Orientação alopsíquica: orientar em relação ao ambiente. Envolve orientação temporal, espacial, quanto às pessoas e 
situacional. 
- Alterações da orientação: 
* Quantitativas: desorientação confusional (redução do nível de consciência), amnéstica (não consegue fixar em sua 
memória as informações ambientais básicas), apática (desorientado devido a uma marcante alteração do humor e da 
volição), delirante, por déficit intelectivo ou por estreitamento da consciência. 
* Qualitativas: falsas orientações confuso-oniroide (distúrbios sensoperceptivos), paramnéstica (fabulação), delirante e 
por estreitamento da consciência. 
 
6) Memória: capacidade de registrar, manter e evocar fatos já ocorridos. 
 
- Fixação: aquisição de novas informações 
- Conservação: manutenção das informações já fixadas 
- Evocação: retorno à consciência das informações armazenadas. 
- Imediata: dura menos de 1s e permanece ativa apenas o tempo necessário para se dar a percepção. 
- Recente: capacidade de reter informações por curto período. 
- Remota: capacidade de evocação de informações e acontecimentos do passado. 
- Alterações da memória: 
*Qualitativas (Paramnésias): deformação do processo de evocação de conteúdos da memória previamente fixados (falsas 
lembranças).  Fabulações ou confabulações: o paciente preenche artificialmente uma lacuna da memória com algo 
comum ou extraordinário. Presente na Sindrome de Korsakoff. 
* Quantitativas: 
a) Hipermnésia: as informações afluem rapidamente ganhando em número, porém perdendo em clareza; 
b) Amnésia: perda de memória (seja a perda da capacidade de fixar, manter ou evocar conteúdos). 
b.1)Anterógrada: impossibilidade ou dificuldade de formar novas lembranças de longo prazo (adquirir novas informações) 
a partir do momento em que o dano cerebral ocorreu; 
b.2) Retrógrada: perda da memória para fatos ocorridos antes do inicio do dano; 
b.3) Retroanterógrada: mista; 
b.4) Generalizada: estão afetadas todas as recordações. 
b.5) Lacunar: falha de memória que abrange determinado espaço de tempo. 
b.6) Seletiva: as lembranças têm conteúdo e significado afetivo. 
 
7) Consciência do Eu 
 
- Ontogenia do eu: No inicio do desenvolvimento psíquico da criança não há discriminação ou delimitação entre o eu e o 
mundo externo. O eu do bebê estaria fundido com o de sua mãe. As realidades interna e externa confundem-se. Não há 
diferenciação do eu e do não-eu. Tal diferenciação vai sendo construída ao longo do primeiro ano de vida. 
- Características do Eu, segundo Jasper: 
*Consciência da atividade do eu: consciência de que todas as atividades psíquicas que ocorrem é o próprio eu que as 
realiza e presencia. Alterações: 
a) Da consciência de Existência: suspensão da sensação normal do próprio eu (corporal e psíquico); 
b) Da consciência de Execução: o doente ao pensar ou desejar alguma coisa sente que de fato foi outro ou uma força que 
pensou ou desejou tais pensamentos ou desejos e lhe impões de alguma maneira. 
* Consciência da unidade do eu: ser único, inteiro e indivisível. Ex. de alteração: achar que é várias pessoas ao mesmo 
tempo; 
* Consciênciada identidade do eu: consciência de ser o mesmo na sucessão do tempo. Ex. de alteração: não sabe quantos 
anos tem; 
*Consciência dos limites do eu: consciência de distinção entre o eu e o não-eu. Ex. de alteração: acreditar que seus 
pensamentos se tornam públicos. 
- Alteração da imagem ou esquema corporal: o deprimido vive seu corpo como algo pesado, difícil. O maníaco vive seu 
corpo como algo extremamente ativo. Os histéricos tendem a erotizar o corpo todo. 
 
8) Pensamento: operação mental que permite aproveitar os conhecimentos adquiridos na vida social, profissional e 
cultural, e combiná-los logicamente e alcançar uma nova forma de conhecimento. Capacidade de integrar 
estímulos internos e externos, de analisar, abstrair, julgar, sintetizar, bem como criar. 
- Elementos constitutivos: conceito, juízo e raciocínio. 
- Dimensões do processo de pensar: curso, forma e conteúdo. 
 
- Conceito: identifica os atributos ou qualidades mais gerais e essenciais de um objeto ou fenômeno. É puramente 
cognitivo, sem qualquer resquício sensorial. Abstração: eliminação dos caracteres de sensorialidade. Generalização: 
exprimir os caracteres mais gerais. 
* Alterações do conceito: 
a) Neologismos: criação de palavras novas, ou conhecidas recebendo novos significados; 
b) Condensação: dois ou mais conceitos se fundem em uma nova palavra; 
c) Desintegração: uma palavra adquire significados diversos. 
 
- Juízo: processo que conduz ao estabelecimento de relações entre conceitos. 
* Alterações do juízo: 
a) Juízo deficiente: juízos simplistas, concretos, decorrente de pobreza cognitiva. 
b) Juízo patologicamente falso: delírio. 
 
- Raciocínio: operação mental que relaciona juízos formando novos juízos. As pessoas normais muitas vezes apresentam 
raciocínio precariamente lógico: usam estereótipos e crenças preconceituosas, que são mantidos de forma insistente. 
* Alterações do raciocínio: 
a) Decorrente de uma alteração nos elementos constitutivos: concretismo, pensamento vago, dereísmo e prolixidade. 
Pensamento concreto: incapaz de fazer distinção entre concreto e simbólico. Pobre em metáforas e analogias. 
Pensamento vago: formação e associação dos juízos ocorrem de modo impreciso, havendo falta de clareza e precisão no 
raciocínio. 
Pensamento dereístico: baseado mais em desejos, medos e sentimentos do que na lógica. 
Pensamento prolixo: muito redundante e sinuoso, prejudicado por comentários paralelos e supérfluos. Pode ser 
tangencial ou circunstancial (alcança a ideia-alvo) 
Há também pensamentos marcados por minuciosidade e por perseveração (dificuldade de abandonar determinado tema). 
b) Decorrente de alteração no processo de pensar: raciocínio inibido, incoerente. 
 
- Curso: modo como o pensamento flui, sua velocidade e ritmo ao longo do tempo. 
*Alterações do curso: 
a) Aceleração do pensamento: o paciente fala mais rápido, maior velocidade no processo associativo. 
b) Lentificação do pensamento: fala devagar, redução do número de idéias. 
c) Bloqueio do pensamento: o paciente interrompe a fala brusca e repentinamente sem motivo aparente. 
d) Roubo do pensamento. 
 
- Forma: estrutura, arquitetura e relação entre as ideias. 
* Alterações da forma: 
a) Fuga de ideias: variação rápida e incessante do tema, com preservação da coerência e da lógica. 
b) Dissociação do pensamento (perda do sentido lógico das ideias): afrouxamento dos laços associativos; 
descarrilhamento (ainda é possível entender a temática); desagregação (salada de palavras, associações 
incompreensíveis). 
 
- Conteúdo: temática, substância do pensamento, características das ideias. Não existem alterações patológicas do 
conteúdo. Exemplos: perseguição, depreciativos, de culpa, hipocondríacos, religiosos, sexuais. 
 
9) Juízo da realidade e delírio 
 
- Através do juízo da realidade, distinguimos o que é real do que é fruto de nossa imaginação. 
- O erro também constitui juízo falso, mas não é patológico. Origina-se na ignorância, no julgamento apressado ou em 
premissas falsas e é passível de correção pela experiência, por provas e por dados da realidade. Muitas vezes tomam-se 
coisas parecidas por idênticas. Os erros são compreensíveis, enquanto os delírios são considerados incompreensíveis. 
Tipos comuns de erro: preconceitos, crenças culturalmente sancionadas, superstições e ideias prevalentes. 
- Características dos delírios segundo Jaspers: 
a) Convicção extraordinária (certeza subjetiva absoluta); 
b) Irremovível (não se modifica por provas reais); 
c) Conteúdo impossível (para a situação daquela pessoa). 
 - O delírio é uma produção associal (convicção de um só homem). 
- O delírio não necessariamente é um juízo falso. O juízo pode ser certo, mas o raciocínio é errado (incoerência entre a 
crença e as evidências apresentadas). 
- Indicadores de gravidade: convicção, extensão (envolvimento de várias áreas da vida), bizarrice (distância da realidade 
consensual), desorganização (lógica própria), pressão (preocupação e envolvimento do paciente), resposta afetiva e 
comportamento desviante. 
- Delírio Primário: não deriva de nenhuma outra manifestação psíquica patológica; incompreensível e inteiramente novo 
(uma quebra radical na biografia). 
- Delírio Secundário: não se origina de uma alteração primária do pensamento, mas de alterações em outras áreas da 
atividade mental. É produto de condições psicologicamente rastreáveis e compreensíveis. Ex: o delírio de ruína ou culpa 
de um depressivo grave é compreensível e derivável psicologicamente de um estado de humor profundamente alterado. 
- Classificação segundo a estrutura: 
* Simples/monotemático; 
* Complexo; 
* Não-sistematizado (desorganizado); 
* Sistematizado (com coerência interna, consistente, rede de argumentações lógicas). 
- Conteúdos: persecutório, de referência, de influência, de grandeza, fantástico, de infestação etc. 
 
10) Sensopercepção: a capacidade de uma pessoa de obter impressões sensoriais e dar-lhes um significado. É a 
primeira etapa da cognição, ou seja, do conhecimento do mundo externo. 
 
- Sensação: fenômeno passivo, físico, periférico e objetivo, que resulta das alterações produzidas por estímulos sobre os 
órgãos sensoriais. 
- Percepção: tomada da consciência pelo individuo do estimulo sensorial; fenômeno ativo, psíquico, central e subjetivo. 
Resulta da integração das impressões sensoriais parciais e da associação destas às representações. 
- Características da imagem sensorial: nitidez, corporeidade, estabilidade (constante), extrojeção, completitude, 
ininfluenciabilidade voluntária, frescor sensorial. 
- Características da imagem representada (revivência de uma imagem sensorial determinada, sem que esteja presente o 
objeto original que a produziu): pouco nítida, pouco corpórea, possibilidade de influência pela vontade, instável, 
introjetada, incompleta. 
- Alterações da sensopercepção: 
* Qualitativas: 
a) Pareidolia: imagem fantástica e extrojetada é criada intencionalmente a partir de percepções reais de elementos 
sensoriais incompletos ou imprecisos. Ex.: enxergar um cachorro no formato da nuvem. 
b) Ilusão: percepção falseada, deformada de um objeto real e presente. Pode ser de três tipos: Ilusão por desatenção 
(desaparece com a atenção), ilusão catatímica (questão afetiva forte) e ilusão confusional/onírica (associada a 
rebaixamento do nível da consciência). 
c) Alucinação: percepção clara e definida de um objeto sem a presença do objeto estimulante real. Nas alucinações 
verdadeiras, há todas as características de uma imagem perceptiva real (corporeidade, localização no espaço objetivo 
externo). Elas possuem irresistível força de convencimento. Para alguns autores, a possibilidade de se suprimir uma 
alucinação através da argumentação sensata é decididamente nula, mas isso não é observado em todos os casos. 
d) Alucinose: fenômeno pelo qual o paciente percebe uma alucinação estranha à sua pessoa e a critica adequada e 
imediatamente. 
e) Alucinação negativa: ausência de visão de objetos reais presentesno campo visual do paciente. 
f) Pseudoalucinação: ausência de corporeidade, localização no espaço subjetivo interno. Ex.: paciente ouve vozes dentro 
da cabeça. 
g) Alucinação verdadeira: todas as características de uma imagem perceptiva real (corporeidade e localização no espaço). 
h) Alucinações secundárias: decorrentes de lesão cerebral. 
i) Sinestesia: um estimulo sensorial de uma modalidade é percebido como uma sensação em outra modalidade. 
 
*Quantitativas: 
a) Hiper/Hipo/Anestesia: distúrbios da intensidade perceptiva. 
b) Agnosia: distúrbio do reconhecimento de estímulos sensoriais na ausência de déficits. 
c) Macropsia: objetos aumentados. 
d) Micropsia: objetos diminuídos. 
e) Dismegalopsia: objetos deformados. 
 
11) Prospecção: planejamento que o indivíduo faz quanto à própria vida, que reflete a expectativa que ele tem em 
relação ao seu futuro. 
 
12) Pragmatismo: capacidade de colocar em prática, de realizar de forma eficaz, aquilo que se deseja ou que foi 
planejado. 
 
13) Inteligência: capacidade de compreender e de elaborar conteúdos intelectuais que facilitem a realização de novas 
adaptações, para a obtenção de um objetivo. Pensamento inteligente: riqueza de conceitos, juízos que 
correspondem à realidade, raciocínio que segue os princípios da lógica. 
- Alterações da inteligência: Desenvolvimento deficiente (retardo mental) e deterioração intelectiva (demência, delirium, 
esquizofrenia  queda dos rendimentos intelectivos em comparação aos pré-mórbidos). 
 
14) Imaginação: criação de novas imagens ou conceitos, ou de novas conexões entre as representações e conceitos 
preexistentes. 
 
15) Psicomotricidade: Reflete o estado de vontade que se manifesta através dela. Corresponde a execução de 
movimentos voluntários. É o componente final do ato volitivo. 
- Etapas: 
a) Intenção ou propósito; 
b) Deliberação; 
c) Decisão; 
d) Execução. 
- Alterações da picomotricidade: 
*Quantitativas: 
a) Apraxia: dificuldade ou impossibilidade de realizar atos motores intencionais, voluntários na ausência de paresia ou 
paralisia, de déficit sensorial e de incordenação motora. Relacionado a lesões corticais. 
b) Hipocinesia: diminuição acentuada e generalizada dos movimentos voluntários. 
c) Hipercinesia: aumento patológico da atividade motora voluntaria. Três níveis de gravidade do menos para o mais 
intenso: Inquietação, Agitação e Furor. 
*Qualitativas 
a) Ecopraxia: repetição automática e despropositada das ações motoras executadas por outra pessoa que está diante do 
paciente. 
b) Estereotipias: ações motoras desprovidas de finalidade de sentido, sendo repetidas de maneira uniforme e com grande 
freqüência. 
c) Maneirismos: movimentos expressivos, que servem a um propósito de comunicação, que se tornam exagerados, 
afetados, rebuscados, extravagantes. 
d) Flexibilidade cerácea: rigidez muscular facilmente vencida. 
e) Interceptação cinética: interrupção brusca e incompreensível de uma ação já iniciada. 
f) Perseveração motora: repetição sem sentido de uma ação motora de início executada adequadamente. 
 
16) Afetividade: abrange emoções, sentimentos, paixões e humor. 
 
- Emoção: estado afetivo súbito, de grande intensidade e curta duração, em que há hiperatividade autonômica. Reações 
fisiológicas e psicológicas causadas por estímulos internos (pensamentos, recordações) ou externos. 
- Sentimento: estado afetivo menos intenso, mais duradouro e sem alterações fisiológicas. 
- Paixão: grande intensidade e duração maior que as emoções. Monopoliza e direciona os pensamentos do indivíduo. 
- Humor: somatório ou síntese dos afetos presentes na consciência em um dado momento. Estado de ânimo que 
representa o grau de disposição e de bem-estar de um individuo. Estado emocional prevalente. Pode ser: persistente, sem 
conteúdo e irresponsivo; deprimido; eufórico; irritável; lábil. 
1) Humor deprimido: tristeza profunda, discurso pessimista, tendência a lembrar de fatos desagradáveis, fácies 
características: músculos faciais hipotônicos, olhar vago, introspectivo, flexão anterior do pescoço. Atitude negativista. 
Desatenção e lentificação. 
2) Humor eufórico: alegria intensa, extroversão, mais atenção para as coisas positivas, pessoa mais expressiva 
 
- O afeto refere-se à detecção de sentimentos ou emoções sobre o ponto de vista do observador. Inclui as repercussões 
fisiológicas mais evidentes: rubor, palidez, sudorese, secura na boca e dispnéia. 
- Dimensões do afeto: 
a) Congruência (a emoção expressa apresenta correspondência com o conteúdo do discurso) 
b) Responsividade (a emoção expressa segue um estímulo precipitante). 
c) Variação: mudanças do afeto durante a entrevista. 
 
- Caracterização do afeto: 
a) Preservado; 
b) Embotado: ex.: esquizofrenia paranoide; 
c) Plano: ex.: esquizofrenia hebefrênica; 
d) Exagerado: ex.: transtorno de personalidade; 
e) Lábil, ex.: transtorno bipolar. 
 
- Alterações da afetividade: 
* Quantitativas: 
a) Embotamento afetivo: diminuição da intensidade e da excitabilidade dos afetos. Expressão emocional bastante restrita. 
b) Exaltação afetiva: aumento da intensidade ou duração dos afetos, ou reação afetiva desproporcional em relação à 
situação ou ao objeto que a motivou. 
 
*Qualitativas: 
 Distúrbios da modulação afetiva: 
a) Labilidade Afetiva: dificuldade no controle dos afetos, mudanças de humor freqüentes e bruscas, que são imotivadas ou 
inesperadas. 
b) Incontinência afetiva: perda completa da capacidade de controle da expressão afetiva. 
c) Rigidez afetiva: independentemente do acontecimento externo, o estado de humor do paciente será mais ou menos o 
mesmo. 
 Distúrbios do conteúdo dos afetos: 
a) Paratimia: incongruência entre o afeto expresso e a situação vivenciada. 
b) Ambitimia: presença de sentimentos opostos ou contraditórios que são simultâneos e que se referem ao mesmo 
objeto, pessoa ou situação. 
c) Neotimia: afetos qualitativamete diferentes de todos os que o paciente havia experimentado em sua vida. 
 Anedonia: incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências de vida. 
 
- Diferenças entre humor e emoção: 
HUMOR EMOÇÃO 
DURAÇÃO ++++ + 
FENÔMENOS CORPORAIS + ++++ 
 CONSCIENCIA + ++++ 
 MOTIVAÇÃO + ++++ 
 INTERAÇÃO COM AMBIENTE + ++++ 
 
17) Conação: conjunto de atividades psíquicas direcionadas para a ação. Incluem: 
 
- Impulsos: estado interno, vivência afetiva, que induz o indivíduo a atuar no sentido de satisfazer uma necessidade 
basicamente corporal; 
- Vontade: processo psíquico de escolha de uma entre várias possibilidades de ação; atividade consciente de 
direcionamento da ação. 
 
 
- Alterações da conação: 
* Quantitativas: 
a) Hipobulia/abulia: redução da atividade conativa; sensação de indisposição, fraqueza, perda de iniciativa, indecisão, 
desinteresse pelo mundo externo. 
b) Enfraquecimento de impulsos específicos: diminuição do apetite (anorexia), de libido, insônia. 
c) Hiperbulia: aumento da iniciativa, da espontaneidade e do interesse em relação ao mundo externo, desinibição. 
d) Intensificação de impulsos específicos: bulimia (aumento do apetite), sede escessiva, hipersônia etc. 
 
*Qualitativas: 
a) Atos impulsivos: atos desprovidos de finalidade consciente, súbitos, incoercíveis e incontroláveis (ação sem julgamento 
prévio). Incluem: dificuldade na inibição de respostas instintivas, envolvimento em riscos desproporcionais, priorização de 
ganhos imediatos sem considerar conseqüências de longo prazo. 
 
Impulsividade por não planejamento: resposta imediatista sem levar em consideração suas conseqüências futuras. Ex: 
vicio de jogo. 
Impulsividade motora: falha em inibir respostaspara as quais temos uma forte tendência. 
Impulsividade por desatenção: ações inapropriadas devido à dificuldade de manter a atenção focalizada. 
Esses atos podem ocorrer quando de disfunção do córtex pré-frontal, presente no Caso Phineas Gage. Algumas das 
conseqüências: euforia, desinibição social, irritabilidade, distratibilidade, sociopatia adquirida. 
b) Atos compulsivos: o indivíduo se sente compelido a realizar, mas sua execução não se dá de imediato, apenas após uma 
deliberação consciente. 
c) Comportamentos desviantes em relação aos impulsos: automutilação, suicídio, parafilias. 
d) Ambitendência: incapacidade de se decidir. 
e) Negativismo: resistência não deliberada, imotivada e incompreensível às solicitações externas. Pode ser passivo (não 
faz o que solicitam) ou ativo (faz o contrário do que solicitam). 
f) Reação do último momento: desaparecimento súbito de uma conduta negativista justamente no momento em que o 
examinador desiste do seu empenho. 
g) Sugestionabilidade patológica: tendência exagerada a atender às solicitações vindas do exterior. 
h) Obediência automática: cumprimento passivo e imediato, sem qualquer reflexão, de quaisquer solicitações. 
 
- Tipos de Impulsos e Compulsões Patológicas 
a) Auto-mutilaçao: é o impulso ou compulsão seguido de comportamento de auto-lesão voluntária 
b) Frangofilia: é o impulso patológico de destruir os objetos que circundam o individuo 
c) Piromania: é o impulso de atirar fogo a objetos, prédios, lugares 
d) Impulso suicida: desejo de se matar 
e) Dipsomania: impulso periódico para ingestão de grandes quantidades de álcool. 
f) Ninfomania: desejo sexual aumentado na mulher 
g) Cleptomania: ato impulsivo ou compulsivo de roubar. 
 
18) Linguagem: sistema de signos que funciona como processo intermediário entre o pensamento e o mundo 
externo. Principal instrumento de comunicação. Tem função comunicativa, suporte do pensamento e instrumento 
de expressão 
 
- Alterações secundárias à lesão neuronal 
a) Afasias: perda da linguagem falada e escrita por incapacidade de compreender e utilizar os símbolos verbais. 
Relacionadas a lesões corticais 
Afasia de Broca: afasia não fluente na qual o individuo, apesar do órgão fnador preservado, não consegue falar. Tem 
grande dificuldade de produzir a linguagem. A compreensão da linguagem está preservada. 
Afasia De Compreensão ou de Wernicke: afasia fluente na qual o individuo continua podendo falar, mas sua fala é muito 
defeituosa, as vezes incompreensível. Ele não consegue compreender a linguagem. 
b) Disartria: incapacidade de articular corretamente as palavras devido a alterações neuronais referentes ao aparelho 
fonador que produzem paresia, paralisias da musculatura da fonação 
c) Agrafia: perda por lesão orgânica da linguagem escrita sem que haja déficit motor ou perda cognitiva global 
 
 
 
- Alterações Associadas a Transtornos Psiquiátricos Primários 
a) Logorréia ou Taquifasia: produção aumentada e acelerada da linguagem verbal. Fala rápido e sem sequência. O 
paciente fala o tempo todo. 
b) Bradifasia: paciente fala vagarosamente 
c) Mutismo: ausência de resposta verbal oral por parte do doente 
d) Ecolalia: repetição da ultima ou ultimas palavras que o entrevistador falou. Esquizofrenia Catatonia 
e) Palilalia: repetição automática da ultima ou ultimas palavras do próprio paciente 
f) Coprolalia: discurso com palavras obscenas, vulgares e palavrões 
g) Tiques verbais: sons abrupto e espasmódicos mas impossíveis de serem contidos pelo paciente. 
h) Neologismo: palavras novas 
 
- Alterações quantitativas 
a) Oligolalia: expressão verbal diminuída mas não abolida 
b) Hiperfonia: aumento volume da voz 
c) Hipofonia: diminuição volume da voz 
d) Taquilalia: aumento da velocidade de expressão verbal 
e) Bradilalia: diminuição da velocidade de expressão verbal 
f) Latencia da resposta: tempo que o paciente demora para responder 
 
- Alterações qualitativas 
a) Logoclonia: repetição involuntária da ultima silaba do próprio paciente 
b) Estereotipia verbal: repetição monótona da palavra ou frase 
c) Mussitação: paciente fala com voz sussurrada 
d) Jargonofasia: desorganização da linguagem, palavras articuladas corretamente em ordem ilogica 
e) Parafasias: troca de palavras 
f) Solilóquio: paciente fala sozinho 
g) Glossolalia: como se falasse outra língua. 
 
 
19) Transtornos Mentais Orgânicos 
 
18.1) Delirium 
- Etiologia: traumatismo craniano, infecções, alterações metabólicas e endócrinas, condições carenciais e 
medicações (antidepressivos, sedativo-hipnóticos). 
- Características clínicas: 
Alteração da consciência; diminuição da capacidade de focar, manter ou mudar a atenção; pensamento desorganizado; 
início agudo ou sub-agudo (horas a dias); há flutuação diurna; não se deve a uma demência pré-existente; deve-se a uma 
condição física; pode haver desorientação no tmpo e no espaço, ou em relação à pessoa; memória reduzida; duração 
curta: menos de 1 semana podendo ir até 60 dias; recuperação completa na maior parte dos casos; complicações: quedas, 
fraturas, pneumonia de aspiraçao, incontinência fecal e urinária. 
- Comportamento psicomotor: Hiperativo (inquietação) ou hipoativo. 
- Fatores de risco: déficit cognitivo prévio, imobilização, alterações do sono, desidratação, deficiência auditiva ou visual, 
medicação psicoativa, susceptibilidade aumentada para infecções. 
- Diagnóstico: (1)Início agudo e flutuante; (2)Alteração da Atenção; (3)Pensamento desorganizado e (4)Nível de 
Consciência alterado. O diagnóstico exige 1 e 2, além da presença do 3 ou 4. 
18.2) Demência: desordem mental na qual há declínio de múltiplas funções cognitivas a partir de um patamar intelectual 
anterior, com consciência clara (nível estável). Há comprometimento significativo no funcionamento social ou 
ocupacional. 
- Causas principais: demência do tipo Alzheimer, demência vascular, HIV, doença de Pick, toxinas e outros medicamentos. 
- Curso da demência: 
* Início: abrupto (acidente) ou insidioso (Alzheimer); 
* Declínio: gradual (Alzheimer) ou em degraus (demência vascular devido a sequência de derrames); 
* Reversibilidade: parcial (demências carenciais, metabólicas, infecciosas), irreversibilidade (degenerativas). 
- Diagnóstico diferencial: Delirium, Drogas e Depressão. 
 
- Definição segundo DSM-IV: Déficit cognitivo múltiplo, de várias funções, incluindo alteração da memória e um ou mais 
dos seguintes: afasia, apraxia, agnosia e disfunção executiva, além de alterações do funcionamento social ou ocupacional, 
declínio em comparação ao nível de funcionamento anterior. Deve haver evidência clínica relacionando o problema a uma 
doença e os déficits não podem ocorrer apenas durante o Delirium. 
 
- Sintomas não cognitivos: 
* Sintomas psicológicos: ansiedade, depressão, delírios, alucinações. 
* Sintomas comportamentais: agressões, gritos, desinibição, inquietude, apatia. 
 
- Demência não é uma doença, mas sim o caminho final de várias doenças que acometem o encéfalo. 
18.3) Transtorno amnéstico 
- Pode ser devido a uma condição médica geral ou a uma substância (ex: álcool, medicamento). Possíveis etiologias: 
acometimento do hipocampo, dos corpos mamilares ou da amígdala, deficiência de tiamina, hipoglicemia, tumores, 
benzodiazepínicos. 
- A memória para informações fixas ou eventos do passado remoto, como experiências da infância, é satisfatória, mas a 
memória para eventos menos remotos é prejudicada. A memória imediata permanece intacta. 
- Manifesta-se como dificuldade de aprender informações novas ou de evocar informações aprendidas anteriormente. 
- O início dos sintomas pode ser repentino (traumas, eventos cerebrovasculares) ou gradual (deficiências nutricionais ou 
tumores cerebrais). 
- Encefalopatia de Wernicke: ocorre devido ao alcoolismo, que gera deficiência de tiamina, com conseqüente lesão dos 
corpos mamilares. Tríade: alterações oculares, marcha atáxica e Delirium. 
- Doença deKorsakoff: também se deve ao alcoolismo, com retração dos corpos mamilares, causando: amnésia 
anterógrada marcante, memória de curta duração e recente prejudicadas, memória remota um pouco mais conservada e 
confabulação. 
 
20) Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos 
 
- Transtornos Primários: são funcionais, sem causa conhecida. Todos têm sintomas psicóticos (delirios, alucinações, 
desagregação do pensamento e comportamento bizarro). São eles: Esquizofrenia, Transtornos esquizofreniformes ( dura 
menos de 6 meses), Transtorno Psicótico Breve (há fatores psicogênicos envolvidos e dura menos de 1 mês), Transtorno 
Esquizoafetivo (sintomas psicóticos e de Transtorno de humor), Transtorno delirante ou paranoia (delírios não bizarros) e 
Transtorno psicótico induzido (Folie à deux; ex.: se a mãe delira, a filha começa a delirar). 
- Transtornos secundários: Transtorno psicótico devido a uma condição médica geral e Transtorno psicótico induzido por 
substância. 
 
 
- Esquizofrenia- diagnóstico: 
Critério A) No mínimo 2 dos sintomas por pelo menos 1 mês (salvo se forem tratados): (1) delírios; (2) alucinações; (3) 
discurso desorganizado; (4) comportamento amplamente desorganizado ou catatônico; e (5) sintomas negativos 
(embotamento afetivo, alogia ou abulia). Apenas um sintoma 1 ou 2, se delírios bizarros ou alucinações de vozes 
dialogantes ou que comentam o comportamento ou pensamento, é suficiente para o diagnóstico. 
 
Critério B) Disfunção social e ocupacional. 
 
Critério C) Duração total de pelo menos 6 meses (entre pródromo, fase aguda produtiva e periodo sintomático restante). 
 
Critério D) Exclusão de Transtorno Esquizoafetivo e de Transtorno do humor. 
 
Critério E) Exclusão de substância e condição medica geral. 
 
Critério F) Exclusão de relação com um transtorno global do desenvolvimento (ex.: autismo). 
 
- Esquizofrenia Paranoide: ideal popular de loucura e de esquizofrenia. Acomete mais tardiamente, é o mais frequente e 
tem melhor prognostico. Responde bem ao tratamento. 
a) Preocupação com 1 ou mais delirios ou alucinações auditivas frequentes. 
b) Nenhum dos seguintes sintomas é proeminente: discursos desorganizados, comportamento desorganizado ou 
catatônico ou afeto embotado ou inadequado. 
 
Há relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto. Os delírios são tipicamente persecutórios ou grandiosos, 
mas outros temas (ciúme, religiosidade e somatização) podem ocorrer. Os delírios podem ser múltiplos, mas geralmente 
são organizados em torno de um tema coerente. As alucinações também estão relacionadas ao conteúdo do tema 
delirante. 
 
- Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada: Acomete mais cedo, geralmente na puberdade e é mais grave. Há regressão 
acentuada para um comportamento primitivo, desinibido e desorganizado. 
a) Todos os seguintes sintomas: discurso desorganizado (falta a coerência central, a capacidade de seguir uma linha de 
raciocínio), comportamento desorganizado (brinca e come fezes), afeto embotado ou inadequado (infantilismo; por ex.: 
gargalhadas em ocasiões solenes). 
b) Não são satisfeitos os critérios para o tipo catatônico. 
 
Os delírios são fragmentados e não organizados em um tema coerente. Trejeitos faciais, maneirismos. Grave perturbação 
da capacidade de executar tarefas diárias. Aparência pessoal desleixada. 
 
- Esquizofrenia catatônica 
 
No mínimo 2 dos seguintes sintomas: 
a) Imobilidade motora evidenciada por catalepsia (incluindo flexibilidade cérea ou estupor). 
b) Atividade motora excessiva (aparentemente desprovida de propósito e não influenciada por estímulos externos). 
c) Extremo negativismo (resistência aparentemente sem motivo a toda e qualquer instrução, ou manutenção de uma 
postura rígida contra tentativas de mobilização) ou mutismo. 
d) Peculiaridades dos movimentos voluntários evidenciados por posturas (adoção voluntária de posturas inadequadas ou 
bizarras), movimentos estereotipados, maneirismos ou trejeitos faciais proeminentes. 
e) Ecolalia ou ecopraxia. 
 
- Esquizofrenia indiferenciada: sintomas dificilmente enquadrados em um subtipo. 
 
- Esquizofrenia residual (tendendo à cronicidade): evidências contínuas do transtorno esquizofrênico na ausência de um 
conjunto completo de sintomas ativos ou de sintomas suficientes para satisfazer o diagnóstico de outro tipo de 
esquizofrenia. 
a) Ausência de delírios e alucinações (quando ocorrem, não são proeminentes), discurso desorganizado e comportamento 
amplamente desorganizado ou catatônico proeminentes. 
b) Existem evidencias contínuas da perturbação, indicadas pela presença de sintomas negativos ou de 2 ou mais sintomas 
do critério A, presentes de forma atenuada (por exemplo, crenças estranhas, embotamento afetivo, retraimento social, 
comportamento excêntrico, pensamento ilógico).

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