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* Conceito: “é uma função do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito, para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça”. * No sentido coloquial, a palavra jurisdição designa o território (estado, município, região, país, países-membros etc.) sobre o qual este poder é exercido por determinada autoridade ou Juízo. * Em seu sentido tradicional, a jurisdição compete apenas aos órgãos do Poder Judiciário. Contudo, modernamente, já é aceita a noção de que outros órgãos também exercem a função jurisdicional, desde que exista autorização constitucional. Exemplo: a competência que foi dada ao Senado Federal para julgar o Presidente da República em caso de crime de responsabilidade. * 2. Jurisdição é ao mesmo tempo: poder: “manifestação do poder estatal, capacidade de decidir imperativamente e impor decisões”; função: “expressa o encargo que têm os órgãos estatais de promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo”; * c) atividade : “complexo de atos do juiz no processo exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete”. * 3. Caracterização da jurisdição pelos aspectos jurídicos segundo CHIOVENDA: caráter substitutivo: atividade admitida pela lei em que o Estado substitui as partes quando surge o conflito. Exceção no processo civil: autocomposição. Absoluto no direito penal: direito de punir, somente pode ser exercido mediante processo. * OBS.: dessa forma, como as atividades do Estado são exercidas por seus agentes que não agem em nome próprio, mas, como órgãos do Estado, a imparcialidade é exigência da lei, caso contrário, não deverá atuar no processo. Arts. 134 (impedimentos), 135 (suspeição) e 312 do CPC; Arts. 95-103, 252 e 254 do CPP. * Exemplos de impedimento: Art. 134: é defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: I - de que for parte; V – quando cônjuge, parente, consanguíneo, ou afim, em linha reta, ou na colateral, até o terceiro grau. * Exemplos de suspeição: Art. 135: Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando: I – amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; II – alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau. * b) escopo jurídico de atuação do direito: trata-se do cumprimento das normas de direito substancial, atingindo o objetivo das normas. Obs.: através da jurisdição o Estado procura a realização do direito material, favorecendo a paz, a ordem e o interesse da própria sociedade, contudo, não se pode dizer que essa é a mesma motivação que levam as pessoas ao processo. * Como por exemplo: Quando acionamos o Poder Judiciário através do direito de ação (processo), estamos a procura da satisfação de nossa pretensão perante outrem, ou estamos preocupados com a efetivação do interesse da sociedade? * 4. Outras características da jurisdição: lide: a existência da lide que leva o interessado a dirigir-se ao Estado-juiz e a pedir-lhe uma solução; * O mesmo não ocorre com o MP, em relação a livre disposição em provocar o poder estatal, para que este exerça sua função jurisdicional. Em direito processual penal, o titular da pretensão punitiva é o MP que não pode dispor da propositura da ação penal pública incondicionada. * b) Inércia: em regra, o poder jurisdicional é inerte, o que fica entregue ao poder do interessado o acesso aos órgãos da jurisdição. Art. 2º, CPC – “nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais”. * Exceções à inércia da atividade jurisdicional: as execuções trabalhistas e penais; declaração de falência de empresa, sob regime de concessão de recuperação judicial, quando faltar qualquer requisito para seu prosseguimento etc. Nessas situações específicas o juiz poderá agir de ofício. * c) definitividade: Art. 5º, inciso XXXVI, CF – “ a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Trata-se a coisa julgada, da imutabilidade dos efeitos de uma sentença, sendo que, as partes não podem repropor a mesma demanda em juízo ou comportar-se de modo diferente daquele preceituado, nem os juízes podem voltar a decidir a respeito.
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