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Direito da Sociedade da Informação Prof. Adalberto Simão Filho Contratos Civis Prof. Orlando Guarizi Júnior 2 1 AVALIAÇÃO CONTINUADA: Bibliografia: 09/08/2011 1. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 1.1. Antecedentes históricos Modernidade; Pós Modernidade; Sociedade da Informação – Sociedade do conhecimento. 1.2. Preparo para a sociedade da informação Privatização – Telecom, Universalização; Criação da infraestrutura; Desenvolvimento da base tecnológica; Acesso a informação e a internet. 16/08/2011 1.3. Políticas públicas Desenvolvimento das infraestruturas de acesso à internet; Criação de autoestradas da informação e infovias; Livro verde da sociedade da informação (Brasil); Comitê gestor de internet (Brasil); Livro branco da sociedade da informação (Brasil). 1.4. Veículos digitalizados Contendo em BITS e BYTES; Imagens, sons, escrita, voz e etc. Nuvem de internet Auto estrada ou infovia A sociedade da informação está situada após a pós-modernidade. É conhecida também como uma sociedade do conhecimento. Tem 20 anos. Estamos na 4ª geração do Direito 16/08/2011 1.5. Autoestrada da informação É a infraestrutura que possibilita em internet o tráfego de veículos digitais (bits, bytes) (som, imagem, mídias escritas) gerando a comunicabilidade e conectividade com a esfera virtual. 1.6. Negócios jurídicos e operações em internet O e-commerce (comércio eletrônico) pode ser: Business to business (B2B) A venda de um produto se realiza entre duas empresas, ou seja, de empresa para empresa. Neste caso, seus efeitos jurídicos serão tutelados pelo Código Civil e Comercial. Business to consumer (B2C) A venda é feita da empresa para o consumidor, não podendo ser para Pessoa Jurídica, porque nos EUA não se admite a pessoa jurídica como consumidor. Mas, no Brasil há casos em que a pessoa jurídica poderá ser consumidora final, desde que a veda não se consubstancie em insumo, como, por exemplo, a compra de carros para uso da diretoria de uma empresa. Quanto às normas jurídicas aplicáveis, no Brasil o CDC é cabível de aplicação em razão do conceito plurívoco do termo consumidor, ou seja, apresenta conceito aberto, abrangendo aqueles que foram direta ou indiretamente atingidos num acidente de consumo. O CDC possui algumas vantagens, dentre as quais: Inversão do ônus de prova; Direito ao arrependimento (eficaz) no prazo de 7 dias, para compras feitas fora do estabelecimento; O contrato de adesão será interpretado a favor do consumidor (aderente); Foro privilegiado, sendo aquele mais favorável para o consumidor. Consumer to consumer (C2C) Embora ocorra entre dois consumidores, e numa ponta exista um consumidor final, o CDC não é aplicável, mas sim, o Código Civil. Trata-se de mercado informal, em que o consumidor assume todo o risco do negócio jurídico realizado, cabendo a ele analisar o risco e simplesmente confiar no fornecedor, como, por exemplo, Mercado Livre, E-Bay, etc. RELAÇÕES CLÁSSICAS Negócios e operações Modelo Regime jurídico Comércio eletrônico (e-commerce) B2B (business to business) Código Civil Leis empresariais (não o Código Comercial) B2C (business to consumer) Código de Defesa do Consumidor C2C (consumer to consumer) Código Civil Governo eletrônico (e-government) G2B (government to business) Lei das Licitações Lei do Pregão Eletrônico G2G (government to government) Direito Administrativo Redes sociais B2C (business to consumer) Código Civil B2B (business to business) Código Civil C2C (consumer to consumer) Código Civil RELAÇÕES CLÁSSICAS Negócios e operações Modelo Regime jurídico Metaversos B2C (business to consumer) Código Civil B2B (business to business) Código Civil C2C (consumer to consumer) Código Civil 30/08/2011 Todos os direitos relacionados à informação são direitos constitucionais, sendo, porém, direitos relativos, em razão dos limites alheios, porque o direito é atributo que se limita em relação à coletividade ou ao direito individual de outro. O direito de informar é faculdade conferida a qualquer pessoa que divulgue as informações que entenda pertinentes, sem interferência pessoal ou Estatal. O direito à informação é um preceito constitucional previsto no art. 5.º, XIV, que assegura a todos o acesso a informação, resguardado o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional. Trata-se de direito a um conjunto de dados. O direito de informar trata-se de uma faculdade de buscar a informação sem entraves ou limitações, podendo haver limitações. O Direito de ser informado é uma prerrogativa do cidadão de ser adequado e constantemente informado, tanto pelos poderes públicos como pelas mídias de massa. Trata-se de informação como Política Pública e meio essencial do Estado Democrático de direito. A reparação da informação é um Estado de consciência sobre fatos ou dados, que deve proporcionar o: dever do órgão de mídia de informar certa notícia; direito do cidadão de ter acesso e ser informado da notícia; direito à privacidade daquele que é o objeto da notícia. 06/09/2011 QUESTIONAMENTOS 1. Informação e conhecimento são as mesmas situações? 2. Direito e sigilo de fonte em notícia é absoluto? Como interpretar um conflito entre normas de mesmo status constitucional? O que prepondera: O direito/ dever de informar? O direito de ser informado? O direito a privacidade? O fato é que com o acesso ás redes sociais de informação se dispõe de processos de respostas rápidas para se obter informações de todos os tipos e qualidades, mas, que nem sempre apresentam a qualidade de conteúdo necessário. Nesse sentido, a informação pode não gerar conhecimento. O conhecimento depende da recepção da informação, da linguagem adotada pelo interlocutor e do repertório do receptor da informação. O sigilo de fonte jornalística esbarra no direito coletivo da trans-individualidade, como, por exemplo, os direitos da personalidade inerentes a divulgação e o uso da imagem de banhista numa praia de nudismo, ou uso da imagem de modelo fotográfico em situações de sua intimidade. Deverá prevalecer os direitos da personalidade, quando a divulgação da imagem de seu corpo, mesmo que partes dele, não foi devidamente autorizada em termos. 13/09/2011 2. DIREITO DE INFORMÁTICA 2.1. Software e sua proteção É o código fonte que deverá ser protegido pelo direito do autor. Essa é a engenharia de software. O sistema jurídico de proteção do software ocorre independente do registro, sendo sua proteção a partir de sua criação, embora, por segurança deve ser registrado. O regime jurídico aplicado ao software é a Lei n. 9.609/98 2.2. Conceito de Software (art. 1.º) Software é um programa de computador que expressa um conjunto organizado de instruções em linguagem técnica contido em suporte de qualquer natureza para fazer com que a máquina/computador funcione no modo e para os fins determinados. 2.3. Regime de proteção (art. 2º) A proteção do software é a mesma conferido às obras literárias pela Lei Autoral. A proteção independe de registro, todavia, o software pode ser registrado (art. 2.º, § 3.º). O tempo de proteção são de 50 (cinquenta) anos contados: do primeiro dia do ano subsequente; a partir de sua criação. 2.4. Propriedade (art. 4.º) O software pertencerá exclusivamente ao empregador, contratante ou órgão público, quando desenvolvido e elaborado durante a vigência do contrato, salvo disposição em contrário. Pertencerá ao empregado, com exclusividade, quando o programa de computador for gerado sem relação com o contrato de trabalho e sem utilização de recursos tecnológicos, equipamentos, materiais, instalações ou segredos da empresa empregadora, ou se constar em contrato que o software pertence aos empregados que o desenvolveram. 20/09/2011 A prova de propriedade admite-se as seguintes maneiras (art. 7.º, Lei 9.609/98): contrato de licença; nota fiscal; outros documentos que comprovem o direito de propriedade do software. 2.5. Contrafação Contrafação é a ofensaao direito do autor do programa gerada por cópias ou reprodução não autorizadas ou por distribuição. Em outras palavras, é a cópia não autorizada de um software. 2.5.1. Exceção à regra de ofensa ao direito uma cópia de segurança; citação parcial de um programa mencionando a fonte e para fins didáticos; semelhança por funcionalidade; integração de um programa a um sistema para uso exclusivo e citando fonte; 2.5.2. Sistema de representação da contrafação CIVIL PENAL busca e apreensão Copiar programa Pena: 6 meses a 2 anos de detenção, ou multa ação inibitória ou proibitória Distribuir ou vender programa contrafeito Pena: 1 a 4 anos de reclusão, e multa indenizatória 2.6. Software livre Trata-se de um programa de computador cujo código fonte é aberto e admite ao usuário as seguintes liberdades: liberdade de estudar o programa; liberdade de manipular o programa; liberdade de aperfeiçoar e redistribuir; liberdade de acessar o código fonte e modificar o programa. 18/10/2011 3. PROCESSO ELETRÔNICO O processo eletrônico consiste em uma sequência de atos praticados de forma cronologicamente ordinária e transmitidos por meio eletrônico. 3.1. Alcance Processos civis Processos trabalhistas Processos penais 3.2. Juízes Juizado Especial 1ª instância Tribunais 3.3. Sistemas utilizáveis Meio eletrônico Transmissão eletrônica Assinatura digital Certificação As publicações ficam disponíveis no Diário Oficial Eletrônico. 3.4. Prática dos atos processuais Registro no Tribunal Formação do processo com documentos Transmissão por meio eletrônico com assinatura digital Protocolo eletrônico Os prazos contam até 24 (vinte e quatro) horas do último dia. 3.5. Prova eletrônica Os documentos originais possuem a mesma validade que os documentos originais. Porém, há incidentes de falsidade digital. Tais documentos devem ser guardados até o trânsito em julgado ou ao final do prazo da ação rescisória. 25/10/2011 4. DIREITO DA PERSONALIDADE EM MEIO ELETRÔNICO 4.1. Regime jurídico Art, 5º, CF. Arts. 11 a 21, CC. 4.2. Características Inalienáveis; Indisponíveis; Absolutos; Efeito post mortem. 4.3. Colocação temática Os direitos da personalidade são definidos como irrenunciáveis e intransmissíveis e são direitos que toda pessoa tem de controlar o uso de seu corpo, nome, imagem, aparência ou qualquer aspecto constitutivo de sua identidade, vinculando-os de forma indissociável ao reconhecimento da dignidade humana que é qualidade necessária para o desenvolvimento das potencialidades físicas, psíquicas e morais do ser humano. 4.4. Condições essenciais Autonomia da vontade (autonomia/moral) Dignidade Alteridade – reconhecimento da pessoa como entidade única e diferenciada de seus pares 4.5. Síntese de direito da personalidade Respeito à incolumidade 01/11/2011 5. DIREITO DA PERSONALIDADE E PRIVACIDADE EM REDES SOCIAIS E COMUNIDADES VIRTUAIS 1. Há proteção àquele que deliberadamente postou fotos e filmes na rede? Há limites? 2. A pessoa pública goza de regime protetivo em rede? 3. O sistema produtivo de privacidade e personalidade quando em ambiente de rede houver uma mácula, é eficiente? 08/11/2011 6. NOME DE DOMÍNIO É sistema de atribuição de endereço IP em internet, efetuado pelo sistema alfanumérico destinado internacionalmente ao país. No Brasil, o órgão atribuidor do domínio é o Comitê Gestor de Internet. E a delegação do domínio, as atribuições registrarias no nome do domínio foram à FAPESP e a Registro.org. O princípio é a first to file. Se ocorrer conflito entre direito marcário e o nome do domínio: há conflito real entre marca registrada e nome do domínio quando ambos operam no mesmo segmento – prevalência do primeiro registro; há conflito aparente entre marca e domínio com operações com os sujeitos distintos; prevalece o nome de domínio. 11
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