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ROTEIRO CAP. 4 A.E.C

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Qual a diferença entre Reforço Positivo e Reforço Negativo?
R.: Reforço positivo aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer pela adição de um estímulo reforçador ao ambiente. Reforço negativo também aumenta a probabilidade do comportamento voltar a ocorrer, mas pela retirada de um estímulo aversivo do ambiente.
O que é uma contingência de reforço negativo?
R.: É relação entre um estímulo aversivo no ambiente e a resposta do organismo de retirada do estímulo, o que aumenta as ocorrências futuras dessa resposta. No caso, o estímulo aversivo será o reforçador negativo da resposta que o retira ou o evita do ambiente. Existem dois tipos de comportamento que são mantidos por contingências de reforço negativo: a fuga e a esquiva. 
 
Dê dois exemplos de comportamentos mantidos por reforço positivo e dois exemplos de comportamentos mantidos por reforço negativo. Especifique claramente os comportamentos e as consequências.
R.: Tirar boas notas na escola (Resposta) e receber elogios dos pais (Estímulo reforçador positivo); Pressionar a barra da caixa de Skinner (Resposta) e receber uma gota de água (Estímulo reforçador positivo).
Tomar um analgésico (Resposta) e eliminar a dor de cabeça (Estímulo reforçador negativo); passar protetor solar (Resposta) e evitar queimaduras na pele (Estímulo reforçador negativo).
 
Diferencie comportamento de fuga de comportamento de esquiva. Dê um exemplo de cada um deles. 
R.: O comportamento de fuga ocorre quando a resposta do organismo retira o estímulo aversivo quando ele já está presente no ambiente, já está ocorrendo. Esse estímulo é um reforçador negativo para a resposta, assim como na esquiva. A diferença é que, na esquiva, a resposta ocorre antes da apresentação do estímulo aversivo, como forma de preveni-lo ou adiar sua ocorrência. Ou seja, a fuga é uma forma de remediação e a esquiva é uma forma de prevenção do evento aversivo. Um exemplo de fuga seria dar um brinquedo para seu filho, enquanto ele já está fazendo muita pirraça na frente dos outros, e você quer logo que ele pare com isso. A resposta é dar o brinquedo e a consequência é a retirada da pirraça. Um exemplo de esquiva seria quando você vê um cara chato vindo em sua direção e já sabe que ele vai te contar uma daquelas histórias chatas que sempre conta, e você sai de fininho, fingindo que não o viu passar. Nesse caso, a resposta é “sair de fininho” e a consequência é “perder o cara de vista” e evitar suas histórias chatas, antes mesmo de ter que ouvi-las. 
Diferencie Punição de Extinção quanto ao processo.
R.: Quanto ao processo, a punição se diferencia da extinção porque suprime rapidamente a resposta punida, enquanto que na extinção ocorre a diminuição gradual e mais lenta da resposta que foi extinta.
 
Diferencie Punição de Extinção quanto ao procedimento. 
R.: Quanto ao procedimento, a punição se diferencia da extinção, porque na primeira, caso seja uma punição positiva, há a adição de um estímulo aversivo no ambiente, que suprime a resposta, euquanto que na extinção há a retirada do reforçador específico para aquela resposta. Já se a punição for negativa, a diferenciação é mais sutil, porém possível. Na punição negativa há também a retirada de estímulos reforçadores, mas de outros comportamentos, e não o reforçador da reposta que foi punida. Na extinção o reforçador retirado é o que aumenta a probabilidade da resposta ocorrer. Por exemplo, se um rapaz é elogiado pelos amigos por trair a namorada, mas é punido com o término do seu namoro, e isso faça com que ele não traia mais, nesse caso, o reforçador do comportamento dele de traição não foi retirado, pois os amigos continuaram elogiando. O que foi retirado foram outros estímulos reforçadores relacionados ao namoro dele, como os abraços da namorada, o carinho da namorada, etc. Portanto seu comportamento foi suprimido por punição e não por extinção. Agora, se ele tivesse parado de trair porque os amigos pararam de elogiá-lo por isso, então a retirada do reforçador do comportamento em questão, se configura numa extinção. 
Dê dois exemplos de punição, especificando o comportamento e a consequência punitiva. 
R.: Não levar o lixo para fora de casa (Resposta) e não receber a mesada (Estímulo punidor negativo); Errar um cálculo de um projeto no trabalho (Resposta) e levar uma bronca do chefe (Estímulo punidor positivo). 
Cite e explique/exemplifique pelo menos dois efeitos colaterais do controle aversivo. 
R.: Supressão de outros comportamentos além do punido. Outros comportamentos que estão ocorrendo em tempo próximo ou ao mesmo tempo que o comportamento punido, podem ser suprimidos junto a ele. Por exemplo, se Joãozinho está brincando com Mariazinha e sem querer prende o dedo dela em um brinquedo, e o pai dele dá uma bronca, é provável que Joãozinho se chateie e pare de brincar com Mariazinha, suprimindo toda uma classe de comportamentos, em vez de apenas o de prender o seu dedo. 
Um outro efeito da punição é o contracontrole, que ocorre quando o organismo emite uma nova resposta que impede que o agente controlador mantenha o controle, ou ainda, suprime ou evita o estímulo aversivo sem ter que emitir a resposta programada pelo controlador. Por exemplo, quando em uma aula de educação física, o professor não reforça os alunos por fazerem os exercícios que ele pediu, mas apenas pune quando não o fazem, é provável que os alunos finjam estar jogando apenas quando o professor estiver olhando, mas quando ele sair de perto, voltem a bater papo e parem de fazer a atividade proposta por ele. 
Cite e exemplifique pelo menos dois fatores que contribuem para o fato de usarmos tanto a punição em nossa sociedade.
R.: Quando punimos, a consequência esperada é imediata. Ou seja, quem pune para suprimir um comportamento, é quase que imediatamente reforçado negativamente. Por exemplo, o pai que não aguenta mais o filho chamando sua atenção bem na hora do seu jogo de futebol, trata logo de dar-lhe uma bronca, pois será imediatamente reforçado com o silêncio do filho. Nesse mesmo exemplo, podemos verificar um outro motivo para o uso do controle aversivo, que é a facilidade no arranjo das contingências. É claro que o pai poderia tentar ignorar o filho e reforçá-lo positivamente em outras ocasiões incompatíveis com aquela, através do reforçamento diferencial, mas isso daria mais trabalho do que simplesmente reprimir o filho na hora que está querendo sua atenção. Ou seja, o custo de resposta para o pai seria muito maior do que na punição. 
 
Cite e exemplifique pelo menos duas alternativas ao uso da punição no controle do comportamento.
R.: Um alternativa seria utilizar o reforço positivo no lugar do negativo. Por exemplo, uma professora que quer manter a atenção do aluno na sala de aula, poderá elogiá-lo quando responder corretamente as perguntas e fizer os exercícios propostos, em vez de apenas brigar com ele quando estiver com a atenção desviada ou estiver conversando em sala. Assim ele prestará atenção na aula pelos elogios, e não para evitar as broncas. 
Uma outra alternativa viável ao controle aversivo seria o reforçamento diferencial. Em vez de punir a resposta indesejada, ela deve ser extinta, enquanto que outras respostas incompatíveis são reforçadas. Por exemplo, se o seu filho toca bateria na hora do seu telejornal, você não deve apenas brigar com ele quando ele fizer isso. O ideal seria não dar atenção a ele quando tocar nessa hora, ou seja, ignorar seu comportamento e, ao mesmo tempo, elogiá-lo quando estiver tocando em outras ocasiões e reforçar quando estiver em silêncio na hora do jornal. 
Por que “dar um choque” em um rato após ele pressionar uma barra pode ser considerado uma punição do comportamento de pressionar a barra?
R.: Porque a associação entre a resposta de pressionar e o choque, fará com que a resposta de pressionar a barra diminua de frequência, configurando-se assim como uma contingência de punição. 
 
Devemos ou não usar
a punição? Por quê? 
R.: O controle aversivo, no geral, deve ser utilizado em último caso, dando preferência ao reforço positivo e a extinção, como formas melhores e mais eficazes de controle do comportamento. Está provado que “comportamentos sujeitos a punições tendem a se repetir assim que as contingências punitivas forem removidas” (Skinner, 1983, p. 50). Assim, a punição deve ser evitada, sendo utilizada apenas em último caso. Mas vale lembrar que, punição não é apenas social. Se colocarmos o dedo na tomada e levarmos um choque, seremos punidos, mas aprenderemos que não devemos colocar mais o dedo ali. Então, de certo modo, o controle aversivo é natural e sempre estará presente em nossas vidas, de uma forma ou de outra, em nossa interação com o meio. Mas ainda assim, principalmente na hora de educar e ensinar, o controle aversivo deve ser substituído por outras formas de controle, sempre que possível. 
É possível conceber um mundo sem controle aversivo? Explique.
R.: Não. Como dito na resposta a cima, o controle aversivo é natural e faz parte da interação dos organismos com o ambiente. Estar sensível ao controle aversivo tem valor de sobrevivência, pois suprime respostas que, muitas vezes põem a vida em risco, como por exemplo, brincar com ferramentas afiadas e cortar o dedo. Nesse caso, ter tido esse comportamento punido foi importante, pois evitou que um acidente pior acontecesse, caso continuasse a brincar com objetos afiados. Assim como no exemplo anterior da tomada. No trato com o ambiente, o controle aversivo é importante também, pois auxilia a adequação ao meio e suprime respostas que podem ser até perigosas.

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