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fichamento Clássicos do pensamento político

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Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Economia
Curso de Bacharelado em Relações Internacionais
Evolução das Ideias Sociais
Texto: Clássicos do pensamento político
Professor : Leonardo Barbosa e Silva
Aluno: Manoel Alves dos Santos Neto
Matrícula: 11221RIT006
“Todos nós, plagiando uma expressão de Max Weber, vivemos presos numa jaula de tempo. Porém, como diz Maquiavel, apesar das diferenças podemos aprender com a história passada. Podemos aprender com os autores do passado justamente porque são do passado.” (pág. 13)
“Os clássicos ajudam em nosso esforço por superar o provincianismo apontado por T. S. Eliot como caraterístico de nossa época.” (pág. 13)
“Os clássicos da política, como os da pintura, da poesia ou da música nos emprestam seus olhos corações e mentes para que possamos ver outros tempos.” (pág. 14)
“”mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, outros tempos, outros olhos podem perceber no passado, nosso passado, antepassado do presente vivido outras conexões, até então ocultas, mas significativas para o que se apresenta como futuro e presente passante.” (pág. 14)
“Ler os clássicos porque à sensibilidade de hoje, que naturalmente é diferente da do século XIX, da primeira metade do XX e da do século XXII (so help us God), eles ainda têm muito a ensinar, ou talvez simplesmente porque, como diz Italo Calvino “A única razão que se pode apresentar é que ler os clássicos é melhor do que não ler os clássicos.” (pág. 14) 
“O movimento da história que condiciona e é condicionado pelas vagas inconscientes da percepção da própria história vai mudando, como o vento a forma a duna, o perfil das sociedades e, de repente, nos reconhecemos num verso, num tratado político, numa catedral.” (pág 15)
“AO, contrário, quando os clássicos do passado pensam o seu presente vêem-no como uma série de possibilidades abrindo para muitos futuros possíveis. É justamente esse seu “não saber” que é para nós precioso, pois ele nos ajuda no nosso não saber. Não conhecemos nosso futuro, mas conhecemos o pensamento dos grandes homens quando o passado (que conhecemos era futuro para eles, ou seja, sabemos o que pensavam quando não sabiam, e também sabemos a história transcorrida.” (pág. 15)
“nós dispomos do pensamento dos grandes autores e da história decorrida, podemos compreender por que erraram ou por que acertaram, tanto faz, o que para nós importa é que isso nos ajuda a compreender a nossa época e a pensar o futuro.” (pág. 16)
“A riqueza dos clássicos em suas múltiplas leituras vem não só das angústias e inquietações de cada época, de cada alteração objetiva de cada tempo, mas também de nós próprios. Da maneira como mudamos, da maneira como sofremos, como vemos em cada período de nossas vidas o prazer, a dor, a morte, vamos mudando nossas leituras.” (pág. 16)
“Esta urgência de perceber claramente o lugar (quem, quando, como, por que) de onde se está lendo é ressaltada por Italo Calvino “Para poder ler os clássicos, temos de definir “de onde estão sendo lidos” caso contrário tanto tanto o livro quanto o leitor se perdem numa nuvem atemporal” (pág. 17)
“Porém a queda do muro de Berlim não afastou a pretensão fatal (é esse o título do último livro) daqueles que pretendem planejar as sociedades ou mais modestamente prever os resultados eleitorais. Esses são provavelmente, os mesmos que fazem a pergunta glosada por Calvino “Por que ler os clássicos em uma vez de concentrar-nos em leituras nos que façam entender mais a fundo o nosso tempo?”” (pág. 18)
“O que é importante é que essa espécie de “classe aristocrática” ou elite como prefere chama-la T. S. Eliot, possui uma função que a transcende a de manter a parte da cultura total da sociedade a que pertence essa classe (porque) numa sociedade saudável a conservação de um determinado nível de cultura beneficia não somente a classe a que pertence, mas ainda a sociedade como um todo.” (pág. 19)
“Vemos, portanto que a leitura dos clássicos, inserindo-se na cultura das elites não volta as costas, pelo contrário, à cultura popular e sendo algo que se refere ao passado, está profundamente relacionada às realidades presentes; é mesmo impossível pensar o presente sem a referência aos clássicos.” (pág. 20)
“O tipo de teoria política que surgiu nos tempos modernos preocupa-se menos com a natureza humana tendendo a trata-la como algo que pode ser sempre adaptada a qualquer forma política que seja considerada mais desejável.” (pág. 20)
“A leitura dos clássicos vai permitir a reintrodução na política moderna dessa dimensão olvidada: as paixões humanas. Paixões dos governantes, paixões dos governos.” (pág. 21)
“”Qual pode ser a contribuição da poesia na reconstrução de um novo pensamento político? Não ideias novas porém algo de mais precioso e frágil: a memória. A cada geração os poetas redescobrem a terrível antiguidade e a não menos terrível juventude das paixões.”” (Octavio Paz, pág. 21)
“Assim como a pintura medieval traduz imediatamente a hierarquia daquela sociedade, os clássicos da política nos lembram a cada instante do poder. O poder no estado moderno, no Império ou na pólis. O poder que legitima e rege nossas vidas e pode determinar a nossa morte do outro, o poder que nos leva ao limite: mors tua vita mea” (pág. 21/22)
“Nos clássicos essas verdades um pouco olvidadas hoje são lembradas a cada momento. Lemos os clássicos justamente pelos motivos contrários do Goofus Bird da zoologia fantástica de Borges, porque para nós importa para onde vamos, só que, como os velhos marinheiros, sabemos que, quando o tempo traz borrasca, o melhor é manter o leme firme e olhar para trás, assim temos certeza de não perder a direção” (pág. 22)

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