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Responsabilidade e Lançamento Tributário

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DISCIPLINA: Direito Tributário Constitucional
	
 
Semana 1
Responsabilidade Tributária
 
Capacidade tributária passiva
 
É a capacidade para ser sujeito passivo, devedor do tributo, ter o dever jurídico de entregar certa importância em dinheiro para o sujeito ativo.
 
A lei indica quem vai ocupar o pólo passivo, normalmente, de forma explicita.
 
Em princípio, a lei pode indicar qualquer pessoa para ser sujeito passivo, mas a Constituição Federal traz os limites para a indicação do sujeito passivo. Na CF o sujeito passivo está indicado de forma implícita (destinatário constitucional tributário).
 
Art. 126, CTN – a capacidade tributária passiva não depende:
I – da capacidade civil das pessoas naturais
II – da pessoa natural encontrar-se sujeita a medidas que importem privação/ limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios
III – da regularidade da constituição da pessoa jurídica
 
 
Classificação do Sujeito Passivo
 
Art. 121, parágrafo único, CTN:
 
I-                  Direto (contribuinte) – paga o tributo a título próprio, em seu nome e com seu dinheiro. É quem tem o patrimônio diminuído.
 
II-                Indireto (responsável) – é uma terceira pessoa quem paga tributo alheio, em nome e por conta do sujeito passivo direto (de quem praticou o Fato Imponível). É necessário haver pronto ressarcimento.
 
O Sujeito Passivo Indireto pode ser por:
 
a- Substituição: a lei, desde logo, elege outra pessoa, diversa daquela que realizou o fato imponível, como responsável pelo pagamento do tributo. Ex: IR na fonte.
 
b- Transferência: o dever de pagar o tributo nasce na pessoa do contribuinte e desloca-se pra a pessoa do responsável. Ex: IPTU não recolhido pelo proprietário anterior.
 
A transferência pode ser por:
 
– Solidariedade: art. 124 e 125, CTN – duas ou mais pessoas são responsáveis pelo recolhimento do mesmo tributo.
 
– Sucessão: art. 129 a 133, CTN – o primitivo devedor tributário desaparece, deixando quem lhe faça juridicamente as vezes (ou é desprezado).
 
- Responsabilidade Legal: art. 134, CTN – a pessoa que tinha o dever jurídico de zelar para que o contribuinte recolhesse o tributo não o faz e, em virtude dessa omissão, o pagamento não se perfez, acarretando a essa pessoa o dever de, em um primeiro momento, suportar o pagamento do tributo.
 
 
Questões:
Explique a diferença existente entre a sujeição passiva direta e a indireta. Dê um exemplo de cada.
Diferencie o contribuinte de fato e o contribuinte de direito. Dê um exemplo de cada.
Uma criança de seis anos que herdou um imóvel pode ocupar o pólo passivo da relação jurídica tributária do IPTU? Fundamente sua resposta.
Pessoa natural adquire de outra um estabelecimento comercial e continua a explorá-lo, cessando toda atividade empresarial do vendedor. Quem responde pelos tributos relativos ao estabelecimento, devidos até a data da aquisição? Como ficaria a resposta se o estabelecimento tivesse sido adquirido na hipótese de alienação judicial em processo de falência? Qual a modalidade de sujeição passiva em questão? Explique e fundamente sua resposta.
Aponte dois efeitos da solidariedade no Direito Tributário.
 
Bibliografia:
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 20ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008.
Semana 2
Lançamento Tributário
 
Crédito Tributário: direito subjetivo de que está investido o sujeito ativo de exigir o objeto da obrigação tributária do sujeito passivo.
 
Débito tributário: dever jurídico que o sujeito passivo tem de entregar certa importância em dinheiro ao sujeito ativo.
 
O crédito tributário constitui-se (nasce) com o fato imponível.
 
No entanto, de acordo com o artigo 142 do CTN, ele constitui-se com o lançamento tributário.
 
Entendemos que, por ocasião do fato imponível, surge um débito e um crédito ilíquido, incerto e inexigível. O Lançamento daria liquidez, certeza e exigibilidade ao crédito e ao débito tributários.
 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO:
 
É o ato jurídico administrativo, da categoria dos simples, modificativos ou assecuratórios e vinculados mediante o qual se declara o acontecimento do fato jurídico tributário, se identifica o Sujeito Passivo da obrigação correspondente, se determina a base de cálculo e a alíquota aplicável, formalizando o crédito e estipulando os termos de sua exigibilidade.
 
Modalidades de lançamentos:
 
1)     Direto ou de ofício: art. 149, CTN - feito exclusivamente pelo Fisco.
2)     Misto ou por declaração: art. 147, CTN - realizado pelo Fisco e pelo contribuinte.
3)    Por homologação ou autolançamento: art. 150, CTN – feito exclusivamente pelo contribuinte. Nessa modalidade, o sujeito passivo antecipa o pagamento do tributo e aguarda a homologação (expressa/ tácita) da Fazenda Pública.
 
Alteração do lançamento tributário
 
O artigo 145 do CTN trata das hipóteses em que o lançamento, devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser modificado:
 
a) impugnação do sujeito passivo
b) recurso de ofício
c) iniciativa da própria autoridade administrativa – trata-se aqui da revisão de ofício, cujas hipóteses são previstas no art. 149 do CTN. Nestes casos independentemente de qualquer impugnação do sujeito passivo, a Administração pode rever o lançamento efetivado.
 
 
Finalizando, conforme o art. 149, parágrafo único do CTN, a revisão do lançamento só pode ser feita enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública, ou seja, desde que não tenha ocorrido a decadência do direito de lançar.
 
Questões:
1.      Quando nasce o crédito tributário? Indique eventuais divergências existentes entre a doutrina e o Código Tributário Nacional.
2.      A qual(ais) modalidade(s) de lançamento pode ser sujeitar o Imposto sobre a Renda? Explique sua resposta.
3.      A qual(ais) modalidade(s) de lançamento pode ser sujeitar o ICMS? Explique sua resposta.
4.      .Qual a lei aplicável para a efetivação do lançamento?
5.      É possível a alteração ou a revisão do lançamento? Ela pode ser feita a qualquer momento?
 
Bibliografia:
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 20ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008.
 
Semana 3
Suspensão da ‘Exigibilidade’ do crédito Tributário
 
Arts. 151 a 155-A, CTN
 
Fala-se em suspensão da exigibilidade sempre que, durante um determinado tempo, o sujeito passivo não precisar recolher o tributo e o sujeito ativo não pode exigi-lo (não pode inscrever o débito na dívida ativa nem ajuizar a execução fiscal).
 
O art. 151, CTN elenca as situações nas quais a exigibilidade do crédito é temporariamente suspensa, quais sejam:
 
I – Moratória: dilação do prazo estipulado para o normal recolhimento do tributo, mediante o regramento detalhado e sujeito a diversos requisitos. O próprio Fisco, diante de determinadas dificuldades do Sujeito Passivo (enchentes, terremotos etc.) pode conceder um prazo maior para pagamento do tributo.
 
II – Depósito judicial do montante integral do crédito tributário
 
III – Impugnações, defesas, reclamações e recursos administrativos
 
IV – Concessão de medida liminar em mandado de segurança
 
V – Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de açãojudicial
 
VI – Parcelamento: forma de pagamento de débitos tributários após o período de seus vencimentos, em prestações mensais, durante alongado período de tempo.
 
Art. 151, parágrafo único, CTN – não alcança as “obrigações acessórias”.
 
Art. 152, I, a, CTN – a competência para decretar a moratória é de quem tem competência para instituir o tributo.
 
Art. 152, I, b, CTN – a União também pode conceder moratória de tributos de outros entes desde que simultaneamente conceda moratória em seus próprios tributos.
 
Modos de efetivação da moratória:
 
I – Geral: é concedida a todos independentemente de análise do caso.
 
II – Individual: é necessário análise de caso a caso.
 
Parágrafo Único – abrangência da moratóriaArt. 153, CTN – Requisitos a serem cumpridos para a concessão da moratória.
 
Art. 154, CTN – vincula a moratória à existência do lançamento.
 
Parágrafo único: a moratória não será concedida em caso de fraude, dolo ou simulação.
 
Art. 155, CTN – A moratória individual não geral direito adquirido e pode ser revogada de ofício.
Art. 155-A, CTN – O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica.
 
 
Questões:
1.      Quais são as conseqüências da existência de uma causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário para o Fisco e para o contribuinte?
2.      Diante da existência de uma causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário, o contribuinte fica dispensado do cumprimento de deveres instrumentais? Fundamente sua resposta.
3.      Aponte duas causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário.
4.      A impetração de mandado de segurança suspende a exigibilidade do crédito tributário? Explique sua resposta.
5.      O depósito tem sempre o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário? Explique sua resposta.
 
Bibliografia:
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2008.
 
Semana 4
Exclusão do Crédito Tributário
 
Excluir o crédito tributário: retirar, afastar o direito subjetivo do Sujeito Ativo = extinção da obrigação tributária
 
Art. 175, CTN: Excluem o crédito tributário:
I – isenção
II – anistia
 
Parágrafo Único – não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias.
 
ANISTIA - art. 180 a 182, CTN
 
É o perdão da Falta cometida pelo infrator de deveres tributários (ilícito) e da Penalidade(multa).
É causa extintiva da relação jurídica sancionatória.
 
Pode ser:
 
Expressa - quando o legislador explicitamente indica os ilícitos tributários que perdoa ou
 
TÁCITA - na eventualidade de modificações na ordem jurídica – CTN, art. 106, II, “a”
 
Art. 180, CTN – caráter Retroativo / infrações Tributárias
 
Art. 181, CTN – Geral ou Limitada
 
ISENÇÃO - art. 176 a 179, CTN
 
Teorias:
 
1 – Favor Legal – dispensa legal do pagamento do tributo devido (Rubens Gomes de Sousa e Amílcar de Araújo Falcão). Ocorre o fato imponível, nasce a obrigação tributária e o pagamento é dispensado pela lei.
 
2 – Regra que incide para que a tributação não possa incidir (Becker)
 
3 – Hipótese de não incidência Legalmente qualificada (Souto Maior Borges) – não ocorre o fato jurídico tributário
 
4 – Limitação do âmbito de abrangência de critério do antecedente ou do conseqüente da norma jurídica tributária, que impede que o tributo nasça (naquele caso abrangido pela norma isentiva) (Paulo de Barros Carvalho). Encontro de duas regras jurídicas que inibe aoperatividade da RMIT – investe contra um ou mais dos seus critérios, mutilando-osparcialmente
 
“Isenção Parcial” – mera redução da BC ou alíquota (para PBC não é isenção).
 
Instrumento de extrafiscalidade.
 
Concedida por meio de LEI:
Ordinária / Complementar da pessoa política competente – Isenções AUTONÔMICAS (CF, art. 151, III)
Complementar – Isenções HETERÔNOMAS (de tributos alheios) – CF, art. 155, §2°, XII, “e” (ICMS) e 156, §3°, II (ISS)
Decreto Legislativo Federal (tratados)
Decreto Legislativo Estadual (convênios) – para ICMS
 
Modalidades
 
Por Prazo Certo (Transitórias) – com prazo pré-estabelecido de vigência
Por Prazo Indeterminado (Permanentes) – sem prazo pré-estabelecido de vigência
 
De Modo Condicionado (Bilaterais, Onerosas) – com encargo
De Modo Incondicionado (Unilaterais, gratuitas) – sem encargo
 
REVOGAÇÃO – Art. 178, CTN
Equivale à recriação do tributo.
Deve ser observado o princípio da anterioridade.
 
Tácita – quando “recria” tributo idêntico àquele que fora objeto de isenção
Expressa – quando a pessoa política declara, apenas, que o benefício deixou de  existir
 
Com Prazo Indeterminado – Podem ser revogadas, por meio de lei, total / parcialmente, a qualquer momento, expressa ou tacitamente, respeitado o princípio da anterioridade (x Súmula 615 do STF – ICMS).
 
Com Prazo Certo
 
Condicionais - não podem ser revogadas antes do prazo previsto (CTN, art. 178) –
Súmula 544 do STF
 
Incondicionais – podem ser revogadas, respeitado o princípio da anterioridade.
 
Obs.: Para o STF - isenção com prazo ou condicional – não é preciso obedecer ao princípio da anterioridade.
 
Art. 179, CTN – Geral ou Limitada
 
Art. 177, I, CTN – aplica-se apenas aos impostos (x Roque Carrazza – se concedida apenas para os impostos não se estende às taxas / contribuição de melhoria)
 
Art. 177, II, CTN – veda as isenções em branco
 
CF, ART. 150, §6º - lei específica
 
 
Questões:
1.      Aponte duas causas excludentes do crédito tributário.
2.      A existência de uma causa excludente do crédito tributário dispensa o contribuinte do cumprimento dos deveres instrumentais? Fundamente sua resposta.
3.      Quais as diferenças existentes entre as imunidades e as isenções?
4.      O que são isenções heterônomas e autonômicas? Dê um exemplo de cada.
5.      A isenção pode ser revogada a qualquer momento? Explique e fundamente sua resposta.
Bibliografia:
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2008.
 
Semana 5
Extinção do Crédito Tributário
 
Arts. 156 a 174, CTN
 
O art. 156, CTN, traz o rol das causas extintivas:
 
I - Pagamento:
É a satisfação do crédito tributário pelo sujeito passivo. É a forma mais comum de extinção do crédito tributário.
 
Pode ser analisado quando ao Lugar, Tempo e Modo.
 
Quanto ao Lugar – art. 159, CTN
 
Quando ao Tempo – art. 160, CTN
Tributo com lançamento direito ou misto, seu pagamento vem previsto na lei (genericamente) e no lançamento (especificamente). No caso de omissão da lei, o CTN prevê que o pagamento deve ser em 30 dias da notificação.
Tributo com lançamento por homologação ou autolançamento, como é o sujeito passivo o responsável pelo lançamento, é imprescindível que a lei disponha sobre o assunto.
 
Quanto ao Modo – art. 162, CTN
 
O rol do art. 156, CTN é exemplificativo, pois existem também outras causas extintivas do crédito tributário:
 
1 – Confusão
2 – Desaparecimento do sujeito ativo sem sucessor
3 – Desaparecimento do sujeito passivo sem sucessor
 
Indébito Tributário: é o pedido de restituição do tributo, por pagamento a maior ou indevido.
 
II – Compensação:
Depende de lei da pessoa política competente. Se o sujeito passivo for ao mesmo tempo credor e devedor do sujeito ativo, as obrigações se extinguem até onde se compensarem.
 
III – Transação:
É o instituto por meio do qual, mediante concessões mútuas, credor e devedor põem fim ao litígio, extinguindo a relação jurídica. Visa o pagamento do tributo, dependendo de lei, que indicará a autoridade competente para efetivá-la
 
IV - Remissão:
É o perdão da dívida, dependendo de lei da pessoa política competente. Através dela, o credor dispensa o contribuinte do pagamento do valor total ou parcial do tributo. O art. 172 do CTN dispõe sobre os pressupostos que devem ensejar a concessão de remissão.
 
 
 
 
V – Prescrição e Decadência:
 
Decadência:
É o perecimento do prazo de que a Administração dispõe para efetivar o lançamento tributário.
Tal prazo é de 5 (cinco) anos contados de acordo com o art. 150, parágrafo 4º e 173 do CTN.
Assim:
- nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo é de 5 (cinco) anos contados do fato gerador ou fato imponível (art. 150, parágrafo 4º CTN).
- nos tributos sujeitos a lançamento de ofício ou por declaração, o prazo é de 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, I CTN).
Em qualquer das modalidades de lançamento, o prazo é de 5 (cinco) anos da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado (art. 173, II CTN).
 
Prescrição:
É a perda do direito de ação paraa cobrança do crédito tributário.
Nesta hipótese o Fisco perde o direito de ingressar com o processo executivo fiscal. Assim, como regra, constituído o crédito tributário pelo lançamento, não existindo causa de suspensão de sua exigibilidade, inicia-se a contagem do prazo para que a Fazenda Pública ingresse com a ação judicial de execução. Se tal prazo exceder ao lapso temporal de 5(cinco) anos, haverá a prescrição. O art. 174 do CTN trata do prazo prescricional.
 
VI - Conversão de depósito em renda:
Após a decisão definitiva administrativa ou judicial, se esta for favorável ao sujeito ativo, em existindo depósito integral nos autos, tal valor é convertido em renda.
 
VII - Pagamento antecipado e homologação do lançamento – nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o pagamento por si só não é causa de extinção, vez que, a Administração pode discordar do valor recolhido. Assim deve-se agregar o pagamento com a homologação do lançamento para ocorrer a extinção do crédito tributário.
 
VIII - Consignação em pagamento – aquele que tem o dever de pagar, tem o direito de efetivar o pagamento. Assim sendo, a consignação em pagamento é uma espécie de ação judicial que possibilita ao devedor efetivar a prestação, conforme as hipóteses previstas no art. 164 do CTN. Se o sujeito passivo for vitorioso em tal demanda, o valor por ele depositado é convertido em renda, havendo a extinção do crédito tributário.
 
IX e X - Decisão administrativa ou judicial transitada em julgado – a decisão definitiva, administrativa ou judicial, favorável ao sujeito passivo extinguirá o crédito tributário.
 
XI - Dação em pagamento em bens imóveis – através da entrega de bens imóveis extingue-se a obrigação tributária. Entretanto, tal forma de extinção depende de lei da pessoa política competente, que estabelecerá a forma e as condições para o adimplemento da prestação.
 
Questões:
1.      Aponte duas causas extintivas da obrigação tributária.
2.      O rol do art. 156 do CTN é taxativo ou exemplificativo? Explique.
3.      Se o contribuinte pagar um tributo a mais ou indevidamente ele tem direito a restituição? Em caso afirmativo, qual o prazo? Fundamente sua resposta.
4.      O que é prescrição? O que é decadência? Qual o prazo? Qual o seu termo inicial?
5.      Se o contribuinte pagar débito prescrito, tem ele o direito de repetir? E se ele pagar débito após ter se operado a decadência?
 
Bibliografia:
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2008.
 
Semana 6
Garantias e privilégios do crédito tributário
 
Garantia é o meio ou modo de dar eficácia ao cumprimento de uma obrigação. Nos termos do artigo 183, CTN, a enumeração das garantias previstas neste diploma não inclui outras garantias estabelecidas na legislação federal, estadual ou municipal no que se refere aos respectivos tributos. O fato de ser atribuída uma garantia ao crédito tributário não altera a sua natureza (art. 183, parágrafo único, CTN)
 
Garantia para o credor – patrimônio do devedor
 
Garantias pessoais ou reais – melhoram a qualidade do crédito
e / ou
Vedações legais de certas operações do devedor para desfalcar seu patrimônio
 
Garantia para o devedor – impenhorabilidade do bem de família
 
Se houver mais de um credor + patrimônio insuficiente – concurso de credores + rateio proporcional ao crédito.
 
Créditos Privilegiados – não se submetem ao rateio, são pagos preferencialmente (trabalhistas).
 
Proteção do Fisco – normas protetoras que evitam obstáculos que frustrem a sua pretensão no caso de execução fiscal – afasta / excepciona efeitos legais decorrentes do direito privado (CTN, art. 184).
 
Tendo em vista os princípios da indisponibilidade dos bens públicos e da estrita legalidade, que norteiam todos os atos do administrador público fiscal, o CTN elenca essas regras de garantia e privilégio (no sentido de preferência).
 
Garantia = meio de assegurar determinado direito e privilégio; preferência de que goza o crédito tributário no concurso com os demais créditos.
 
Preferência = significa estar a pessoa colocada em primeiro lugar
 
Art. 141 — o administrador fiscal não pode dispor do crédito tributário sem LEI, sob pena de responsabilidade funcional.
 
 Art. 183 — as garantias e privilégios não apenas esses; há outros na legislação esparsa. É uma obviedade.
 
Parágrafo Único — o fato de ser atribuída ao crédito tributário uma garantia qualquer (penhor, hipoteca etc.) não altera a sua natureza tributária.
 
Art. 184 — a execução fiscal pode voltar-se contra quaisquer rendas ou bens do devedor (inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade), salvo os absolutamente impenhoráveis (CPC, art. 649: provisões de alimentos, livros, máquinas, utensílios e instrumentos para o exercício da profissão, anel nupcial etc.; CF, art. 5, XXVI: pequena propriedade rural; lei 8009/90: bem de família).
Os privilégios valem entre particulares, desde que averbados no Registro Público; não valem contra o Fisco (Ex.: hipoteca).
 
Art. 185 (LC 118/2005) — Presunção de fraude
Cria uma presunção Absoluta: são fraudulentas as alienações promovidas pelo devedor após o ato de inscrição de sua dívida ativa.
A Alienação é nula – torna ineficaz o ato praticado, sem importar se foi praticado de modo oneroso ou gratuito.
Presunção absoluta = determinado fato é tido como verdadeiro, não se admitindo prova em contrário.
 
Parágrafo Único (LC 118/2005) – a presunção só vale se a alienação colocar o devedor em estado de insolvência
 
Art. 185-A  (LC 118/2005) — Indisponibilidade de bens
 
Art. 186 (LC 118/2005) — PREFERÊNCIA – somente os créditos trabalhistas e acidentários ficam numa melhor posição na escala de preferência em relação ao crédito tributário.
 
Parágrafo Único (LC 118/2005) – Falência
 
Art. 187 (LC 118/2005) — a cobrança judicial do crédito tributário não se sujeita a concurso de credores, habilitação em falência, recuperação judicial, inventário ou arrolamento.
 
PARÁGRAFO ÚNICO — Crítica: estabelece uma escala hierárquica de privilégios, dando primazia à União, violando os princípios constitucionais da isonomia das pessoas políticas, da federação e da autonomia dos Municípios (INCONSTITUCIONAL).
 
Constitucional – SÚMULA 563 DO STF (CF/67)
 
TFR — as autarquias se colocam na escala de preferência, logo após a pessoa política a que pertencerem: em primeiro lugar são pagos os créditos tributários da União, em segundo lugar o de suas autarquias, em terceiro lugar o dos Estados e DF em quarto, o das suas autarquias, e assim por diante.
 
Art. 188 (LC 118/2005) — os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência são extraconcursais.
Aplica-se também às concordatas (Recuperação Judicial)
 
§§ 1° E 2° (agora fala em recuperação judicial no lugar de concordata)
 
Art. 189 / 190 – para Luciano Amaro existe um Privilégio dos créditos trabalhistas e acidentários.
 
Art. 189 — a preferência geral e absoluta do crédito tributário prevalece também nos processos de inventário e arrolamento.
 
Art. 190 — nas liquidações judiciais ou voluntárias das pessoas jurídicas de direito privado os créditos tributários têm tal preferência.
 
Art. 191 (LC 118/2005) — não serão declaradas extintas as obrigações do falido se não forem quitados os débitos tributários com a Fazenda Pública.
 
Art. 191-A – (LC 118/2005) — exige-se prova da quitação dos tributos para a concessão de recuperação judicial.
 
Art. 192 — tal quitação também é exigida pelo juiz antes da homologação da partilha ou da adjudicação de bens, nos processos de inventário.
 
Art. 193 — não poderá participar de licitações ou contratos com a Administração Pública, quem com ela estiver litigando. As pessoas políticas somente poderão celebrar contrato com o particular ou aceitar a sua proposta em concorrência pública se o mesmo apresentar prova de quitação dos tributos devidos à Fazenda Pública interessada,relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. A lei pode autorizar que o contrato possa ser celebrado ou tal proposta possa ser apresentada sem a prova de quitação.
 
 
Questões:
O que são as garantias e privilégios do crédito tributário?.
A execução fiscal pode voltar-se contra quaisquer bens dos devedores? Explique sua resposta.
A presunção de fraude prevista no art. 185 do Código Tributário Nacional é absoluta ou relativa? Explique sua resposta.
Quais créditos ficam numa melhor posição na escala de preferência em relação ao crédito tributário?
Analise criticamente o parágrafo único do art. 187 do Código Tributário Nacional.
 
Bibliografia:
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2008.
 
Semana 7
Administração Tributária
 
1) Introdução
 
A atividade administrativa é regida pelo princípio da legalidade.
 
Os atos administrativos exarados pelos agentes públicos devem manter-se dentro dos estritos limites da lei.
 
A Administração Fiscal é exercida mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
CTN, Art. 141 e 152 – responsabilidade funcional.
 
Em matéria tributária, as normas que disciplinam a atividade administrativa são especialmente rígidas, pois a tributação toca direitos fundamentais dos administrados: propriedade e liberdade.
 
Assim, nenhum ato pode ser praticado sem autorização expressa da lei e o funcionário não pode alterar o que ela determina.
 
2) Fiscalização (CTN, ART. 194 a 200)
 
A CF deu competência para as pessoas políticas instituírem tributos.
 
Essa competência implica, necessariamente, em competência para FISCALIZAR os sujeitos passivos e todos aqueles que com eles mantenham algum tipo de vinculação.
 
Se a CF confere os FINS (direito ao recebimento dos tributos), deve também propiciar osMEIOS para sua efetivação.
 
A fiscalização é um PODER-DEVER das Fazendas que prestigia os princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e da indisponibilidade dos créditos tributários.
 
Art. 194: redação confusa
 
A legislação tributária vai regular a competência e os poderes das autoridades administrativas incumbidas de fiscalizar a aplicação do disposto no CTN.
 
A União, os Estados, o DF e os Municípios deverão editar sua própria legislação, disciplinando as competências das autoridades para o exercício da atividade tributária.
 
Os agentes fiscais vão verificar o cumprimento de todas as obrigações tributárias (“principais” ou “acessórias”).
 
PARÁGRAFO ÚNICO – é amplo o quadro de destinatários da fiscalização. Abrange também pessoas desoneradas de tributação →é imprescindível para que se verifique se estou sendo atendidos os requisitos constitucionais e legais.
 
Art. 195: os contribuintes devem colocar à disposição da autoridade fiscal os seus registros contábeis e os livros correspondentes.
 
PARÁGRAFO ÚNICO – esses documentos devem ser guardados até que ocorra a prescrição.
Costuma-se afirmar que eles devem ser guardados durante o prazo de 5 anos.
Mas, se ocorrer alguma causa interruptiva do lapso prescricional, inicia-se nova contagem de 5 anos (a ação de cobrança prescreve em 5 anos contados do lançamento eficaz / auto de infração / declaração de débito).
 
Art. 196: a atividade fiscalizadora deve ser devidamente documentada.
Os agentes fiscais devem lavrar os termos próprios que atestem o início, o término e as providências tomadas (prazo para apresentação dos documentos solicitados, apreensão de livro, documentos, mercadorias etc.)
É a legislação de cada tributo que vai disciplinar o procedimento a ser adotado, fixando o prazo máximo para conclusão da fiscalização.
 
Art. 197 – Dever de Informação
Em princípio todas as pessoas (físicas/jurídicas/públicas/privadas) devem colaborar com as autoridades administrativas, prestando informações sobre bens/negócios/atividades de terceiros, sempre que solicitadas.
Esse artigo relacionou pessoas e entidades que são obrigadas a fazer isso.
 
PARÁGRAFO ÚNICO – exceção – sigilo de dados: diz respeito ao segredo profissional inerente a atividade específicas (advocacia, contábil, financeira), fruto da confiança que deve presidir as relações entre os profissionais e os particulares. Aplica-se também aos médicos e aos padres.
 
Art. 198: é terminantemente proibida a divulgação, pela administração fazendária, das atividades, negócios, estados e situações dos fiscalizados, trazendo a público situações ruinosas, prejudiciais aos interesses dos sujeitos passivos.
§ 1° – exceções – casos de mútua prestação de assistência entre Fazendas Públicas, para a fiscalização dos seus respectivos tributos e permuta de informações (por lei ou convênio).
 
Art. 199: hipótese de assistência mútua entre as Fazendas Públicas (Federal, Estadual, Municipal e do DF) para fiscalizar seus respectivos tributos e para troca de informações.
 
PARÁGRAFO ÚNICO – possibilidade de permuta de informações com outros países.
 
Art. 200: o agente pode requisitar o auxílio de força policial federal, estadual ou municipal toda vez que entender em perigo a segurança do seu trabalho e dos seus objetivos. Não é necessário que haja a configuração de crime/contravenção.
 
3) Dívida ativa (CTN, ART. 201 a 204)
 
A Fazenda não pode, diante do inadimplemento do contribuinte, investir diretamente contra o patrimônio deste.
 
O Fisco tem que ajuizar a chamada EXECUÇÃO FISCAL.
 
Contudo, antes disso, é preciso que: (I) o crédito se encontre FORMALIZADO – através do lançamento (por declaração [misto] ou de ofício [direito]) ou exigência administrativa concernente a valores declarados e não pagos pelo contribuinte (lançamento por homologação); (II) esgotamento da via administrativa – inexistência de recursos que possam ser interpostos pelo SP – e (III) inexistência de medida judicial que suspenda a exigibilidade do crédito.
 
Nesse caso, o Fisco vai praticar o ATO DE APURAÇÃO e de INSCRIÇÃO DO DÉBITO NO LIVRO DE REGISTRO DA DÍVIDA PÚBLICA.
 
É o mais importante ato de controle de legalidade sobre a formalização do crédito tributário e o único realizado sobre o crédito já formalizado, que se realiza por profissionais especializados – os Procuradores da Fazenda Pública.
 
É a última oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos jurídico – legais dos atos praticados, evitando o prosseguimento de créditos inconsistentes (nesse caso, a Fazenda, se ainda der tempo, faz outro lançamento).
 
Art. 201: dívida ativa
PARÁGRAFO ÚNICO – a exatidão do montante da dívida não é prejudicada por juros pendentes de cálculo, que pode ser feito na época do pagamento.
 
Art. 202 – elementos imprescindíveis do crédito tributário que o termo de inscrição da dívida deve indicar.
 
Art. 203 – a omissão/erro desses requisitos → nulidade da inscrição e do processo de cobrança sanável
 
Art. 204
presunção de LIQUIDEZ (quanto à exatidão do valor) e CERTEZA (quanto à sua legitimidade) da dívida.
Efeito de prova pré-constituída – é suficiente como prova em juízo
PRESUNÇÃO RELATIVA – admite-se prova em contrário pelo SP.
Ao SP são concedidos todos os meios de defesa (através de embargos à execução), em que poderá demonstrar a ilegitimidade (total/parcial) da cobrança tributária, oferecendo quaisquer meios de prova (documental, testemunhal etc.).
 
Com a inscrição da dívida, no livro próprio (da Dívida Ativa), a Fazenda produz seu título executivo extrajudicial, extraindo a “certidão da dívida ativa”.
 
Esse título fundamenta e instrui a petição inicial do Procurador da Fazenda no processo de execução fiscal (lei 6830/80).
 
4) Certidão Negativa (CTN, ART. 205 a 208)
 
Com freqüência, a lei impõe ao cidadão o dever de apresentar certidão negativa de débitos tributários.
CERTIDÃO NEGATIVA – instrumento para provar a quitação de débito.
 
Art. 205: expedido a requerimento do interessado no prazo de 10 dias.
 
Art. 206
 
Art. 207
Em alguns casos, em que os atos/negócios/etc. têm que ser realizados rapidamente, nãohavendo tempo para se requerer e obter a certidão negativa no prazo previsto pela repartição fiscal, ela é dispensada.
Mas se, posteriormente, se apurar a existência de débito, os contribuintes/ responsáveis deverão arcar com os ônus.
 
Art. 208 – responsabilidade subsidiária do funcionário.
No caso de se apurar a participação do SP beneficiado, ele também deverá se sujeitar a essas condições.
 
 
Questões:
.A Fazenda pode, diante do inadimplemento do contribuinte, investir diretamente contra o patrimônio deste? Explique.
A inscrição do débito na dívida ativa gera uma presunção absoluta ou relativa?Expliqe.
Por quanto tempo devem permanecer guardados os registros contábeis e os livros correspondentes? Explique sua resposta.
O que é uma certidão negativa?
O que é uma certidão positiva com efeito de negativa?
 
Bibliografia:
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2008.
 
Semana 8
IMPOSTOS FEDERAIS
 
São de competência da União aqueles impostos elencados no art. 153 da Constituição Federal:
I.                   imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II);
II.                 imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
III.              imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR);
IV.               imposto sobre produtos industrializados (IPI);
V.                 imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF);
VI.               imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR);
VII.            imposto sobre grandes fortunas.
 
Tais impostos são instituídos por meio de lei ordinária federal, de onde podemos extrair as respectivas regras-matrizes de incidência tributária.
 
Tal lei disciplinará também a modalidade de lançamento aplicável, as hipóteses de isenção tributária, bem como as eventuais “obrigações acessórias” a serem cumpridas pelos contribuintes ou responsáveis.
 
A Constituição Federal, além de determinar quais são os impostos federais, prevê todos os casos de imunidade tributária, bem como eventuais exceções aos princípios da igualdade e anterioridade tributária.
 
 
Questões:
1.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR), indicando todos os seus critérios.
2.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre produtos industrializados (IPI), indicando todos os seus critérios.
3.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), indicando todos os seus critérios.
4.      Decreto presidencial pode alterar as alíquotas dos impostos federais? Fundamente sua resposta.
5.      Os impostos federais obedecem ao princípio da anterioridade tributária? Explique e fundamente sua resposta.
 
Bibliografia:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008.
 
Semana 9 – 
IMPOSTOS FEDERAIS
Nos termos do art. 154 da Constituição Federal, também são de competência federal os:
a) impostos de sua competência residual (aqueles não previstos no art. 153, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados no texto constitucional, instituídos por meio de Lei Complementar);
b) impostos extraordinários (instituídos nos casos de iminência ou de guerra externa, compreendidos ou não na competência tributária da União, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação, instituídos por meio de Leio Ordinária).
Questões: 
1. Quem tem a competência residual em matéria de impostos? Explique sua resposta.
2. Qual a diferença existente entre os impostos extraordinários e os empréstimos compulsórios instituíveis em caso de guerra ou ameaça de guerra?
3. Todos os impostos federais dependem de lei complementar para serem instituídos? Explique.
Bibliografia:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.	
Semana 10
IMPOSTOS ESTADUAIS
São de competência dos Estados aqueles impostos elencados no art. 155 da Constituição Federal:
I.                   imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos  (ITCMD);
II.                 imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS);
III.              imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).
 
Tais impostos são instituídos por meio de lei ordinária estadual, de onde podemos extrair as respectivas regras-matrizes de incidência tributária.
 
Tal lei disciplinará também a modalidade de lançamento aplicável, as hipóteses de isenção tributária, bem como as eventuais “obrigações acessórias” a serem cumpridas pelos contribuintes ou responsáveis.
 
A Constituição Federal, além de determinar quais são os impostos estaduais, prevê todos os casos de imunidade tributária, bem como eventuais exceções aos princípios da igualdade e anterioridade tributária.
 
 
Questões:
1.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre a transmissãocausa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), indicando todos os seus critérios.
2.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS), indicando todos os seus critérios.
3.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), indicando todos os seus critérios.
4.      Os impostos estaduais obedecem ao princípio da anterioridade tributária? Explique e fundamente sua resposta.
 
Bibliografia:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008.
 
Semana 11
IMPOSTOS MUNICIPAIS
 
São de competência dos Municípios aqueles impostos elencados no art. 156 da Constituição Federal:
I.                   imposto sobre propriedade predial e territorial urbana  (IPTU);
II.                 imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI);
III.              imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em Lei Complementar (ISS).
 
Tais impostos são instituídos por meio de lei ordinária municipal, de onde podemos extrair as respectivas regras-matrizes de incidência tributária.
 
Tal lei disciplinará também a modalidade de lançamento aplicável, as hipóteses de isenção tributária, bem como as eventuais “obrigações acessórias” a serem cumpridas pelos contribuintes ou responsáveis.
 
A Constituição Federal, além de determinar quais são os impostos municipais, prevê todos os casos de imunidade tributária, bem como eventuais exceções aos princípios da igualdade e anterioridade tributária.
 
 
Questões:
1.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), indicando todos os seus critérios.
2.      Construa a regra-matriz de incidência tributária do imposto sobre a transmissãointer vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI), indicando todos os seus critérios.
3.      Construa a regra-matriz de incidência tributária imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em Lei Complementar (ISS), indicando todosos seus critérios.
 
Bibliografia:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008.
 
Semana 12
IMPOSTOS DISTRITAIS
 
Nos termos do art. 155 da Constituição Federal, o Distrito Federal pode instituir, por meio de Lei Ordinária, os impostos estaduais, quais sejam:
I.                   imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos  (ITCMD);
II.                 imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS);
III.              imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).
 
Pode, ainda, por força do art. 147, parte final, da Constituição Federal, instituir, os impostos municipais:
I.                   imposto sobre propriedade predial e territorial urbana  (IPTU);
II.                 imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI);
III.              imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em Lei Complementar (ISS).
 
Os eventuais Territórios Federais existentes têm sua competência tributária delineada no art. 147 da Constituição Federal. Assim, competem à União os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.
 
Questões:
O Distrito Federal tem competências tributárias? Explique.
Os Territórios Federais têm competências tributárias? Explique.
 
Bibliografia:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008.

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