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LEGUMINOSAS Técnica Dietética I Maria Lúcia Lima CONCEITO E ESTRUTURA As leguminosas são grãos contidos em vagens ricas em tecido fibroso. Os grãos apresentam uma envoltura de celulose que representa de 2 a 5% dos mesmos. O cotilédone contém as reservas da semente; a parede não é lignificada e contém polissacarídeos como: substâncias pécticas (~55%), celulose (~9%) e glucanas não amídicas (6-12%). O tegumento reveste a semente (casca); contém maior quantidade de celulose (35- 57%) e baixa quantidade de hemicelulose e pectina. O hilo representa a cicatriz do pedúnculo; A radícula corresponde a raiz; A gêmula é o local onde se desenvolverão as folhas; O microfilo o orifício por onde saíra a raiz; COMPOSIÇÃO e VALOR NUTRICIONAL • As leguminosas contêm em seu interior 50% de amido e 23% de proteínas (faseolina). Soja = 38% de proteína Em relação a sua composição lipídica: • OLEAGINOSAS = soja e amendoim • NÃO OLEAGINOSAS = feijões, grão de bico, fava, ervilha e lentilha Importantes fontes de: • Ferro (não heme), vitaminas do complexo B (tiamina) e fibras. Parte das fibras das leguminosas são formadas por RAFINOSE e ESTAQUIOSE, esses açúcares são indigeríveis e produzem gases, resultando em flatos intestinais. COMPOSIÇÃO e VALOR NUTRICIONAL Fatores antinutricionais das leguminosas: • Glicosídeos cianogênicos: durrina (sorgo), fasiolunatina (feijão). • Inibidores de Proteases: Tripsina (praticamente todos inibem), quimiotripsina, tromboplastina (soja), carboxipeptidase β (+ raro) e plastina (soja e amendoim). Pode haver inibição de uma ou mais enzimas. • Fatores antivitamínicos: Anti vitamina A (soja) lipoxidase (oxida lipídios) – que oxida o caroteno (precursor da vit A) Anti vitamina D – semente de soja crua, usada em ração animal Anti vitamina B1 (tiamina)- feijões Anti vitamina E- feijões e ervilha • Fatores latirogênicos: Impede a transformação de Metionina em Cisteína, aumentando a excreção de cisteína. Feijões mais consumidos na índia • Hemaglutininas - Aglutinação de Hm provocando hemorragias gastrointestinais (GI) graves.TGI - ↓ absorção nutrientes. Presentes no feijão, soja e lentilhas cruas • Ácido Fítico: Mioinositol fosfato (soja), diminui e absorção do Fe por formar quelato com Ca, Mg, Na, etc. • Nitrato: provocam náuseas, cefaléias e vômitos, mais pronunciados em crianças. Presente no Sorgo • Saponinas: a soja possui 5 tipos diferentes, mais tóxica delas é inativada pelo aquecimento. A COCÇÃO COMPLETA DESSES ALIMENTOS É NECESSÁRIA PARA INATIVAR OS FATORES ANTINUTRICIONAIS COMPOSIÇÃO e VALOR NUTRICIONAL • FATORES ANTINUTRICIONAIS DA SOJA SÃO OS MAIS ESTUDADOS DEVIDO A AMPLA APLICAÇÃO DESSA LEGUMINOSA: • A soja: apresenta inibidores de todas as proteases, são os mais estudados devido à utilização da proteína de soja em dietas especiais. • Tipos estudados na soja: INIBIDORES DE KUNITZ: Polipeptídeo com 2 pontes S-S inibição competitiva dissocia em pH< 2,9 INIBIDORES DE BAWMAN-BIRK: 17 pontes S-S. Resistente ao calor, ácidos, álcalis, pepsina e papaína DESTRUIÇÃO: dos polipeptídeos tratamento térmico (calor úmido + eficiente): 20% umidade/15’ ou 60% umidade /5’ • FATORES ANTINUTRICIONAIS DA SOJA • MECANISMOS DE AÇÃO E SINTOMAS: Retardo do crescimento (↓ digestibilidade e valor biológico das ptns) Inibição proteases (↓ absorção de N) Sobrecarga do pâncreas – hipertrofia – pois induz a síntese excessiva de proteases. Perda de cistina – aa essencial. Aumenta a liberação de aa nas fezes. COMPOSIÇÃO e VALOR NUTRICIONAL • As frações de fibra alimentar, fitatos, oligossacarídeos e polifenóis das leguminosas pode interferir na absorção de minerais da dieta. FIBRAS (celulose): Prejudicam absorção de Fe (não heme), Ca e Mg. FITATOS (cotilédone): Presente em maior porção no A soja têm maior conteúdo. Impede a absorção do Fe não heme. OLIGOSSACARÍDEOS (tegumento)] Rafinose, estquiose e verbascose. Prejudicam a absorção do Ca. POLIFENÓIS(tegumento) Taninos: ligam-se a cátios divalenets como o Fe não heme e Zn. É POSSÍVEL ATENUAR O EFEITOS NEGATIVOS POR COCÇÃO JÁ QUE A MAIORIA DESTES COMPOSTOS É TERMOLÁBIL E HIDROSSOLÚVEL BARRUETO GONZALES N.B Biodisponibilidade de minerais das fontes leguminosas. Ver. Simbio-Logias. V.1.n1, mai/2008 TIPOS DE LEGUMINOSAS Várias espécies: Feijão (*) Lentilha Grão de bico Amendoim Ervilha (grão verde ou seco) Soja (*) Fava Alfarroba Guandu Tremoços CLASSIFICAÇÃO • ALFARROBA: conhecida por chocolate saudável, com baixo teor de gordura é utilizada na indústria farmacêutica, cosmética e alimentar (como aditivos para pudins, papas de bebê e estabilizantes de gelados). CLASSIFICAÇÃO • AMENDOIM: originário do Brasil, Paraguai e Bolívia, é uma leguminosa com características diferentes é a única que dá frutos embaixo da terra e apresenta maior teor de gordura (45% a 50%). CLASSIFICAÇÃO • LENTILHA: pequena planta trepadeira de origem asiática, cultivada no Oriente Médio desde 8 mil anos a.C. Rica fonte de proteína, amido, fibras, vitaminas do complexo B e minerais como Fe, Zn e K. CLASSIFICAÇÃO • ERVILHA: originária da região do mediterrânea, pode ser consumida seca ou verde, cujo grão é alongado e fibroso. Duas variedades podem ser consumidas: a ervilha torta e ervilha de debulhar. CLASSIFICAÇÃO • GRÃO DE BICO ou ERVILHA- EGÍPCIA: originário da região do Cáucaso e Himalaia possui vagem lisas e ovaladas contendo de um a três grãos arredondados. É rico em ácido fólico, Ca, Fe e Mg alem da proteína e CH. Muito usado na culinária árabe, israelense e indiana (farinha de Besan) CLASSIFICAÇÃO • TREMOÇO ou ALTRAMUZ: leguminosa originária do Oriente, cujos grãos podem ser brancos, amarelos ou azulados. Depois de curados, tornam-se comestível. CLASSIFICAÇÃO FEIJÃO Nativo das Américas, é uma leguminosa que produz vagem até 15cm de comprimento. Seu valor biológico varia conforme o tipo, interferindo no teor de metionina (aa essencial, muito encontrado neste alimento) FEIJÃO: Três espécies de feijão são muito cultivadas no Brasil: • Phaseolus vulgaris, o feijão comum, cultivado em todo o território; • Vigna unguiculata, vulgarmente chamado de feijão de corda, feijão macassa, caupi e outros, predominante na região Nordeste e na Amazônia. • Cajanus cajan, feijão-guandu ou andu, comum no nordeste, principalmente em sua variedade arbórea. CLASSIFICAÇÃO DO FEIJÃO Grupo 1 – Feijão Anão BRANCO: é o produto com no mínimo 95% de grãos de coloração branca. PRETO:É o produto com no mínimo 95% de grãos de coloração preta. CORES: grãos de mesma coloração, admitindo- se no máximo 5% de mistura de outras classes e até 10% de mistura de cultivares da classe cores, desde que apresentem cores contrastantes ou tamanhos diferentes. MAPA CLASSIFICAÇÃO DO FEIJÃO Grupo 2 – Feijão de Corda BRANCÃO: produto com no mínimo 80% de grãos de coloração branca e verde. PRETO: produto com no mínimo 80% de grãos de coloração preta. CORES: grãos de mesma coloração, admitindo-se no máximo 5% de mistura de outras classes e até 15% de mistura de cultivares da classe cores, desde que apresentem cores contrastantes ou tamanhos diferentes. MISTURADOS: é o produto que não atende às especificações de nenhuma das classes anteriores. Variedades de FeijõesPreto Carioca Rajado pequeno Rajado Canário Jalo Rajado vermelho Vinagrinho MAPA Variedades de Feijões Bolinha vermelha Vermelho Cavalo Roxinho Macaçar Branco pequeno Alubia Fabada Variedades de Feijões Bico de ouro Mulatinho Rosinha Fradinho Caupi branco Caupi pequeno Adzuki arroz Adzuki Verde GUANDU TIPOS DE FEIJÃO E PREPARAÇÕES TIPOS DE FEIJÃO PREPARAÇÕES Preto Feijoada, sopa Roxinho Salada, sopa, acompanhamento Fradinho (macassar ou de corda) Acarajé, abará, salada, acompanhamento Mulatinho Feijoada, feijão tropeiro, tutu, acompanhamento Branco Dobradinha, salada, sopa Jalo Sopa, salada Verde ou rajadinho Baião de dois, acompanhamento Rosinha Acompanhamento Canário Acompanhamento BROTO DE FEIJÃO- MOYASHI • Tradição japonesa- Nutrição funcional • Princípios: • As sementes são verdadeiros acumuladores biológicos de energia, sob a forma de energia nutritiva e alimentar. SEMENTES + ÁGUA: basta isso para que você aproveite o máximo de energia vital acumulada que será liberada nos brotos, essa energia é usada para estimular todos os processos biológicos de reprodução celular da planta. Assim, se nos alimentarmos desses brotos germinados, estaremos utilizado dessas reservas de energia nutritiva, que nunca irão reaparecer em concentração semelhante na vida posterior de uma planta. BROTO DE FEIJÃO- MOYASHI • Vantagens do cultivo e consumo de brotos: Primeira: aumento da quantidade de vitaminas e sais minerais, com a consequencia baixa do teor de amidos e óleos, "digeridos" durante o silencioso milagre da germinação; Segunda: o sabor, Ah... o sabor...; Terceira: organismos mais delicados aceitarem maravilhosamente os pratos à base de brotos, ainda que as sementes que lhe deram origem sejam indigestas; Quarta: ausência total de fermentação intestinal quando consumidos, por exemplo, brotos de feijão; Quinta: ausência de terra, fertilizantes ou inseticidas para esta forma insólita de cultuvo; Sexta: a facilidade de aproveitamento de todos os espaços domésticos para o cultivo; Setima: o curto espaço de tempo que vai da "semeadura" ate a "colheita": não mais de uma semana. BROTO DE FEIJÃO- MOYASHI •Vidros de boca larga; •Tela fina de náilon, filó ou gaze de algodão esterilizada (para vedar a boca dos vidros), ou a própria tampa do vidro furada com metal fino e quente (por exemplo, prego, agulha, etc.); • Tira de borracha, elástico ou similar (para prender a tela/filó/gaze ao gargalo do vidro); •Travessas ou bacias grandes (para lavagem e seleção das sementes); • Peneiras ou coadores de diferentes tamanhos (para auxiliar na lavagem das sementes); • Escorredor/apoio para colocar os vidros (por exemplo, escorredor de pratos ou algo similar); • Panos grossos e limpos (para cobrir os vidros, impedindo assim, em parte, que penetre luz); • Materiais Todo o material utilizado para o cultivo de grãos devem ser higienizados. Sementes de boa qualidade Água de boa procedência e reaproveitar a água do remolho para regas de plantas Temperatura de +/- 25OC, se for mais quente enxaguar mais vezes durante o dia Pouco luminosidade Manter a circulação de ar. Cuidados BROTO DE FEIJÃO- MOYASHI • Cultivo Pela noite, lave, em uma vasilha, 1 xícara de sementes da sua preferencia . 5xíc. de água/ 12h Escorrer e reaproveitar a água Retirar os grão não sadios Coloque o vidro dentro de um germinário ou cobri-lo com um pano grosso. Enxaguar as sementes, colocando água no interior do vidro e agitando-o bem e em seguida fazê-la escorrer novamente CLASSIFICAÇÃO SOJA Originária da China, da família das glicininas sua vagem mede de 5 a 8 cm de comprimento e contém de 3 a 5 grãos, de forma e tamanho variável. CLASSIFICAÇÃO SOJA/Valor Nutritivo • Apresenta de 35 a 45% de proteínas de alto valor biológico, contendo 10 aa essenciais em teor adequado,exceto a metionina. Contem 18 a 22% de lipídios além de vitaminas (A,C,E e Complexo B) e minerais (Mg,S, Cl,e K). PRODUTOS OBTIDOS DA SOJA E PREPARAÇÕES Produtos da Soja Preparações Óleo Cocção e frituras Produto leitoso de soja Consumo direto, bolo e biscoitos Farinha Pão, molho, sopa, pudim, croquete, biscoito, talharim, massa para salgados. Resíduo (proteína texturizada de soja – carne de soja) Almôndegas, hambúrguer, croquete, torta, sopa, bife, mortadela, salsicha e patê Broto Salada PRODUTOS OBTIDOS DA SOJA E PREPARAÇÕES Produtos da Soja Preparações Okara (resíduo do leite de soja) Enriquecer preparações Missô (fermentação da soja, arroz e cevada) Sopas - Missoshiro PRODUTOS OBTIDOS DA SOJA E PREPARAÇÕES O molho de soja (醤油 shōyu em japonês, 醤油 jiàng yóu em chinês) é um molho fabricado a partir de uma mistura de grãos de soja fermentados e pelos microrganismos Aspergillus oryzae e Aspergillus soyae, um cereal torrado água e sal marinho. É amplamente utilizado na culinária japonesa e chinesa no preparo de pratos como yakisoba e também utilizado para acompanhamento como no sashimi. O molho de soja contém proteínas e vitamina B. Em virtude de ter grande quantidade de sódio, deve ser consumido com moderação PRODUTOS OBTIDOS DA SOJA E PREPARAÇÕES TOFFU (em japonês: 豆腐, tōfu) é produzido a partir da soja. Tem uma textura firme parecida com a do queijo, sabor delicado, cor branca cremosa e apresenta- se sob a forma de um cubo branco. É originário da China, mas muito comum também na alimentação japonesa e coreana. PRODUTOS OBTIDOS DA SOJA E PREPARAÇÕES NATTO: é um alimento tradicional japonês feito de soja fermentada, popularmente degustado no café da manhã. Para alguns, o natto é único devido ao seu poderoso cheiro, sabor forte e consistência pegajosa. No passado, trouxinhas feitas de palha de arroz eram recheadas com os grãos de soja cozidos no vapor e depois guardadas em ambientes quentes e úmidos. Isso resultava na fermentação causada pela bactéria que vive na palha de arroz, o Bacillus natto. Durante a fermentação, as proteínas e os glicídios da soja se decompõem, produzindo os inconfundíveis fios de natto, que podem ser esticados até 6 metros. O natto tem um aroma característico que alguns acham repulsivo. Durante a fermentação, são produzidas vitaminas B2 e K, além de minerais como ferro, cálcio e potássio. Além disso, o natto contém enzimas que ajudam na digestão. A nattokinase, uma enzima que dissolve coágulos sanguíneos, também é encontrada no natto. PRODUTOS OBTIDOS DA SOJA E PREPARAÇÕES EDAMAME (枝豆?) é um preparado feito com grãos de soja ainda dentro da vagem, comumente encontrado no Japão, Havaí, China e Coreia. As vagens são fervidas em água junto com condimentos (como sal)e servidas inteiras. Fora da Ásia Oriental o prato costuma ser encontrado em restaurantes japoneses e em alguns chineses, e é considerado uma comida saudável. O edamame e todos os outros preparados de grãos de soja são ricos em carboidratos, proteínas, fibras, W3 , ácido fólico, Mn e VK. LEGUMINOSAS PRE-PREPARO A leguminosa quando seca deve ser hidratada, para ter um cozimento melhor e mais rápido, em decorrência do amaciamento da película que reveste o grão. Também durante a hidratação ocorre a hidrólise e dissolução de muitos fatores antinutricionais além da dissolução de rafinose e estaquiose . 1. Deixar os grãos de molho de véspera, paraque dobrem de peso. Não utilizar esta água no cozimento (principalmente em lugares em que a temperatura ambiente é elevada). 2. Ferver os grãos por 2’ e deixar nesta água por 1 hora. (Teichmann/2000) HIDRATAÇÃO: ÍNDICE DE REIDRATAÇÃO (IC): Varia entre 1,98 e 2,05, podendo chegar a 2,15 no remolho de dois minutos, que além melhorar a reidratação, acelerar a processo de cocção e evita perdas por dissolução TIPOS DE COCÇÃO CALOR SECO: o amendoim é a única leguminosa que pode ser submetida a esse tipo de cocção, devido suas características individuais, pelo alto teor de gorduras e menor teor de amido. CALOR ÚMIDO: o tempo de cocção varia com a temperatura e variedade do grão. O método de ebulição simples (cozimento) leva de 2 a 3 horas, em quanto sob pressão o tempo varia de 15 a 30’. TÉCNICAS DE PREPARO E RENTABILIDADE A quantidade de água para o cozimento dos grãos secos é de 4:1, em panela com tampa e fogo brando. Em panelas de pressão, a medida de água é de 3:1. Deve- se aumentar e baixar lentamente a pressão da panela, para evitar que o envoltório do grão se rompa. Em alguns casos é desejável a ruptura do envoltório do grão, que leva ao extravasamento do amido para o meio, que por sua vez se gelatiniza e permite obter um caldo mais grosso. O índice de absorção (IA) de leguminosas como o feijão é de 1,5 a 2,5. O Fator de rendimento (FR) deve ser de no mínimo 3. TÉCNICAS DE PREPARO E RENTABILIDADE • A quantidade de feijão per capta é de 50g a 60g, pois o grão dobra de peso ao cozinhar. Essa quantidade é relativa, depende de outros fatores como comensal, horário, restaurante, etc. • A absorção de água, a desnaturação parcial das proteínas e a gelatinização do amido são fundamentais para o aumento da digestibilidade. • Os principais objetivos da cocção das leguminosas é obter a inativação dos fatores antinutricionais e o intumescimento do grão,levando a maciez, ao desenvolvimento do sabor, e ao aumento da digestibilidade. FATORES QUE INFLUENCIAM NA COCÇÃO E MACIEZ DOS GRÃOS Período de armazenamento: durante a estocagem ocorre deterioração do produto em si, a qual é gradativa, irreversível, cumulativa, e refletem em mudanças no sabor, escurecimento do tegumento dos grãos e o aumento no grau de dureza.Temperatura e grau de umidade do local de armazenamento: hard-to-cook, hardshell RIBEIRO, N.D. e cols. Efeito de períodos de semeadura e das condições de armazenamento sobre a qualidade de grãos de feijão para cozimento. Bragantia: revista de ciências agronomicas, Campinas, v.66, n.n,p.157-163,2007 FATORES QUE INFLUENCIAM NA COCÇÃO E MACIEZ DOS GRÃOS • HARD-TO-COOK = Está associado ao não-amolecimento do cotilédone durante a ebulição, mesmo que a semente tenha absorvido água (lignificação dos cotilédones). Favorecido pelo armazenamento em alta temperatura e alta umidade relativa do ar. • HARDSHELL = Caracteriza a impermeabilidade do tegumento à água (provável ação de polimerização de polifenoís). Esse fenômeno é favorecido quando o armazenamento é realizado em temperaturas altas e baixa umidade relativa do ar. FATORES QUE INFLUENCIAM NA COCÇÃO E MACIEZ DOS GRÃOS • Variedade da leguminosa: determinado pelo material fibroso da película. Presença de minerais na água de cozimento: torna o grão endurecido (Philippi/03) pH do meio de cocção: alcalino ⇩ tempo de cocção = perdas nutricionais principalmente de tiamina, abrandamento excessivo da parede celular do grão, por hidrolisar a hemicelulose do meio. ácido cocção= ⇩a solubilidade da hemicelulose Cloreto de sódio 3% = acelera a cocção, trocas iônicas na parede celular, com entrada de sódio e saída de cálcio, catalisando a hidrólise da hemicelulose. CONCLUSÃO • Os cuidados com a seleção, armazenamento, pré-preparo e cocção das leguminosas é o diferencial para oferecermos um alimento nutritivo, saboroso, rentável e digestivo. Retirando do alimento todos os benefícios que ele nos oferece. Referências Bibliográficas • ORNELLAS, Lieselotte – Técnica Dietética seleção e preparo de alimentos. São Paulo: Atheneu Editora, 2001. • PHILIPPI, Sonia – Nutrição e Técnica Dietética. São Paulo: Editora Manole, 2003. • TAICHMANN, Ione – Tecnologia Culinária. Caixias do Sul: EDUCS, 2000. • Revista Saúde/Especial – Prevenção. Editora Abril/2004 • GERMANO, Pedro e Maria Isabel – Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São Paulo: Varela,2001. • LUNA, Niedja – Técnica Dietética, Modelo Experimental p/ graduação. São Paulo: Ametha, 1999. • MAPA – Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. • ARAÚJO, E COLs- Alquimia dos Alimentos. Editora SENAC, Distito Federal 2007 • BARRUETO GONZALES N.B Biodisponibilidade de minerais das fontes leguminosas. Ver. Simbio-Logias. V.1.n1, mai/2008 • RIBEIRO, N.D. e cols. Efeito de períodos de semeadura e das condições de armazenamento sobre a qualidade de grãos de feijão para cozimento. Bragantia: revista de ciências agronomicas, Campinas, v.66, n.n,p.157-163,2007 OBRIGADA!
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