Buscar

Revisão Tecnologia da Informação e Comunicação - Aulas 1 a 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Tecnologia da Informação e Comunicação
Revisão
Aula 1 – Ciência, tecnologia e sociedade
Há conceitos variados sobre os termos ciência, sociedade e tecnologia. Se consultarmos o dicionário Aurélio, encontraremos as seguintes definições:
Ciência – Conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou fenômenos. Toda ciência, para definir-se como tal, deve necessariamente recortar, no real, seu objeto próprio, assim como definir as bases de uma metodologia específica: ciências físicas e naturais.
Sociedade – Reunião de homens, de animais, que vivem em grupos organizados; corpo social. Conjunto de membros de uma coletividade, sujeitos às mesmas leis. Cada um dos diversos estágios da evolução do gênero humano.
Tecnologia – Estudo dos instrumentos, processos e métodos empregados nos diversos ramos industriais.
Nestas definições, podemos perceber claramente que a ciência está diretamente relacionada ao conhecimento, à sociedade, aos seres humanos e à tecnologia, às técnicas, aos métodos, processos e instrumentos.
Nas diferentes definições encontradas na literatura publicada sobre esses termos, com particular observação da proposta de definição da UNESCO, podemos destacar algumas características relevantes em cada uma:
Ciência: Constitui-se de um conjunto de conhecimentos organizados; Desenvolve-se através do tempo; Parte de mecanismos de causalidade dos fatos observáveis; Baseia-se no estudo objetivo de fenômenos empíricos; Está relacionada à comprovação de teorias; Está associada à publicação de artigos, teses, livros, etc.; Os conhecimentos criados são livremente veiculados e patrimônio da civilização.
Sociedade: Constitui-se por um conjunto de pessoas; Desenvolve-se através do tempo; Baseia-se em um sistema de relacionamentos entre as pessoas; Seus membros compartilham propósitos, interesses, preocupações e costumes e interagem entre si, constituindo uma comunidade; Seus membros constroem conhecimentos e desenvolvem tecnologia.
Tecnologia: Constitui-se de um conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos; Desenvolve-se através do tempo; Baseia-se na aplicação dos conhecimentos na produção ou melhoria de bens e serviços; Está relacionada aos impactos socioeconômicos sobre uma comunidade; Seus resultados são obtidos a partir da aplicação de novos materiais, processos, métodos e produtos nos meios de produção; Está sintonizada com o desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade; Seus produtos e processos são passíveis de negociação e de enquadramento como patentes.
Apesar da análise particularizada dos termos sociedade, ciência e tecnologia, no mundo real é impossível isolar esses conceitos, pois estão intrinsecamente ligados por uma relação dialética.
Uma relação dialética significa uma contínua relação recíproca, na qual nada pode ser entendido isoladamente, fora da realidade à sua volta e sem relações constantes de determinação mútua. Tudo e todos pertencem a uma "totalidade dialética" e fazem parte de uma estrutura.
Dizer que a relação entre sociedade, ciência e tecnologia é dialética significa dizer que: 
Relação Dialética entre Sociedade, Ciência e Tecnologia.
Para entendermos melhor essa relação dialética ou de retroação entre ciência, tecnologia e sociedade, podemos tomar como exemplo o aparelho de telefone celular, tão difundido atualmente.
Com o uso intensivo do aparelho celular, a tecnologia agregou novas funções a esse artefato, possibilitando o envio de mensagens de texto, por exemplo. Com a popularização do celular, os adolescentes passaram a ter acesso fácil a esse aparelho e, ao invés de falar ao telefone, começaram a utilizá-lo com mais frequência para o envio de mensagens. A tecnologia, então, passou a determinar mudanças no comportamento dos adolescentes e em sua forma de comunicação.
A partir do exemplo, podemos perceber que a sociedade demandou o desenvolvimento de novos conhecimentos através da ciência que, por sua vez, demandou o desenvolvimento de uma nova tecnologia. O aparelho celular, ao ser usado pela sociedade, determinou novas formas de comportamento e de comunicação, impulsionando, cada vez mais, a evolução desse meio de comunicação que, com a convergência tecnológica, possibilita atualmente: acessar a Internet, fotografar, enviar mensagens, ouvir e fazer download de músicas, enviar e fazer download de imagens, etc.
Desta forma, podemos perceber, com um exemplo simples, a relação dialética entre sociedade, ciência e tecnologia, expressa através de um relacionamento contínuo, recíproco e de determinação mútua.
A sociedade determinou a geração de uma nova tecnologia (telefone celular) através da ciência, tecnologia esta que determinou mudanças sociais (mudanças comportamentais a partir do uso do celular) que ocasionaram impactos na evolução da ciência e da tecnologia (novos aparelhos celulares com múltiplas funções), em um processo imbrincado de interação e retroação, através do qual sociedade, ciência e tecnologia retroagem entre si, não necessariamente nessa ordem, orientando ou reorientando sua evolução.
Após conhecer as diferentes abordagens sobre a relação entre ciência, sociedade e tecnologia, é importante você compreender que cada uma reflete um momento histórico na evolução do homem contemporâneo e, como tal, estão impregnadas de crenças, valores, argumentos e conhecimentos próprios do cenário e do período evolutivo em questão. Entretanto, atualmente podemos chegar a algumas conclusões oportunas e importantes para o exercício profissional na área de TIC:
Há conceitos diferenciados sobre sociedade, ciência e tecnologia, variando de acordo com o período histórico, a cultura, o contexto e a abordagem que lhe são atribuídos. Sociedade, ciência e tecnologia mantêm uma relação dialética contínua entre si, em constante interação e determinação mútua de impactos em sua evolução.
Aula 2 – Abordagens usadas na evolução científica e tecnológica do homem contemporâneo.
Ciência e Tecnologia na Evolução Científica e Tecnológica do Homem Contemporâneo
Durante muito tempo, no processo de evolução científica e tecnológica do homem contemporâneo, estabeleceu-se uma visão de determinismo, ora social ora tecnológico, ou seja, em um período histórico, acreditava-se que:
A sociedade determinava os rumos da ciência e da tecnologia (C&T), não sendo por estas afetada (determinismo social).
Em um outro período, acreditava-se que a ciência e a tecnologia seguiam seu próprio rumo, não sendo diretamente influenciadas pela sociedade (determinismo científico e tecnológico).  
Para a primeira abordagem, que aqui denominamos “com foco na sociedade”, o caráter da C&T, e não apenas o uso que dela se faz, é socialmente determinado e, devido a essa funcionalidade entre a C&T e a sociedade na qual foi gerada, tende a reproduzir as relações sociais e até mesmo a inibir a mudança social.
A segunda forma de abordagem, que aqui denominamos “com foco na C&T”, caracteriza-se pela suposição de que a C&T avança contínua e inexoravelmente, seguindo um caminho próprio, podendo ou não influenciar a sociedade de alguma maneira. 
Neutralidade
O conceito da neutralidade do conhecimento científico ou da tecnologia tem sua origem nas próprias condições de seu surgimento como tal, a partir do século XV, como uma oposição ao conhecimento (ou pensamento) religioso.
O Iluminismo foi o primeiro movimento importante que, ao mesmo tempo e não por acaso, questionou o pensamento religioso e potencializou a ideia da neutralidade.
O Positivismo, a partir do final século XVIII, e tendo como base o pensamento de Bacon e Descartes, contribuiu para reforçar a ideia de neutralidade.
O princípio dessas correntes baseia-se na ideia de que a subjetividade deve ser contida dentro dos limites da objetividade na tentativa de reproduzir a realidade “assim como ela é”.
Ganha força a crença de que a ciência é a expressão de uma verdade absoluta, aumentando a confiança na ciência como fonte, senão única, privilegiada dosaber “verdadeiro e universal”.
Com base nesses princípios, só existiria uma única Ciência e Tecnologia (C&T) “verdadeira”. As diferenças contextuais geográficas, culturais, éticas, entre outras, ficariam em um plano secundário.
Assim, as contradições se resolveriam naturalmente através de caminhos iluminados pela própria ciência, com novos conhecimentos e técnicas que superariam racionalmente os antigos, sem que se colocasse em questão a ação e os interesses dos atores sociais no processo inovativo.
Sob essa ótica, a ciência e a tecnologia não são boas ou más, são neutras, e sua evolução seria o resultado do seu progressivo desvelamento e da contínua descoberta da verdade e, por isso, único, universal e coerente com o progresso.
Determinismo Tecnológico
O conceito de determinismo tecnológico foi criado pelo sociólogo americano Thorstein Veblen (1857-1929) e cultivado e aperfeiçoado por Robert Ezra Park, da Universidade de Chicago. Em 1940, Park declarou que os dispositivos tecnológicos estavam modificando a estrutura e as funções da sociedade, noção que serviu de ponto de partida para uma corrente teórica em todos os aspectos, inovadora.  
De acordo com os deterministas tecnológicos, as tecnologias são consideradas como a principal causa das mudanças na sociedade, “... e são vistas como a condição fundamental de sustentação do padrão da organização social”. 
Os deterministas tecnológicos interpretam a tecnologia como a base da sociedade no passado, presente e até mesmo no futuro. “Novas tecnologias transformam a sociedade em todos os níveis, inclusive institucional, social e individualmente. Os fatores humanos e sociais são vistos como secundários” (Chandler, Daniel, 2000).
Pelo Determinismo Tecnológico, as tecnologias são apresentadas como autônomas, como algo fora da sociedade e são consideradas forças independentes, autocontroláveis, autodetermináveis e autoexpandíveis. São vistas como algo fora do controle humano, mudando de acordo com seu próprio momento e moldando inconscientemente a sociedade.
Efeito, “Frankenstein”, significa que o homem cria uma máquina ou um sistema para um propósito particular e limitado. Quando a máquina ou o sistema está em ação, nós temos a impressão, sempre para nossa surpresa, que ela(e) tem vida própria, não podendo ser controlada(o) e sendo capaz de mudar nossos hábitos e formas de pensar e agir.
Tanto o conceito de neutralidade quanto o de determinismo tecnológico ainda se mantêm em nossa sociedade e estão disseminados enquanto "senso comum” no imaginário social, apesar da existência de debates, divergências e controvérsias que indiquem outras visões, como é o caso da visão dialética.
Associação em Rede
Segundo essa visão, a tecnologia é inserida em uma rede de relações para a qual concorrem os diferentes aspectos da vida em sociedade tendo como protagonistas diferentes atores, que se movimentam em redes, movidos por interesses específicos.
A tecnologia e a mudança tecnológica são, desse modo, interpretadas em sua dimensão mais ampla, envolvendo os vários campos da atividade humana, incluindo o técnico, o científico, o econômico, o político, o militar e o organizacional, os quais se associam em redes para a construção e operação de fatos e artefatos tecnológicos.
Após conhecer as diferentes abordagens sobre evolução científica e tecnológica do homem, é importante compreender que cada uma reflete um momento histórico e que todas estão impregnadas de crenças, valores, argumentos e conhecimentos próprios do cenário e do período histórico e evolutivo em questão.
Podemos usar esses conceitos para inferir algumas oportunas e importantes considerações para o exercício profissional na área de TI:
A ciência e a tecnologia, bem como seus fatos e artefatos, não são neutros e universais, cabendo ao profissional avaliar antecipadamente os impactos de sua ação no contexto regional e organizacional de sua atuação, adotando uma postura ética e sustentável.
A abordagem da associação em rede nos traz uma visão mais ampla das relações entre sociedade, ciência e tecnologia com atores protagonistas que, em sua atuação em rede, geram fatos e artefatos tecnológicos, de acordo com interesses específicos, direcionando a evolução científica e tecnológica em um determinado momento.
Aula 3 – Sociedade da Informação e do conhecimento
Vivenciamos uma nova sociedade baseada em transformações estruturais nas relações de produção, na economia, nas formas de poder, na tecnologia, nos meios de interação, entre outros aspectos. Nessa sociedade, denominada Sociedade da Informação e do Conhecimento, nos relacionamos usando novas formas de espaço e tempo e somos protagonistas de uma nova cultura.
Aliadas ao conhecimento, as tecnologias da informação e comunicação são base dessa nova sociedade. Portanto, é fundamental que o profissional de TI conheça as características dessa sociedade, suas ferramentas e seu papel, bem como sua atuação pode desencadear mudanças e trazer melhores condições de vida de forma regional e global.
Globalização, Sociedade da Informação e Revolução Digital são termos comumente usados para denominar o momento de transição que vivenciamos da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento. Uma nova sociedade surge a partir de transformações estruturais observadas nas relações de produção, de poder e de experiência que conduzem a uma modificação substancial das formas sociais de espaço e tempo e ao aparecimento de uma nova cultura.
A sociedade está sempre em constante mutação e evolução e, até chegarmos ao período atual, podemos perceber claramente quatro fases principais de evolução da sociedade:
Sociedade Primitiva – 
• Baseada na economia de subsistência.
• Uso do fogo e de armas.
• Tribos nômades.
• Linguagem oral e figurativa.
Sociedade Agrícola – 
• Fixação à terra.
• Produção agrícola.
• Comércio.
• Valorização da terra e posses.
• Forte influência da igreja e das religiões.
• Linguagem oral e manuscrita.
Sociedade Industrial – 
• Revolução industrial.
• Produção em série.
• Concentração em cidades.
• Processos industriais.
• Valorização do capital.
• Desenvolvimento de máquinas.
• Noção de mercado.
• Imprensa e livros.
• Invenção do rádio.
Sociedade do Conhecimento – 
• Tecnologias da informação.
• Geração do conhecimento como  atividade principal.
• Noção de espaço virtual.
• Informação e tecnologia como fonte de riqueza.
• Mercado globalizado.
• Desenvolvimento intensivo de hardware e software.
• Era das parcerias, da interação e do relacionamento.
• Internet e realidade virtual, redes digitais, redes de conhecimento, redes de relacionamento.
Saiba mais: novas profissões vem surgindo a partir das novas formas de produção da sociedade da informação e do conhecimento, como: gerente de memória institucional, gerente de inovação, gerente de e-commerce, gestor de conteúdo de websites, entre outras. Faça uma busca na Internet e conheça melhor essas e outras novas oportunidades de atuação para os profissionais da área de TI.
A sociedade contemporânea, da informação e do conhecimento está inserida num processo de mudanças constantes, baseadas nas novas tecnologias de informação e de comunicação.  Os bens mais valiosos dessa sociedade são a informação e o conhecimento, disponibilizados através da Internet.
O desenvolvimento social e econômico da sociedade do conhecimento está baseado na informação como meio de criação de conhecimento, o qual desempenha papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos.
Sociedade em Rede
O conceito de Sociedade em Rede foi bastante difundido através das obras de Manuel Castells e pode ser compreendido como: “Uma sociedade em que as estruturas sociais e as atividades principais estão organizadas em torno das redes de informação eletronicamente processadas.”
Nessa sociedade, há uma combinação de redes sociais e de meios que dão forma à sua organização e às estruturas importantes em todos osníveis: individual, organizacional e societal. Também há uma lógica própria do trabalho em rede que modifica substancialmente a operação e os resultados nos processos de produção. As redes transformaram-se nas unidades básicas da sociedade contemporânea.
O conceito de redes sociais vem sendo muito discutido em nossa sociedade, sob diferentes perspectivas. Uma rede social é formada por uma estrutura social constituída por pessoas ou organizações, que estão conectadas com base em algum tipo de relação ou interesse, que partilham valores e objetivos comuns. Uma rede social é aberta, pode se fazer e desfazer com rapidez e possibilita relacionamentos não hierárquicos entre as pessoas. Numa rede social podem ser compartilhados informações e conhecimentos, interesses, ações para o alcance de objetivos comuns etc.
Essa disseminação das redes sociais somente pode ser alcançada devido às tecnologias desenvolvidas pela área de TI.
O uso de redes sociais pode ser benéfico quando possibilita: 
Aprendizado, 
Interação social ou profissional, 
Criação de rede de contatos, 
Exposição positiva de imagem, 
Divulgação de trabalhos, 
Conhecimentos, produtos ou idéias, 
Troca de opiniões e compartilhamento de diferentes visões sobre um mesmo tema, 
Mobilização social, entre outros.
Entretanto, seu uso de forma indevida pode gerar: 
Exposição demasiada ou negativa de imagem, 
Facilitar crimes como pedofilia e estelionato, 
Compulsão, 
Redução na produtividade quando utilizado em demasia durante a jornada de trabalho etc.
Reestruturação Produtiva e Sociedade
O conceito de reestruturação produtiva está relacionado à: Nova forma de organização da produção possibilitada pelas tecnologias da informação e comunicação.
Nesse novo modelo são utilizadas estratégias para reestruturar a produtividade. Uma delas é a utilização do emprego de tecnologia sobre as relações de trabalho; a outra é a redução dos riscos de  uso dos equipamentos com novas relações de trabalho de forma mais horizontal, menos hierarquizada.
Cadeia de Negócios
Algumas sociedades adotaram: O modelo americano de Sociedade da Informação, baseado nas empresas para organização da cadeia de negócios.
Nesse modelo, as redes de negócios baseiam-se em grandes empresas líderes em parceria com universidades para desenvolvimento de projetos. O foco passa a ser no cliente e os produtos e serviços passam a ser adequados a ele e aos seus desejos. A inovação é a mola mestre nesse modelo, em que fornecedores e empresas líderes se aliam em cadeias de negócios para consolidar posição no mercado.
OCDE
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado, com sede em Paris, França.
Através da OCDE, os representantes dos países membros se reúnem para trocar informações e definir políticas para maximizar o crescimento econômico e o desenvolvimento desses países na atual Sociedade da Informação e do Conhecimento.
O livro verde
As sociedades organizaram cada qual uma proposta de Sociedade da Informação. No Brasil, foi elaborado o Livro Verde, um documento que tem o propósito de elucidar os objetivos do projeto e de uma proposta política, traduzindo uma oferta de desenvolvimento da informática e da Internet.
Aula 4 – A revolução digital 
A revolução digital teve seu início marcado pelo surgimento da Internet e uso das novas tecnologias da informação e comunicação para apoiar as atividades econômicas, financeiras, governamentais, o comércio e a comunicação entre as pessoas.
As TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) permitem que a informação e o conhecimento, atualmente, sejam acessados de forma rápida e fácil através da Internet. O acesso, o armazenamento, a recuperação, o tratamento, a manipulação, a localização, o compartilhamento e a difusão da informação e do conhecimento ficaram bastante facilitados.
A convergência tecnológica nos possibilita acessar às informações de qualquer lugar e através de qualquer meio de comunicação por uma interface única.
A revolução digital está apoiada nas novas TIC e na forma como possibilitam a interação social, os negócios e o comércio eletrônico, o governo eletrônico, as formas de produção, entre outros aspectos da Sociedade da Informação e do Conhecimento.
A Internet atualmente está baseada no conceito de rede de arquitetura aberta. Assim, escolhemos livremente um provedor que nos possibilita entrar em rede com outras redes, numa interconexão entre redes.
Assim configurada, a Internet tornou-se novo meio multifacetado de massa, possibilitando a interação entre pessoas e a disponibilização da informação e do conhecimento, independente do espaço geográfico ou temporal. Fica imperceptível ao usuário, mas vários atores (humanos ou tecnológicos) participam da cadeia de valor da Internet.
Negócios Digitais
A partir do entendimento da cadeia de valor da Internet é possível compreender os negócios digitais na sociedade da informação e do conhecimento. Você já deve ter visto ou ouvido falar em negócios B2B, B2C, C2B, C2C, entre outros. Estas são categorias de transação na Internet que compõem a arquitetura do ambiente de negócios eletrônicos.
A partir da possibilidade dos negócios eletrônicos, muitas oportunidades foram criadas com base na Internet, subvertendo a lógica de funcionamento dos mercados existentes, entre elas:
Fácil acesso à informação.
Redução dos custos de transação.
Surgimento de novos agentes na ponta da cadeira produtiva, substituindo os tradicionais intermediários.
Eliminação das distâncias físicas.
Funcionamento ininterrupto.
Há uma tendência atual das pessoas preferirem se relacionar virtualmente, para buscar informações sobre um produto ou serviço antes fechar um negócio, bem como para manifestar sua insatisfação com as empresas. 
Percebemos através desse comportamento do consumidor um crescente acesso à informação e ao conhecimento digitalizado, que demanda uma nova forma de configuração dos processos de negócios, que passam a ser também digitalizados. Como exemplos desses processos digitalizados, temos:
BI – Business intelligence (inteligência de negócios).
KM – Knowledge Management (gerenciamento de conhecimento).
SCM – Supply Chain Management (gerenciamento de cadeia de suprimentos).
CRM – Customer Relationship Management (gerenciamento de relacionamento com consumidores).
ECR – Efficient Consumer Response (resposta eficiente aos consumidores).
Com a digitalização dos processos de negócios, na área de TI evoluímos cada vez mais para a integração da cadeia e do sistema de valor por inteiro, abrangendo as camadas de fornecedores, canais e clientes. Esse tipo de integração demanda o uso de aplicações colaborativas, que possibilitam a colaboração entre os vários atores nessa cadeia virtualizada dos processos de negócios.
Conhecimento Digitalizado
Você pode perceber que o conhecimento está relacionado a mente das pessoas e como elas processam as informações. Desta forma, digitalizar o conhecimento é um processo complexo e que exige ferramentas tecnológicas apropriadas, de forma que o conhecimento possa ser explicitado, armazenado, indexado, recuperado, compartilhado e difundido para a sociedade.
A lista de recursos em TI para permitir a digitalização do conhecimento é ampla e não exaustiva, pois ferramentas novas surgem a todo o momento. É muito importante que o profissional de TI conheça essas ferramentas e seu potencial, para que possa atuar também na área de Gestão do Conhecimento (GC), que vem se desenvolvendo continuamente permitindo que cada vez mais organizações digitalizem seu conhecimento e implantem Sistemas de Gestão do Conhecimento (SGC).
Tecnologia Onipresente
A base da Revolução Digital são as ferramentas que permitem a digitalização do conhecimento e a convergência tecnológica.
Cada vez mais a comunicação, as atividades de produção, os serviços e outras atividades estão baseadas na mobilidade.Novos dispositivos móveis surgem no mercado com funções complexas e que possibilitam um leque de possibilidade para as organizações e a sociedade como um todo.
Os jovens que ingressam atualmente no mercado de trabalho são nativos digitais, ou seja, já nasceram no bojo da revolução digital e lidam com os artefatos tecnológicos com naturalidade e desembaraço. Utilizam as redes sociais e os blogs para comunicação, interação e diversão. Essa geração de nativos digitais possui algumas características importantes, como:
Independência e forte interação em rede
Abertura intelectual
Colaboração
Interligação dos intelectos para a conscientização organizacional
Cultura de Inovação
Empresa em tempo real
Inclusão e Exclusão Digital
		A Revolução Digital trouxe muitos benefícios para a sociedade, porém ainda há muitas pessoas no Brasil que estão a margem e que não utilizam as TIC. Essas pessoas pertecem ao grupo de excluídos digitalmente. Entretanto, a exclusão digital está diretamente relacionada aos índices de miséria e de analfabetismo, ainda muito altos no Brasil.
Pobreza e exclusão digital estão diretamente relacionadas
		Para utilizar as TIC em seu benefício e para ingresso ou permanência no mercado de trabalho é importante não somente saber utilizá-las mas também conhecer suas vantagens e desvantagens e ter uma consciência crítica sobre seu uso.
Aula 5 – Tecnologias da Informação e Comunicação
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constituem-se em tecnologias e métodos para captação, transmissão e distribuição das informações em diferentes formatos e para suportar a comunicação. Surgidas no contexto da revolução digital, desde a metade da década de 1970, desenvolvendo-se rapidamente até os dias atuais, são a base para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento.
O profissional da área de TI, em seu ambiente de trabalho, vai utilizar ou desenvolver novas TIC em organizações que têm a TI como atividade meio ou fim. Portanto, necessita, a partir de uma visão dialética dessa relação, conhecer os impactos das TIC na sociedade e seu papel como ator e decisor nas organizações, definindo qual, quando e como as TIC devem ser utilizadas no desenvolvimento de aplicações para as diversas áreas e setores da sociedade.
Conceito de TIC.
A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) constitui-se num conjunto de recursos tecnológicos de informação e comunicação, utilizados com fins específicos e de forma integrada. Esses recursos baseiam-se, geralmente, no desenvolvimento de hardware e software para dar suporte e permitir a operacionalização da comunicação e dos processos relativos aos ambientes virtuais.
Impactos das TIC na sociedade.
Com o advento da popularização da Internet, o uso das TIC foi potencializado e seu desenvolvimento torna-se cada vez mais acelerado, com inovações constantes, baseadas na possibilidade da Convergência Tecnológica.
A interação em rede, baseada em recursos como e-mail, chat, fóruns, comunidades virtuais, web cam, etc., proporcionou e vem demandando novos sistemas de comunicação e informação, impactando na forma de relacionamento e comunicação social.
O trabalho cooperativo baseado nas TIC possibilitou que profissionais geograficamente distribuídos pudessem se comunicar e desenvolver projetos em equipe, reduzindo custos e tempo de locomoção na geração e compartilhamento de novos conhecimentos, bem como o desenvolvimento de novas competências, valiosas na Sociedade do Conhecimento.
A difusão das TIC facilitou o processo de automação, a flexibilidade na produção, gestão, industrialização, comercialização, etc., auxiliando na redefinição de fluxos de trabalho e na comunicação organizacional.
Relação dialética entre a sociedade e as TIC.
A evolução social e tecnológica é um processo dialético no qual a sociedade determina mudanças, inovações e evolução na tecnologia, bem como a tecnologia e seu uso determinam mudanças no comportamento, na produção e na vida das pessoas.
Podemos perceber que a rápida evolução tecnológica pode originar nas empresas: 
Graus de incerteza na adoção de novas tecnologias, 
Um ritmo muito acelerado de mudanças que afetam os processos de negócio, 
Um gap de desenvolvimento da infraestrutura de TI, 
Constante desatualização dos recursos tecnológicos da empresa e de seus profissionais, 
Níveis de integração de recursos cada vez mais complexos.
Por outro lado, as formas de trabalho na área de TI também têm se modificado bastante com a adoção do teletrabalho, do e-learning, da terceirização, da mobilidade, entre outras, podendo ocasionar dificuldades de adaptação do profissional ou precarização das condições de trabalho.
A difusão das TIC pode causar problemas também em relação à privacidade dos indivíduos e ao seu direito ao uso das informações coletadas por instituições particulares ou públicas. Entretanto, a democratização da informação, quando possibilita a inclusão digital, pode trazer aos cidadãos as mesmas oportunidades de acesso à formação e qualificação, bem como auxiliar no desenvolvimento de uma consciência crítica em relação ao uso das TIC, com proveito de suas vantagens e atenção às suas desvantagens para a sociedade.
Aplicações das TIC.
Como base do desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento, as TIC são utilizadas nos diversos setores da sociedade e de diferentes formas.
As TIC constituem-se em uma grande força em áreas, como: Educação, Finanças, Indústria, Planejamento, Transporte, Engenharia, Produção de Bens, Imprensa, Biblioteca e Centros de documentação.
Possibilitando novas formas de organização e acesso às informações e ao conhecimento, baseadas numa arquitetura de rede e âmbito global.
Aula 6 – Aspectos Éticos e legais relacionados ao exercício profissional na área de tecnologia da informação.
O crescente e acelerado desenvolvimento tecnológico tem nos levado a refletir sobre os aspectos éticos e legais relacionados ao exercício do profissional da área de Tecnologia da Informação.
As novas relações decorrentes da interação entre a sociedade e as TIC trazem em seu bojo a necessidade de reflexão sobre o perfil do profissional de TI, sua atuação e sua postura, bem como sua formação para o mercado de trabalho.
Aspectos Legais
		O uso e a aplicação das TIC em diferentes contextos e situações da vida humana têm originado reflexões e debates sobre os aspectos legais relacionados, podendo ser citados, entre outros:
Direito privado a imagem e o direito público à informação.
Aspectos legais no mundo virtual
“Pirataria” na internet
Os aspectos legais na área de TI vão envolver o profissional diretamente em questões como:
O mais importante para o profissional da área de TI é que conheça os aspectos legais no exercício de sua profissão.
Aspectos Éticos
O desenvolvimento e o uso das TIC envolvem aspectos éticos, além da dimensão legal, e os limites dessa fronteira são muito tênues. Por exemplo, seria ético um empregador acessar o correio eletrônico ou os arquivos dos computadores de seus funcionários? Essa e outras questões nos remetem a pensar e refletir sobre a ética envolvida no uso e aplicação das TIC.
Segundo José Augusto Chaves Guimarães, “a ética profissional tem por objeto o conjunto de valores que uma determinada classe profissional deve se orientar e seguir para alcançar um “agir profissional” correto e adequado para com a sociedade em que se insere e, no mais das vezes, materializa-se por meio de regras, expressas em códigos de ética, orientadores da conduta profissional de um dado segmento”. 
Estabelecer políticas de uso, compartilhamento, publicação e segurança da informação, além do estabelecimento de códigos de ética e de conduta, são ações extremamente oportunas e necessárias, auxiliando a sociedade e os profissionais de TI a reconhecerem prática ilegais e em desalinho com a ética profissional na área de TI, colaborando para:
Desenvolver um trabalho de educação para o uso da informação e das TIC é fundamental, visto queos problemas relacionados TIC são originados de deficiências culturais e sociais do cidadão contemporâneo.
Proteger os interesses dos profissionais em TI
Proteger empregadores que não têm conhecimento técnico da área de TI e mantém relação baseada apenas em confiança com seus colaboradores.
Proteger os interesses dos clientes, quando o profissional de TI é um consultor ou prestador de serviços e trata com clientes leigos.
Evitar que os profissionais da área de TI fiquem estereotipados e com uma visão negativa percebida pela sociedade, por atuação ilegal ou não ética de alguns poucos profissionais.
 
Em relação ao profissional de TI é importante ressaltar alguns pontos muito relevantes e que devem pautar sua conduta ética e legal:
Não devemos utilizar nosso conhecimento em TI para:
- Prejudicar ou obter vantagens de terceiros;
- Interferir no trabalho de terceiros em TI sem autorização; 
- Vasculhar arquivos e pastas de terceiros; 
- Realizar crimes ou atos não éticos; 
- Prestar falso testemunho ou omitir informações  sigilosas solicitadas por órgãos judiciais;
- Utilizar ou copiar software sem direito ou autorização para tal;
- Utilizar os recursos de TI de terceiros sem autorização;
- Apropriar-se do trabalho intelectual de terceiros.
Aula 7 – Tecnologia da Informação: Mercado de trabalho na área de TI
O mercado de trabalho para os profissionais de TI é próspero e apresenta muitas oportunidades. Mas é importante que o profissional mantenha-se atualizado e desenvolva novas competências e habilidades, além do conhecimento técnico, para manter-se qualificado e apto a enfrentar os novos desafios.
O mercado de trabalho na área de TI
O mercado de trabalho na área de TI está bastante aquecido e com déficit de profissionais qualificados. É uma área de evolução incessante, com perfil profissional diferenciado de outras áreas.
“O mercado de trabalho na área de TI é carente de profissionais. A indústria de tecnologia da informação opera com 100 mil pessoas a menos do que necessita para realizar projetos e atingir sua meta. Há tempos existe um déficit de mão de obra nesse setor e a lacuna só vem aumentando” 
(Dicas Info Exame - edição 70 Outubro/09).
Podendo atuar em empresas onde a TI é meio ou atividade fim, as possibilidades são diversificadas e apresentam remuneração e oportunidades diferenciadas de outras áreas.
Além de competências técnicas, o profissional da área de TI necessita desenvolver habilidades pessoas e sociais, como empreendedorismo, inovação, criatividade, proatividade, concentração, fluência na língua inglesa, boa relação interpessoal e interprofissional, capacidade de estabelecer networking, gosto por desafios, entre outras.
O mercado de trabalho como um todo e, mais especificamente na área de TI, é fortemente impactado pelo comportamento do consumidor, aumento na quantidade de fusões e aquisições, terceirizações em alta, proliferação de dispositivos móveis e crescimento do volume de dados armazenados.
Segundo publicações da Computerworld e da InformationWeek: “O desafio para os cursos na área de TI é imenso, e reconhece-se que não é possível ter um curso que ofereça o perfil completo exigido pelo mercado.”
Tendências e oportunidades do mercado de trabalho na área de TI
Para uma atuação evolutiva é necessário que o profissional entenda o mercado de trabalho e sua evolução, busque a complementação de conhecimento e habilidades com autonomia, preocupando-se constantemente com sua qualificação e atualização.
Algumas possibilidades de atuação com grande potencial para o profissional de TI estão relacionadas a atividades de liderança, gerência de projetos, reengenharia de processos de negócio, gerência de terceirização, planejamento e gerenciamento de segurança de TI, controle de qualidade e continuidade do serviço, business intelligence associadas com técnicas de Inteligência Artificial, programação, web design, infraestrutura, arquitetura Web e gestão eletrônica de documentos, entre outras.
A convergência tecnológica e a telefonia móvel aumentam a procura por desenvolvedores de aplicativos móveis, tanto em design como na produção de games. O desenvolvimento de conteúdo para aparelhos móveis cresce assustadoramente.
Em áreas como VOIP, ERP, CRM, Cloud Computing, Business Inteligence, Segurança, Jogos Digitais os profissionais são extremamente valorizados, visto que há pouco qualificados e disponíveis no mercado de trabalho.
Segundo a revista Você S/A a área de TI está entre as “mais quentes no mercado de trabalho” e os principais cargos são: 
Diretor de TI
Gerente de TI, de Infraestrutura (Telecom), de Sistemas (Desenvolvimento), de Serviços (Operações), de Projetos.
Coordenador de Infraestrutura (Telecom), de Sistemas (Desenvolvimento), de Segurança.
Analista de Projetos, de Negócios (Processos), de Infraestrutura (Telecom), de Business Intellingence/ERP, de Sistemas (Desenvolvimento).
Algumas novas profissões na área de TI: bioinformática, desenvolvedor GIS, arquitetos Web, produtores de Vídeo Web, analista de Mídias Sociais, desenvolvedores para Mobile , ITIL.
Tendências como: Internet das Coisas, Tablet, Jogos em 3D, Livros Eletrônicos, Realidade Aumentada, Computação em Nuvens, Educação Móvel e na Ponta dos Dedos, TV Digital, Convergência Web para a TV, Robótica e Nanotecnologia vão incrementar o desenvolvimento de novas tecnologias e geração de oportunidades para os profissionais com visão de futuro e dispostos a investir em sua qualificação e desenvolvimento.
O profissional de TI também enfrenta dificuldades para manter-se atualizado e produtivo, necessitando cuidar da saúde, da carreira e de todos os aspectos de sua vida social, afetiva, familiar e financeira.
Aula 8 – Tecnologia da Informação: Regulamentação da Profissão
Conceito da regulamentação da profissão
A regulamentação de uma profissão, seguindo os preceitos constitucionais do livre exercício da profissão no Brasil, deve ter um caráter de excepcionalidade para não ferir a liberdade de trabalho do cidadão. 
A regulamentação de uma profissão acarreta na criação imediata de um conselho ou órgão profissional que se torna responsável pelo registro e fiscalização de indivíduos que exerçam a atividade relacionada.
Características particulares das atividades em TI
A área de TI possui características particulares que devem ser consideradas quando se reflete e discute sobre a regulamentação da profissão:
A atividade de TI, em geral, é eminentemente técnico-científica, mas não possui, obrigatoriamente, alto grau de complexidade para seu exercício.
Não se verifica que o exercício profissional na área de TI possa causar dano socialmente relevante.
Os programas e sistemas de TI são altamente utilizados para manter sistemas críticos, mas o desempenho e a responsabilidade sobre os mesmos são das empresas contratadas para desenvolvê-los, implantá-los e fazer sua manutenção e não do profissional de TI isoladamente.
As atividades de TI são muito dinâmicas e requerem de seus profissionais atualização constante, apenas o diploma de nível superior não é suficiente para garantir a qualidade e a contemporaneidade de um profissional.
O profissional da área de TI necessita de uma formação multidisciplinar que abranja uma variedade de competências e habilidades para exercer a profissão, podendo citar, como exemplo, o processo de desenvolvimento de um software que demanda o envolvimento de profissionais de diversas áreas e não somente da área de TI.
A qualidade de produtos de TI deve ser avaliada por sua aplicação no mercado, observadas as características do segmento envolvido e as necessidades dos usuários, não estando somente relacionada à formação formal do profissional de TI, mas também a diversas outras competências e habilidades não técnicas e igualmente necessárias.
Conceito da Regulamentação da Profissão
Regulamentação da profissão na área de TI no mundo
Se analisarmos a área de TI no mundo, observaremos que não há regulamentação da profissão na área deTecnologia da Informação nos países de economia avançada, como: Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Itália e Canadá.
Nos EUA, por exemplo, a regulamentação foi amplamente discutida pela ACM e a conclusão a que chegaram foi que a regulamentação da profissão é prematura e não é uma forma efetiva de resolver os problemas de qualidade e confiabilidade de software, bem como entenderam que um registro profissional de TI poderia ser interpretado como uma garantia de capacidade e confiabilidade, o que não pode ser tão facilmente atestado nessa área devido às particularidades das atividades em TI.
A TI é um campo em que não se precisa de registro específico da área para exercer a profissão, o que poderia até causar estagnação da área, que envolve profissionais com diferentes formações e qualificações.
Podemos tomar alguns ícones da área de TI com exemplos para demonstrar que a formação específica não é o grande diferencial:
Estado da arte da regulamentação da profissão na área de TI no Brasil
No Brasil, a discussão sobre a regulamentação da profissão existe desde o início das atividades em TI, sendo principais condutoras dos debates a Sociedade Brasileira de Computação e a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – ASSESPRO.
Segundo informações publicadas no site da Sociedade Brasileira de Computação:
“A comunidade científica da computação brasileira vem discutindo a questão da regulamentação da profissão de Informática desde antes da criação da SBC em 1978. Fruto dos debates ocorridos ao longo dos anos, nos diversos encontros de sua comunidade científica, em relação às vantagens e desvantagens de uma regulamentação da profissão de informática, a SBC consolidou sua posição institucional em relação a esta questão pela formulação dos seguintes princípios, que deveriam ser observados em uma eventual regulamentação da profissão:
Exercício da profissão de Informática deve ser livre e independer de diploma ou comprovação de educação formal. 
Nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio acima.
A área deve ser Auto-Regulada.”
Aula 9 – Grau de Informatização das Empresas
Informatização na sociedade, nas organizações e nos indivíduos
No processo de transição da Sociedade Industrial para a Sociedade da Informação e do Conhecimento vivenciamos como protagonistas a informatização em diferentes níveis através do uso das TIC, com as seguintes características:
Sociedade – 
Modificação nas relações e na estrutura (em rede)
Necessidade de infraestrutura tecnológica para seu desenvolvimento
Forte comunicação de dados
Organizações – 
Novas formas organizacionais (atuação em redes) e novos mercados (globalização)
Uso intensivo da informação.
Conhecimento como fonte de atração para consumidores e clientes
Tecnologia como instrumento gerencial.
TI inserida nas atividades operacionais internas, gestão e planejamento, relacionamento com clientes, fornecedores, governo e consumidores.
Indivíduos – 
Conhecimentos e habilidades ligados ao uso da TI
Busca qualitativa de informações e conhecimentos
Atuação e interação em redes e comunidades
Atualização constante no uso das mídias
Conceito de informatização
O termo “informatização” carrega uma diversidade de significados e conceitos, dependendo do referencial utilizado. Vamos considerar o conceito de informatização como “emprego dos recursos de informática, que incluem a TI e s sistemas de informação (SI) baseados em TI, nas mais diversas áreas ligadas ou não a organizações”.
Inclusão digital
A necessidade de inclusão digital está diretamente relacionada ao nível de informatização da sociedade, que deve ter políticas bem definidas e estrutura de telecomunicações adequadas ao desenvolvimento do processo de informatização.
A educação é uma área sensível na inclusão digital que deve colaborar para ampliação dos níveis de informatização da sociedade, promovendo a inclusão digital.
A informatização e as organizações
O processo de informatização de uma organização está diretamente relacionado ao seu grau de amadurecimento no mercado, podendo estar no nível inicial da mera apropriação de recursos tecnológicos chegando até ao uso planejado e sistemático da TI em todas as funções da organização.
Criação de valor pelo uso das TIC
Hu e Quan propõem quatro visões para que a TI crie valor para uma empresa:
Visão Macroeconômica – A TI cria excessos de retornos sobre outros tipos de investimento de capital.
Visão de Processos – Investimentos em TI geram vantagens competitivas ao melhorar a eficiência operacional de processos intermediários.
Visão de Recursos – Investimentos em TI criam vantagens competitivas sustentáveis por meio de capacidade e recursos estratégicos sem paralelo, singulares e peculiares ao contexto.
Visão da Opção Digital – Investimentos em TI criam valor ao fornecer opções e flexibilidade para as empresas em contextos cada vez mais competitivos e incertos.
Desta forma, para avaliar o grau de informatização de uma empresa deve-se questionar se os recursos de TI estão sendo adequadamente utilizados para geração de valor, não bastando apenas fazer aquisição desses recursos e sim utilizá-los como ativos da empresa.
Perfil da empresa digital
Há três níveis no processo de informatização da empresa que vão nos permitir inferir qual o seu perfil digital:
O nível mais básico é o de buscar diferenciais competitivos através dos recursos de TI.
O nível intermediário é o de melhoria da qualidade das informações para apoiar o planejamento e o controle das operações.
O nível mais avançado é o de integração e coordenação das atividades da empresa em rede
A empresa digital é aquela que alcançou o terceiro nível e emprega e maximiza os recursos de TI para o desenvolvimento de todas as atividades da empresa: gestão, negócios, processo, relacionamento, qualidade, competitividade e criação de conhecimento, para alcance de eficácia em seus resultados.
Para análise do grau de informatização de uma empresa são adotadas quatro dimensões:
Ativos de TI
Uso organizacional da TI
Gestão da TI
Impactos da TI
Aula 10 – Sustentabilidade e tecnologia da informação verde ou computação verde
Conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável
No final da década de 80 o conceito de sustentabilidade tornou-se mais corrente em nossa sociedade, principalmente nos países desenvolvidos, como uma forma de contestar o modelo de desenvolvimento econômico vigente.
O conceito de sustentabilidade é bem amplo e está relacionado ao atendimento das necessidades da sociedade presente sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável está diretamente relacionado a três principais pilares:
Quanto mais aumenta a interseção entre esses três pilares, maior será o índice de desenvolvimento sustentável, gerando indicadores socioeconômicos, socioambientais de ecoeficiência.
Estratégias de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no mundo e nas organizações
Na reunião da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu 2002 em Johanesburgo, algumas estratégias para o desenvolvimento sustentável no mundo foram listadas numa agenda composta de cinco áreas de prioridade:
Até 2015 o número de pessoas sem acesso a instalações sanitárias deverá ser reduzido pela metade.
Os impactos negativos sobre a saúde das pessoas deverão ser minimizados.
A redução dos estoques de peixes em todo o mundo deverá ser interrompida.
A perda da biodiversidade deverá ser detida.
Estratégias sustentáveis deverão ser desenvolvidas.
Também houve definição de algumas estratégias localizadas, como exemplo, podemos citar a União Europeia que adotou sua própria estratégia de sustentabilidade, com as seguintes áreas de concentração:
Mudança Climática
Energia Limpa
Saúde Pública
Desenvolvimento demográfico e migração
Gestão dos recursos naturais
Pobreza global e desenvolvimento
Apartir de então, quase todos os estados membros da União Europeia adotaram sua própria estratégia de sustentabilidade.
Esse movimento se deu, principalmente, pela responsabilidade assumida pelos vários atores em relação à sustentabilidade:
Atualmente é cada vez mais crescente o número de empresas que assumiram uma gestão empresarial voltada para a responsabilidade ambiental e social, desenvolvendo sistemas de gestão, controle e monitoramento, bem como estratégias para sensibilização de seus colaboradores, fornecedores e parceiros. A Global Reporting Initiative (GRI) elaborou padrões mundiais de sustentabilidade que as empresas podem utilizar em seus relatórios.
Melhores práticas e experiências em desenvolvimento sustentável
Como um tema novo e um processo ainda em fase de implantação nas organizações, as melhores práticas e experiências em desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo são publicadas em relatórios e documentos diversos.
Tais práticas e experiências, geralmente, estão vinculadas à responsabilidade social e ambiental e à sustentabilidade corporativa, baseadas em ações do tipo:
Práticas de desenvolvimento ambiental
Práticas de ética nos negócios
Práticas de envolvimento comunitário
Condições ambientais na cadeia de fornecimento
Condições sociais na cadeia de fornecimento
Conceito de tecnologia da informação (TI) verde ou computação verde.
A TI dá suporte ao desenvolvimento da sociedade, possibilitando o acesso à informação e ao conhecimento, sendo determinante nos processos de produção de bens e serviços. Esse processo de produção e inovação contínuo consome considerável gama de recursos naturais e energia, gera substâncias tóxicas ao ambiente e torna recursos obsoletos rapidamente, entre outros aspectos.
Desta forma, a TI é sempre considerada como grande responsável pelo consumo dos recursos naturais do nosso planeta, pelo aumento do consumo de energia e incrementos, sem que se pense que sua utilização está diretamente relacionada ao processo de produção e ao pilar econômico do “Triple Bottom Line “.
Estratégias de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no mundo e nas organizações
O conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável em TI está relacionado à capacidade de uma organização gerir seus ativos tecnológicos de forma eficaz, buscando o equilíbrio sócio-econômico- ambiental.
Também chamada de Tecnologia Verde (TI Verde ou Green IT) ou Computação Verde, é um conceito amplo que busca integrar o desenvolvimento de tecnologias com o desenvolvimento sustentável.
Melhores práticas e experiências em TI verde ou computação verde
As práticas de TI Verde podem ser divididas em três níveis, segundo Takahashi et al (2009):
TI verde de incrementação tática – 
Essa prática não modifica a infraestrutura de TI nem as políticas internas, apenas incorpora medidas de contenção de gastos elétricos excessivos. 
São exemplos, o uso de monitoramento automático de energia disponível nos equipamentos, o desligamento dos mesmos nos momentos de não-uso, a utilização de lâmpadas fluorescentes e a otimização da temperatura das salas. Estas medidas são simples de serem implementadas e não geram custos adicionais às empresas.
TI verde estratégico – 
Essa prática exige a convocação de uma auditoria sobre a infraestrutura de TI e seu uso relacionado ao meio-ambiente, desenvolvendo e implementando novos meios viáveis de produção de bens ou serviços de forma ecológica. São exemplos, a criação de uma nova infraestrutura na rede elétrica visando à sua maior eficiência e sistemas computacionais de menor consumo elétrico (incluindo novas políticas internas e medidas de controle de seus descartes). 
Além da preocupação com a retenção de gastos elétricos, o marketing gerado pelas medidas adotadas pela marca é também levado em consideração.
Deep IT (TI verde “a fundo”) – 
Mais ampla que as duas primeiras práticas, incorpora o projeto e implementação estrutural de um parque tecnológico visando a maximização do desempenho com o mínimo gasto elétrico; isto inclui projetos de sistemas de refrigeração, iluminação e disposição de equipamentos no local com base nas duas primeiras estruturas anteriores (o que demanda um custo muito maior que as duas primeiras).
Exemplo: Google - Pratica ações que incluem desde o planejamento de seu datacenter à locomoção dos funcionários com veículos híbridos e o consumo de energia alternativa como a solar
Estado da arte da TI verde ou computação verde no mundo e no Brasil
A TI ou Computação Verde caminha como uma área bastante nova, tanto no Brasil quanto no mundo, sendo objeto de pesquisa e desenvolvimento pelos centros de pesquisa e pelas organizações.
Algumas barreiras ainda existem para sua implantação:
Resistência e mudanças
Prioridade na solução dos problemas e não nas causas
Falta de planejamento (estratégico) para TI e visão sistêmica
Prioridade na solução dos problemas e não nas causas
Adequação superficial às inovações
Atualmente, é mandatório que o profissional da área de TI compreenda os conceitos de desenvolvimento sustentável e TI Verde, conhecendo as melhores práticas e experiências e aplicando-as em seu exercício profissional.
Focados nessa necessidade premente, os cursos da área de Tecnologia de Informação da Estácio, de forma inédita no Brasil, tem a sustentabilidade e a TI Verde como temas transversais, sendo apresentados e discutidos de forma a sensibilizar os estudantes sobre o tema e também de aprofundar seu conhecimento, possibilitando o desenvolvimento de um perfil profissional responsável, ético e consciente de seu papel transformador na sociedade contemporânea.

Outros materiais