Buscar

Trabalho Interdisciplinar 4 periodo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 115 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 115 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 115 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Graduação em Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
Fábio Luís Pereira 
Ítalo Amaral Costa Reis 
Mariana Shelen Maia 
Pedro Augusto Campolina Santos 
ThamiresCharbaje De Oliveira 
 
 
 
 
 
TRABALHO INTERDISCIPLINAR: 
Empresa: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contagem 
2015 
 
 
 
 
 
 
Fábio Luís Pereira 
Ítalo Amaral Costa Reis 
Mariana Shelen Maia 
Pedro Augusto Campolina Santos 
ThamiresCharbaje De Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO INTERDISCIPLINAR: 
Empresa: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
 
 
 
Trabalho apresentado à Graduação em 
Ciências Contábeis da Pontifica Universidade 
Católica de Minas Gerais campus Contagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contagem 
2015 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
C/c- Conta Corrente 
Lalur: Livro de Apuração do Lucro Real 
LC: Lei Complementar 
N°- Número 
S/a- Sociedade Anônima 
Ufir: Unidade Fiscal de Referência 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
ABNT- Associação Brasileira de Normas técnicas 
AC - Ativo Circulante 
ANC- Ativo Não Circulante 
ARE- Apuração do resultado do Exercício 
BP- Balanço Patrimonial 
C/c- Conta Corrente 
CDB - Certificado de Depósito Bancário 
CFC- Conselho Federal de Contabilidade 
CMV- Custo de Mercadoria Vendida CR- Conta de Resultado 
CPC - Código de Pronunciamentos Contábeis 
CR – Conta de Resultado 
CSLL: Contribuição Social sobre Lucro Líquido 
DPVAT -Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres 
DRE- Demonstração do Resultado do Exercício 
FGC – Fundo Garantidor de Crédito 
ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
IFRS – International Financial Reporting Standards 
IOF – Imposto sobre operações Financeiras 
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social 
IR: - Imposto de Renda 
Lalur: Livro de Apuração do Lucro Real 
 
 
 
 
 
LC - Lei Complementar 
MEP - Método da Equivalência Patrimonial 
MG- Minas Gerais 
N°- Número 
NF- Nota Fiscal 
Pasep - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público 
PC- Passivo Circulante 
PIS – Programa Integração Social 
PJ: Pessoa Jurídica 
PL- Patrimônio Liquido 
PNC- Passivo Não circulante 
S/a- Sociedade Anônima 
Ufir: Unidade Fiscal de Referência 
PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre 
VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 – Logomarca da empresa ............................................................................ 11 
 
FIGURA 2 –Cotação do Seguro Empresarial ................................................................ 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
GRÁFICO 1–Diagrama de Pareto ................................................................................. 14 
GRÁFICO 2 - Curva 80-20 Tome Distribuidora e Comércio de Bebidas LTDA ............. 14 
GRÁFICO 3 - Rendimentos aplicação Distribuidora e Comércio de Bebidas LTDA ..... 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
TABELA 1 -12 principais itens Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA ... 11 
 
TABELA 2 -Incidência de IOF até o 30° dia de aplicação ......................................... 20 
 
TABELA 3 -Tabela regressiva incidência de IR sobre Rendimento .......................... 20 
 
TABELA 4 -Taxas de CDB pré-fixado e pós fixado ................................................... 22 
 
TABELA 5 -Rendimento de aplicação CDB pré-fixado .............................................. 23 
 
TABELA 6-Apuração simples nacional ...................................................................... 35 
 
TABELA 7 -Cálculo IR e CSLL .................................................................................. 38 
 
TABELA 8 -Cálculo PIS/COFINS .............................................................................. 40 
 
TABELA 9 -Apuração Simples Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA ... 42 
 
TABELA 10 –Apuração IRPJ e CSLL ........................................................................ 43 
 
TABELA 11 –Quadro Comparativo de Apuração Simples x Lucro Presumido .......... 44 
 
TABELA 12 –Comparação de PGBL x VGBL ........................................................... 49 
 
TABELA 13 –Comparação Demonstração de IR ...................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
TABELA 14 –Comparação de Instituições ................................................................ 50 
 
TABELA 15 –Avaliação de Veículo ........................................................................... 60 
 
TABELA 16 –Avaliação de Veículo ........................................................................... 61 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9 
1.1. Apresentação da Empresa ......................................................................................... 10 
2. ASPECTOS LOGISTICOS ........................................................................................... 12 
2.1. CURVA 80-20 ............................................................................................................... 12 
2.2. APLICAÇÃO NA EMPRESA ........................................................................................ 13 
2.3. APLICAÇÃO SOBRE ITEM “A” DA EMPRESA .......................................................... 15 
2.3.1. Quantidade ótima a ser pedida (quantidade econômica do pedido) ............... 15 
2.3.2. Momento certo de efetuar o pedido (com demanda conhecida) ...................... 16 
2.3.3. Tempo ótimo entre pedidos ................................................................................ 16 
2.3.4. Momento certo de efetuar o pedido (com demanda incerta) ............................ 17 
2.3.5. Estoque Máximo .................................................................................................. 17 
3. ASPECTOS MATEMÁTICOS ....................................................................................... 19 
3.1. CDB .............................................................................................................................. 19 
3.2. CDB – DI ...................................................................................................................... 21 
3.3. APLICAÇÃO NA EMPRESA ........................................................................................ 21 
4. ASPECTOS TRABALHISTAS ..................................................................................... 24 
4.1. Contratação dos empregados .................................................................................... 24 
4.2. Sujeitos da relação de trabalho ................................................................................. 25 
4.3. Tipos de contrato de trabalho .................................................................................... 25 
4.4. Características do contrato de trabalho .................................................................... 26 
4.5. Jornada de trabalho .................................................................................................... 26 
4.6. Salário .......................................................................................................................... 26 
4.7. Salário mínimo ............................................................................................................27 
4.8. Piso salarial ................................................................................................................. 27 
4.9. Remuneração .............................................................................................................. 27 
4.10. Vale Alimentação ................................................................................................. 27 
4.11. Vale Transporte ................................................................................................... 28 
4.12. Horas extras ......................................................................................................... 28 
4.13. Férias .................................................................................................................... 28 
4.14. 13º Salário ............................................................................................................ 29 
4.15. FGTS ..................................................................................................................... 29 
5. ASPECTOS FISCAIS E TRIBUTÁRIOS ....................................................................... 31 
 
 
 
 
 
5.1. Simples nacional ......................................................................................................... 31 
5.1.1. Lei Complementar nº 147/2014 ........................................................................... 32 
5.1.2. Cálculo do Simples Nacional .............................................................................. 33 
5.2. Lucro Presumido ........................................................................................................ 35 
5.2.1. Percentuais de Presunção .................................................................................. 36 
5.2.2. Cálculo de IR e CSLL ........................................................................................... 37 
5.2.3. Distribuição de Lucros ........................................................................................ 38 
5.2.4. Escrituração Contábil ou Livro Caixa ................................................................ 39 
5.3. COFINS e PIS/PASEP – Regime Cumulativo ............................................................. 39 
6. ASPECTOS DE CONTABILIDADEDE SEGUROS E ENTIDADESPREVIDENCIARIAS 
PRIVADAS .......................................................................................................................... 45 
6.1. Conceito de seguro .................................................................................................... 45 
6.2. História do Seguro ...................................................................................................... 45 
6.3. Seguro de danos patrimoniais ................................................................................... 46 
6.4. Previdência Complementar ........................................................................................ 47 
6.5. Previdência Privada Fechada e Aberta...................................................................... 48 
6.6. PGBL X VGBL.............................................................................................................. 48 
6.7. CPC 11 ......................................................................................................................... 51 
6.7.1. Teste de adequação do passivo ......................................................................... 52 
7. ASPECTOS DE CONTABILIDADE AVANÇADA ......................................................... 54 
7.1. Demonstrações de Fluxo de Caixa ............................................................................ 54 
7.2. Objetivo ....................................................................................................................... 54 
7.3. Classificação por atividade ........................................................................................ 55 
7.4. Métodos de Elaboração .............................................................................................. 56 
7.4.1. Método Direto ...................................................................................................... 56 
7.4.2. Método Indireto .................................................................................................... 57 
7.5. Análise DFC Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA ............................. 57 
7.6. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido .............................................. 57 
7.7. Alterações nas contas do patrimônio ....................................................................... 58 
7.8. Elaboração da DMPL .................................................................................................. 58 
7.9. Redução ao valor recuperável ................................................................................... 59 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 62 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 63 
APENDICES ........................................................................................................................ 66 
 
9 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O trabalho interdisciplinar do quarto período do curso de graduação em 
ciências contábeis da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais tem como 
objetivo principal, expor o conhecimento adquirido em sala e através de pesquisas, 
estabelecendo uma relação entre o que foi estudado nas disciplinas e os 
acontecimentos no cotidiano da Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
constituída pelos sócios Ítalo Amaral Costa Reis, Fábio Luís Pereira, Mariana Shelen 
Maia, Pedro Campolina e ThamiresCharbaje de Oliveira. 
Será abordado pelo trabalhoa descrição teórica dos itens e prática abordando 
os temas de elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL) e a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) pelo Método Direto. Para a 
elaboração da DFC será necessário que as empresas avaliem a recuperabilidade 
dos ativos e reconheçam (obrigatoriamente) perdas estimadas com a não 
recuperabilidade de ativos (teste de recuperabilidade), bem como perdas estimadas 
no recebimento de crédito. Os métodos para mensuração das respectivas perdas 
deverão obedecer aos critérios estabelecidos pelos CPC’s (Pronunciamentos 
Contábeis) relacionados 
Constará a apuração dos tributos devidos pela empresa com base no Simples 
Nacional e no Lucro Presumido. Logo após, elaborar um quadro comparativo 
demonstrando dentre os dois regimes, qual é a melhor opção para a empresa, 
justificando as razões que levaram a escolha. Cabe lembrar que a apuração do 
simples Nacional é mensal, e que o IR e a CSLL no Lucro Presumido, são 
trimestrais. Os demais tributos que deverão ser apurados no regime de Lucro 
Presumido, quais sejam, PIS, COFINS, ICMS ou ISS, dependendo da atividade da 
empresa, e o INSS por parte da empresa, tem apurações mensais. Construir a curva 
ABC para 12 itens mantidos em estoque. Conforme curva obtida, escolher 
arbitrariamente um item “A” definindo uma política de reposição a ser adotada para 
este item, ou seja, estabelecendo: quantidade econômica do pedido; momento certo 
de efetuar o pedido (com demanda conhecida e desconhecida) e tempo ótimo entre 
os pedidos. 
10 
 
 
 
Abordagem do CPC 11 e descrever qual o objetivo desta Norma, o que ela 
determina, para que a entidade deve aplicá-la ou não deve aplicá-la. Ainda de 
acordo com o CPC 11 explicar o que é teste de adequação de passivos. 
Demonstrar sobre o processo de admissão, sujeitos das relações de trabalho, 
características do contrato de trabalho, salários/remuneração,jornada diária, tipos 
de contrato de trabalho, férias, 13° salário e FGTS para os funcionários da empresa. 
Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA pesquisou no mercado os planos 
de previdência complementar, simulando a contratação de planos de previdência 
individual para os sócios. Analisar os benefícios fiscais do plano escolhido e 
apresentar duas simulações de instituições diferentes, para cada sócio, comparando 
as variações. Incluir nas contabilizações mensais da Entidade a contratação de um 
seguro para danos patrimoniais no valor de R$ 36.000,00, pago a vista, como 
despesa antecipada no mês de Julho/2015, que terá a vigência01/08/2015 a 
31/12/2015. As apropriações das despesas serão realizadas no período de agosto a 
dezembro de 2015. A Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA irá aplicar 
suas disponibilidades de caixa por um período determinado em uma aplicação CDB 
pré-fixado ou CDB pós-fixado, baseado no histórico do CDI para o segundo caso. 
 
1.1. Apresentação da Empresa 
 
A Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA., foi criada com o intuito 
de realizar a distribuição de bebidas de forma eficaz e sempre preservando a 
qualidade em todos os seus serviços, pregando pelo bom atendimento desde o 
momento em que o cliente adentra ao estabelecimento comercial até o término do 
atendimento sendo este o momento de entrega do produto ao domicílio do cliente. 
A Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA, encontra-se instalada na 
Rua Aristides Benevides Diniz, nº 140, Centro, Esmeraldas, Minas Gerais. A escolha 
do endereço para localização do estabelecimento se deve ao fato de que na cidade 
não há outro estabelecimento comercial com o mesmo ramo de atuação, sendo 
11 
 
 
 
assim terá um grande publico e como se trata de uma cidade pacata não há índices 
de criminalidade elevados. 
Figura 1 – Logomarca da empresa 
 
Fonte: Gerado pelos sócios. 
12 
 
 
 
2. ASPECTOS LOGISTICOS 
De acordo com analises internas na TTome Distribuidora de Bebidas e 
Comércio LTDA observou-se as vendas realizadas em um passado recente e com 
isso os itens em que apresentavamos maiores índices de valor com relação a 
vendas e sendo assim analisando os números resolveu-se por elaborar a curva 
conhecida como 80-20 com a finalidade deobter um melhor planejamento logístico 
auxiliando em um melhor aproveitamento no galpão de estoque adquirido no 
primeiro semestre de 2015. 
2.1. CURVA 80-20 
Segundo Ballou (2006) o conceito 80-20 originou-se da observação de 
padrões de produtos em muitas empresas, considerando que a maior parte das 
vendas é originada por um conjunto pequeno de produtos das respectivas linhas e a 
partir de um principio que ficou conhecido como a Lei de Pareto. O conceito da lei 
citada anteriormente ganhou força em um estudo no ano de 1987 realizado por 
Vilfredo Pareto e que apresentou dados referentes à concentração de riqueza na 
população italiana e que posteriormente acabou generalizada sua aplicação nos 
negócios. 
Através do conceito da curva 80-20, Ballou (2006) relata que a divisão dos 
produtos é feita de modo que recebam denominação de itens A, B e C. Os itens A 
conforme classificação são aqueles que compõem 20% dos itens mais bem 
classificados, os 30% seguintes denominados como B e os 50% restantes são 
denominados como itens C. A partir desta classificação influenciaria na escolha do 
método de distribuição que assim sendo é dada de maneira diferente. Os itens A 
mereceriam uma maior atenção e contaria com uma ampla distribuição geográfica 
por intermédio de muitos armazéns e com altos níveis de estoques disponíveis. Por 
outro lado os itens C seriam distribuídos a partir de um único ponto central de 
estocagem, e o nível de estoque disponível seria menor que o do item A. 
 
13 
 
 
 
2.2. APLICAÇÃO NA EMPRESA 
Para realizar a elaboração da curva 80-20 foi analisado 12 principais produtos 
para que fosse elaborado uma tabela onde o resultado seria importante para a 
definição do produto que representaria o cargo chefe de nossa empresa. 
 
TABELA1- 12 principais itens Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
 
Ao observar o resultado acima, foi diagnosticado que a Caixa de Cerveja c/ 12 
unidades de 1 litro seria o cargo chefe representando 23,58% em valor de venda dos 
produtos da empresa. 
Percebe-se claramente a subdivisão e aplicação da curva 80-20, portanto dos 
12 produtos analisados os 2 primeiros simbolizam 20% dos produtos que mais saem 
e 46,61% do valor de vendas e seriam os itens A. Subsequentemente temos os 4 
itens que correspondem a 30% dos produtos analisados e juntos simbolizam 29,13% 
do valor de vendas. Por fim temos os 6 itens restantes que simbolizam 50% dos 
itens analisados e em termos de valor de vendas acumulam 24,25%. 
A partir dos dados coletados acima traçamos o diagrama de Pareto e 
posteriormente a curva 80-20. 
 
PRODUTO CUSTO UNITARIO QUANTIDADE MENSAL VALOR (R$) VENDIDA % % ACUMULADA
0
Caixa de Cerveja c/12 1 Litro 70,85R$ 5.598 396.618,30R$ 23,58% 23,58%
Caixa de Cerveja c/24 600 ML 106,27R$ 3.647 387.566,69R$ 23,04% 46,61%
Caixa de Whisk c/12 1.239,84R$ 150 185.976,00R$ 11,06% 57,67%
Pack Refrigerante 350 ML 35,42R$ 3.521 124.713,82R$ 7,41% 65,08%
Fardo Refrigerante c/6 de 2 Litros 26,57R$ 3.557 94.509,49R$ 5,62% 70,70%
Pack Cerveja c/12 473 ML 35,42R$ 2.397 84.901,74R$ 5,05% 75,75%
Caixa de Cerveja c/24 300 ML 35,42R$ 2.312 81.891,04R$ 4,87% 80,62%
Pack Cerveja c/12 350 ML 26,57R$ 2.757 73.253,49R$ 4,35% 84,97%
Fardo de Água c/12 de 1 Litro 44,28R$ 1.500 66.420,00R$ 3,95% 88,92%
Pack Cerveja Long neck 355 ML 44,28R$ 1.467 64.958,76R$ 3,86% 92,78%
Pack Suco 350 ML 44,28R$ 1.453 64.338,84R$ 3,82% 96,60%
Fardo de Água c/12 de 500 ML 26,57R$ 2.150 57.125,50R$ 3,40% 100,00%
Total 30509 100,00%
C
B
A
14 
 
 
 
 
Gráfico1- Diagrama de Pareto 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
 
Gráfico2 –Curva 80-20 Tome Distribuidora e Comércio de Bebidas LTDA 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
15 
 
 
 
2.3. APLICAÇÃO SOBRE ITEM “A” DA EMPRESA 
 
Abaixo foram aplicadas as formas que definem o momento exato para que se 
realize o pedido das Caixas de Cerveja de 1 Litro com 12 unidades. Pode-se 
observar que foram elaborados cálculos com base em demanda conhecida e incerta. 
 
2.3.1. Quantidade ótima a ser pedida (quantidade econômica do pedido) 
 
Q= 
2∗D∗S
i×c
 
 
Q= 
2∗67.176∗25
0,35×70,85
 
 
Q= 
3.358.800
24,80
 
 
Q= 135.449,14 
 
Q= 368,03 
 
 
Legenda: 
 
D = demanda anual 
Q = Quantidade ótima a ser pedida 
S = custo do processamento do pedido 
I = taxa de manutenção de estoque 
c = valor (custo) do item 
 
 
16 
 
 
 
2.3.2. Momento certo de efetuar o pedido (com demanda conhecida) 
 
ROP = d x LT 
ROP = 1.291,846154 x 1,714285714 
ROP = 753,5769233 
 
12 ÷ 7=1,714285714 
d = D / 52 (semanas) 
d = taxa de demanda 
LT = tempo de reabastecimento médio (prazo de entrega) 
D = demanda ano 
 Quando o nível de estoque cai para 754 caixas de cerveja de um litro com 
doze unidades, coloque um pedido dereposição para 368 caixas, utilizando a 
demanda conhecida. 
 
2.3.3. Tempo ótimo entre pedidos 
 
T=
Q
D
 
 
T= 
𝟑𝟔𝟖,𝟎𝟑
𝟔𝟕.𝟏𝟕𝟔
 
 
T= 0,005478594 anos x 52 = 0,284886864 semanas. 
Q = quantidade ótima a ser pedida. 
D = demanda anual 
 
 
17 
 
 
 
2.3.4. Momento certo de efetuar o pedido (com demanda incerta) 
 
S’d= SD √LT 
S’d= 0,25 × 184,04√12 
S’d= 46,01× 3,46= 159,38 
 
ROP = (d x LT) + (Z x S’d) 
ROP=(184,04× 12) + 1,96 × 159,38 
ROP = 2.208,48 + 312,38 = 2.520,86 
 
d = demanda diária 
LT = prazo de entrega (em dias) 
Z = variável estatística (de acordo com o índice de confiabilidade de 97,5% = 1,96) 
S’d = desvio padrão da demanda 
sd = erro padrão de previsão, mais ou menos 25% da demanda diária) 
Quando o estoque cai para 2.521 caixas de cerveja de um litro com doze 
unidades, coloque um pedido de reposição para 368 unidades, utilizando a demanda 
incerta. 
 
2.3.5. Estoque Máximo 
 
Estoque máximo a ser utilizado em caso de grande flutuação da demanda em 
condições de demanda bastante incerta. 
S’d = SD (𝑇 + 𝐿𝑇) 
S’d = 46,01 (1,99 + 12) 
S’d = 46,01 x 3,74 = 172,09 
 
18 
 
 
 
 
M=d (T+LT) + Z × S’d 
M = 184,04 (1,99+12) +(1,96 × 159,38) 
M = (184,04 × 23,88) + (312,38) 
M = 4.394,88 + 312,38 = 4.707,26 
4.707,26 - 753,5769233 =3.953,68 estoque máximo 
d = taxa de demanda 
T = tempo ótimo entre os pedidos 
LT = tempo de reabastecimento médio ( prazo de entrega ) 
Z = variável estatística 
S’d = desvio padrão da demanda 
A política de estoque significa colocar um pedido de reabastecimento para a 
diferença entre o estoque máximo e a quantidade normal de estoque. 
19 
 
 
 
3. ASPECTOS MATEMÁTICOS 
Ao realizar analises das demonstrações contábeis de períodos anteriores 
ficou estabelecido que a Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA optaria 
por realizar aplicações por um período de 1 ano e que a mesma seria realizada em 
CDB pré-fixado. 
 Para que fosse feita a tomada de decisão por parte da empresa, foi 
necessário fazer um estudo sobre o CDB pré-fixado e o CDB pós-fixado. 
3.1. CDB 
Através de Fortuna (2014), o Certificado de Depósito Bancário é um dos 
títulos de captação de recursos, junto às pessoas físicas e jurídicas englobando 
bancos de desenvolvimento, investimento, comerciais e bancos múltiplos que 
tenham uma destas carteiras e caixas econômicas. 
Ainda segundo o autor, pode-se afirmar que o CDB é um crédito escritural, 
portanto a sua emissão gera a obrigação da instituição emissora de pagar ao 
aplicador, ao final do prazo estabelecido em contrato, a remuneração prevista que 
sempre será superior ao valor aplicado. Sendo assim, os recursos capitados pelas 
instituições por esse tipo de operação normalmente são repassados aos clientes em 
forma de empréstimos. 
Conforme observado por Fortuna (2014), os CDB’s podem ser pré-fixados, 
conhecendo o montante final no momento da aplicação, também podem ser 
indexados onde são corrigidos por um índice de preço mais juros, desde que haja 
um prazo e periodicidade de reajuste mínimos de um ano. Os pós-fixados podem ser 
corrigidos pelos juros intercambiários diários chamados de DI over, com isso o 
investidor recebe uma porcentagem da taxa overnight do mercado intercambiário de 
DI. Por permitir a aplicação por um prazo maior atualmente esse é o mais utilizado. 
O autor ainda relata que os títulos de CDB pós-fixados e pré-fixados deixaram 
de ter prazo mínimo de aplicação em 02/08/99 através da determinação 2.095, 
porém passaram a ter uma tabela regressiva de IOF em função do prazo de 
aplicação, até o limite de 30 dias corridos. Confira na tabela as taxas de IOF 
aplicadas de acordo com os dias de aplicação. 
 
20 
 
 
 
TABELA 2 – Incidência de IOF até o 30° dia de aplicação 
 
Fonte: Viver de investimento 
 
Fortuna (2014) traz como fator atraente para a contratação de um plano de 
CDB - DI o fato de não incidir taxa de administração conforme ocorre nos fundos de 
investimentos, porém o CDB permanece com o problema das restrições com relação 
a volume aplicado que se reflete em baixa remuneração para baixos volumes. Além 
disso, o CDB não pode ser prorrogado, porém há a possibilidade de renovação em 
comum acordo, mediante nova contratação. Há a possibilidade de transferência do 
CDB por endosso nominativo, desde que respeitados os prazos mínimos. 
Consequentemente, após o termino do período de aplicação via CDB, 
Fortuna(2014) demonstra que haverá uma tributação de IR regressiva sobre o 
rendimento sendo este variável por prazo de aplicação. 
 
TABELA 3 – Tabela regressiva incidência de IR sobre Rendimento. 
 
Fonte: Viver de investimento 
21 
 
 
 
3.2. CDB – DI 
Para Fortuna (2014) embora não tenha sido assim desde o inicio, o CDB–DI 
atualmente tem liquidez diária e pós-fixada, portanto permite a utilização de um CDB 
com ganho progressivo, devido ao fato do aumento progressivo da taxa de retorno à 
medida que aumenta o prazo da aplicação. Com isso, este tipo de CDB-DI, são 
definidos percentuais do CDI para diversos prazos, e assim aquele investidor que 
permanecer mais tempo na aplicação terá uma remuneração maior. 
Atualmente para se fazer a consulta da taxa de DI pode-se utilizar o site da 
Cetip. 
 
3.3. APLICAÇÃO NA EMPRESA 
Ao obtermos analises de períodos anteriores, foi decidido aplicar a quantia de 
R$200.000 pelo período de um ano. Para definição entre CBD pré-fixado e pós-
fixado, foi optado pelo pré-fixado devido ao momento de instabilidade que o nosso 
país vive, portanto a empresa Tome optou por pré-fixar um valor que no momento de 
planejamento o mesmo já seria conhecido e assim auxiliaria na tomada de decisão 
caso tenha que cortar alguns custos. 
Deve-se também levar em consideração que tanto no CDB pré-fixado como 
também no CDB pós-fixado há a incidência do Fundo Garantidor de Crédito que 
resguarda o investidor de possíveis riscos de falência da instituição bancaria. Ao se 
optar pelo investimento do valor de R$200.000 estamos ainda cobertos pelo FGC 
que protege investimentos de até R$250.000. 
Como base para taxa de juros do pré-fixado consultamos tabela no site portal 
de finanças com as taxas do CDB. 
 
22 
 
 
 
TABELA 4 – Taxas de CDB pré-fixado e pós fixado 
 
Fonte: Viver de investimento 
 
Como observado na tabela acima, foi destacada a taxa de juros referente ao 
período em que foi realizada a aplicação com a assinatura do contrato, portanto 
como a taxa do pré-fixado estava em 14,23% ao ano foi utilizada e abaixo veremos a 
aplicação da taxa junto ao valor investido pela empresa no período. 
Deve-se observar que para que fosse detalhado o rendimento mensalmente 
até o final do período foi utilizada a fórmula de equivalência de taxa aprendida 
durante esses meses em sala de aula. 
Segue abaixo tabela gerada pelos sócios da Tome Distribuidora e Comércio 
de Bebidas LTDA. 
 
Tipo
Mês de
referência
Nos últimos Nos últimos
12 12
meses meses
ago/15 1,025 13,02 7,84 11,54 0,6852 8,54 5,57 8,49
jul/15 1,115 14,23 6,75 11,28 0,7367 9,21 4,86 8,45
jun/15 0,9928 12,59 5,57 10,98 0,6852 8,54 4,09 8,41
mai/15 0,9317 11,77 4,53 10,71 0,6625 8,25 3,38 8,37
abr/15 0,9027 11,39 3,57 10,55 0,6789 8,46 2,7 8,36
mar/15 0,9841 12,47 2,64 10,4 0,7179 8,96 2,01 8,36
fev/15 0,7517 9,4 1,64 10,1 0,5908 7,33 1,28 8,23
jan/15 0,884 11,14 0,88 10,09 0,685 8,54 0,69 8,31
Dez/2014(**) 0,887 11,18 9,99 9,99 0,7135 8,91 8,3 8,3
Nov/2014(*) 0,7944 9,96 9,02 9,82 0,6297 7,82 7,54 8,26
out/14 0,8711 10,97 8,16 9,69 0,7067 8,82 6,86 8,26
set/140,8292 10,42 7,23 9,56 0,6876 8,57 6,11 8,26
ago/14 0,7933 9,95 6,34 9,4 0,6464 8,04 5,39 8,2
jul/14 0,8428 10,6 5,51 9,27 0,7022 8,76 4,71 8,18
jun/14 0,7472 9,34 4,62 9,1 0,6407 7,97 3,98 8,11
mai/14 0,7886 9,89 3,85 8,96 0,6569 8,17 3,32 8
abr/14 0,763 9,55 3,04 8,73 0,6773 8,44 2,65 7,89
mar/14 0,7104 8,87 2,26 8,54 0,5995 7,44 1,96 7,78
fev/14 0,7369 9,21 1,53 8,33 0,6635 8,26 1,35 7,68
jan/14 0,7921 9,93 0,79 8,03 0,6795 8,47 0,68 7,47
No ano
CDB/RDB Prefixado CDB/RDB Posfixado
Taxa de
juros %
Taxa de juros
acumulada %
Taxa de
juros %
Taxa de juros
acumulada %
Mensal Anual No ano Mensal Anual
23 
 
 
 
TABELA 5 – Rendimento de aplicação CDB pré-fixado 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
 
Portanto ao fim do período de 12 meses Tome Distribuidora de Bebidas e 
Comércio LTDAterá como rendimento de aplicação em CDB pré-fixado o valor de 
R$28.460,00 e sobre ele o IR incidente corresponderá à alíquota de 20% do total de 
rendimentos o que totaliza um valor de R$5.692,00. Sendo assim a empresa irá 
receber R$22.768,00 oriundos do CDB pré-fixado. 
 
Gráfico3 –Rendimentos aplicação Distribuidora e Comércio de Bebidas LTDA 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
Mês Taxa Rendimento
jul/15 0 200.000,00R$ 
ago/15 1,11% 2.229,73R$ 
set/15 2,24% 4.484,33R$ 
out/15 3,38% 6.764,05R$ 
nov/15 4,53% 9.069,20R$ 
dez/15 5,70% 11.400,04R$ 
jan/16 6,88% 13.756,87R$ 
fev/16 8,07% 16.139,98R$ 
mar/16 9,27% 18.549,65R$ 
abr/16 10,49% 20.986,19R$ 
mai/16 11,72% 23.449,89R$ 
jun/16 12,97% 25.941,06R$ 
jul/16 14,23% 28.460,00R$ 
R$ -
R$ 5.000,00 
R$ 10.000,00 
R$ 15.000,00 
R$ 20.000,00 
R$ 25.000,00 
R$ 30.000,00 
Rendimento
Rendimento
24 
 
 
 
4. ASPECTOS TRABALHISTAS 
 
4.1. Contratação dos empregados 
A distribuidora de bebidas disponibilizou através de jornais que circulam na 
região de Esmeraldas, cidade sede da distribuidora, uma vaga para motorista de 
caminhão com jornada de 44 horas semanais sendo necessária a disponibilidade 
para se trabalhar aos sábados. Os interessados enviaram seus currículos para o e-
mail dos sócios, que analisaram e escolheram os candidatos que mais se 
adequavam as vagas, convidando-os para realizar uma entrevista antes de ser 
escolhido e contratado. 
 Depois de escolhido o candidato, foi solicitado que apresentasse a 
documentação necessária para que o contrato de trabalho fosse feito, sendo assim, 
foi solicitado que o mesmo apresentasse: 
* Carteira de Trabalho e Previdência Social; 
* CPF; 
* Carteira de identidade; 
* Título de eleitor; 
* Certidão de reservista; 
* Cadastramento no PIS; 
* Foto 3x4; 
* Certidão de nascimento dos filhos de até 14 anos ou inválidos (qualquer 
idade); 
* Comprovante de residência. 
* Carteira D (pelo fato da vaga ser para motoristas) 
Após a apresentação destes documentos, a Distribuidora Tome de bebidas, 
ciente que a Carteira de trabalho deve ser assinada em um prazo de 48 horas, o fez 
em um dia, devolvendo então aos seus novos empregados. 
 
25 
 
 
 
4.2. Sujeitos da relação de trabalho 
 
Feita a contratação do empregado, surge então à relação de trabalho entre 
empregado e empregador, onde, conforme disposto em lei podem ser definidos por: 
•Empregador: De acordo com artigo 2º da CLT Considera-se empregador a 
empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. 
•Empregado: De acordo com o artigo 3°da CLT é toda pessoa física que 
presta serviços de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste 
mediante salário. 
 
4.3. Tipos de contrato de trabalho 
 
Depois de escolhidos os empregados e dado as definições de empregado e 
empregador, é preciso escolher o tipo de contrato de trabalho a ser escolhido, que 
são dois : 
•Contrato de trabalho de duração determinada: É aquele no qual o empregado 
e o empregador resolvem fixar antecipadamente a sua data de início e término. Ou 
seja, no início do trabalho já sabe quando será o seu momento final. 
•Contrato de trabalho de duração indeterminada: É aquele no qual o 
empregado e o empregador não fixam antecipadamente o seu momento final. 
A Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA, precisa de trabalhos 
continuados e sem um fim pré determinado, para manter a organização do galpão, 
deste modo, optou pelo contrato de trabalho de duração indeterminada. 
 
26 
 
 
 
4.4. Características do contrato de trabalho 
 
Com o intuito de melhorar a relação de empregado e empregador, assim 
como a profissionalidade no ambiente de trabalho, foram explicadas as principais 
características do contrato de trabalho para o novo empregado. Segue abaixo: 
•Prestação de serviços contínuos: O trabalho do empregado na empresa deve 
ser permanente ou continuo, em outras palavras não eventuais. 
•Recebimento de salário: Devemos entender por salário o pagamento 
efetuado ao empregado em troca de serviços, onde não deve ser inferior ao salário 
mínimo. 
•Subordinação profissional: Na execução de seu trabalho o empregado deve 
obedecer às ordens do empregador, essa obediência se refere apenas de caráter 
profissional e não pessoal. 
•Pessoalidade: Somente o empregado contratado devera exercer sua função, 
não podendo ser substituído por outra pessoa. 
 
4.5. Jornada de trabalho 
 
A jornada de trabalho, conforme já havia sido informada ao empregado, é de 
44 horas semanais, sendo respeitada uma hora de almoço. O descanso semanal 
remunerado é dado em sua totalidade aos domingos. O empregado deverá se 
apresentar de segunda a sexta de 9 horas da manhã até as 18 horas da noite e aos 
sábados de 10 horas da manhã até as 15 horas da tarde. 
 
4.6. Salário 
 
 Salário é a contraprestação devida pelo empregador em função do 
serviço prestado pelo empregado, ou seja, salário é o preço da força de trabalho que 
o empregado coloca à disposição do empregador através do contrato de trabalho. O 
motorista receberá um salario de R$2.500,00 reais mensais 
27 
 
 
 
4.7. Salário mínimo 
 
 A Constituição Federal determina que o salário mínimo será fixado em 
lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas 
e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. 
 
4.8. Piso salarial 
 
Os sindicatos podem negociar em convenção coletiva ou obter por sentença 
em dissídio coletivo piso salarial, que é uma forma de salário mínimo. É o mínimo 
que pode ser pago à categoria de trabalhadores representada pelo sindicato. 
 
4.9. Remuneração 
 
A Remuneração é o salário acrescido das vantagens, como horas extras, 
comissões; prêmios; vale Alimentação; vale transporte; convênio Médico. 
A remuneração do Motorista vai ser então o seu salário acrescido do seu vale 
alimentação. Somados, chegamos ao valor de R$2.750,00. 
 
4.10. Vale Alimentação 
 
Foi fornecido para o empregado, vale alimentação mensal de 250 reais, 
visando alimentação de qualidade para nosso empregado. 
 
28 
 
 
 
4.11. Vale Transporte 
 
O vale transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao 
empregado para o deslocamento entre sua residência e o local de trabalho. No caso 
do motorista contratado, esse benefício não foi solicitado.4.12. Horas extras 
Segundo o art. 59 da CLT estabelece que a duração normal do trabalho, 
poderá ser acrescida de horas suplementares (extras) em número excedente de no 
máximo 2 (duas) horas diárias, mediante acordo escrito entre empregado, ou 
mediante contrato coletivo de trabalho. Estas horas extras são acrescidas de no 
mínimo 50% superiores ao valor da hora normal. A variação de horário no registro 
de ponto não excedentes de 5 minutos com limite máximo de 10 minutos diários 
tanto na entrada quanto na saída, não poderão ser computadas como horas extras e 
nem descontadas do empregado. 
 
4.13. Férias 
 
Conforme o art. 130 da CLT, férias é o período de 12 meses trabalhado para 
o mesmo empregador, tendo a partir disso, um período para descanso remunerado. 
Os primeiros 12 meses são chamados de período aquisitivo. Passado o período 
aquisitivo, a Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA terá 12 meses pra 
conceder as férias ao empregador, chamado de período concessivo. Optamos então 
em conceder as férias ao empregado em épocas de pouco movimento festivo, pois 
são as épocas de mais movimento na distribuidora e é quando mais precisamos dos 
empregados trabalhando. 
O empregado terá direito a férias na seguinte proporção: 
•30 dias corridos, quando tiver faltado nestes 12 meses no máximo 5 vezes; 
•24 dias corridos, quando houver tido de 6 á 14 faltas; 
•18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas; 
29 
 
 
 
•12 dias corridos, quando houver tido 24 a 32 faltas. 
De acordo com o art. 135 da CLT a concessão de férias é avisada ao 
empregado por escrito com no mínimo 30 dias de antecedência, assim o empregado 
assinará um recibo, e será anotada no livro de registros e na carteira de trabalho. 
Conforme a Constituição Federal em seu art. 7º, a Distribuidora deve efetuar o 
pagamento dois dias antes do início do período de férias. Esse pagamento consiste 
no salario do mês, acrescido de mais um terço (1/3) do mesmo. 
 
4.14. 13º Salário 
O 13º salário também conhecido como gratificação natalina, ele foi criado 
para que todos os trabalhadores pudessem comemorar a festa de natal. Onde 
corresponde ao salário do mês de dezembro dividida por 12 (doze) e multiplicada 
pelos meses trabalhado pelo empregado naquele ano. 
 
4.15. FGTS 
 
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo 
de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma 
conta vinculada em nome do empregado perante a Caixa Econômica Federal. Os 
empregadores depositarão, o valor correspondente a 8% do salário de cada 
empregado, através da guia de recolhimento do fundo de garantia (GRF). Ciente 
dessa obrigação, a Distribuidora realiza o pagamento da GRF sempre na data de 
seu vencimento. 
Para explicar a seu novo empregado quando é possível utilizar o Fundo de 
Garantia, citamos abaixo quando ele poderá ser retirado: 
•Despedimento sem justa causa 
•Extinção de contrato de prazo determinado; 
•Aposentadoria concedida pela previdência social; 
•Falecimento do trabalhador, e são os dependentes devidamente habilitados 
perante a previdência social ou os seus sucessores de acordo com a lei civil; 
30 
 
 
 
•Compra de casa própria; 
•Portadores de doenças transmissíveis em estados terminais 
•Idade igual ou superior a 70 anos, sem desligamento da empresa; 
•Calamidade Pública, necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de 
desastre natural causado por chuvas ou inundações que tenham atingido a área de 
residência. 
 
31 
 
 
 
5. ASPECTOS FISCAIS E TRIBUTÁRIOS 
 
5.1. Simples nacional 
 
Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e 
fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, 
previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das 
seguintes condições: 
 
 Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de 
pequeno porte; 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se 
microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a 
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o 
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 
2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas 
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, 
desde que: 
I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, 
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e 
igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 
 Cumprir os requisitos previstos na legislação; e 
 Formalizar a opção pelo Simples Nacional. 
 
Características principais do Regime do Simples Nacional: 
 
 Ser facultativo; 
 Ser irretratável para todo o ano-calendário; 
 Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, IPI, 
ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à 
Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP), conforme artigo 13 da 
LC 123/2006; 
 Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de 
arrecadação - DAS; 
 Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização 
do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 
2012, para constituição do crédito tributário; 
 Apresentação de declaração única e simplificada de informações 
socioeconômicas e fiscais; 
 Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente 
àquele em que houver sido auferida a receita bruta; 
 Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em 
função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados 
nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite 
deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município. 
32 
 
 
 
5.1.1. Lei Complementar nº 147/2014 
 
A Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, alterou a Lei 
Complementar nº 123, de 2006, que institui o Estatuto da Micro e Pequena Empresa 
e dispõe sobre o Simples Nacional. 
As principais modificações estão descritas a seguir, conforme a Secretaria-
Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional. 
 
Novas Atividades: a LC 147/2014 prevê que a ME ou EPP que exerça as 
seguintes atividades poderão optar pelo Simples Nacional a partir de 
01/01/2015 (*): 
a) Tributadas com base nos Anexos I ou II da LC 123/2006: Produção e 
comércio atacadista de refrigerantes (*) 
b) Tributadas com base no Anexo III da LC 123/2006: 
 Fisioterapia (*) 
 Corretagem de seguros (*) 
 Serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, na 
modalidade fluvial, ou quando possuir características de transporte 
urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área 
metropolitana para o transporte de estudantes e trabalhadores 
(retirando-se o ISS e acrescentando-se o ICMS) 
c) Tributada com base no Anexo IV da LC 123/2006: Serviços 
Advocatícios (*) 
d) Tributadas com base no (novo) Anexo VI da LC 123/2006: 
 Medicina, inclusive laboratorial e enfermagem 
 Medicina veterinária 
 Odontologia 
 Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, 
fonoaudiologia e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite 
 Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de 
interpretação 
 Arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, 
geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas,pesquisa, 
design, desenho e agronomia 
 Representação comercial e demais atividades de intermediação de 
negócios e serviços de terceiros 
 Perícia, leilão e avaliação 
 Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e 
administração 
 Jornalismo e publicidade 
 Agenciamento, exceto de mão-de-obra 
 Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a 
prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, 
de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que 
constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à 
tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da LC 123/2006. 
 (*) A opção de empresas dos novos setores ora autorizados (novas e já 
existentes) poderá ser feita a partir de data a ser fixada em resolução do 
CGSN. 
Anexo VI da LC 123/2006: o novo ANEXO VI da LC 123/2006, vigente a 
partir de 01/01/2015, prevê alíquotas entre 16,93% e 22,45%. 
33 
 
 
 
Limite extra para exportação de serviços: a partir de 2015, o limite extra 
para que a EPP tenha incentivos para exportar passará a abranger 
mercadorias e serviços. Dessa forma, a empresa poderá auferir receita 
bruta anual de até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 3,6 milhões no mercado 
interno e R$ 3,6 milhões em exportação de mercadorias e serviços. 
Baixa de empresas: poderá haver a baixa de empresas mesmo com 
pendências ou débitos tributários, a qualquer tempo. O pedido de baixa 
importa responsabilidade solidária dos empresários, dos titulares, dos 
sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos 
fatos geradores. 
MEI – Contratação por empresas: para a empresa que contrata MEI para 
prestar serviços diferentes de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, 
carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, extinguiu-se a 
obrigação de registro na GFIP e recolhimento da cota patronal de 20% (o 
art. 12 da LC 147/2014 revogou retroativamente essa obrigatoriedade). 
Todavia, quando houver os elementos da relação de emprego, o MEI 
deverá ser considerado empregado para todos os efeitos. Adicionalmente, a 
LC 123/2006 estabelece que o MEI, a ME e a EPP não podem prestar 
serviços na modalidade de cessão de mão-de-obra. 
 
5.1.2. Cálculo do Simples Nacional 
 
O Simples Nacional será devido mensalmente sobre a receita bruta 
auferida pela empresa. A seguir a definição de receita bruta, de acordo com 
artigo 3º da LC 123/2006: 
 
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, 
o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o 
preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, 
não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais 
concedidos. 
 
No caso de início de atividades, os limites de receita bruta serão 
proporcionais ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte ou a microempresa exercer atividade no período, incluída as frações 
de meses. LC 123/2006, artigo 3º: 
 
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que 
se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em 
que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido 
atividade, inclusive as frações de meses. 
 
O excesso de receita bruta pode desenquadrar a microempresa ou excluir a 
empresa de pequeno porte para todos os efeitos legais. Conforme os parágrafos a 
seguir da LC 123/2006: 
 
34 
 
 
 
§ 7ºObservado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de 
atividades, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de 
receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-
calendário seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. 
§ 8ºObservado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de 
atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não 
ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste 
artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa. 
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite 
de receita bruta anual previsto no inciso II do caput fica excluída, no mês 
subsequente à ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado 
previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12, 
para todos os efeitos legais, ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 
) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 9º-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9º dar-se-ão no ano-calendário 
subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta não for 
superior a 20% (vinte por cento) do limite referido no inciso II do caput. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) 
(Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011) 
§ 10. A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de 
início de atividade ultrapassar o limite proporcional de receita bruta de que 
trata o § 2º estará excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto 
nesta Lei Complementar, bem como do regime de que trata o art. 12 desta 
Lei Complementar, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. ( 
Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) 
(Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
 
As receitas não originárias de seus objetivos sociais, não devem ser 
consideradas no cálculo dos tributos integrados do Simples Nacionais, como 
receitas financeiras, juros recebidos, entre outras. 
O Contribuinte deve identificar a Tabela de Alíquotas correspondente à 
atividade exercida, para calcular o Simples Nacional. Para as empresas que 
exercem diversas atividades devem destacar as receitas auferidas de acordo com a 
abrangência de cada Tabela de Alíquotas: 
a) ANEXO I: receitas decorrentes da revenda de mercadorias. 
b) ANEXO II: receitas da venda de mercadorias industrializadas pelo 
contribuinte. 
c) ANEXO III, IV, V, IV: receitas decorrentes da prestação de serviços, bem 
como as de locação de bens móveis. As receitas dos diversos tipos devem 
ser destacadas segundo a respectiva Tabela de Alíquotas. 
As tabelas de incidência são comuns às microempresas e às empresas de 
pequeno porte. O Simples Nacional será calculado mediante aplicação das alíquotas 
das tabelas constas dos anexos da LC nº 123/2006, que seguem como anexos 
deste trabalho. 
35 
 
 
 
Para identificar a alíquota a ser aplicada mensalmente, o contribuinte deve 
somar as receitas auferidas nos 12 meses anteriores ao mês da tributação. Uma vez 
obtido o montante, deverá compará-lo com as faixas de receita bruta da respectiva 
tabela de incidência, a fim de identificar a alíquota a ser aplicada sobre a receita 
bruta daquele mês. Os tributos pagos por antecipação serão deduzidos do Simples 
Nacional. 
TABELA 6 – Apuração simples nacional 
Fonte: Exemplo Apuração SIMPLES NACIONAL. Adaptado material Carlos Alberto de Carvalho 
Júnior. 
 
5.2. Lucro Presumido 
 
O Lucro Presumido é uma forma de tributação que utiliza apenas as receitas 
da empresa para apuração do resultado tributável de Imposto de Renda, IR, e 
Contribuições Social Sobre Lucro Líquido, CSLL. Tem suas regras básicas 
apresentadas entre os artigos 516 e 528 do Decreto nº 3.000/99 (Regulamento do 
Imposto de Renda) e algumas alterações posteriores. (PÊGAS, 2014) 
Conforme Lei nº 12.814/13 o limite do lucro presumido passou para R$ 78 
milhões anual a partir de 2014, ou proporcional ao número de meses do período, 
quando inferior a 12 meses. 
De acordo com PÊGAS (2014), todas as empresas podem optar pelo lucro 
presumido,exceto: 
a) Cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior a R$ 78 milhões 
ou proporcional ao números de meses do período, quando inferior a 12 meses; 
b) Instituições financeiras e equiparadas, inclusive empresas de seguros 
privados, capitalização, factoring e entidades de previdência privada aberta; 
c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
d) Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais 
relativos à isenção ou redução de imposto; ou 
36 
 
 
 
e) Que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado pagamento mensal pelo 
regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou 
redução. 
 
 
5.2.1. Percentuais de Presunção 
 
Os percentuais de presunção aplicáveis sobre a receita bruta são os 
seguintes (FABRETTI, 2015): 
1. 8% sobre a receita proveniente de vendas de mercadorias (exceto 
revenda de combustíveis para consumo) ou produtos, do transporte de 
cargas e de serviços hospitalares, bem como outras atividades para as 
quais não esteja previsto percentual especifico. 
2. 1,6% sobre receita proveniente da revenda, para consumo, de 
combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 
3. 32% sobre a receita proveniente das atividades de: 
 Prestação de serviços em geral (excetuadas os serviços hospitalares 
e de transporte e as empresas prestadoras de serviços com receita bruta 
anual não superior a R$ 120.000,00); 
 Intermediação de negócios; 
 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, moveis e direitos 
de qualquer natureza; 
 Prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de credito, seleção de riscos, administração de 
contas a pagar e a receber. 
4. 16% sobre a receita proveniente da prestação de serviços de: 
Transporte (exceto de cargas); 
Prestadoras de serviços com receita bruta anual não superior a R$ 
120.000,00. 
 De acordo com o § 4º do art. 223 do RIR, nas empresas prestadoras 
de serviços, cuja receita bruta seja igual ou inferior a R$ 120.000,00, o lucro 
presumido mensal será determinado mediante a aplicação do percentual de 
16% sobre a receita bruta de cada mês. 
 Todavia, esse percentual não se aplica às pessoas jurídicas que 
prestam serviços hospitalares e de transporte de carga, que ficam sujeitas 
ao percentual de 8%, nem às sociedades prestadoras de serviços de 
profissões regulamentadas, que ficam sujeitas ao percentual de 32%. 
 Instituições financeiras e equiparadas. 
 Para as instituições financeiras e equiparadas, inclusive empresas de 
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada 
abertas, a estimativa mensal de lucros será determinada mediante 
aplicação do percentual de 16% sobre a receita, mantida a permissão para 
deduzir desta os valores referidos no § 1º do art. 29 da Lei nº 8.891/95. 
 
As normas previstas nos artigos 518 a 526 do RIR permanecem em vigor 
(FABRETTI, 2015): 
 
 Na determinação da base de cálculo do imposto, após a estimativa do 
lucro, devem ser somados a este os ganhos de capital e o resultado de 
outras receitas. Os ganhos de capital serão apurados corrigindo-se o valor 
do custo de aquisição dos bens até 31-12-95, pela Ufir de janeiro de 1996, 
ou seja, 0,8287. De janeiro de 1996, em diante, não é permitida nenhuma 
37 
 
 
 
correção nos custos de aquisição dos bens, para efeito de determinação do 
ganho de capital. 
 Continuam podendo ser abatidos do imposto devido mensal, por 
compensação, o imposto retido na fonte ou o pago separadamente sobre 
receitas computadas na base de cálculo do imposto mensal; 
 Continua sendo possível abater o IR mensal as deduções por 
incentivo fiscal; 
 O prazo de pagamento do IR e da CSL é até o último dia do mês 
subsequente ao encerramento do trimestre; 
 Permanece a possibilidade da suspensão ou redução do imposto, 
com base em balanços e balancetes. 
 
No caso de atividade diversificadas, será aplicado o percentual 
correspondente a cada atividade. 
Quanto às receitas provenientes de atividades incentivadas, estas não 
comporão a base de cálculo do imposto, na proporção do benefício a que a PJ 
(submetida ao regime de tributação com base no lucro real) fizer jus. 
A base de cálculo da CSL da pessoa jurídica, para efeito de seu pagamento 
mensal, inclusive par as desobrigadas de escrituração contábil, corresponde a 12% 
(doze por cento) da receita bruta mensal (art. 20 Lei nº 9.249/95). 
 
5.2.2. Cálculo de IR e CSLL 
 
As bases de cálculo e o valor dos tributos e contribuições federais serão 
expressos em real (art. 10 Lei nº 9.249/95). A base de cálculo do IR trimestral deve 
ser apurada da seguinte forma (FABRETTI, 2015): 
 
a) Valor resultante da aplicação do percentual (art. 518 do RIR) sobre a 
receita bruta; 
b) Ganhos de capital na venda de ativo fixo; 
c) Rendimentos de aplicação financeira de renda variável; 
d) Juros sobre capital próprio pago por outras pessoas jurídicas; 
e) Ganhos líquidos de qualquer outra operação financeira. 
f) Valores recuperados deduzidos como despesa; 
Pessoa jurídica que no ano-calendário anterior apurou o IR pelo lucro real 
deve adicionar à base de cálculo no lucro presumido: 
g) Lucro inflacionário; 
h) Valores cujo tributo foi diferido, controlado na parte B do Lalur; 
i) Lucro não realizado (venda de bens ativo fixo com prazo que 
ultrapassa o ano-calendário seguinte ao da contratação) 
 
Apuração do ganho de capital – só é admitida a inclusão da reserva de 
reavaliação no custo, se esta tiver sido computada na base de cálculo do IR. 
38 
 
 
 
Não deve integrar a base do lucro presumido os seguintes valores (PÊGAS, 
2014): 
1. Receitas de participações em empresas controladas e coligadas 
avaliadas pelo método de equivalência patrimonial; 
2. Receitas de dividendos de investimentos avaliados ao custo de 
aquisição; 
3. Reversões de provisões operacionais, quando não representarem 
ingresso de novos recursos; 
4. IPI, quando registrado como receita de vendas; e 
5. ICMS ST, quando registrado como receita de vendas. 
Os descontos incondicionais concedidos são deduzidos da receita 
correspondente, antes da aplicação do percentual de presunção. As vendas 
canceladas, devolvidas ou anuladas tem o mesmo tratamento. 
Na opção pelo lucro presumido não há compensação de prejuízos fiscais, 
pois na base presumida não podem ocorrer compensações de prejuízos 
fiscais apurados no lucro real. No entanto, estes prejuízos poderão ser 
compensados no ano em que a empresa retornar ao lucro real. (PÊGAS, 
2014, P. 532) 
 
 
TABELA 7 – Cálculo IR e CSLL 
 
Fonte: Exemplo de Cálculo de IR e CSLL adaptado de Pêgas, 2014, P. 539. 
 
5.2.3. Distribuição de Lucros 
 
Os lucros podem ser distribuídos para seus sócios e acionistas, sem 
tributação, pois os dividendos são considerado rendimentos isentos para pessoa 
física e jurídica. No entanto, estra distribuição isenta de IR está limitada ao lucro 
presumido do período menos o valor dos tributos federais. Portanto, a distribuição 
por valores acima do lucro presumido só deverá ser feita caso a empresa demonstre 
que obteve lucros acima da base presumida, e para isso, deverá ter escrituração 
contábil completa. 
 
39 
 
 
 
5.2.4. Escrituração Contábil ou Livro Caixa 
 
De acordo com RIR/99 (art. 527) a pessoa jurídica tributada pelo lucro 
presumido é permitida a utilizar a forma de escrituração que considerar mais 
conveniente: contábil regular (livros diários ou razão) ou livro caixa. As empresas 
que mantem apenas o livro caixa devem observar o seguinte (PÊGAS, 2014, P. 
521): 
 Emitir nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da 
conclusão do serviço; 
 Indicar no livro caixa,em registro individual, a nota fiscal a que 
corresponder cada recebimento. 
 
De acordo com Pêgas (2014), as pessoas jurídicas submetidas ao regime de 
tributação com base no lucro presumido podem utilizar o regime de caixa no 
reconhecimento de suas receitas, mesmo que tenha escrituração contábil regular. 
No entanto, o regime de caixa, quando utilizado para fins de incidência das 
contribuições para PIS/PASEP e COFINS, deve ser obrigatoriamente utilizado 
também em relação ao IRPJ e CSLL. 
 
5.3. COFINS e PIS/PASEP – Regime Cumulativo 
 
Para financiar a Seguridade Social, a Constituição Federal estabeleceu, 
como fonte de receita, contribuições sociais, na forma de seu art. 195, que 
para o empregador são as que incidem sobre o faturamento, o lucro e a 
folha de salários. A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, 
COFINS, foi instituída pela Lei Complementar nº 70/91. (FABRETTI, 2015). 
 
O Programa de Integração Social, PIS, foi criado pela Lei Complementar nº 7, 
de 7-9-70. A Constituição Federal recepcionou-o no art. 239 (FABRETTI, 2015). O 
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, foi criado pela 
Lei Complementar nº 8 de 3 de dezembro de 1970. 
Base de cálculo: é o faturamento, que corresponde à receita bruta. 
Exclusões admitidas (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 2º, com alterações da 
MP 2.158-35/2001; IN SRF nº 247, de 2002, art. 23): 
 
40 
 
 
 
 Das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da 
contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); 
 Das vendas canceladas; 
 Dos descontos incondicionais concedidos; 
 Do IPI; 
 Do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor 
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; 
 Das reversões de provisões; 
 Das recuperações de créditos baixados como perdas, que não 
representem ingresso de novas receitas; 
 Dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do 
patrimônio líquido; 
 Dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo 
custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; 
 Das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do 
ativo permanente. 
 Fato gerador: auferir receitas, salvo as exclusões, isenções, ou outros 
benefícios. 
 Alíquotas: As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da 
Cofins, no regime de incidência cumulativa, são, respectivamente, de 
sessenta e cinco centésimos por cento (0,65%) e de três por cento (3%). 
 A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da 
COFINS serão efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo 
estabelecimento matriz da pessoa jurídica. 
 O pagamento deverá ser efetuado até o vigésimo quinto dia do mês 
subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Para o PIS/Pasep 
e da COFINS, com a incidência cumulativa, será efetuado sob os códigos 
de receita 8109 e 2172, respectivamente. 
 
 
TABELA 8 – Cálculo PIS/COFINS 
 
Fonte: Exemplo de Cálculo de PIS e COFINS adaptado de Pêgas, 2014, P. 539 
 
41 
 
 
 
 
5.4. Análise Tributária Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA 
 
Nesta seção iremos apurar o melhor regime de tributação e enquadramento 
tributário para a empresa, dada as informações de faturamento, receitas e despesas. 
Aplicando-se uma comparação entre o Lucro Presumido e o Simples Nacional. 
A empresa fictícia tratada neste trabalho, Tome Distribuidora de Bebidas e 
Comércio LTDA, tem por objetivo comercial revenda de bebidas alcoólicas e não 
alcoólicas sem consumo no local, cuja Classificação de Atividade Econômica, CNAE, 
é 4723-7/00 - DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS; COMÉRCIO VAREJISTA. Atividade 
que não se aplica à exceção de empresas optantes pelo Lucro Presumido ou pelo 
Simples Nacional. 
Tabela de Alíquota do Simples Nacional aplicada para os cálculos de 
simulação foi o ANEXO I da Resolução CGSN nº 94 de 29 de novembro de 2011 
(art. 25, inciso I) (vigência: 01/01/2012), Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – 
Comércio, consta como anexo deste trabalho. 
A seguir as apurações do Simples e IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido para 
o segundo semestre de 2015. 
 
42 
 
 
 
TABELA 9 – Apuração Simples Tome Distribuidora de Bebidas e 
Comércio LTDA 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
43 
 
 
 
RBA: Receita Bruta Acumulada 
RBT12: Receita Bruta Total dos últimos 12 meses. Utilizada para identificar a 
alíquota a ser aplicada. 
Observando art. 7º da LC 139/11 a empresa ultrapassou o limite proporcional 
de receita bruta, e deve ser excluída do do tratamento juridico diferenciado previsto 
na LC 123/2006. Ou seja, a Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA em 
dezembro de 2015 ultrapassou em até 20% a receita bruta de R$ 3.600.000,00, para 
se manter no Regime do Simples, de acordo com art. 3º da LC 123/2006. 
 
TABELA 10 – Apuração IRPJ e CSLL 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
 
Observa-se que a empresa não apresentou outras receitas não operacionais 
para as quais não se aplica presunção. A receita tributável é oriunda apenas da 
atividade operacional da empresa. 
Diante das apurações realizadas, pode-se concluir que o perfil da empresa 
não atende ao critério de faturamento bruto anual do Simples. Logo, tendo como 
opção os regimes de Simples e o Lucro Presumido, a opção mais adequada para a 
empresa é o Lucro Presumido. Embora a apuração dos impostos a pagar seja 
119,5% superior em relação ao Simples. 
 
44 
 
 
 
TABELA 11 - Quadro Comparativo de Apuração Simples x Lucro Presumido 
. 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
 
 
45 
 
 
 
6. ASPECTOS DE CONTABILIDADEDE SEGUROS E 
ENTIDADESPREVIDENCIARIAS PRIVADAS 
 
6.1. Conceito de seguro 
 
Entende- se por seguro o plano social no qual combina os riscos em comum 
de vários indivíduos, onde prevê atuarialmente possíveis perdas e se utiliza dos 
fundos constituídos através de contribuições dos integrantes do grupo para pagar as 
indenizações, caso ocorram, de acordo com as condições e termos previstos em 
contrato. 
O contrato de seguro è um documento no qual uma parte aceita o risco de 
seguro da outra parte, concordando em indenizar o titular da apólice em caso de 
determinado evento futuro incerto, desde que previsto no mesmo, afete 
adversamente o detentor da apólice. 
A finalidade do seguro é reestabelecer o equilíbrio econômico perturbado, ou 
seja repor possíveis danos causados por riscos. O seguro foi criado a fim de 
proteger economicamente as pessoas e seus bens contra eventos futuros de 
natureza incerta. Onde as pessoas transferem os riscos sobre seus bens ou a si 
próprias para a seguradora. 
Como o conceito de seguro é baseado no compartilhamento ou divisão de 
riscos, é feito através do mutualismo, onde pessoas com interesses semelhantes 
seguráveis, pagam o prêmio à seguradora que por sua vez faz reservas com essas 
contribuições, que servirão para ressarcir os segurados em caso de ocorrência de 
sinistro através das indenizações. 
 
6.2. História do Seguro 
 
Desde os primórdios da humanidade existe a preocupação com relação a 
riscos, há registros primitivos quanto à proteção de indivíduos contra animais e até 
mesmo contra seus semelhantes. Com o passar do tempo, e a crescente 
necessidade de resguardar a si e seus bens, a ideia do seguro foi se 
46 
 
 
 
desenvolvendo. Uma modalidade de seguro pioneira foi a de embarcações, devido 
ao alto risco a que era exposta tanto a carga quanto o navio, era de interesse dos 
navegadores pulverizar os riscos e, consequentemente os prejuízos. Destamaneira, 
se associavam em prol de restituir prejuízo de um dos integrantes do grupo, assim, 
caso alguma embarcação naufragasse, a mesma era reposta por todos os 
integrantes. Contudo, a precariedade das embarcações e a pirataria contribuíram 
para a constituição das sociedades de banqueiros devido a manutenção das 
coberturas exigirem investimentos cada vez mais significativos. Tais sociedades de 
banqueiros que originaram as sociedades seguradoras. 
 
6.3. Seguro de danos patrimoniais 
 
O objetivo dessa modalidade de seguro é garantir ao segurado o pagamento 
de indenizações decorrentes de prejuízos, até o limite estabelecido em contrato 
correspondentes à perdas ou danos sofridos pelos bens segurados. 
A empresa Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA comércio 
resolveu fazer um seguro de danos patrimoniais referentea seguro de cargas, pois 
produtos alimentícios tais como bebidas fazem parte das cargas mais roubadas no 
país por ser de fácil distribuição no mercado varejista. Também foi incluso no 
contrato, o seguro incêndio, no qual cobre perdas e danos decorrentes de incêndios, 
quedas de raios e explosão de gás e de aparelhos de iluminação, uma vez que tais 
acontecimentos podem desencadear grande prejuízo à empresa. 
O valor da apólice foi de R$ 36.000,00 e terá vigência de 01/08/2015 a 
31/12/2015. 
 
47 
 
 
 
FIGURA 2 - Cotação do Seguro Empresarial 
 
Fonte: Inventário Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
 
6.4. Previdência Complementar 
 
A previdência complementar é uma opção de complemento da renda futura, 
pois acrescenta rendimento à aposentadoria. Para isto, é necessário contribuir 
durante certo tempo para acumular recursos. Quanto mais cedo começar a investir 
em um plano de previdência complementar, maiores serão os benefícios. 
48 
 
 
 
A previdência privada se destaca por ser opcional e voluntária, ao contrário da 
previdênciasocial, que é obrigatória e oferecida pelo Estado. 
O objetivo das duas modalidades são diferentes, enquanto a previdência 
social visa a preservação da qualidade de vida e garantir a subsistência, a 
previdência complementar visa preservar um determinado padrão de vida. 
As empresas que operam no ramo de previdência são reguladas pela 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e os participantes de tais fundos de 
previdência têm seus direitos garantidos por legislação do setor. 
 
6.5. Previdência Privada Fechada e Aberta 
 
Existem duas formas de Previdência Privada, a fechada e a aberta. A 
Previdência Privada fechada opera apenas dentro de uma empresa ou grupo de 
empresas que visam a prestação de benefícios aos empregados , se assemelhas 
aos moldes da Previdência Social e é custeada pelos próprios funcionários e pelas 
empresas. Já a Previdência Privada aberta se trata das instituições abertas à 
participação pública e visa a prestação de benefícios opcionais, de maneira mais 
individualista. 
Os planos de Previdência garantem remuneração mínima equivalente à da 
caderneta de poupançae as contribuições são feitas mensalmente ou em uma única 
aplicação, por um período de tempo determinado conforme o valor acumulado 
esperado e da idade estabelecida. Há várias maneiras de se receber o valor do 
benefício, dentre elas estão a renda vitalícia, renda por prazo determinado ou forma 
de capital onde todo o valor é resgatado de uma só vez. 
 
6.6. PGBL X VGBL 
 
Existem no mercado dois planos de Previdência Complementar, o PGBL e o 
VGBL. A principal diferenciação entre eles está na forma de tributação, enquanto o 
primeiro permite deduzir até 12% da renda bruta anual tributável enquanto o 
segundo não permite deduções. Contudo, no PGBL o IR incidirá sobre o montante 
49 
 
 
 
acumulado no valor do resgate, já no VGBL o IR incidirá apenas sobre os 
rendimentos. 
Abaixo tabela comparativa entre ambos os planos. 
 
TABELA 12 – Comparação de PGBL x VGBL 
PGBL (Plano Gerador de Beneficio 
Livre) 
VGBL (Vida Gerador Benefício 
Livre) 
Permite abater da base de cálculo do 
IR os aportes realizados anualmente 
ao plano até um limite máximo de 
12% da renda bruta tributável do 
investidor. 
 
Não permite abater do IR os aportes 
ao plano. 
 
Indicado para as pessoas que optam 
pela declaração completa do Imposto 
de Renda. 
 
Indicado para quem usa a declaração 
simplificada ou é isento ou para quem 
já investe em um PGBL, mas quer 
investir mais de 12% de sua renda 
bruta em previdência privada. 
Essa dedução não significa que os 
aportes feitos na Previdência são 
isentos de IR. Haverá incidência do IR 
sobre o valor total do resgate ou da 
renda recebida quando eles 
ocorrerem 
O IR incidirá apenas sobre os 
rendimentos do plano e não sobre o 
total acumulado. 
Fonte: Brasilprev 
 
Como pode ser verificado na tabela, o PGBL é mais atrativo para quem 
declara o imposto de renda da forma Completa, ou deduções Legais que é o caso 
dos sócios da Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. Sendo assim, foi 
elaborado uma comparação entre declarações de Imposto de renda com e sem a 
dedução permitida de Previdência Complementar para evidenciar como tal 
procedimento pode reduzir o valor do imposto a ser pago. 
 
50 
 
 
 
TABELA 13 – Comparação Demonstração de IR 
 
Fonte: Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
Após a decisão dos sócios investir em um plano de Previdência 
Complementar, foi feita uma cotação em diferentes instituições com os mesmos 
dados, tais como contribuição mensal e taxa de rentabilidade para verificar qual 
seria mais vantajosa, os dados obtidos estão contidos na tabela abaixo: 
 
TABELA 14 – Comparação de Instituições 
 
Fonte: Inventário Tome Distribuidora de Bebidas e Comércio LTDA. 
 
Deduções Legais Com PGBL Sem PGBL
Rendimentos 30.000 30000
INSS -3300 -3300
Desp. Instrução -3527,74 -3527,74
Dedução 12% -3000 0
Base de Cálculo 20.172 23172,26
Faixa do IR 27,5 27,5
Imposto de Renda 5547,372 6372,372
Parcela a deduzir -10360 -10360
IR a restituir -4812,59 -3987,59
Período de 
contribuição
32 anos e 7 
meses
39 anos e 7 
meses
40 anos e 8 
meses
38 anos e 11 
meses
32 anos e 8 
meses
Taxa de 
rentabilidade
8% a.a 8% a.a 8% a.a 8% a.a 8% a.a
Valor 
Acumulado BB
R$ 859.808,07 R$ 1.528.551,96 R$ 1.668.156,05 R$ 1.448.250,97 R$ 865.835,77
Renda mensal 
vitalícia
R$ 4.300,13 R$ 7.644,70 R$ 7.687,82 R$ 7.243,09 R$ 3.990,27
Valor 
Acumulado SUL 
R$ 881.917,23 R$ 1.567.280,62 R$ 1.710.354,13 R$ 1.484.984,01 R$ 882.094,72
Renda mensal 
vitalícia
R$ 3.116,08 R$ 5.537,67 R$ 6.043,19 R$ 5.246,89 R$ 3.137,90
Variação valor 
acumulado
2,57 2,53 2,52 2,53 1,87
Variação renda 
mensal
-27,53 -27,56 -21,39 -27,56 -21,36
Fábio ItaloSócio Mariana Pedro Thamires
51 
 
 
 
A partir da análise dos dados foi verificado, apesar de ambas informarem a 
taxa de rentabilidade de 8%, uma maior rentabilidade no valor acumulado no plano 
da SULINVEST em relação ao BrasilPrev. Contudo, como o interesse dos sócios é 
uma renda mensal vitalícia, o plano do BrasilPrev foi considerado melhor uma vez 
que o valor da renda é superior a oferecida pela SULINVEST. Tal diferenciação no 
valor acumulado se dá devido a diferentes taxas de administração aplicadas pelas 
empresas, mas que não são divulgadas a seus clientes. Já a diferença nos valores 
da renda mensal ocorre por conta dos cálculos feitos pelos atuários com base em 
tábuas biométricas. 
 
6.7. CPC 11 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, em seu pronunciamento técnico 
CPC 11 trás as informações correlatas às Normas Internacionais de Contabilidade –

Outros materiais