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Resumo didática

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Pessoal, seguem algumas reflexões sobre os fundamentos da didática que poderão auxiliar no estudo de vocês para a prova, ressaltando que quem interiorizar isso bem, poderá responder sobre qualquer outro assunto da disciplina, tais como planejmento, avaliação e etc, ok? então, vamos lá? sobre os fundamentos da didática, gostaria de acrescentar que podemos dividir em dois tipos de pedagogias: liberais e progressistas. As liberais são: tradicional, escola nova e tecnicismo (alguns autores incluem a não diretiva aqui nesse bloco) e esse termo liberal não está relacionado a ter liberdade na escola e sim foi um termo cunhado por Saviani para justificar a sociedade capitalista em que vivemos, marcada pela competitividade, pelo individualismo, pelo imediatismo e pelo consumo. Ninguém, hoje, é preso à terra, somos livres para competir, certo? bem, quanto ao modelo tradicional, temos como representantes principais Comenius (Pai da Didática Magna) e Herbart (Pai da pedagogia tradicional), que propõem um modelo universal de ensino, "do tipo que se aplica a todos e a ninguém ao mesmo tempo", ou seja, uma aula "exemplar", porém generalista, mais abstrata por não ter compromisso com  o contexto em que os alunos estão inseridos. Na prática, significa o professor ser o dono do saber, estabelecer uma relação de hierarquia entre os alunos, classificando-os do melhor para o pior (melhor pra que e pra quem, para o sistema? vale o questionamento aqui); a disciplina é conseguida na base do medo frente à autoridade autocrática do professor que não admite questionamentos. Os alunos são sujeitos passivos e apenas “aprendem” ouvindo seu professor dissertar; cabendo aos alunos o desenvolvimento moral e intelectual; e aqueles que não  dominarem as disciplinas (domínio cognitivo), estariam excluídos do sistema. As avaliações, normalmente, se dão através de provas de memorização e o aluno tem que se enquadrar, apresentando a resposta esperada e considerada adequada pelo professor, ou seja, que foi determinada previamente pelo docente que, normalmente, não passa de reprodutor. Palavras-chave para essa abordagem tradicional: transmitir conteúdos,  linearidade, padronização, classificação, hierarquia, determinismo, ausência de criticidade, conhecimento determinado como verdade absoluta; engessamento e etc. Já no modelo escolanovista que data da década de 30, também, considerado modelo liberal de ensino, por estar alinhado com a lógica do capital, exatamente, como nos modelos tradicional e tecnicista; esse modelo tem como representantes principais Anísio Teixeira (brasileiro) e J. Dewey (professor de Anísio) e norte-americano; além de ser também referência na escola nova Piaget, Rousseau, Pestalozzi, Maria Montessori e outros que enfatizam a maturação orgânica do indivíduo, ou seja, enfatizam o aspecto biológico. Vale acrescentar que o modelo escolanovista, de fato, foi um avanço em relação ao modelo tradicional, mas, na verdade, os objetivos e ideais de Anísio não foram concretizados. Ele sonhava com uma escola pública, de qualidade,  laica, obrigatória, mas, não foi o que se concretizou e isso, podemos constatar até hoje. Anísio ocupou 40 anos de cargo público e seus projetos sempre eram engavetados; mas, apesar das contribuições de Anísio Teixeira, J. Dewey,  a partir do seu lema, do “aprender fazendo”, colocando a “mão na massa”, na verdade os ideais democráticos não se concretizaram. O aluno, sim, passou a aprender não mais apenas ouvindo seu professor dissertar, mas, “ao vivo e a cores”, no plano concreto, daí a referência de Piaget. Para ilustrar sobre o plano concreto e abstrato, ressaltando os estágios de Piaget que vão desde um plano concreto até um plano abstrato, podemos pensar no  conceito de mamífero. O professor escolanovista mostraria primeiro o bezerro mamando e depois trabalharia o conceito de mamífero; plantaria o feijão no algodão para estudar a fotossíntese e as partes do vegetal através de aulas práticas, em laboratórios, através de aulas-passeio, experiências, experimentos, simuladores (aprender fazendo), aulas de culinária, no computador; motivo pelo qual  foi acusada a escola nova de pragmatista, devido ao professor apenas avançar na estratégia em relação ao modelo tradicional, mas deixar a desejar segundo os educadores progressistas da década de 80 que acusaram a escola nova de continuar reproduzindo a estrutura social vigente e acentuar a desigualdade social. Vale acrescentar que os educadores progressistas cobrariam do professor escolanovista uma formação crítica; ou seja, o porquê plantar feijão no algodão? Apenas para mostrar as partes do vegetal ou o fenômeno da fotossíntese? Não seria essa a proposta dos progressistas, críticos e sim, discutir a partir do feijão a fome, a miséria e a desigualdade social, despertando nos educandos  a conscientização acerca dos fatos, da realidade, com a finalidade de mostrar aos educandos que os fatos não são inexoráveis, mas ,requer uma formação emancipada por parte do professor, que ele, igualmente seja emancipado, crítico e  transformador, pois do contrário, não se forma alunos autônomos quando os professores são meros reprodutores do conhecimento alheio, não resgatam a autonomia. Outro exemplo: aulas práticas de culinária e não se discutir o papel da mulher na sociedade. O pragmatismo da escola nova se apresenta, uma vez que a prática tem um fim em si mesmo; é desprovida de um sentido maior, mais nobre. O  aluno até é sujeito ativo, mas, apenas para realizar uma pesquisa de campo com fins imediatistas; para se sentir motivado pessoalmente, sendo sua capacidade intelectual, suas aptidões, rendimento escolar, domínio cognitivo valorizados com o objetivo único de aprovação no final do período; portanto, o aluno ainda deveria se enquadrar no sistema, se adaptar socialmente e não questionar o sistema; ficando, aí, evidente, mais uma vez, o alinhamento com a lógica do capital, do mercado exclusivamente.  Na década de 70, no auge do Regime Militar, a partir do acordo Mec-Usaid, surge o modelo tecnicista que busca fundamento na teoria comportamental/behaviorista de Skinner; onde mais uma vez o aluno deveria se enquadrar e ser recompensado mediante respostas desejadas, consideradas adequadas pelos professores, tutores, controladores do ensino e punidos quando apresentassem algum desvio de conduta, mau desempenho. Esse modelo foi considerado um retrocesso, pois na década de 60 Paulo Freire já sinalizava para novos rumos na educação, na didática, não mais pensando a didática como um conjunto de técnicas, como o caminho, mas, talvez, como os descaminhos. Esse modelo tecnicista pode ser observado em cursos de idiomas, sesc, senai, senac, Curso Kumon, politécnicos, na EAD que é um campo fértil para o resgate do tecnicismo (neotecnicismo/década de 90) e um campo fértil também para a tendência libertária (uma das tendências progressistas),  na medida em que os alunos podem e devem ser gestores dos seus próprios conhecimentos; cada aluno tem a "liberdade" de seguir pelo caminho que julgar pertinente. Exemplos na EAD de tecnicismo: quando o professor faz literalmente a leitura nas teles de data show; quando ele responde nos fóruns apenas validado, não validado, obrigada pelas contribuições, reveja a sua resposta; quer uma dica? Veja a aula X tela Y; nesse caso, o que está predominando na prática do professor é o tecnicismo; o professor fragmenta, isola o conhecimento e não contextualiza e ainda determina o que deseja ou vir, ler. O objetivo principal é formar mão de obra especializada para atender as demandas do mercado de trabalho. Os modelos tradicional e tecnicismo são muito parecidos; eu diria que no tecnicismo enfatizamos a técnica, os recursos didáticos e o professor vê nesse material ou na tecnologia a solução para os seus problemas; é considerado professor data show, professor retroprojetor, professor livro didático; quando esses recursos deveriam ser apenas meios auxiliares para nos servir e não ao contrário. Então, reforçando: a pedagogia liberal se divide em tradicional,escola nova (que passa uma ideia de camaradagem, na medida em que os laços afetivos entre aluno e professor se estreitaram, mas não passa de uma falsa democracia, na medida em que o aluno tem que se enquadrar ao sistema, apresentando domínio das matérias para passar de ano; o que não significa que nas progressistas o professor não queira que o aluno passe de ano; sim, claro que é um desejo nosso de professor progressista, m as, queremos  mais pra vocês, para os alunos de vocês, queremos que se formem alunos, professores críticos e transformadores e emancipados;  e o tecnicismo que já foi explicado; o professor é o controlador de tudo esperando a partir do ensino, o aprendizado,mas, acreditar que X gera Y de uma forma  linear, determinística, é no minimo uma visão ingênua, pois não estamos tratando de um laboratório experimental e sim de uma sala de aula, virtual ou presencial em que convivem pessoas com as mais diversas histórias e projetos de vida. Já na pedagogia progressista temos: libertadora, libertária e crítico social dos conteúdos. Um detalhe: cuidado para não confundirem a progressista com a progressiva ou progressivista ou escola ativa (tudo escola nova); mas, vamos as progressistas, ok? A abordagem libertadora, temos como representante principal Paulo Freire que é a favor de uma formação emancipada, transformadora, não opressora. O conhecimento seria problematizado,; alunos e professores dialogam sobre o objeto de estudos, mas, pode-se partir de um fato, uma situação da realidade (saber popular) e estabelecer relações entre o saber científico; o método é da dialética, da conscientização – o que tentamos fazer nos fóruns, onde se busca sempre uma nova resposta, uma nova possibilidade, pois se rompe com a visão fatalista de mundo de que não há mais nada a fazer, a acrescentar como muitos professores pensam: “pau que nasce torto morre torto”; o que expressa  uma visão reducionista de sujeito, de mundo, de educação.  Na libertária, o aluno é o gestor do seu próprio conhecimento e é aí que eu considero a EAD uma referência, pois o aluno tem tudo para gerir seu próprio conhecimento e fazer caminhos diferentes um dos outros. Os conteúdos estão todos “ali”: online, nas teles, nos fóruns, na central de mensagem, aqui, textos, links, enfim, está em todo lugar e o aluno tem total liberdade para traçar seu próprio caminho. Como referência, temos Miguel Arroyo (professor da UFMG) e a última tendência é a crítico social dos conteúdos que os representantes principais são D. Saviani e Libaneo; e nesse caso, um professor começaria uma aula tratando um conteúdo e estabelecendo relações com situações do cotidiano. O fato é que essas três tendências têm objetivos comuns: a libertação da condição de opressão em todos os setores da sociedade (temos direitos à educação, à saúde, ao transporte, ao lazer, a segurança, a moradia e etc), a transformação de realidades sociais; a autonomia, emancipação social, a criticidade, a formação integral, a dialética, a conscientização acerca dos fatos, a participação na sociedade. É possível também que a didática seja dividida em instrumental (tecnicismo) e fundamental de Vera Candau que se enquadra nas progressistas, pois fundamental significa que tem um foco, um propósito consciente, o professor é consciente acerca do que está fazendo e porque e em caso de ser questionado sobre o porquê de estar ensinando tal assunto, ele saiba responder com familiaridade, pois se formou professor pesquisador X reprodutor que, talvez, respondesse porque cai na prova ou porque está na ementa. Fundamental quer dizer que tem fundamento para o aluno, trata-se de um ensino contextualizado. Para que um professor se responda sobre o que deseja para os  alunos, que tipo de formação deseja para as novas gerações, que tipo de sociedade deseja ajudar a construir, ele precisa se aprofundar teoricamente, buscar os fundamentos da prática, exercitar a práxis que não significa uma prática aleatória, espontaneísta, mas, uma prática consciente acerca do nosso papel diante da sociedade. O modelo construtivista de Piaget e Vygotsky tem algumas similaridades com as pedagogias progressistas, pois permite que o aluno seja sujeito ativo no processo de construção do conhecimento, inclusive, há quem diga que uma das pedagogias progressistas é o construtivismo ou o cognitivismo, mas, quanto a isso, existe um equívoco e explico mais abaixo. vejamos: talvez, eu repita algumas informações para deixar mais claro possível o que pretendo. O construtivismo não faz parte das pedagogias progressistas; esse é um assunto da psicologia da educação, da psicologia do desenvolvimento. Se vocês postarem no google ou melhor, consultarem as obras de Libaneo ou Saviani sobre as correntes pedagógicas, vocês verificarão que não procede o construtivismo, teoria cognitivista serem considerados pedagogias progressistas até porque estamos falando de pedagogia e não da psicologia. O que deve predominar no  estudo  da Didátia são os fundamentos da didática e não as teorias da psicologia; talvez esteja faltando aí aprofundamento teórico por parte de quem acredita que o construtivismo ou a teoria cognitivista (como queiram chamar) faz parte das pedagogias progressistas.  Não basta ser pesquisador em psicologia se desejamos nos envolver com a docência; mas, sim, ok, há alguns pontos em comum como considerar o aluno o sujeito ativo na construção do conhecimento, bem como valorizar o processo de aprendizagem em detrimento do produto final, ok? E também não podemos negar a contribuição da psicologia à educação; inclusive, temos um autor Fernando Becker que, parece ter uma obra, que se não me engano, é:  "De Piaget a Paulo Freire", por conta dessas similaridades. No entanto, Paulo Freire é sócio histórico e Piaget, por ser biólogo, enfatiza os fatores internos (biológicos) na explicação do fenômeno educativo, exemplo, fracasso escolar, e em segundo plano os fatores externos imediatos, tais como os grupos sociais; a família e escola, por exemplo, para explicar os fenômenos. Se uma criança fracassa na escola, os piagetianos buscariam explicações primeiro nos fatores internos e em segundo momento nos fatores externos, mas, não questionariam  o porquê dos pais não participarem mais da formação de um filho ou o porquê a falha foi do professor; isso ficaria por conta de Vygortsky investigar mais ou Paulo Freire, referência brasileira sócio-histórica/sociocultural como Vygotsky (referência estrangeira).  Piaget é elitista X Paulo Freire que é do povo;  Piaget  estudou os filhos e prega sobre os estágios cognitivos universais que se aplicam a quem? à elite, aos filhos dele? X Paulo Freire e "qualquer" outro educador brasileiro que leu Freire, tais como Candau, Veiga, Moreira e Santos, Libâneo, Saviani, Sacristàn, Nilda Alves, Celso Vasconcellos, Pedro Demo, Maria Teresa Esteban na avaliação, dentre tantas outras referências, brasileiras que não pregam um discurso elitista porque rompem com o pensamento linear, afinal, o mundo não é tão certinho como gostaríamos. O mundo é tenso, não livre de contradições. Jamais podemos comparar uma menina de rua quando de sua primeira menarca com uma menina de classe média que, muitas vezes, já encontra colado o absorvente em sua calcinha, bem como outras situações, como por exemplo chegar da escola e já encontrar seu pratinho de comida quentinha e cheirosa posto na mesa ou a caminha já feita com cobertor em dias de frio.  Na prática, podemos dizer que Piaget é uma referência no modelo escolanovista (escola nova), conforme disse acima,  porque se vê na prática, no plano concreto o que se estuda teoricamente; exatamente conforme J. Dewey, são referências da escola nova, além de Rousseau, Pestalozzi, Maria Montessori, Froebel, modelo escolanovista que é da pedagogia liberal e não progressista, pois mostra-se o feijão plantado no algodão para estudar a fotossíntese, identificar as partes do vegetal, mas não se discute sobre a fome, a miséria. Talvez Vygotsky se enquadre mais, pois é mais realista, “pé no chão”, mas, é dapsicologia, é um desenvolvimentista. Quanto aos estágios de Piaget vão do plano concreto ao plano abstrato;  mostrar ao vivo e a cores o feijão no algodão, as partes do vegetal, mas, não se discute sobre a fome, sobre a miséria, sobre a desigualdade social, então, como podemos dizer que o construtivismo de Piaget, por exemplo, faz parte das pedagogias progressistas? está faltando aprofundamento por parte de quem disserta sobre isso, o que é necessário para desenvolvermos visão crítica sobre os modelos teóricos. Se os professores desejam se formar pesquisadores, cabem a eles se apropriarem criticamente acerca dos modelos teóricos. Sobre Freire e Vygotsky, enquanto Freire fala em saber científico e popular, Vigotski fala em saber científico e espontâneo, mas, tudo bem, quanto a Vigtoski, são apenas termos e semelhantes os sentidos, mas, conforme disse, Vygotsky é da psicologia e Freire da pedagogia e quanto a Piaget, daí, considerá-lo como representante do construtivismo progressista? ou é uma coisa ou é outra! Piaget e Vigotski são considerados construtivistas pois ambos são semelhantes quanto a considerar o aluno sujeito ativo, ok, mas, isso não é suficiente, pois cadê a discussão sobre a fome, a miséria a partir do feijão no algodão, das aulas práticas?  Um professor vigotskiano deve adotar o método da mediação de saberes, articulando os saberes científicos aos espontâneos, mas,  imaginem uma aula prática sobre culinária (aprender fazendo - escola nova, constatando na prática a teoria, o manual de como se fazer um pão ou uma teoria sobre mamífero e constatar o bezerro mamando, aula ativa, sujeito ativo pois se constata na prática, no plano concreto o que se disserta teoricamente? trata-se de uma prática com um fim em si mesmo; exceto se o professor for além disso, além da constatação de fenômenos e direcionar o olhar do aluno para o mundo, para a realidade, as contradições sociais, aí tudo bem, esse professor pode ser considerado crítico, progressista, aém de escolanvista - não há problemas adotarmos mais de um modelo, desce que de forma consciente sobre o porquê estamos adotando),mas e quanto as aulas de culinária somente? cadê a discussão sobre o papel da mulher na sociedade? Já falado anteriormente. Será que o professor vai além da mera demonstração de como se faz um pão? será que há discussão de que todos têm direito ao pão?Freire deve estar se debatendo no túmulo por ser (rs), de certa forma, comparado e considerado construtivista, pois afinal quem afirma que o construtivismo, a teoria cognitivista é progressista, está apresentando, aí, um equívoco. Ao nos referirmos as pedagogias progressistas e a libertadora de Freire é uma delas, há que se colocar, aqui, um  X construtivismo de Piaget pois não basta uma aula prática, ver ao vivo e a cores o que se estuda teoricamente, sobretudo, apenas para motivar o aluno (o indivíduo) a se interessar pela matéria para passar de ano. Paulo Freire e todos os seus seguidores, tais como Libaneo, Saviani da tendência crítico social dos conteúdos não estão alinhados com a lógica do mercado apenas, conforme as pedagogias liberais: tradicional, escola nova e tecnicismo. Os progressistas vão na contramão da sociedade capitalista; para os professores progressistas devemos, sim, formar os alunos para o mercado de trabalho, mas, emancipados, formados politicamente para que se defendam frente as situações de opressão, situações elitizadas, de empresários que exploram, de professores que não rompem com a visão fatalista de mundo e classificam os alunos, rotulam como alunos ruins por que não se enquadram no sistema. Enquanto os representantes das pedagogias liberais esperam que os alunos se ajustem ao sistema, tendo em vista influência da psicologia que, por sua vez, sofreu influência das ciências naturais, os progressistas desejam que os cidadãos, alunos questionem o sistema. Há muita diferença entre a psicologia (visão elitista do fenômeno educativo; menos o caso do Vygotsky, mas, lembrando que ele é uma referência na psicologia) e não na pedagogia progressista. A aplicação do construtivismo é louvável, pois o aluno passa a ser sujeito ativo na construção do conhecimento, mas, a relação do aluno é direta com o objeto de estudos, com fins imediatistas; a pesquisa que o aluno faz, os experimentos tem fins imediatistas, apenas para alegrar os alunos, colocá-los em atividade, permitindo a espontaneidade, sair da cadeira, mas, cadê a formação crítica e o compromisso com a sociedade, de construção de uma sociedade, de fato, democrática?  isso, os professores, pedagogos progressistas cobram dos professores escolanovistas,  construtivistas, sobretudo, os piagetianos que, a propósito, eu pergunto: quem Piaget  representa com seus estágios cognitivos universais e elitistas? então, como podemos colocar o construtivismo no mesmo "lugar" que as pedagogias progressistas? Pois, bem, como boa progressista, desejamos sempre que o aluno duvide e busque novas respostas e com autonomia.
Palavras-chave das liberais: informação, linearidade, produto final, classificação, hierarquia (um pouco menos na escola nova), acrítico, alienação, engessamento, reprodução, mecanização, condicionamento, fragmentação e isolamento do conhecimento; opressão; ajustamento ao sistema; educação bancária; enciclopedista; domínio cognitivo.
Palavras-chave das progressistas: formação integral; dialética, processo; transformação social, consciência, práxis, diálogo, leitura de mundo; contexto; problematização da ciência, desmistificação, desocultamento da realidade; questionamento do sistema; reflexão; mudança social; crítica.
Abraços e bom estudo pra vocês e sucesso nas provas, qualquer dúvida, estou por aqui,  Therezinha (Didática).

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