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A obra foi escrita por volta de 380 a.C., e é particularmente rica em termos filosóficos, políticos e sociais. Em questão, está a busca de uma fórmula que garanta uma harmoniosa administração à uma cidade, mantendo-a livre da anarquia, dos interesses e disputas particulares e do caos completo. Platão retrata na obra que para constituir uma sociedade não era preciso necessariamente um monarca e sim uma Republica onde o grupo de pessoas administravam e o outro grupo protegia, ou seja, a administração ficava por conta dos filosofos (Os sábios) e o exercito protegia. O diálogo inicia na casa de Polemarco, irmão de Lísias e Eutidemos, filho do velho Céfalo. Os principais personagens do diálogo são Sócrates; os dois irmãos de Platão, Glauco e Adimanto; Nicerato, Polemarco, Lísias, Céfalo e Trasímaco. O sofista Trasímaco, acreditava que a força é um direito e que a justiça é garantida, somente àquele que é o mais forte determinam assim o injusto como aquele que transgredir suas regras. Nos livros I e II o texto se concentra numa tentativa de definição do que seria realmente a aplicação da justiça perante a comunidade. Sócrates começa a dialogar com Glauco e Adimanto, definindo o ato de governar como estar a serviço dos governados, que a justiça é superior à injustiça e é preferível sofrer a injustiça do que praticá-la. Onde houver justiça, aí está a felicidade. I a V os diálogos evoluem para a definição dos princípios da justiça, ou seja, o que constitui a verdadeira justiça administrada à população. O primeiro princípio da justiça seria a solidariedade social, forma pela qual a pessoa contribui para o bem estar coletivo. O segundo é o desprendimento, dever consciente de pessoas realmente dispostas a prover o bem comum. Deste princípio surgiria também a necessidade de uma classe social distinta das atividades econômicas, a dos guardiões, reis-filósofos que sustentariam a felicidade do Estado. A sociedade então, ficaria dividida em três classes: os chefes dos guardiões, os próprios guardiões, ou militares, e os produtores e artesãos. A classe dos guardiões seria constituída por homens e mulheres, em iguais condições, mantidos pelo estado, sem direito à riqueza, não poderiam constituir família. Os livros VI e VII tratam da necessidade da justiça em si. Aqui é apresentado a famosa alegoria da caverna, procurando mostrar que a verdade pode ser atingida por meio do conhecimento. A seguir, nos livros VIII e IX, o tema é a decadência da cidade, decorrente da concentração do poder nas oligarquias e o surgimento da tirania. Finalmente, o livro X faz uma crítica à poesia como meio educativo. Sócrates dá a entender que a poesia deva ser substituída pela filosofia, como meio educativo, pois somente esta pode diferenciar a realidade de fato. O restante do livro traz uma exortação à prática da justiça e demais virtudes.
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