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Controle Externo e Interno da Adm Pública - EXERCÍCIOS

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39
de afetar o equilíbrio das contas públicas, destacando-se, principal-
mente, o planejamento, o controle, a transparência e a responsabiliza-
ção. A lei visa estabelecer princípios embasados em normas e regras do 
regime chamado de gestão fiscal responsável, as quais devem ser obser-
vadas por todas as esferas da administração (União, estados, Distrito 
Federal e municípios), nas administrações diretas (Poder Executivo 
e Poder Legislativo) e nas indiretas (autarquias, fundações e empre-
sas públicas).
Síntese
Embora o conceito Estado	tenha	surgido	na	Idade	Média,	instituí	do	
por	Maquiavel,	sua	origem	remonta	aos	primórdios	da	humanidade.	
Todas as teorias a respeito da origem do Estado concordam em que 
ele se originou dos agrupamentos sociais, embora haja controvérsia a 
respeito dos motivos que levaram o homem a viver em sociedade.
O Estado é um agrupamento humano em território definido, poli-
ticamente organizado e com soberania nacional. Para o Estado desen-
volver suas atividades, é preciso a existência de um governo que define 
as prioridades na sua atuação e um aparelhamento (administração 
pública) para por em prática.
A	 forma	 estatal	 escolhida	 pelo	 Brasil	 é	 a	 República	 Federativa,	
formada pela união indissolúvel de um conjunto de Estados-membros 
e municípios, incluindo o Distrito Federal. Tem, ainda, como forma 
de	governo	a	República,	que	pressupõe	uma	constituição	para	guia	da	
ação governamental e um sistema de governo presidencial, que une 
numa só pessoa o chefe de Estado e o chefe de Governo.
A administração pública brasileira, que se refere ao aparelhamento 
do Estado, evoluiu por meio de três modelos básicos que se sucederam 
no tempo, sem, contudo, serem completamente suplantados: a admi-
nistração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. A admi-
nistração pública gerencial se constitui, assim, no novo paradigma 
CAPÍTULO 1
40
de uma administração orientada predominantemente pelos valores 
da eficiência e da qualidade na prestação de serviços públicos e pelo 
desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações públicas.
Questões para revisão
1. Qual é a diferença entre Estado, governo e administração 
pública?
2. O que é um Estado Federado? 
3.	 (TCE-AC	–	Analista	de	Controle	Externo	–	2008)	Com	rela-
ção ao modelo de administração burocrática adotado no Brasil, 
assinale a opção correta: 
a) O modelo de administração burocrática deu continuidade 
ao sistema patrimonialista, vigente à época da sua implan-
tação, no qual os patrimônios públicos e os privados se 
confundiam.
b) O Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) 
foi criado com o objetivo de implantar o modelo de adminis-
tração burocrática e de modernizar o Estado. 
c) O modelo de administração burocrática foi implantado a 
partir da década passada, em uma época em que o Estado se 
retirava do setor produtivo. 
d) A administração burocrática foi marcada pela estrutura 
organizacional enxuta, pela celeridade e simplicidade dos 
procedimentos administrativos do serviço público.
4. Com relação aos modelos de administração patrimonialista, 
burocrática e gerencial adotados no Brasil, assinale a opção 
correta:
41
a) A administração patrimonialista, a burocrática e a gerencial, 
no contexto brasileiro, constituíram, a seu tempo, um movi-
mento administrativo autônomo, que foi abandonado com-
pletamente na medida em que os modelos se sucederam.
b) A administração pública gerencial se volta para o atendi-
mento às demandas dos usuários dos serviços e à obtenção 
de resultado.
c) A centralização do processo de tomada de decisão, o rígido 
controle sobre os procedimentos e o foco exclusivo na legis-
lação são algumas das características da administração 
pública gerencial.
d) Os conceitos de accountability, transparência e participação polí-
tica emergiram na administração burocrática, juntamente 
com os conceitos de nepotismo e corrupção.
5. Em relação à forma do Estado brasileiro, é correto afirmar:
a) Ao optar por criar os Estados-membros e os municípios, 
incluindo o Distrito Federal, com autonomia política, admi-
nistrativa e jurídica, o Brasil optou por um Estado unitário.
b) O	Brasil	optou	pela	República,	 cujo	 sistema	de	governo	é	
o parlamentarismo (o chefe de Governo não é o chefe de 
Estado) e tem seus representantes eleitos pelo povo.
c) Com base na determinação constitucional de que os poderes 
sejam independentes e harmônicos entre si, é correto argu-
mentar que, quanto à legalidade e à legitimidade, o Poder 
Judiciário não está sujeito à fiscalização operacional e patri-
monial mediante controle externo.
d) Com base na aplicação dos princípios gerais que regem a con-
cepção do sistema de freios e contrapesos na Constituição 
da	República,	os	controles	a	serem	realizados	entre	os	pode-
res são os expressos no texto constitucional.
64
ações do controle externo, cujos temas serão tratados de forma mais 
aprofundada em capítulos seguintes.
Síntese
O controle é o processo pelo qual a administração se assegura de 
que os seus planos e suas políticas estão sendo cumpridos pela orga-
nização. Caso a organização tenha se desviado dos planos, o controle 
permite que os atos sejam corrigidos visando atingir as metas e os 
objetivos.
O controle pode ser realizado pela própria entidade (controle 
interno) ou realizado por outro agente que não integra a entidade 
controlada (controle externo). Como controle externo, temos o Poder 
Legislativo, que executa o controle legislativo com o auxílio dos 
Tribunais de Contas, e a sociedade, que realiza o controle social.
Para que o controle seja feito com eficiência, é preciso que ele seja 
realizado por um órgão independente, que tenha funcionários capaci-
tados que lhe permitam a independência funcional, ter custo inferior 
aos benefícios obtidos com a sua ação e, ainda, ser executado obser-
vando as diretrizes políticas e as normativas da organização.
No âmbito da administração pública, o controle, seja interno ou 
externo, deve ser exercido quanto à legalidade, à legitimidade e à eco-
nomicidade, nos aspectos financeiros, contábeis, patrimoniais e ope-
racionais da empresa. Em relação à legalidade, um dos principais 
pontos a serem analisados é o cumprimento dos princípios básicos da 
administração pública, que são: legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência.
CAPÍTULO 2
65
Questões para revisão
1. Como está estruturado o controle na administração pública e 
para que ele serve?
2. Qual é a finalidade do controle na administração pública?
3.	 (TRE-RJ	–	Técnico	Judiciário	–	2001)	O	administrador	público	
não pode agir visando ao seu benefício próprio e pessoal, por 
força do princípio constitucional denominado:
a) legalidade.
b) moralidade.
c) impessoalidade.
d) eficiência.
4. (MPE-AM	–	Promotor	de	Justiça	Substituto	–	2001)	Diversas	
são as formas de controle previstas e autorizadas no texto 
da	Constituição	da	República.	Nesses	 termos,	o	 fato	de	um	
Tribunal de Contas realizar auditoria em determinada obra 
caracteriza o exercício do controle:
a) concomitante e interno.
b) concomitante e externo.
c) prévio e interno.
d) corretivo e interno.
5. (MPE-RJ	–	Secretário	de	Procuradoria	–	2002)	A	fiscalização	
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das entidades da administração direta e indireta será 
exercida mediante o controle externo do:
a) Ministério	Público	Federal.
b) Tribunal de Contas da União.
c) Senado Federal.
d) Congresso Nacional.
103
internos são eficientes e eficazes na busca da proteção dos ativos, na 
obtenção das informações adequadas, na promoção da eficiência ope-
racional e na obediência às normas e aos regulamentos.
Síntese
O controle interno é o controle realizado pelo próprio órgão,com 
o objetivo de verificar a exatidão e a fidedignidade dos dados contá-
beis e o cumprimento de leis e de regulamentos aplicáveis, além de 
promover a eficiência operacional. Os objetivos do controle interno 
são:	promover	operações	ordenadas,	econômicas,	eficientes,	eficazes;	
salvaguardar	os	recursos	contra	perdas,	erros	e	fraudes;	aderir	às	leis,	
aos	regulamentos	e	às	diretrizes	superiores;	e	avaliar	os	elementos	dis-
postos na contabilidade e nas demais áreas que servirão de informes e 
de relatórios contábeis, financeiros e operacionais. 
A	Lei	nº	4.320/1964	já	dispõe	sobre	o	controle	interno,	porém	foi	
no	Decreto-Lei	nº	200/1967	que	houve	a	supressão	de	controles	que	
se evidenciassem como puramente formais ou cujo custo fosse eviden-
temente	superior	ao	risco.	A	Constituição	Federal	de	1988	estabele-
ceu que o controle interno deve comprovar tanto a legalidade quanto a 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial. Além disso, deve, tam-
bém, avaliar os respectivos resultados quanto à eficiência e à eficácia. 
Por	fim,	houve	a	edição	da	NBC	T	16.8	–	Controle	Interno,	que	deu	
ao controle interno o enfoque operacional, contábil e normativo.
Apesar de o controle interno oferecer importantes benefícios para 
a administração, ele não pode dar garantia absoluta de que está alcan-
çando os objetivos estratégicos, os operacionais, os de comunicação 
e os de conformidade. O controle interno dá, apenas, uma garantia 
razoável.
CAPÍTULO 3
104
Questões para revisão
1. Como o controle interno garante a confiabilidade dos informes 
e dos relatórios?
2. O que compreende a salvaguarda dos interesses da empresa 
e como o controle interno dá garantia razoável de seu 
cumprimento?
3.	Analise as afirmativas a seguir com relação ao controle interno:
i. São premissas do controle interno: assegurar a proteção dos 
ativos bem como ordenar despesas.
ii. Cabe ao controle interno garantir a observância da legali-
dade e da regularidade das transações.
iii. O controle interno deverá ser exercido em todos os níveis da 
entidade governamental.
iv. Cabe ao controle interno aprovar a legalidade dos atos e dos 
resultados quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamen-
tária, financeira e patrimonial.
Quais das afirmativas anteriores estão corretas?
a) Apenas I e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas II e IV.
4. Analise as afirmativas a seguir em relação ao controle interno:
i. Tem finalidade de comprovar a legalidade e aprovar a pres-
tação de contas anual quanto à eficácia e à eficiência da ges-
tão orçamentária, financeira e patrimonial. 
ii. A finalidade do controle interno é dar razoável garantia de 
que os objetivos organizacionais estão sendo atendidos.
105
iii. Uma das finalidades do controle interno é garantir a obser-
vância da legalidade e da regularidade das transações.
iv. O controle interno, quando não tiver elementos comproba-
tórios suficientes para formar uma opinião, deverá dar ciên-
cia imediata ao Tribunal de Contas, sob pena de responsa-
bilidade solidária se for comprovada a irregularidade.
Quais das afirmativas anteriores estão incorretas:
a) Apenas III e IV.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e IV.
d) Nenhuma das alternativas anteriores. 
5. Entre as finalidades institucionais dos sistemas de controle 
interno dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, previs-
tas	expressamente	na	Constituição	de	1988,	não	se	inclui	a	de:
a) aprovar a prestação de contas anual em relação à gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial.
b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional.
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias.
d) avaliar o cumprimento de metas e a execução dos progra-
mas governamentais e orçamentários.
136
Síntese
O Comitê das Organizações Patrocinadoras (Committee of 
Sponsoring	 Organizations	 of	 the	 Treadway	 Commission	 –	 Coso)	
estabeleceu uma definição única de controles internos válidos para 
todas as organizações. Pela metodologia proposta pelo Coso, os obje-
tivos principais dos controles internos são auxiliar a entidade a con-
cretizar seus objetivos estratégicos, operacionais, de comunicação e 
de conformidade. Porém, existem eventos que afetam negativamente 
a concretização desses objetivos: os riscos. São exemplos de riscos: o 
roubo, o furto, a perda, os erros, as fraudes, as falhas nos sistemas, 
entre outros, cujas ocorrências podem afetar a realização dos objeti-
vos organizacionais. A metodologia do Coso II visa apresentar uma 
estrutura do controle interno que gerencie os riscos, ou seja, os even-
tos que podem afetar negativamente a organização.
Os objetivos representam o que a organização deseja alcançar. 
Entre os diversos objetivos, existem alguns comuns em todas as orga-
nizações, tais como: os relacionados a metas gerais (estratégicos), os 
vinculados à utilização eficiente e eficaz dos recursos (operacionais), 
os de apresentar relatórios confiáveis e os de cumprir as leis e os regu-
lamentos aplicáveis. Porém, para alcançar esses objetivos, é necessá-
rio que sejam observados os componentes do controle interno, que 
estão relacionados à maneira como o ambiente interno está estrutu-
rado, aos objetivos que se deseja alcançar, à identificação dos even-
tos que podem afetar esses objetivos, à avaliação dos impactos desses 
eventos nos objetivos definidos pela organização, ao tratamento a ser 
estabelecido a esses riscos, à atividade de controle e de monitoramento 
a ser feita para evitar a ocorrência dos eventos negativos e à informa-
ção e à comunicação dentro das organizações.
CAPÍTULO 4
137
Questões para revisão
1. Na metodologia Coso de controle interno, a legalidade dos atos 
praticados pelas entidades do setor público não é considerada 
relevante?
2. Por que o controle interno não fornece garantia absoluta de que 
os objetivos organizacionais estão sendo atingidos?
3.	Analise as alternativas a seguir, relativas ao controle interno – 
gerenciamento de riscos corporativos, e assinale a correta:
a) O controle interno eficaz oferece garantia absoluta de que 
os objetivos de comunicação e de conformidade estão sendo 
alcançados, pois estão sob o controle da organização.
b) O controle interno assegura que a administração disponha 
de um processo implementado para estabelecer os objetivos 
que propiciem suporte, que estejam alinhados com a mis-
são da organização e que sejam compatíveis com o seu ape-
tite a riscos.
c) Os objetivos estratégicos estão sob o controle exclusivo da 
organização, possibilitando a redução integral do risco e, 
consequentemente, o controle interno proporciona a garan-
tia absoluta de que esses objetivos serão alcançados.
d) O controle interno determina os objetivos que a adminis-
tração deve escolher, certificando-se de que a administração 
dispõe de um processo que alinha objetivos estratégicos com 
a sua missão, e que esses objetivos e os correlatos seleciona-
dos estejam de acordo com o apetite ao risco.
138
4. Ao definir a resposta ao risco, que inclui evitar, reduzir, compar-
tilhar e aceitar, é correto afirmar que:
a) a organização não leva em consideração a probabilidade de 
ocorrência dos eventos desfavoráveis e o seu impacto nos 
objetivos organizacionais.
b) a organização deve levar em consideração os custos versus os 
benefícios nas opções das respostas ao risco.
c) mesmo que os custos sejam superiores aos benefícios, a orga-
nização deve sempre optar por evitar o risco.
d) nas respostas aos riscos, a organização não leva em conside-
ração o apetite ao risco da organização.
5. Assinale a alternativa correta em relação ao risco:
a) O tamanho da organização, a complexidade de suas opera-
ções e o grau de regulamentação de suas atividades são pon-
tos que a organização não leva em consideraçãono momento 
da avaliação do risco.
b) O	risco	–	probabilidade	de	perda	ou	de	incerteza	associada	
ao	cumprimento	de	um	objetivo	–	é	avaliado	com	base	em	
sua probabilidade de ocorrência ou não. O impacto não é 
levado em conta.
c) Para a correta tomada de decisão, os gestores dependem da 
qualidade de informação, que deve ser apropriada, oportuna, 
atualizada, exata e acessível. Além disso, ela deve fluir em 
todas as direções (de baixo, através e para cima), abrangendo 
todos os componentes e toda a estrutura organizacional.
d) Os métodos de avaliação dos riscos envolvem apenas técni-
cas qualitativas, pois as técnicas quantitativas se confundem 
com o próprio controle.
172
associação ou sindicato é parte legítima para denunciar irre-
gularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da 
União”.
•	 Representação –	Prevista	no	art.	237	da	Resolução	nº	155/2002,	
que dispõe que qualquer órgão, entidade ou pessoa que detenha 
prerrogativa por força de lei específica tem legitimidade para 
representar ao Tribunal de Contas da União (Brasil, 2002).
•	 Ouvidorias –	 São	 canais	 instituídos	 pelos	 Tribunais	 que	
visam ao atendimento à comunidade, permitindo que o cida-
dão leve ao conhecimento das Cortes de Contas improprieda-
des ocorridas no âmbito da administração pública, por meio de 
ligação para telefone 0800.
Há ainda outras formas de participação popular que foram descri-
tas ao longo deste capítulo, como os conselhos e as audiências públi-
cas, em que as pessoas fazem intervenções diretas junto à política de 
governo.
Síntese
O controle externo é aquele realizado por uma pessoa ou por um 
órgão que não integra a estrutura organizacional daquele que reali-
zou o ato, ou seja, realizado por alguém fora da administração pública.
O objetivo do controle externo é produzir o controle com impar-
cialidade e independência, tendo em vista que, no controle interno, 
essas características podem ficar comprometidas em virtude de inú-
meras variáveis. A independência e a imparcialidade são caracterís-
ticas fundamentais para um controle eficiente que, muitas vezes, só 
é alcançado quando uma instituição independente e autônoma o 
executa.
No Brasil, o controle externo é realizado pelo Poder Legislativo 
com o auxílio dos Tribunais de Contas. O Poder Legislativo realiza 
CAPÍTULO 5
173
o controle parlamentar direto ligado aos aspectos políticos que visam 
garantir os interesses do Estado e da sociedade. Os Tribunais de 
Contas realizam os controles técnicos, voltados para as fiscalizações 
contábeis, financeiras, orçamentárias, operacionais e patrimoniais.
O modelo estrutural adotado no Brasil é o de Tribunal de Contas, 
que se caracteriza como a forma mais moderna de controle, pois as 
decisões são tomadas em colegiados, há rodízio de controle dos órgãos, 
alternância de direção e distribuição impessoal de processos. Nos paí-
ses em que o modelo adotado é o do controlador-geral ou o do audi-
tor-geral, o controle é submetido integralmente a uma única pessoa.
Enquanto a transparência visa prestar contas à sociedade dos atos 
praticados pelos gestores públicos, a prestação de contas anual tem 
como objetivo informar ao controle externo, em linguajar técnico, os 
resultados de natureza contábil, orçamentária, financeira, operacio-
nal e patrimonial da gestão pública. Por meio da atuação do controle 
externo, a sociedade tem a garantia de que os órgãos públicos estão 
atuando com regularidade e legitimidade.
Cada Tribunal de Contas institui a sua própria normativa sobre 
o que deve compor a prestação de contas anual, mas, em linha geral, 
todos exigem que as contas anuais sejam comprovadas por meio de 
demonstrativos contábeis e de relatórios de gestão e de regularidade 
emitidos pelo controle interno de cada Poder.
As prestações de contas são analisadas pelo Poder Legislativo por 
meio de dois aspectos: o político e o técnico-jurídico. O aspecto polí-
tico, que avalia o desempenho geral do Estado na execução das políti-
cas públicas, é julgado pelo Poder Legislativo. O aspecto técnico-jurí-
dico, que envolve os aspectos orçamentários, financeiros, contábeis 
e patrimoniais, é julgado pelo Poder Legislativo com o auxílio dos 
Tribunais de Contas. Os Tribunais de Contas avaliam antecipada-
mente as contas, emitem o parecer prévio e, depois disso, enviam-no 
para o Poder Legislativo efetuar o julgamento final.
Entre as formas de controle externo está o controle social, enten-
dido como o controle exercido pela sociedade civil sobre o Estado com 
174
o objetivo de garantir que as pessoas que estejam exercendo a função 
administrativa estatal atuem de acordo com os princípios e as regras 
constitucionais e legais, que norteiam ou limitam a atuação do Poder 
Público.
O controle social é facilitado com a accountability, que representa 
mecanismos e procedimentos que induzem os dirigentes governa-
mentais a agirem de maneira correta e a prestar contas dos seus resul-
tados. Ao prestar contas, fica garantido o maior nível de transparên-
cia e de exposição das políticas públicas, permitindo que a sociedade 
visualize se seus representantes estão ou não agindo em função do 
interesse comum. Assim, quanto maior a transparência, maior é o 
controle social sobre os atos do governo.
Questões para revisão
1. Qual é a função do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas?
2. Quais são os objetivos da prestação de contas anual e seus aspec-
tos analisados? 
3.	 A	 Constituição	 Federal	 de	 1988	 estabelece	 que	 o	 controle	
externo seja exercido pelo:
a) Tribunal de Contas com o auxílio do Congresso Nacional.
b) Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas 
da União.
c) Senado Federal com o auxílio do controle interno.
d) Congresso	Nacional	com	o	auxílio	das	Câmaras	Municipais.
4. (Exame	 da	OAB-DF	 –	 2001-I)	No	 concernente	 ao	 controle	
financeiro e orçamento da administração pública federal, a 
competência para julgar a regularidade das contas dos agentes 
responsáveis de órgãos e entidades da União é:
175
a) privativa do Tribunal de Contas da União.
b) privativa do Congresso Nacional.
c) do Tribunal de Contas com recurso ao Congresso.
d) do controle interno com recurso ao Tribunal de Contas.
5. (TCU	–	Analista	de	Finanças	 e	Controle	Externo	–	2000	–	
questão adaptada) Entre as funções do Tribunal de Contas da 
União, no exercício do controle externo, incluem-se: 
a) o registro prévio das despesas públicas.
b) fiscalizar a aplicação pelos Estados dos recursos que a União 
lhes repassa mediante convênios.
c) o	julgamento	das	contas	anuais	do	Presidente	da	República.
d) sustar contratos irregulares.
194
Síntese
Transparência é a qualidade do que é transparente. Ser transpa-
rente com a gestão pública é permitir que aquele que está de fora 
consiga visualizar e distinguir o que está ocorrendo na administra-
ção pública. Para alcançar a transparência, é necessário que os órgãos 
públicos disponibilizem informações claras, corretas e oportunas de 
todos os atos praticados e de todos os resultados obtidos por meio da 
implementação de políticas públicas.
Para garantir a transparência, combater a corrupção e a malver-
sação dos recursos públicos, diversos dispositivos legais foram imple-
mentados	ao	longo	do	tempo.	A	Constituição	Federal	de	1988	estabe-
lece a transparência como um princípio constitucional e a participação 
popular como uma garantia do cidadão. Para instituir melhores parâ-
metros de transparência, foram editadas as Leis Complementares 
nº	101/2000	(Lei	de	Responsabilidade	Fiscal	–	LRF)	e	nº	131/2009.	
Embora a transparência, como mecanismo de prestação de contas à 
sociedade, enseje muito mais do que simples relatórios publicados, 
no Brasil ela está limitada às formas de publicação exigidas em lei. 
Poucos são os órgãos públicos que avançam em direçãoà divulgação 
voluntária de informações para a sociedade.
Questões para revisão
1. Quais são os mecanismos de transparência previstos nas Leis 
Complementares	nº	101/2000	e	nº	131/2009?
2. Como a accountability contribui para o controle social?
3.	 A transparência na administração pública designa a visibilidade 
do funcionamento das instituições públicas. 
CAPÍTULO 6
195
Com base no texto anterior, analise as afirmativas a seguir em 
relação à transparência:
i. O	Relatório	Resumido	da	Execução	Orçamentária	(RREO)	
foi	criado	pela	Lei	de	Responsabilidade	Fiscal	com	o	obje-
tivo de apresentar à sociedade a execução orçamentária dos 
órgãos públicos.
ii. O	Relatório	Resumido	da	Execução	Orçamentária	(RREO)	
e	o	Relatório	de	Gestão	Fiscal	(RGF)	substituem	a	presta-
ção de contas anual.
iii. De	acordo	com	a	Lei	Complementar	nº	131/2009,	qualquer	
cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte 
legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas 
e	ao	órgão	competente	do	Ministério	Público	o	descumpri-
mento das prescrições estabelecidas na referida lei a respeito 
da publicidade. 
iv. A publicidade dos atos, dos programas, das obras, dos ser-
viços e das campanhas dos órgãos públicos, entre outros, 
constitui um dos princípios constitucionais da administra-
ção pública.
Das afirmativas anteriores, estão corretas:
a) apenas a III e a IV.
b) apenas a I e a III. 
c) apenas a II e a III. 
d) apenas a I e a IV.
4. Deve(m) compor a prestação de contas anual do administra-
dor público:
a) o	Relatório	Resumido	de	Execução	Orçamentária	(RREO)	
e	o	Relatório	de	Gestão	Fiscal	(RGF).
b) o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
196
c) os demonstrativos contábeis exigidos pela legislação vigente 
e necessários à gestão orçamentária, financeira, operacional 
e patrimonial.
d) o anexo de metas e de riscos fiscais.
5. De	 acordo	 com	 a	Constituição	 Federal	 de	 1988,	 o	 controle	
externo é função:
a) do Tribunal de Contas da União, na esfera federal.
b) do Tribunal de Contas do Estado, na esfera estadual.
c) do	Ministério	Público,	nas	três	esferas	do	Governo.
d) das Assembleias Legislativas, nos estados, e das Câmaras 
Municipais,	nos	municípios.
220
A custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos é do 
auditor. A confiabilidade das informações constante nos papéis de 
trabalho e outras informações que o auditor teve acesso é dever per-
manente dele. 
Síntese
A auditoria no setor público tem como objetivo examinar a inte-
gridade, a adequação e a eficácia dos controles internos e das informa-
ções físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade pública. 
Existem diversos tipos de auditorias, entre elas a auditoria de con-
formidade (regularidade), a operacional e a integral. A auditoria de 
conformidade, realizada através dos métodos tradicionais de audito-
rias contábil-financeiras, visa avaliar a legalidade dos atos e a veraci-
dade das informações financeiras, abrangendo as dimensões contábeis, 
financeiras, orçamentárias e patrimoniais. As auditorias operacionais, 
por sua vez, visam ao controle finalístico e possuem ênfase na aferi-
ção de resultados, que se concentra nos aspectos de economicidade, 
eficiência, eficácia e efetividade. Quando são realizadas ao mesmo 
tempo, a auditoria de regularidade e a operacional são chamadas de 
auditoria integral, pois cobrem todos os campos da administração.
As auditorias são divididas em interna e externa, a depender de 
seu posicionamento em relação ao órgão auditado. A finalidade da 
auditoria interna é contribuir com a administração na busca do aper-
feiçoamento das operações e do controle interno, além da indução ao 
cumprimento de políticas e normas. A finalidade da auditoria externa, 
também chamada de independente, é atender às necessidades de tercei-
ros em relação à fidedignidade das informações financeiras.
Os	 procedimentos	 de	 auditoria	 –	 que	 consistem	 na	 investiga-
ção técnica de fatos, evidências e informações que permitem a for-
mação	 fundamentada	da	opinião	do	 auditor	–	 são	distintos	para	 a	
auditoria interna e a externa, pois dependem de seus objetivos. No 
CAPÍTULO 7
221
entanto, ambas partem da análise da eficiência do controle interno da 
organização.
Para que uma auditoria interna ou externa seja realizada, é pre-
ciso, antes, a existência de um planejamento, que compreende os exa-
mes preliminares das áreas, das atividades, dos produtos e dos pro-
cessos, para definir a amplitude e a profundidade do trabalho a ser 
realizado. Essas informações e outras relevantes, observadas ao longo 
da execução da auditoria, devem ser registradas pelo auditor em seus 
papéis de trabalho, com o objetivo de manter provas e evidências que 
fundamentarão a sua opinião, seja ela expressa por meio de relatório 
ou de parecer.
Questões para revisão
1. O objetivo da auditoria interna e da externa é o mesmo?
2. Como aplicar as dimensões da auditoria de desempenho 
operacional?
3.	 O procedimento de auditorias independentes corresponde a um 
procedimento:
a) realizado pelo próprio órgão, com a finalidade de contribuir 
com a administração na busca do aperfeiçoamento das ope-
rações e do controle interno.
b) realizado por um terceiro, com o objetivo de emitir relató-
rio de análise de balanços e de fluxos de caixa da entidade 
pública.
c) realizado por um órgão fora da administração pública, com 
o objetivo de verificar e de atestar a fidedignidade das infor-
mações financeiras.
d) realizado pela auditoria interna e pela externa, que possuem 
uma atitude independente em relação ao órgão.
222
4. Em relação aos princípios éticos profissionais, está correto afir-
mar que: 
a) a independência e a imparcialidade na interpretação dos 
dados são condições fundamentais para a realização das 
auditorias.
b) a integridade exige que os auditores cumpram suas funções 
com base em uma conduta impecável e que tomem decisões 
de acordo com os interesses políticos do órgão auditado.
c) um auditor não precisa se atualizar constantemente, pois 
tendo acesso contínuo aos dados contábeis, estará sempre 
agindo com eficiência.
d) para garantir a transparência na administração pública, o 
auditor, na execução de suas atividades, deve relatar à socie-
dade todas as informações às quais teve acesso na empresa 
pública auditada. 
5. Em relação às auditorias realizadas pelos Tribunais de Contas, 
é correto afirmar que: 
a) as auditorias operacionais realizadas pelos Tribunais de 
Contas compreendem os exames, as análises, as avaliações, 
os levantamentos e as comprovações metodologicamente 
estruturados para a avaliação da integridade dos registros 
contábeis e o cumprimento das leis.
b) a auditoria interna diz respeito aos exames e aos levanta-
mentos realizados para avaliar a integridade, a adequação, 
a eficácia, a eficiência e a economicidade dos processos, dos 
sistemas de informações e dos controles internos, visando 
auxiliar a administração no cumprimento de seus objetivos.
c) nos órgãos públicos, a auditoria externa é realizada exclusi-
vamente pelos Tribunais de Contas.
d) as auditorias de regularidade realizadas pelos Tribunais de 
Contas visam auxiliar a administração no cumprimento de 
223
seus objetivos por meio do monitoramento dos controles 
internos, revisão das atividades operacionais e da gestão de 
riscos.
Nesta obra, tivemos como objetivo 
apresentar uma discussão sobre o 
controle na administração pública 
de forma ampla, abordando 
o controle interno, o externo 
(parlamentar) e o social como uma 
rede que visa apoiar a administração 
pública na consecução de seus 
objetivos, no cumprimento das leis, 
das normas e dos regulamentos, 
na precisão e na confiabilidade dos 
relatórios e no estímulo à eficiênciae à eficácia operacional.
CONCLUSÃO
226
Para tanto, iniciamos o livro desmonstrando a origem e a forma-
ção do Estado, considerando o termo Estado em seu sentido amplo. 
Posteriormente, resgatamos a discussão sobre a organização do 
Estado brasileiro e sua transformação ao longo do tempo, iniciando 
no Estado absoluto e chegando ao Estado gerencial. Por se tratar de 
Estado gerencial, tornamos fundamental a abordagem a respeito de 
controle. Assim, na sequência do livro, passamos a falar a respeito 
do controle na administração pública, dando foco especial ao que se 
apresenta como uma das mais modernas e completas metodologias de 
controle interno: a metodologia Coso de controle interno.
Foi apresentado, ao longo deste livro, que a metodologia Coso de 
controle interno foi incorporada às entidades do setor público por 
meio da Intosai e que essa metodologia busca auxiliar a entidade a 
concretizar seus objetivos estratégicos, operacionais, de comunicação 
e de conformidade. Assim, a metodologia Coso trouxe para o con-
trole interno um novo foco, um controle vinculado não só à legalidade, 
mas também voltado para a economicidade, a eficiência, a eficácia e a 
efetividade das políticas públicas.
Esse foco do controle interno apregoado pelo Coso, voltado para 
as atividades operacionais, além do atendimento à legalidade, fez 
com que o controle externo brasileiro, principalmente o controle rea-
lizado pelos Tribunais de Contas, também observasse o contido na 
Constituição	Federal	de	1988,	além	de	que	a	fiscalização	deve	obser-
var os aspectos contábeis, orçamentários, financeiros, patrimoniais e, 
ainda, os aspectos operacionais.
Além desses aspectos, abordamos também no livro o controle 
social, que é facilitado pela accountability, pois, por meio da prestação 
de contas, permite-se um maior nível de transparência e de exposição 
das políticas públicas. Consequentemente, mostramos que a socie-
dade deve responsabilizar os gestores pelas ações que não vislumbram 
o interesse comum.
Para que você não confunda auditoria com controle, principal-
mente auditoria interna com controle interno, este livro buscou 
227
destacar que a auditoria interna é uma atividade administrativa que 
mede e avalia a eficiência de outros controles, entre eles o controle 
interno. Assim, o trabalho de auditoria interna deve proceder ao 
exame e à avaliação da adequação e da eficácia do sistema de controle 
interno e da qualidade do desempenho na realização do trabalho.
Por	fim,	resta-nos	destacar	que	–	em	cada	um	dos	capítulos	–	bus-
camos apresentar de maneira clara e objetiva as principais discussões 
a respeito do controle na administração pública, sem a pretensão de 
esgotar os debates sobre os assuntos em foco. Ao final de cada capí-
tulo, apresentamos questões para revisão com o objetivo de aprimorar 
o seu processo de aprendizagem.
233
Respostas 
Capítulo 1
Questões para revisão
1. Um Estado advém de todo agrupamento humano, politicamente organizado, em 
território definido. Um Estado, para ser assim considerado, deve ter, ainda, a sobera-
nia, que o torna independente, com autoridade suprema.
O governo é um dos elementos do Estado, ou seja, não há Estado se não houver um 
governo para coordenar as suas atividades, para manter a ordem jurídica e realizar 
o bem comum a todos os componentes do agrupamento humano que o compõe. O 
governo é, então, um representante do Estado nas suas relações com a sociedade.
Por sua vez, a administração pública se refere ao aparelhamento necessário para pôr 
em prática as políticas públicas, é um meio de que dispõe o Estado para realizar as 
políticas de governo. O exercício das funções sociais pelo Estado é efetivado por meio 
de seus aparelhos (instituições burocráticas que prestam os serviços públicos).
2. Há duas formas de Estado: o unitário, cujo poder político é central, e o federal, 
quando há vários centros políticos congregados em um maior. O Estado Federal é 
composto por unidades que, embora dotadas de capacidade de auto-organização e de 
autoadministração, não são dotadas de soberania, submetendo-se a uma Constituição 
Federal. 
O Federalismo se baseia em governos no âmbito regional e municipal, em divisões 
administrativas subordinadas a um governo central e soberano. Nesse sentido, o 
Federalismo Fiscal “pressupõe, necessariamente, a livre negociação entre as partes, 
com vistas a garantir certo grau de autonomia e delinear as funções a serem cumpri-
das pelos diversos níveis administrativos” (repartição de competências), “bem como a 
distribuição	dos	recursos”	para	financiar	seus	gastos	(Filellini,	1994).
3.	 b.
Análise	da	questão	3:	
Alternativa a): Incorreta. A administração burocrática não deu continuidade ao sis-
tema patrimonialista, ao contrário, veio impedir que o patrimônio público fosse 
234
confundido com o patrimônio privado e, para isso, instituiu um sistema extrema-
mente formal e voltado para o controle de procedimentos.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. O modelo burocrático não foi implantado no século XIX, 
quando o Estado iniciava a sua atuação no setor produtivo.
Alternativa d): Incorreta. A administração burocrática ficou marcada pelos seus pro-
cessos rígidos e complexos, o que deu origem à chamada burocracia para justificar toda 
a tramitação morosa.
4. b
Análise da questão 4: 
Alternativa a): Incorreta. Na medida em que a administração pública incorporava 
os modelos, não eram abandonados completamente os anteriores. A administração 
pública evoluiu através de três modelos básicos que se sucederam no tempo, sem, con-
tudo, serem completamente suplantados.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. O rígido controle sobre os procedimentos e o foco exclusivo 
na legislação são características do modelo burocrático. O modelo gerencial, ao con-
trário, buscava o controle sobre os resultados e o foco na legalidade e, também, no que 
de efetivo a administração produziu para a sociedade.
Alternativa d): Incorreta. Os conceitos de accountability, transparência e participação 
política emergiram na administração pública gerencial, com a preocupação do Estado 
sobre os resultados e a participação popular.
5. d.
Análise da questão 5: 
Alternativa a): Incorreta. A forma de Estado adotada pelo Brasil é a Federação, ou seja, 
é formado por um conjunto de Estados-membros e municípios, incluindo o Distrito 
Federal, com relativa autonomia para se organizar política, administrativa e juridica-
mente e regulamentar os assuntos relacionados às suas obrigações.
235
Alternativa	b):	Incorreta.	O	Brasil	possui	como	forma	de	governo	a	República,	cujo	
sistema de governo é o presidencialismo (chefe de Governo e chefe de Estado, conco-
mitantemente) e tem seus representantes eleitos pelo povo.
Alternativa c): Incorreta. Na concepção do sistema de freios e contrapesos, prevista na 
Constituição	de	1988,	o	Poder	Judiciário	está	sujeito	à	fiscalização	operacional,	finan-
ceira,	orçamentária,	contábil	e	patrimonial,	conforme	determina	a	Carta	Magna.
Alternativa d): Correta.
Capítulo 2
Questões para revisão
1. O controle na administração pública, assim como em outras instituições priva-
das, está dividido em interno e externo. O controle externo é aquele realizado pelo 
Poder Legislativo (controle parlamentar) com o auxílio dos Tribunais de Contas e, 
ainda, aquele realizado pela sociedade (controle social). O controle interno, por sua 
vez, refere-se a um conjunto coordenado de métodos e medidas adotado pela própria 
administração para proteger o seu patrimônio. Esse órgão deve ter estrutura indepen-
dente dos demais setores da empresa, ligado à alta gerência, por dois motivos: para 
manter a segregação da função e a independência técnico-funcional.Além disso, esse 
órgão deve ter funcionários com qualificação adequada, aderência a diretrizes e nor-
mas da organização e, principalmente, apresentar resultados para a organização bem 
superior ao custo de sua estrutura. 
O controle interno é estruturado para assegurar que a administração atue em con-
sonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico e que os 
erros e os riscos potenciais sejam controlados e monitorados internamente. Já o con-
trole externo visa garantir que a organização pública está agindo conforme determina 
as normativas legais, se está atendendo ao bem comum e se está atuando com eficiên-
cia e eficácia.
2. No âmbito da administração pública, a finalidade do controle é a mesma que nas 
instituições privadas, ou seja, assegurar que os resultados estejam sendo alcançados 
conforme os padrões preestabelecidos. Constitucionalmente, tanto o controle interno 
como o controle externo têm a finalidade de avaliar os aspectos contábeis, financeiros, 
236
patrimoniais e operacionais. Os aspectos contábeis se referem aos registros, aos con-
troles e às análises das operações de caráter orçamentário, financeiro e patrimonial. 
O controle financeiro, por sua vez, refere-se ao controle sobre a movimentação finan-
ceira relativo aos recebimentos e aos pagamentos de natureza orçamentária e extraor-
çamentária. Já o controle orçamentário é efetuado considerando o princípio da lega-
lidade, confrontando as receitas previstas e as despesas autorizadas em relação às 
realizadas. O controle patrimonial se refere aos elementos que compõem o patrimô-
nio	–	ativos	e	passivos.	O	controle	operacional	diz	respeito	aos	controles	das	operações	
e é relacionado à eficiência e à eficácia obtidas pela administração pública no desen-
volvimento de suas atividades. Em relação a esses aspectos, a Constituição Federal de 
1988	determina	que	sejam	realizados	com	o	objetivo	de	verificar	a	legalidade	dos	atos	
praticados, se a despesa está direcionada ao bem comum e, ainda, se ela foi realizada 
obedecendo ao princípio da eficiência.
3.	 b.
Análise	da	questão	3:
Alternativa a): Incorreta. O princípio da legalidade pressupõe que todos os atos da 
administração pública devem estar sujeitos aos mandamentos da lei.
Alternativa b): Correta. A improbidade administrativa citada viola o princípio da 
moralidade, pois a administração agiu de forma imoral e desonesta. Geralmente, 
quando a conduta é indevida e fere o princípio da moralidade, acaba por ferir, tam-
bém, outros princípios, como o da legalidade, por exemplo.
Alternativa c): Incorreta. A impessoalidade tem como objetivo não caracterizar o 
agente público nas realizações da administração pública, pois os méritos não são do 
administrador.
Alternativa d): Incorreta. O princípio da eficiência visa dispor que todos os atos da 
administração pública sejam executados de forma proveitosa e com qualidade.
4. b.
Análise da questão 4: 
Alternativa a): Incorreta. O controle concomitante e interno é de competência do con-
trole interno, ou seja, o controle realizado pelo próprio órgão ao mesmo tempo em que 
o ato é realizado. 
237
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. O controle prévio e interno é realizado pelo controle interno, 
ou seja, pelo controle realizado pelo órgão que faz parte da estrutura administrativa, 
antes do ato ser executado.
Alternativa d): Incorreta. O controle corretivo e interno é aquele realizado pelo órgão 
que estrutura a própria entidade controlada e visa corrigir atos já ocorridos em desa-
cordo com o padrão previamente estabelecido.
5. d.
Análise da questão 5: 
Alternativa	a):	Incorreta.	Essa	não	é	uma	competência	constitucional	do	Ministério	
Público Federal.
Alternativa b): Incorreta. Os Tribunais de Contas não realizam o controle externo, 
pois essa é uma competência do Poder Legislativo. Os Tribunais de Contas apenas 
auxiliam o Poder Legislativo.
Alternativa c): Incorreta. Essa não é uma competência constitucional do Senado 
Federal.
Alternativa d): Correta. De acordo com a separação dos poderes defendida por 
Montesquieu	 e	 consagrada	 na	 nossa	 Constituição	 de	 1988,	 cabe	 ao	 Congresso	
Nacional realizar o controle externo, com o auxílio dos Tribunais de Contas.
Capítulo 3
Questões para revisão
1. A garantia da confiabilidade dos informes e dos relatórios é dada por meio das 
observâncias aos elementos dispostos na contabilidade e nas demais áreas que servi-
rão de informes e de relatórios contábeis, financeiros e operacionais, e que serão divul-
gados aos gestores e à sociedade. Devem ser analisadas: a) se as documentações uti-
lizadas	 para	 registros	 são	 fidedignas;	 b)	 a	 existência	 de	 conciliação	 que	 elimina	 as	
pendências	entre	as	diversas	fontes	de	informação;	c)	a	existência	de	um	plano	de	con-
tas	e	a	composição	de	suas	contas	analítica	e	sintética;	d)	a	tempestividade	dos	regis-
tros e a utilização de equipamentos eletrônicos que agilizam os registros. Com base na 
238
verificação do controle interno nesses pontos principais, é dada a garantia razoável de 
que a organização está atuando adequadamente e que as informações constantes nos 
relatórios são verídicas e tempestivas.
2. Compreende a forma pela qual os bens e os direitos da empresa são salvaguarda-
dos contra quaisquer perdas e riscos decorrentes de erros, enganos, perdas, roubo e 
outras irregularidades. Para minimizar a possibilidade dessas ocorrências, o controle 
interno deve garantir que haja a segregação de funções que elimina a possibilidade de 
uma	única	pessoa	desenvolver	 todas	 as	 fases	do	processo;	o	 estabelecimento	de	 sis-
tema de autorização e de aprovação que evita que a pessoa que autoriza seja a pessoa 
que	aprova;	a	determinação	de	funções	e	de	responsabilidades	que	define	as	funções	e	
as	responsabilidades	de	cada	cargo;	a	rotação	de	funcionários	para	que	o	rodízio	per-
mita	diminuir	as	oportunidades	de	 fraudes	e	de	erros;	e	o	estabelecimento	de	alça-
das progressivas que, com dupla assinatura de pessoas independentes, forneça maior 
segurança à empresa. Há outras formas de reduzir os perigos que rondam os bens e os 
diretos da empresa, tais como: carta fiança, seguro, manutenção de contas de controle 
por outro funcionário com o objetivo de comprovar a exatidão dos registros, atualiza-
ção permanente da legislação vigente, contagem física de bens e de valores por inter-
médio de pessoas independentes e, ainda, a divisão racional do trabalho com a identi-
ficação clara e objetiva das normas, dos procedimentos, dos impressos, dos arquivos e 
dos números de subordinados compatíveis, que fornece condições razoáveis que per-
mitem a supervisão suficiente e, consequentemente, a prevenção contra a ocorrência 
de erros e de desperdícios.
3.	 c
Análise	da	questão	3:
Afirmação I: Incorreta. O controle interno tem como finalidade assegurar a prote-
ção dos ativos. Assim, não cabe a ele ordenar as despesas públicas. As despesas públi-
cas são ordenadas pelos chamados ordenadores de despesas, geralmente ligados ao chefe 
maior da instituição, podendo ser delegada esta função aos chefes inferiores.
Afirmação II: Correta.
Afirmação III: Correta.
Afirmação IV: Incorreta. Não cabe ao controle interno aprovar ou não a legalidade 
dos atos, cabe apenas a ele averiguar se a legalidade está ou não sendo cumprida.
239
4. c
Análise da questão 4:
Afirmação I: Incorreta. O controle interno tem a finalidade de comprovar ou não a 
legalidade dos atos praticados. Assim, não tem a função de aprovar a prestação de 
contas anual.
Afirmação II: Correta.
Afirmação III: Correta.
Afirmação IV: Incorreta. O controle interno só dará ciência ao Tribunal de Contas 
quandotomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, porém não 
deve dá-la caso não tenha elementos comprobatórios suficientes para afirmar tal 
posição.
5. a
Análise da questão 5:
Alternativa a): Incorreta. A aprovação da prestação de contas anual é função do Poder 
Legislativo com o auxílio dos Tribunais de Contas (controle externo), não cabendo, 
dessa forma, ao controle interno.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Correta.
Alternativa d): Correta.
Capítulo 4
Questões para revisão
1. Pela metodologia Coso de controle interno, a legalidade é um dos objetivos que 
a entidade do setor público deve cumprir, porém há outros objetivos tão importan-
tes quanto este, que são os da eficiência, da eficácia, da veracidade e da fidedignidade 
das informações. Hoje, não basta que o Poder Público cumpra a legalidade, faz-se 
necessário, também, que tenha eficiência e eficácia nos resultados. Podemos pen-
sar mais além ainda: acreditamos que o Poder Público precisa alcançar os 4 Es da 
240
administração pública, que são: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade, con-
forme indica a Figura A.
Figura A – Diagrama insumo-produto
EFETIVIDADE
ECONOMICIDADE
EFICIÊNCIA
EFICÁCIA
Insumo
(recursos 
alocados)
Compromisso
(objetivos 
definidos)
Ação/Produção
(ações 
desenvolvidas)
Produto
(bens e serviços 
providos)
Resultado
(objetivos 
atingidos)
Fonte: Adaptado de Brasil, 2010.
De acordo com o TCU (Brasil, 2010, p. 11), a economicidade representa a “mini-
mização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem 
comprometimento dos padrões de qualidade”. A eficiência, por sua vez, refere-
-se à relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os 
custos dos insumos empregados, em um determinado período de tempo. A eficácia 
se refere ao grau de alcance das metas programadas, em um determinado período de 
tempo, independentemente dos custos implicados. Por fim, a efetividade diz respeito 
à relação entre os resultados alcançados (impactos/efeitos observados) e os objeti-
vos (impactos/efeitos esperados) que motivaram a atuação institucional. A observa-
ção desses aspectos é fundamental para uma boa administração dos recursos públicos.
Assim, o controle interno voltado para os aspectos operacionais visa dar razoável 
garantia de que os aspectos operacionais estão sendo cumpridos. Não se trata de 
amesquinhar	o	controle	de	conformidade	–	feito	por	meio	do	controle	contábil-finan-
ceiro, que envolve os aspectos da legalidade no âmbito contábil, financeiro, orçamen-
tário	e	patrimonial	–	mas,	sim,	de	se	voltar,	também,	para	os	aspectos	da	eficiência	e	
da eficácia das operações.
A sociedade só terá a garantia de que os objetivos estratégicos da administração 
pública estão sendo atingidos se o controle interno garantir, com razoável certeza, que 
os recursos empregados nas ações públicas estão sendo geridos com eficiência e eficá-
cia, que a administração pública está obedecendo às leis e aos regulamentos e, por fim, 
que as informações disponibilizadas à sociedade são íntegras e verídicas. 
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241
Ao garantir que os objetivos da conformidade, da comunicação e das operações estão 
sendo cumpridos, garante-se, automaticamente, que os objetivos estratégicos alinha-
dos à missão organizacional também estão sendo realizados.
2. O controle interno não pode dar garantia absoluta de que os objetivos estão sendo 
alcançados,	pois	encontra	algumas	limitações	–	entre	elas,	erros	de	julgamento,	 ins-
truções mal compreendidas, conluio e má condução das instruções do controle interno 
pela administração. Há limitações, ainda, do próprio controle interno, como estrutu-
ração de forma deficiente, falha na atuação, restrições de recursos, falhas de planeja-
mento, erros de avaliação ou interpretação, má compreensão, descuido, cansaço físico 
e outros fatores decorrentes do comportamento humano.
3.	 b
Análise	da	questão	3:
Alternativa	a):	Incorreta.	Mesmo	que	os	objetivos	de	comunicação	e	de	conformidade	
estejam sob controle da organização, o controle interno não oferece garantia absoluta 
em virtude das limitações encontradas.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. Os objetivos estratégicos não estão sob controle exclusivo da 
organização. Eles dependem do ambiente em que a organização pública está inserida. 
Mesmo	que	estivesse	sob	controle	da	organização,	o	controle	interno	não	proporciona	
garantia absoluta de que os riscos foram reduzidos integralmente.
Alternativa d): Incorreta. Quem define os objetivos da organização pública é a alta 
gerência eleita para desenvolver seu plano de governo. O controle interno não dita os 
objetivos que a administração deve escolher, ele apenas verifica se os objetivos estão 
ou não sendo cumpridos.
4. b
Análise da questão 4:
Alternativa a): Incorreta. Para responder ao risco, a administração deve levar em con-
sideração a probabilidade de ocorrência de eventos negativos e o seu impacto, pois se 
a probabilidade e o impacto são grandes, o administrador deve evitá-los. Porém, se a 
probabilidade e o impacto são pequenos, vale a pena aceitá-los. Outras decisões são 
242
possíveis dependendo da combinação entre probabilidade de ocorrência e impacto, a 
qual dependerá das respostas adequadas.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. O risco só deve ser evitado se o custo for inferior aos impac-
tos provocados pelos eventos negativos.
Alternativa d): Incorreta. Ao responder ao risco, ou seja, achar uma forma de reagir 
ao risco, a administração sempre leva em consideração o seu apetite ao risco, ou seja, 
enquanto o gestor se arrisca ao não reagir aos possíveis eventos negativos.
5. c
Análise da questão 5: 
Alternativa a): Incorreta. Quanto maior é a organização, mais ela está sujeita ao risco, 
seja em virtude do volume de atividades, do número de pessoas envolvidas ou de sua 
dependência do ambiente externo.
Alternativa b): Incorreta. A análise do risco (eventos que afetam negativamente) leva 
em consideração a probabilidade de sua ocorrência e o seu impacto. Com essa análise, 
a administração escolhe como responder ao risco.
Alternativa c): Correta.
Alternativa d): Incorreta. Os métodos de avaliação dos riscos envolvem técnicas qua-
litativas e quantitativas que têm o objetivo de minimizar as incertezas e prever quais 
eventos possuem probabilidade de ocorrer e de afetar negativamente a empresa e, se 
ocorrerem, qual é o impacto que irá provocar.
Capítulo 5
Questões para revisão
1. A	República	Federativa	do	Brasil	optou	pela	separação	dos	poderes	em	Legislativo,	
Executivo e Judiciário, evitando a concentração de poder em apenas uma autoridade. 
Nesse sistema, coube ao Poder Legislativo a função de elaborar leis e fiscalizar os atos 
dos	gestores	públicos.	Em	relação	à	fiscalização,	o	art.	71	da	Constituição	Federal	de	
1988	determina	que	o	controle	 externo	seja	 função	do	Poder	Legislativo,	 sendo	de	
competência do Congresso Nacional, no âmbito federal, das Assembleias Legislativas, 
243
nos	estados,	da	Câmara	Legislativa,	no	Distrito	Federal,	e	das	Câmaras	Municipais,	
nos municípios.
Porém,	nos	termos	do	art.	70da	Constituição	Federal,	o	controle	externo	tem	dois	
ramos:	 a)	o	político,	que	busca	garantir	os	 interesses	do	Estado	e	da	 sociedade;	b)	
o técnico, voltado para as fiscalizações financeiras, orçamentárias, contábeis, ope-
racionais e patrimoniais. O controle político é realizado diretamente pelos Poderes 
Legislativos. O controle técnico foi atribuído aos Tribunais de Contas.
Nesse sentido, compete ao Tribunal de Contas a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial das administrações públicas quanto à lega-
lidade, à legitimidade e à economicidade. Os Tribunais de Contas se caracterizam 
como órgão auxiliar do Poder Legislativo na execução do controle externo.
2. A prestação de contas tem por objetivo evidenciar para o controle externo os resul-
tados contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais decorren-
tes dos atos de gestão. O Poder Legislativo, responsável constitucionalmente pelo 
controle externo, eleito pelo povo como o seu representante, tem por objetivo ana-
lisar tecnicamente os demonstrativos constantes na prestação de contas para avaliar 
se todas as transações contábeis, financeiras, orçamentárias, operacionais e patrimo-
niais foram executadas em obediência às determinações legais, em conformidade com 
o interesse público e, ainda, se obedeceram ao princípio da eficiência administrativa.
A prestação de contas tem dois critérios de análise pelo Poder Legislativo: o técnico-
-jurídico e o político. O aspecto político, que avalia o desempenho geral do Estado na 
execução das políticas públicas, é julgado pelo Poder Legislativo. O aspecto técnico-
-jurídico, que envolve os aspectos orçamentários, financeiros, contábeis e patrimoniais, 
é julgado pelo Poder Legislativo com o auxílio dos Tribunais de Contas. Os Tribunais 
de Contas avaliam antecipadamente as contas e emitem o parecer prévio e, depois 
disso, enviam-no para o Poder Legislativo efetuar o julgamento final.
Para a avaliação do Poder Legislativo, com o auxílio dos Tribunais de Contas, as pres-
tações de contas anuais devem conter um conjunto de informações compostas pelo 
relatório de administração, pelas demonstrações contábeis, pelas notas explicativas, 
pelo certificado da auditoria e pelo parecer conclusivo do controle interno.
3.	 b
Análise	da	questão	3:	
244
Alternativa a): Incorreta. A função do controle externo é do Poder Legislativo, que o 
realiza com o auxílio do Tribunal de Contas, e não o contrário.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. A função do controle externo é do Poder Legislativo, que a 
Constituição atribuiu ao Congresso Nacional. Quem auxilia o controle externo é o 
Tribunal de Contas, e não o controle interno. O controle interno é realizado pelo pró-
prio Poder para avaliar os seus atos.
Alternativa	d):	Incorreta.	Tanto	o	Congresso	Nacional	quanto	as	Câmaras	Municipais	
são	 entes	 do	Poder	Legislativo;	 apenas	 estão	 situados	 em	 esferas	 distintas	 –	 o	 pri-
meiro na esfera federal e o segundo, na municipal. Ambos realizam o controle externo 
com o auxílio do Tribunal de Contas de sua jurisdição.
4. b
Análise da questão 4: 
Alternativa a): Incorreta. A função de julgar as contas não é do Tribunal de Contas, 
mas, sim, do Poder Legislativo, que o faz com o auxílio dos Tribunais de Contas. 
O Tribunal de Contas apenas examina tecnicamente as contas em parecer prévio. 
Depois, as contas são encaminhadas ao Poder Legislativo para julgamento.
Alternativa b): Correta. 
Alternativa c): Incorreta. Não é função do Tribunal de Contas julgar as contas, ape-
nas apreciar previamente.
Alternativa d): Incorreta. Não é função do controle interno julgar a regularidade das 
contas, mas, sim, do controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com o auxílio 
dos Tribunais de Contas.
5. b
Análise: 
Alternativa a): Incorreta. O modelo atual do controle externo é o controle a posteriori, 
ou seja, a fiscalização é feita posteriormente à sua execução. Em períodos anteriores, 
os Tribunais de Contas realizavam o controle prévio, porém esse controle tornava o 
processo administrativo mais demorado.
Alternativa b): Correta. 
245
Alternativa c): Incorreta. Não é função do Tribunal de Contas julgar as contas, apenas 
apreciá-las previamente. A função de julgar as contas é do Poder Legislativo.
Alternativa	d):	Incorreta.	O	art.	71,	inciso	XI,	§	1º,	da	Constituição	Federal	de	1988,	
prevê que a sustação dos contratos deverá ser feita diretamente pelo Poder Legislativo.
Capítulo 6
Questões para revisão
1. De	 acordo	 com	 a	 Lei	Complementar	 nº	 101/2000	 (LRF),	 são	 instrumentos	 de	
transparência da gestão fiscal os planos, os orçamentos, as leis de diretrizes orçamen-
tárias, as prestações de contas e os respectivos pareceres prévios feitos pelo Tribunal 
de	Contas:	o	Relatório	Resumido	da	Execução	Orçamentária	e	o	Relatório	de	Gestão	
Fiscal. Além desses pontos, a referida lei estabeleceu que a transparência será assegu-
rada, também, por meio do incentivo à participação popular e da realização de audiên-
cias públicas.
A	Lei	Complementar	nº	131/2009	alterou	a	LRF,	incluindo	a	obrigatoriedade	da	libe-
ração ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de 
informações pormenorizadas sobre as execuções orçamentárias e financeiras e, em 
especial, quanto à despesa realizada e às receitas arrecadadas.
2. O controle social é aquele exercido diretamente pela sociedade civil sobre o Estado, 
com o objetivo de garantir que os recursos públicos sejam aplicados corretamente. 
Considerando que a eleição é a escolha de um representante popular para decidir em 
nome do povo, esse representante tem a responsabilidade de agir de maneira correta e, 
periodicamente, prestar contas perante os seus representados. A accountability se refere 
a essa dupla responsabilidade: a de agir de maneira correta com relação ao objeto de 
delegação e a de, periodicamente, prestar contas de seu desempenho.
A accountability, por ser um conjunto de mecanismos e de procedimentos que induzem 
os dirigentes governamentais a prestar contas dos seus resultados, garante maior nível 
de transparência e a exposição das políticas públicas. Quanto maior a transparência, 
maior é a possibilidade de a sociedade discernir se os seus representantes estão ou não 
agindo em função do interesse comum. Quanto maior for a transparência, maior será 
o controle social sobre os atos do governo.
246
3.	 a
Análise	da	questão	3:	
Afirmativa	I:	Incorreta.	O	Relatório	Resumido	da	Execução	Orçamentária	–	RREO	
não	foi	criado	pela	LRF,	mas,	sim,	pela	Constituição	Federal	de	1988,	em	seu	art.	165,	
§	3º.	Coube	à	LRF	apenas	estender	a	obrigatoriedade	aos	demais	entes	da	Federação,	
uma	vez	que,	antes,	apenas	a	União	estava	obrigada	a	adotar	o	RREO.
Afirmativa	II:	Incorreta.	O	Relatório	Resumido	da	Execução	Orçamentária	–	RREO	
e	o	Relatório	de	Gestão	Fiscal	–	RGF	não	substituem	a	prestação	de	contas	anual,	
pois possuem informações diferenciadas, embora o objetivo dos relatórios e da presta-
ção de contas seja a transparência. A prestação de contas anual possui mais informa-
ções	do	que	aquelas	constantes	do	RREO	e	do	RGF.
Afirmativa III: Correta.
Afirmativa IV: Correta.
4. c
Análise da questão 4: 
Alternativa	a):	Incorreta.	O	Relatório	Resumido	de	Execução	Orçamentária	–	RREO	
e	o	Relatório	de	Gestão	Fiscal	–	RGF	têm	finalidade	diversa	da	prestação	de	contas	
anual: a finalidade é de divulgar informações bimestrais e quadrimestrais. Os relató-
rios que compõem a prestação de contas são mais amplos, divulgando as informações 
contábeis, orçamentárias, financeiras e patrimoniais de determinado período.
Alternativa b): Incorreta. O Plano Plurianuale a Lei de Diretrizes Orçamentárias são 
instrumentos de planejamento, e não de prestação de contas. Na prestação de contas 
anual, é apresentada a execução dos respectivos planos.
Alternativa c): Correta.
Alternativa d): Incorreta. O anexo de metas e de riscos fiscais faz parte da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias, e não da prestação de contas anual.
5. d
Análise da questão 5:
247
Alternativa a): Incorreta. O Tribunal de Contas apenas auxilia. O controle externo na 
esfera federal é função do Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas 
da União.
Alternativa b): Incorreta. Na esfera estadual, o controle externo é feito pelas 
Assembleias Legislativas estaduais, com o auxílio dos Tribunais de Contas.
Alternativa c): Incorreta. Na esfera federal, quem realiza o controle externo é o 
Congresso	Nacional,	com	o	auxílio	do	Tribunal	de	Contas	da	União;	nas	esferas	esta-
duais	e	municipais,	as	Assembleias	e	as	Câmaras	Municipais,	respectivamente,	com	
auxílio dos Tribunais de Contas.
Alternativa	d):	Correta.	Assim	como	o	art.	71	da	Constituição	Federal	de	1988	esta-
belece que o controle externo está a cargo do Congresso Nacional, que o exerce com 
o auxílio do Tribunal de Contas da União, nos estados e nos municípios o controle 
externo é função das Assembleias e das Câmaras municipais, respectivamente, que o 
exercem com o auxílio dos Tribunais de Contas.
Capítulo 7
Questões para revisão
1. Não. O objetivo da auditoria interna é contribuir com a administração na busca do 
aperfeiçoamento das operações e do controle interno e na indução ao cumprimento de 
políticas e normas. Para isso, a auditoria interna examina a integridade, a adequação e 
a eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e ope-
racionais da entidade pública. Já a finalidade da auditoria externa é atender às neces-
sidades de terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras, 
por isso efetua a revisão das operações e do controle interno realizados para determi-
nar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras. O objetivo 
da auditoria externa ou independente é a emissão de parecer sobre a adequação das 
demonstrações contábeis publicadas pela entidade do setor público.
2. O objetivo da auditoria de desempenho operacional, chamada de Auditoria de 
Natureza Operacional	–	ANOp,	é	examinar	a	ação	governamental	quanto	aos	aspectos	
da economicidade, da eficiência e da eficácia, enquanto a avaliação de programa busca 
examinar a efetividade dos programas e dos projetos governamentais (Brasil, 2010).
248
Para aplicar as dimensões da auditoria operacional, vamos utilizar um exemplo de um 
programa	de	vacinação	elaborado	pelo	Tribunal	de	Contas	da	União	–	TCU	(Brasil,	
2010), que são:
Economicidade	–	O	custo	das	vacinas	certamente	seria	um	componente	de	economi-
cidade relevante a ser examinado em uma auditoria de ANOp, assim como o custo de 
distribuição e de acondicionamento das vacinas. Uma análise possível seria verificar a 
estratégia adotada pelo gestor para diminuir o custo de aquisição das vacinas.
Eficiência	–	Num	programa	de	vacinação,	a	eficiência	se	mede	por	meio	da	relação	
entre o custo dos insumos e o número total de pessoas vacinadas (custo dos insumos 
/ número de pessoas vacinadas = eficiência). Considera-se o custo médio de vacinar 
uma pessoa como uma boa medida da eficiência do programa.
Eficácia	–	A	eficácia	de	um	programa	de	vacinação	poderia	 ser	 verificada	pela	 rela-
ção entre a meta de cobertura vacinal e o número de pessoas vacinadas. É importante 
observar que a análise de eficácia deve considerar os critérios adotados para a fixação 
da meta a ser alcançada. Uma meta subestimada pode levar a conclusões equivoca-
das a respeito da eficácia do programa ou da atividade sob exame. Além disso, fatores 
externos, como restrições orçamentárias, podem comprometer o alcance das metas 
planejadas e devem ser levados em conta durante a análise da eficácia.
Efetividade	–	Quanto	à	dimensão	de	efetividade,	ou	seja,	para	sabermos	se	esse	pro-
grama de vacinação está ou não sendo efetivo, implicaria examinar a evolução do 
índice de incidência da doença que se quer erradicar. Portanto, para o contexto dos 
trabalhos, os resultados que estão diretamente relacionados à oferta de bens e servi-
ços públicos (produtos) sob a responsabilidade do gestor são examinados sob a ótica 
da eficácia. Já o alcance dos resultados (impactos) pretendidos, a médio e longo prazo, 
é examinado sob a ótica da efetividade. 
Na análise da efetividade, realizada por meio de avaliações de impacto, busca-se res-
ponder à seguinte pergunta: Que diferença faz o programa?
3.	 c
Análise	da	questão	3:	
Alternativa a): Incorreta. À auditoria independente denominamos auditoria externa, 
que possui independência em relação ao órgão, e não de auditoria interna.
249
Alternativa b): Incorreta. Embora a auditoria independente seja realizada por tercei-
ros, ou seja, por uma entidade que não pertence ao órgão público, a sua finalidade não 
é	emitir	relatório	de	análise	de	balanços	e	fluxos	de	caixa;	é	verificar	e	atestar	a	fidedig-
nidade das informações financeiras.
Alternativa c): Correta. 
Alternativa d): Incorreta. À auditoria independente denominamos auditoria externa, 
e	não	a	interna,	embora	ambas	devam	ter	independência;	mas	não	possuem	grau	de	
independência na mesma totalidade, pois a auditoria interna, por estar dentro do 
órgão ainda, fica suscetível a uma atitude parcial.
4. a
Análise da questão 4: 
Alternativa a): Correta.
Alternativa b): Incorreta. Para ter uma atitude íntegra, o auditor deve agir de maneira 
correta e justa, mantendo a independência para que seu parecer não seja afetado por 
interesses pessoas e políticos. As decisões precisam estar de acordo com o interesse 
público, e não com o interesse particular.
Alternativa c): Incorreta. Para manter a eficiência e o alto nível de profissionalismo na 
realização dos trabalhos de auditoria, um auditor deve estar sempre atua lizado, para 
desempenhar suas responsabilidades de maneira justa, competente e imparcial.
Alternativa d): Incorreta. A confiabilidade é um dos princípios que o auditor deve 
seguir. Não cabe ao auditor cumprir as funções de transparência, mas, sim, a fun-
ção de auditoria. As informações obtidas para a realização dos seus trabalhos não 
devem ser divulgadas a terceiros, devem apenas ser utilizadas para cumprir os pro-
cedimentos de auditoria que, ao final, servirão de subsídio para o relatório ou o pare-
cer da auditoria.
5. b
Análise da questão 5: 
Alternativa a): Incorreta. Embora as auditorias operacionais realizadas pelos 
Tribunais de Contas compreendam os exames, as análises, as avaliações, os levanta-
mentos e as comprovações metodologicamente estruturados, a avaliação da audito-
ria operacional é quanto à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade dos 
programas de governo. As avaliações da integridade dos registros contábeis e do cum-
primento das leis, das normas e dos regulamentos são realizadas pelas tradicionais 
auditorias de conformidade, também chamadas de auditorias de regularidade.
Alternativa b): Correta.
Alternativa c): Incorreta. As auditorias externas, também chamadas de independen-
tes,	podem	ser	realizadas	pelos	Tribunais	de	Contas,	pelo	Ministério	Público,	pelo	
Instituto	Nacional	de	Seguridade	Social	–	 INSS,	pela	Receita	Federal	do	Brasil	–	
RFB,	pelos	órgãos	de	arrecadação	municipal,	estadual	e	federal,	além	das	auditorias	
privadas contratadas pelo gestor de forma voluntária.
Alternativa d): Incorreta. As auditorias de regularidade realizadas pelos Tribunais 
de Contas visam avaliar a integridadedos registros contábeis, a observância às leis, às 
normas e aos regulamentos e a fidedignidade das informações financeiras. O monito-
ramento dos controles internos e a revisão das atividades operacionais e da gestão de 
riscos são realizados pela auditoria interna.

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