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001-Como_preparar_orcamento_de_obras_-_Aldo_Dorea_Mattos

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N.Cham. 692.5M444c
Autor:Mattos,Aldo Dórea, 1965-
Título: Comoprepararorçamentosdeobras : dicas
111111111111111111111111111111111111111111111
173192
222026
N" Pat.:48049
.-
'lfUI-g;rw:!I
1Vli:!lDODIGQJ
6170817
COMO PREPARAR ORÇAMENTOS DE OBRAS
©Copyright Editora Pini Ltda.
Todos os direitos de reprodução reservados pela Editora PINI Ltda.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Mattos, Aldo Dórea
Como preparar orçamentos de obras: dicas para
orçamentistas, estudos de caso, exemplos / Aldo
Dórea Mattos. -- São Paulo: Editora Pini, 2006
ISBN 85-7266-176-X
06-8918
1. Construção - Custos
3. Orçamento I. Título.
2. Engenharia Civil
CDD-692.5
índices para catálogo sistemático:
1. Construção Civil: Orçamento de obras: Tecnologia 692.5
2. Orçamento de obras: Construção civil: Tecnologia 692.5
Coordenação Manuais Técnicos: Josiani Souza
Projeto gráfico: Lucas Aires
Capa: Lucas Aires
Revisão: Luiza Lazzeroni
oOfljJJsnflOOIS}JeoOllf!WeJflw'(906t-frPBlJuUflwZJloB61Mpn7
"epOateoqewnanbOpo:mYJdS!eWepeuY4O~N"
"A minha mãe, Hortênsia,que me ensinou a fazer conta;
A meu pai,Aldo José, que me ensinou a fazer conta de cabeça;
A minha esposa, Daniele,que é com quem eu conto."
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao grande amigo Sergio Morta de Lima pelos comentários,
sugestões e revisãodos originais.
A Celso Ragazzi,pelagentilezado prefácioe peloapoioconstantedentro
e forada PINI.
A Gabriel Novais, sempre bem-disposto a ajudar na coleta de dados.
A Mário Gordilho, Horácio Brasil, José Conceição, Ricardo Soares,
OtacílioCarvalho,Marcos Jorge AlmeidaSantana,Luiz EdmundoPrado
de Campos e Ney Luna Cunha, entreoutros, pelas oportunidadesde
trabalho que me proporcionaramna Engenharia.
Aos tantos alunos que tive na UCSal, UEFS, UFBA, Unifacs e nos
cursos que ministreipelo Brasil afora.
À equipe da PINI que colaborou para este livro irpara o prelo.
E aos queridos colegas Jin Tien Quin, Antônio Luiz Souza, Yasuhiro
Matuoka, Luiz Roberto Chagas, Marcos Antônio Meio e LuizAníbal de
Oliveira Santos, que me mostraramna práticaque Engenharia se faz
abrindo livros.
Prefácio
oEng.Aldo Dórea Mattosreúne,coma publicaçãodestaobra,umasériede informações
e importantes conceitos sobre engenharia de custos aplicados à construção civil,
indispensáveisparaa análise,avaliação,elaboraçãoe definiçãode orçamentosde obras
públicas e privadas.
O livro é completo.Apresenta ilustrações, modelos de planilhas e formulários, tabelas
práticase exemplosde cálculoque possibilitamassimilarcomfacilidadetodas as etapas
necessárias para a elaboração de orçamentos de obras de construção civil. O autor
aborda detalhadamentetodos os aspectos envolvidos: desde a análise dos editais de
licitação,quantificaçãodos serviços e critériosde medição e pagamento,composições
de preços unitários de serviços e de custo horário de equipamentos, definição dos
insumos, custos diretos e indiretos,orçamentode custo e de venda, taxasde Encargos
Sociais e de BOI, assimcomo diversos recursos paraaferira consistênciado orçamento
final. Tais informações e demais aspectos relacionados à estruturaçãodos dados são
analisadosem profundidade,porém,deformaclara e objetiva,possibilitandoumproduto
finalde qualidade,precisoe confiável,como poderáser constatadonodecorrerda leitura.
Além da reconhecidaexperiência do autornas atividadesde gerenciamentode obras e
construção, o conteúdo do livro foi avaliado por centenas de profissionais de todo o
Brasil que participaramdos cursos de Orçamento, Planejamento e Gerenciamento de
Obras, ministradospor ele a partirda PINI DesenvolvimentoProfissional. Destinados à
reciclagem e aperfeiçoamento de profissionais da área, os cursos obtiveramsempre
excelentesavaliações quantoà qualidadee compatibilidadedo programaapresentado,
conhecimento na especialidade e didáticana abordagemdos temas.
Assim, recomendoaos colegasa leiturado livroComo Preparar Orçamentos de Obras,
ao mesmotempoem que parabenizoo Eng.Aldo Dórea Mattospela iniciativade colocar
àdisposição do meio técnico uminstrumentode trabalho indispensávelaos estudantes
e profissionaisda construçãocivil.
Celso Ragazzi
Diretor de Engenharia da PINI Serviços de Engenharia eda
ConsulTech Consultoria eTecno/ogia Ltda.
índice
CAPíTULO 1 - ORÇAMENTAÇÃO
ORÇAMENTO E ORÇAMENTAÇÃO 22
ORÇAMENTO NAS EMPRESAS 23
ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO 24
Ap roximação 24
Especificidade , 25
Temporalidade , , 26
ENFOQUES DO ORÇAMENTO ' ' 26
Do ponto de vista do proprietário 26
Do ponto de vista do construtor 26
ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO , , 26
Estudo das condicionantes (condições de contorno) .., 27
Composição de custos ' , 28
Fechamento do orçamento , 30
UTILIDADES DA ORÇAMENTAÇÃO , 32
CAPíTULO 2 - GRAUS DO ORÇAMENTO
GRAU DE DETALHE DO ORÇAMENTO 34
ESTIMATIVA DE CUSTOS , 34
CUB 35
índice CUB 37
CUSTO UNITÁRIO PINI DE EDIFICAÇÕES 37
OUTROS íNDICES , ' 38
ORÇAMENTO PRELI MINAR 38
Volume de concreto 39
Peso de armação 39
Área de fôrma 39
ESTIMATIVA DE CUSTOS POR ETAPA DE OBRA 41
ORÇAM ENTO ANALíTiCO 42
CAPíTULO 3 - LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES
DIM ENSÕES 44
DEMOLI çÃO 45
FÔRMA 45
ARMAÇÃO , 46
TRAÇOS DE ARGAMASSA E CONCRETO 48
ALVENAR IA 50
Área de alvenaria 50
Quantidade de blocos e argamassa de levante 51
PI NTU RA 54
FORMULÁRIOS DE LEVANTAMENTO 55
COBERTU RA 56
CRITÉRIOS DE MEDiÇÃO E PAGAMENTO 57
PER DAS 58
REAPROVEITAM ENTO 59
ESTUDO DE CASO 60
CAPíTULO 4 - COMPOSiÇÃO DE CUSTOS
COMPOSiÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 62
INTERPRETAÇÃO DA COMPOSiÇÃO DE CUSTOS 66
MONTAGEM DE UMA COMPOSiÇÃO DE CUSTOS 68
íNDICE E PRODUTIVI DADE 70
FONTES DE COMPOSiÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 72
FAIXAS DE PRODUTIVIDADE 73
APROPRIAÇÃO DE íND ICES 75
CAPíTULO 5 - CUSTO DA MÃO-DE-OBRA
ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS 78
ENCARGOS EM SENTIDO ESTRITO 79
ENCARGOS DOS HORISTAS 80
c
)
4
5
6
7
8
9
O
2
16
18
'0
'2
'3
'5
'8
'9
~O
índice
DESCRiÇÃO DOS ENCARGOS E MEMÓRIA DE CÁLCULO 81
Encargos sociais básicos 81
Encargos trabalhistas 82
Encargos indenizatórios 84
Incidências cumulativas 85
ENCARGOS DOS MENSALlSTAS 85
INTERPRETAÇÃO DOS ENCARGOS 86
ENCARGOS EM SENTIDO AMPLO 87
Encargos intersindicais 88
EPI e ferramentas 90
Hora extra habitual 91
CUSTO DO HOMEM-HORA 93
AO ICIONAIS LEGAIS 93
Trabalho noturno 94
Insalubridade 94
Periculosidade 95
OUTROS TIPOS DE CONTRATO RELACIONADOS COM MÃO-DE-OBRA 95
Contrato de experiência 95
Contrato por obra certa 96
CAPíTULO 6 - CUSTO DE MATERIAL
COTAÇÃO DE INSUMOS 98
ESPECI FICAÇÕES TÉCN ICAS 98
UNIDADE E EMBALAGEM 99
QUANTI DADE 99
PRAZO DE ENTREGA 99
CONDiÇÕES DE PAGAMENTO 99
VALIDADE DA PROPOSTA 99
LOCAL E CONDiÇÕES DE ENTREGA 99
Preço FOB 100
Preço CIF 100
Incote rms 100
DESPESAS COM PlEMENTARES 102
DIFERENCIAL DE AlíQUOTAS DE ICMS 102 CJ
COMPARAÇÃO DE COTAÇÕES 104
QUANTIDADE MíNIMA DE COTAÇÕES 105
CAPíTULO 7 - CUSTO DE EQUIPAMENTO
CUSTO HORÁRIO TOTAL 108
HORA PRODUTIVA E HORA IMPRODUTiVA 109
CUSTOS DE PROPRIEDADE 110
DEPRECIAÇÃO 110
Valor de Aquisição 111
Vida Útil 111
Valor Residual 112
Depreciação - Método Linear 113
Depreciação - Método do Saldo Devedor (Exponencial) 114
Depreciação - Método da Soma dos Anos 115
JUROS 117
CUSTOS DE OPERAÇÃO 119
PNEUS 119
COM BUSTíVEl 120
lU BR IFICANTES 121
ENERGIA ELÉTRICA 123
MÃO-DE-OBRA DE OPERAÇÃO 123
CUSTOS DE MANUTENÇÃO 123
Método do coeficiente único 124
Método dos coeficientes múltiplos 126
EQUIPAM ENTO AlUGADO 127
EXERCíCIOS DE REVISÃO 128
índice
EQUIPAMENTOS NO TCPO 133
ESTUDODE CASO 136
CAPíTULO 8 - ELEMENTOS DE TERRAPLENAGEM
EMPOLAMENTO 138
FATOR DE CONVERSÃO 140
ESTUDO DE CASO 141
CONTRAÇÃO 141
8 ESTUDO DE CASO 143
9 DISPONIBILIDADE MECÂNICA 145
o EFICIÊNCIA OPERACIONAL 145
o FATOR DE EFICIÊNCIA 146
FATOR DE CARGA 147
TEMPO DE CICLO 147
2 MOMENTO DE TRANSPORTE 149
3 ESTUDO DE CASO 152
4 POSiÇÃO RELATIVA ENTRE EQUIPAMENTOS 153
5 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES 154
7 PRODUÇÃO DAS EQUIPES MECÂNICAS - MODELO DNIT 158
9 Produção das Equipes Mecânicas (PEM) 158
19 Composição de Custos Unitários 161
~o
~1
23
23
23
24
26
27
28
CAPíTULO 9 - CURVA ABC
CURVA ABC DE INSUMOS 170
COLUNAS DA TABELA DA CURVA ABC 174
CARACTERíSTICAS DA CURVA ABC 175
UTILIDADE DA CURVA ABC 176
CURVA ABC DE SERViÇOS 177
ESTUDO DE CASO 177
EXEMPLO REAL DE CURVA ABC 180
CAPíTULO 10 - CUSTO INDIRETO
DEFINiÇÃO DE CUSTO INDIRETO 200
FATORES QUE INFLUENCIAM O CUSTO INDIRETO 200
ITENS DO CUSTO INDIRETO 201
CUSTO DIRETO OU INDIRETO? 208
CUSTOS ACESSÓRIOS 208
RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 208
IMPREVISTOS E CONTIGÊNCIAS 211
CUSTO FINANCEI RO 213
POSICIONAMENTO DOS ÓRGAOS PÚBLICOS 216
CAPíTULO 11 - LUCRO E IMPOSTOS
LUCRO, LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE 218
NíVEL DE LUCRATIVIDADE 219
DESPESAS TR IBUTÁR IAS 220
Cofins 221
P IS 221
CPM F 221
ISSQN 222
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUiÇÃO SOCIAL - IRPJ E CSLL 224
Regime de Lucro Real - IRPJ e CSLL 226
Lucro Operacional e Lucro Líquido 226
Regime de Lucro Presumido - IRPJ e CSLL 226
CAPíTULO 12 - PREÇO DE VENDA E BOI
CUSTO E PREÇO 230
BDI 233
9
o
2
4
6
:6
~6
lO
13
índice
FÓRMULAS DO PREÇO DE VENDA E BOI 243
CONS IDERAÇÕES SOBRE BD I 244
UTI LI DADES DO BOI 245
DESONERAÇÃO DO BOI 246
A QUESTÃO DO IMPOSTO DE RENDA 247
A VISÃO DO BOI PELO PODER PÚBLICO 248
ESTUDO DE CASO - 1 249
ESTUDO DE CASO - 2 251
CAPíTULO 13 - DESBALANCEAMENTO
APLlCAÇAO NÃO UNIFORME DO BOI 254
RAZÕES PARA DESBALANCEAMENTO 255
CONSIDERAÇÕES SOBRE DESBALANCEAMENTO 261
O MÉTODO DO k 261
CAPíTULO 14 - LICITAÇÃO
o QUE É UMA LICITAÇÃO 264
QUEM É OBRIGADO A LICITAR 264
A LEI DE LICITAÇÕES 265
MODALI DADES DE L1C ITAÇÃO 265
Concorrência 266
Tomada de Preços 266
Convite 266
Concu rso 267
Pregão 267
Leilão 267
Dispensa de Licitação 268
Inexigibilidade de Licitação 268
índice
TI POS DE L1CITAÇÃO : 269
Menor Preço 269
Melhor Técnica 269
Técnica e Preço 269
Maior Lance ou Oferta 270
FASES DA LICITAÇÃO " " 270
Edital 271
Habilitação Jurídica 273
Regularidade Fiscal " ". "." ". " " 273
Qualificação Econômico-Financeira " " 274
Qualificação Técnica " ". " " 275
Julgamento " " 275
PREÇO INEXEQüívEL " " 276
REC URSOS " " 277
CONTRATO " 278
Aditamento do contrato 278
CAPíTULO 15 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNC IAS BIBLI OGRÁFICAS ; 279
SBJqOepSOlUeWBÓJOJBJBdeJdowo8
Independentementede localização,recursos,prazo,clientee tipodeprojeto,umaobraé
eminentementeumaatividadeeconômicae,comotal,o aspectocustoreveste-sedeespecial
importância.
A preocupaçãocom custoscomeçacedo, ainda antesdo início da obra, na fase de
orçamentação,quandoé feitaa determinaçãodoscustosprováveisdeexecuçãodaobra.O
primeiropassodequemsedispõearealizarumprojetoé estimarquantoeleirácustar.
Orçamentoe orçamentação
Orçamentonãoseconfundecomorçamentação.Aqueleé o produto;este,o processode
determinação.
A estimativadoscustos- eoconseqüenteestabelecimentodopreçodevenda- ébasicamente
umexercíciodeprevisão.Muitossãoositensqueinfluenciame contribuemparao custode
umempreendimento.A técnicaorçamentáriaenvolveaidentificação,descrição,quantificação,
análisee valorizaçãode umagrandesériede itens,requerendo,portanto,muitaatençãoe
habilidadetécnica.Comoo orçamentoépreparadoantesdaefetivaconstruçãodoproduto,
muitoestudodeveserfeitoparaquenãoexistamnemlacunasnacomposiçãodocusto,nem
consideraçõesdescabidas.
Um dosfatoresprimordiaisparaum resultadolucrativoe o sucessodo construtoré uma
orçamentaçãoeficiente.Quandoo orçamentoé malfeito,fatalmenteocorremimperfeiçõese
possíveisfrustraçõesdecustoeprazo.Aliás,geralmenteerra-separamenos,maserrarpara
maistampoucoébom.
No casodeempresasqueparticipamdeconcorrênciaspúblicasouprivadas,aorçamentaçãoé
umapeça-chave.O fatodehaverváriasempresasnadisputapelocontratoimpõeaoconstrutor
o deverdegarantirquetodososcustossejamcontempladosnopreçofinal,equeaindaassim
sejaalcançávelumamargemdelucroadequada.
Porserabasedafixaçãodopreçodoprojeto,aorçamentaçãotoma-seumadasprincipaisáreas
no negócioda construção.Um dos requisitosbásicosparaum bom orçamentistaé o
conhecimentodetalhadodo serviço.A interpretaçãoaprofundadadosdesenhos,planose
especificaçõesdaobralhepermiteestabelecera melhormaneiradeatacara obrae realizar
cadatarefa,assimcomoidentificara dificuldadedecadaserviçoe conseqüentementeseus
custosdeexecução.Aindaassim,algunsparâmetrosnãopodemserdeterminadoscomexatidão,
comoé o casode chuvas,condiçõesdo solo,disponibilidadede materiais,flutuaçõesna
produtividadedosoperárioseparalisações.
Orçarnãoé um meroexercíciode futurologiaoujogo de adivinhação.Um trabalhobem
executado,comcritériostécnicosbemestabelecidos,utilizaçãode informaçõesconfiáveise
bomjulgamentodoorçamentista,podegerarorçamentosprecisos,emboranãoexatos,porque
overdadeirocustodeumempreendimentoévirtualmenteimpossíveldesefixardeantemão.
O queoorçamentorealmenteenvolveéumaestimativadecustosemfunçãodaqualoconstrutor
iráatribuirseupreçodevenda- este,sim,bemestabelecido.
Em geral,um orçamentoé determinadosomando-seoscustosdiretos- mão-de-obrade
operários,material,equipamento- e oscustosindiretos- equipesdesupervisãoe apoio,
despesasgeraisdocanteirodeobras,taxas,etc.- epor fimadicionando-seimpostose lucro
parasechegaraopreçodevenda.Paraparticipardeumaconcorrência,opreçopropostopelo
« 22» Como preparar orçamentos de obras
••
orçamentação
construtornãodevesernemtãobaixoapontodenãopermitirlucro,nemtãoaltoapontode
nãosercompetitivonadisputacomosdemaisproponentes.
~uitoprovavelmenteduasempresaschegarãoaorçamentosdistintos,porquedistintossãoos
processosteóricosutilizados,ametodologiadeexecuçãopropostaparaaobra,asprodutividades
adotadasparaasequipesde campoe ospreçoscoletados,dentreoutrosfatores.O queé
importantedestacaréqueoorçamentodeverefletiraspremissasdaconstrutora,constituindo-
senumametaaserbuscadapelaempresa.
Orçamentonasempresas
Em grandesorganizaçõesexistemsetoresdedicadosexclusivamentea prepararorçamentos
paraconcorrências.Informaçõesde obraspassadassãoutilizadascomosubsídioparanovas
composiçõesde custos,quesãoelaboradascomprogramasespecíficosdecomputador.Em
empresasmenores,emgeralo próprioconstrutorfazaestimativa,muitasvezessemgrandes
detalhes,baseando-setão-somentenaexperiênciaadquiridapelaexecuçãorepetidadeserviços
similares.O quesenotaclaramenteé que,quantomaioro conhecimentopráticode quem
orça,maioraprobabilidadedeoorçamentoestarapuradoemenorachancedequefrustrações
futurasocorramnaobra.
A atividadedeorçamentaçãonãoéexclusivadasempresasdeconstrução.Tambémescritórios
de arquiteturaestimamo custode execuçãode seusprojetos,asempresasprojetistase os
consultoresorçamseusserviçostécnicos,asfábricascalculamocustofinaldeseusprodutos,os
subempreiteirosestimamocustodesuasempreitadaseogovernofazorçamentosdosprojetos
eobrasaexecutar(antesdelicitá-Ios).
Nasconstrutoras,écomumvermosalgumasdistorções.Há empresasqueparticipamdeum
númeroexcessivamentegrandede concorrências,cujasdatasde entregadapropostasão
muitopróximas,ecomissoo setordeorçamentoficaabarrotado.Osprofissionaisficamsem
tempodeanalisaro projetomaisdetidamente,propormaisdeumasoluçãotécnicae fazer
simulações.Elesentãosetransformamemmeros"preenchedoresdeplanilhadepreços".Já
,imos empresasparticiparemde licitaçõespúblicassemteremsequerabertoo pacotede
plantas-o orçamentistaapenasatentouparaosrequisitosformaisrequeridospeloórgão
licitantee adatadeentregadosenvelopes,preenchendoemseguidaaplanilhacompreços
ditoshistóricos.Maisdeumavezjá ocorreudeo construtorarbitrar"porsentimento"(éo
talfeeling) ospreçosdosserviçose, depoisdeassinadoo contratodaobra,dar-secontade
queaestruturadeconcretotinhapé-direitoalto(exigindomuitomaisescoramento)ou de
queo localeradedifícilacesso,etc.
Outradistorçãoestánaexperiênciadosorçamentistas.Emváriasempresas,osetordeorçamento
éo destinonaturaldosengenheirosetécnicosrecém-formados.Osmaisantigoseexperientes
estãosemprenaprodução,ouseja,nocampo,eterminaminconscientementepordesprezaro
trabalhodosorçamentistasporconsiderarem-nodestituídodenaturezaprática.Assim,escritório
ecampopassamasercompartimentosestanques:o orçamentistanãoconheceapráticaenão
temretroalimentaçãoporpartedosengenheirosdeprodução;estes,porsuavez,nãoacreditam
no quefoi orçadoe nemsequerabremosrelatóriose planilhasparaobterreferênciasde
produtividades,equipesecustos.Cria-seumcírculovicioso.O idealéquehajaumespíritode
rorpoequeescritórioecamposecompletem.O orçamentistaprecisavisitarasobrasereceber
dopessoaldecampoasprodutividadesreais,ospercentuaisdeperdadosprincipaisinsumose
romentáriosacercadosparâmetrosdeorçamento.
Como preparar orçamentos de obras «23»
Umapráticaquetemsereveladofrutíferaemalgumasempresasé designar-seo responsável
pelaobraaindanafasedelicitação,afimdequeeleparticipedaorçamentaçãoenãovenhaa
consideraro produtofinal umameracaixa-preta.Assimaospoucosvai se desfazendoa
desprezívelmáximade que"quandoumaobradá dinheiroo méritoé do engenheirode
produção,masquandoperdedinheiroéporqueo orçamentistaerrou".
Atributosdo orçamento
Umacomposiçãodecustosnãopodeservistacomoumafriacoleçãodenúmerosquepodeser
retiradadeumlivrooudeummanual.Ao contrário,aindaqueo processodeelaboraçãodos
custossejaregidoporconceitosfundamentaisdeorçamentação,eledevesercapazderetratara
realidadedo projeto.Por setratarde um estudofeitoa priori,há sempreumamargemde
incertezaembutidanoorçamento.Muitassãoaspremissasdecálculoadotadaseadefasagemde
tempoentreomomentodaorçamentaçãoeodarealizaçãodatarefapodeserbastantedilatado.
Osprincipaisatributosdoorçamentosãoaproximação,especificidadee temporalidade.
Aproximação
Por basear-seemprevisões,todoorçamentoé aproximado.Por maisquetodasasvariáveis
sejamponderadas,hásempreumaestimativaassociada.O orçamentonãotemqueserexato,
porémprecíso.Ao orçarumaobra,oorçamentistanãopretendeacertarovaloremcheio,mas
nãosedesviarmuitodovalorqueefetivamenteirácustar.O orçamentopresta-sea daruma
idéiamaisoumenospróximadaquelevalor.Quantomaisapuradaecriteriosaforaorçamentação,
menorserásuamargemdeerro.
QuandoalguémsedeparacomumorçamentodeR$ 690.415,58,o valorapresentadocomo
rigordoscentavosnãorepresentauma"precisãodeduascasasdecimais".Eleé,sim,decorrente
deumasériedecontasdefinidasapartirdepremissasdecálculoqueseguemumalógicade
engenharia.
A aproximaçãodeumorçamentoestáembutidaemdiversositens:
• Mão-de-obra:
Produtividadedasequipes- quando,porexemplo,seadmitequeumpedreirogasta1,0
hparafazer1,0m2dealvenariadeblococerâmico,serápormeiodessapremissaqueototal
demão-de-obradealvenariaserácalculado.A produtividadeafetadiretamenteacomposição
decusto;
Encargossociaise trabalhistas- opercentualdeencargosqueincidemsobreamão-de-
obralevaemcontapremissastaiscomoincidênciadeacidentesdotrabalho,rotatividade
paracálculode avisoprévio,faltasjustificadase outroselementosarbitradosa partirde
parâmetrosestatísticosehistóricos.
• Material:
Preço dos insumos- nãosepodeafirmarcomcertezaqueospreçoscotadosdurantea
orçamentaçãoserãoospraticadosduranteaobra;
Impostos- osimpostosembutidosnopreçodeaquisiçãodosinsumospodemvariardurante
a obra.Além disso,a basede cálculode impostoscomoo ISS é estimadaparafins de
orçamento;
« 24» Como preparar orçamentos de obras
liII
Orçamentação
»Perda - o percentual de perda e desperdícioé arbitradopara cadainsumo que entra no
orçamento.Assim,por exemplo,admitir quehá umaperdade 8% no bloco cerâmicoé uma
consideraçãoque pode semostrararrojada,realistaou conservadora;
»Reaproveitamento- consistena quantidadedevezesqueum insumopode serreutilizado
(Ex.: chapacompensada).
• Equipamento:
»Custohorário - o custohorário dependede parâmetrosde cálculo como vida útil, custo
de manutençãoe operação,etc.;
»Produtividade- quando se assume,por exemplo,que uma escavadeiraescava50 m3 de
solo por hora, há uma margem de incerteza incluída, pois a produtividade é função da
disponibilidademecânica(percentualdetempoemqueo equipamentoestáemcondições
mecânicasdeserutilizado)e docoeficientedeutilização(percentualdotempodisponível
emqueo equipamentoefetivamentetrabalha),alémdoempolamentodomaterialescavado
(aumentode volume entre os estadosnaturale solto).
• Custosindiretos:
»Pessoal- saláriose encargossociaisdasequipestécnica,administrativae de apoio;
»Despesasgerais- contasde água,luz, telefone, aluguel de equipamentosgerais (grua,
andaimes),seguros,fretes,etc.
• Imprevistos- osorçamentistasprecisamincluir no orçamentoalgumaverbaparaoscustos
quenãopodem serorçadoscom certezaou explicitamente:retrabalhopor causade chuvas,
refazimentode serviçopor má qualidade,danoscausadospor fenômenosnaturaisou por
terceiros,danoscausadospela construtoraa terceiros,etc.
Especificidade
o orçamentoparaa construçãode umacasaem umacidadeé diferentedo orçamentode uma
casaigualemoutracidade.Não sepode falarem orçamentopadronizadoou generalizado.Por
maisque um orçamentistasebaseieem algumtrabalhoanterior,é semprenecessárioadaptá-
10à obra em questão.
Todo orçamentoestáintrinsecamenteligado a:
• Empresa - o orçamentotraz implícita a política da empresana quantidadede cargosde
supervisãoprevistos(engenheiros,mestres,encarregados),no padrãodo canteirode obras,
naquantidadedeveículosdisponibilizadosparaaequipe,no graudeterceirizaçãodeserviços,
na taxade administraçãocentralcobradada obra paracobrir parte doscustosdo escritório
centralda empresa,na necessidadede empréstimospara fazer a obra, etc.;
• Condiçõeslocais- clima, relevo,vegetação,profundidadedo lençol freático,tipo de solo,
condiçõesdasestradaslocais,facilidadede acessoàsfontesde matérias-primas,qualidade
damão-de-obra,ofertadeequipamento,qualidadedossubempreiteirosdaregião,diferentes
alíquotasde impostos,entre outros fatores.
Como preparar orçamentos de obras «25»
Temporalidade
Um orçamentorealizadotemposatrásjá nãoé válidohoje.Se,por exemplo,alguémorçou
umaobraeganhoualicitação,masaobrasóvierasermobilizadaquatroanosdepois,élógico
perceberquealgunsajustesprecisamserfeitos.Issosedevea:
• Flutuaçãonocustodos insumosaolongodotempo;
• Criaçãooualteraçãodeimpostoseencargossociaisetrabalhistas,tantoemespéciequanto
emalíquota;
• Evoluçãodosmétodosconstrutivos- surgimentodetécnicas,materiaiseequipamentos
maisadequados;
• Diferentescenários financeiros e gerenciais - terceirização,delegaçãode tarefas,
condiçõesdecapitaldegiro,necessidadedeempréstimo,etc.
Enfoquesdo orçamento
oorçamentotemenfoquesdistintosquandoanalisadosoboprismadoproprietáriodaobraou
peloconstrutor.
pontodevistado
o orçamentoé a descriçãodetodososserviços,devidamentequantificadose multiplicados
pelosrespectivospreçosunitários,cujasomatóriadefineopreçototal,ouseja,seudesembolso.
Cotaçãodeinsumos,percentualdeperdase produtividadedeequipes,porexemplo,nãosão
umapreocupaçãoimediatado proprietário.Ele estámaispreocupadocomo montantedo
empreendimentoecomoessemontanteserádesembolsadoaolongodotempo.
Do pontodevistadoconstrutor
o orçamentoé a descriçãodetodososinsumos,devidamentequantificadose multiplicados
pelosrespectivoscustosunitários,acrescidosdasdespesasindiretas- cujasomatóriadefineo
custototal,ouseja,odesembolsodoconstrutor-, maiso lucroeosimpostos,gerandoentão
opreçototal,queé quantoiráreceber.Parao construtor,o orçamentoencerraemseubojo
todasaspremissasquepassamasermetasdedesempenhoduranteaobra.Opreçodevenda
dosserviçosé fixo,o custoévariáveleprecisasermonitoradoemfunçãodessasmetas.
Etapasdaorçamentação
Esquematicamente,a orçamentaçãoenglobatrêsgrandesetapasde trabalho:estudodas
condicionantes(condiçõesdecontorno),composiçãodecustosedeterminaçãodopreço.
Primeiroestudam-seosdocumentosdisponíveis,realiza-sevisitadecampo,efazem-seconsultas
aocliente.Em seguida,monta-seo custo,queéprovenientedasdefiniçõestécnicas,doplano
deataquedaobra,dosquantitativosdosserviços,dasprodutividadesedacotaçãodepreçosde
insumos.Por fim,soma-seo custoindireto,aplicam-seosimpostose aplica-sea margemde
lucratividadedesejada,obtendo-seassimopreçodevendadaobra.
« 26» Como preparar orçamentos de obras
Orçamentação
As etapasda orçamentaçãosãodetalhadasa seguir.
Estudodascondicionantes(condiçõesdecontorno)
Todo orçamentobaseia-senum projeto, sejaele básicoou executivo.É o projeto que norteia
o orçamentista.A partir dele serão identificados os serviços constantesda obra com suas
respectivasquantidades,o graudeinterferênciaentreeles,adificuldaderelativade realização
dastarefas,etc.
Essafasedeestudodascondicionantes,emquesetomamconhecidasascondiçõesdecontorno
da obra, englobaos seguintespassos:
1.Leitura e interpretaçãodo projeto e especificaçõestécnicas
As obras geralmentecontêm uma série de plantaspreparadaspelos diversosprojetistas.São
projetosarquitetônicos,de cálculo estrutural,de instalações(elétricas,hidrossanitárias,gás,
incêndio), de paisagismo,de impermeabilização,etc.
Os projetossãocompostosde:
• Plantasbaixas- de arquitetura,de fôrma, de caminhamentode tubulação,etc.;
• Cortes;
• Vistas- fachadas,perfis, etc.;
• Perspectivas- isométricas,cavaleiras,etc.;
• Notas esclarecedoras;
• Detalhes- em escalaque permita melhor observação;
• Diagramas- unifilares, de Brückner, croquis, etc.;
• Gráficos - perfis de sondagem,curvascota-volume;
• Tabelas- de elementostopográficos,curvasgranulométricas,etc.;
• Quadros - de ferragem,de cabos,etc.
A dependerda complexidadeda obra, essasplantasbaixas,cortes,vistas,perspectivas,notas,
detalhes,diagramas,tabelase quadros,queemessênciadefinemoprodutofinalaserconstruido,
demandammaiorou menoranálise.O entendimentodoprojeto dependemuito daexperiência
do orçamentistae de suafamiliaridadecom o tipo de obra.
As especificações técnicas são documentosde texto que trazem informaçõesde natureza
maisqualitativado que quantitativa.Elas contêm,entre outrascoisas:
• Descrição qualitativados materiaisa seremempregados- pisos,tintas,esquadrias,etc.;
• Padrõesde acabamento;
• Tolerânciasdimensionaisdos elementosestruturaise tubulações;
• Critério de aceitaçãode materiais;
• Tipo e quantidadede ensaiosa seremfeitos;
• Resistênciado concreto;
• Grau de compactaçãoexigidopara aterro;
• Granulometriados agregados;
• Interferênciascom tubulaçõesenterradas.
Como preparar orçamentos de obras «27»
2. Leitura e interpretaçãodo edita!
O editalé o documentoque regealicitação,no casode aobraserobjetode umaconcorrência.
Ele traz as"regras"do projeto. É o principal documentoda fasede licitação.
Algumasdasinformaçõescontidasnoeditalequesãoindispensáveisparaaelaboraçãodoorçamento:
• Prazo da obra;
• Datas-marcocontratuais;
• Penalidadepor atrasorio cumprimento do prazo ou bônus por antecipação;
• Critérios de medição,pagamentoe reajustamento;
• Regime de preços (unitário,global,por administração);
• Limitação de horários de trabalho;
• Critériosdeparticipaçãonalicitação(capitalsocialdaempresa,índicedeendividamento,etc.);
• Habilitação técnicarequeridacom relaçãoà empresae responsáveltécnico;
• Documentaçãorequerida;
• Segurosexigidos;
• Facilidades disponibilizadaspelo contratante(instalaçõesde água,energia,etc.).
O Capítulo 14traz maisdetalhessobreo edital do ponto de vistalicitatório.
3.Visita técnica
É semprerecomendávelproceder-sea umavisitatécnicaaolocal da obra.A visitaservepara
tirar dúvidas,levantardadosimportantesparao orçamento,tirar fotos,avaliaro estadodasvias
de acessoe verificar a disponibilidade de materiais,equipamentoe mão-de-obrana região
(muito importantequando a obra não é feita em grandescentrosurbanos).
Quando da visita técnica, é sempre interessanteconversarcom algum construtor que esteja
fazendoobra na vizinhança,de preferênciapara o mesmocliente.
Alguns órgãoscontratantesinstituema obrigatoriedadedavisitade campo.O construtordeve
colher o visto de algumprepostodo órgão,atestandoque visitou o local da obra.
O levantamentodedadosdavisitapodeserfacilitadocomautilizaçãodeformulários.Issoevitaque
os profissionaistenhampreocupaçõesdiferentesna hora de registraro que viram no local.As
empresaspodemter formuláriosparaobrasurbanas,rurais,de edificação,deterraplenagem,etc.
Composiçãode custos
4. Identificação dos serviços
O custototalde umaobraé fruto do custoorçadoparacadaum dosserviçosintegrantesdaobra.
Portanto,a origemda quantificaçãoestána identificaçãodosserviços.Um orçamento,por mais
cuidadosoquesejafeito,estarálongede sercompletoseexcluiralgumserviçorequeridopelaobra.
5. Levantamentode quantitativos
Cada serviçoidentificadoprecisaser quantificado.O levantamentode quantitativoséumadas
principaistarefasdo orçamentista,issono casode o projetistanãoosfornecerdetalhadamente.
« 28» Como preparar orçamentos de obras
Orçamentação
Um pequenoerrodecontapodegerarum errodeenormesproporçõese conseqüênciasnefastas.
~ocasodelicitaçõesemqueo órgãocontratanteforneceaplanlihadequantidades,éimportanteque
o orçamentistaobtenhaseusprópriosquantitativos.A identificaçãode discrepâncianasquantidades
podeserdegrandevahaquandodo desbalanceamentodospreços,comoserávistomaisadiante.
O levantamentode quantitativosinclui cálculosbaseadosem dimensõesprecisasfornecidasno
projeto (volume de concreto armado,áreade telhado, área de pintura, etc.) ou em alguma
estimativa(volumede escavaçãoemsolo,quandosãodadosperfis de sondagem,por exemplo).
O capítulo 3 abordaem detalheo levantamentode quantitativos.
6. Discriminação dos custosdiretos
Os custosdiretos sãoaquelesdiretamenteassociadosaosserviçosde campo.Representamo
custoorçadodos serviçoslevantados.
A unidade básica é a composição de custos, os quais podem ser unitários, ou seja,
referendados a uma unidade de serviço (quandoele é mensurável- ex.:kg de armação,m3
de concreto)ou dadocomoverba (quandoo serviçonãopode ser traduzidoem uma unidade
fisicamentemensurável- ex.:paisagismo,sinahzação).
Cada composiçãode custosunitárioscontémos insumosdo serviçocom seusrespectivosíndices
(quantidadede cada insumo requeridapara a realizaçãode uma unidade do serviço)e valor
(provenientesdacotaçãodepreçosedaaplicaçãodosencargossobreahora-basedotrabalhador).(A
rigor,atéessemomentoospreçosdemercadoaindanãosãoconhecidos,poisacotaçãovemaseguir).
A empresapodeusarcomposiçõesdecustosprópriasou obtê-Iasempublicaçõesespeciahzadas,
como aTCPO (Tabelasde Composiçõesde PreçosparaOrçamentos),da Editora PINI, que é
a publicaçãomaiscompletae difundida no mercado.
O capítulo4 abordaem detalheo processodascomposiçõesde custos.
7.Discriminação dos custos indiretos
Os custosindiretos sãoaquelesque não estãodiretamenteassociadosaosserviçosde campo
em si, masque sãorequeridosparaque taisserviçospossamser feitos.
Nessa fase são dimensionadasas equipes técnicas (engenheiros,mestres,encarregados),de
apoio(almoxarue,apontador)e de suporte(secretária,vigia),e identificadasasdespesasgerais
da obra (contas,materiais de escritório e limpeza, etc.), mobilização e desmobilizaçãodo
canteiro,taxase emolumentos,entre outrasdespesas.
O capítulo 10 abordaem detalheos custosindiretos.
8.Cotação de preços
Consistenacoletadepreçosdemercadoparaosdiversosinsumosdaobra,tantoosqueaparecem
no custodireto, quantono custo indireto.
É importanteque estaetapasejafeita em seguidaà seleçãodascomposiçõesde custos,para
que o orçamentistapossater uma relaçãocompletadetodos os insumosdo orçamento.
O capítulo 6 abordaem detalhea cotaçãode insumos.
Como preparar orçamentos de obras «29»
9. Definição de encargossociaise trabalhistas
Consistena definiçãodo percentualde encargossociaise trabalhistasa ser aplicadoà mão-de-
obra. Envolve os diversosimpostosque incidem sobrea hora trabalhadae osbenefíciosa que
têm direito os trabalhadorese que sãopagospelo empregador.
acapítulo 5 abordaem detalheos encargossociaise trabalhistas.
Fechamentodo orçamento
10.Definição da lucratividade
Baseadonas condiçõesintrínsecase extrínsecasda obra, o construtor define a lucratividade
que desejaobter na obra em questão.Ele deve levar em conta fatorescomo concorrência,
risco do empreendimento,necessidadede conquistaraquelaobra, etc.
a capítulo 11 abordaem detalhea questãoda lucratividade.
11.Cálculo do BDI
Tendo emvistaqueno casodeplanilhasde concorrênciasaspropostassãobaseadasnosserviços
nelaslistados,o construtorprecisadiluir sobreessesitenstodoocustoquenãoapareceexplicitado.
Em outras palavras, sobre o custo direto é necessário aplicar um fator que represente o
custo indireto e o lucro, além dos impostos incidentes. Este fator de majoraçãoé o BDI-
Benefícios e Despesas Indiretas, expressoem percentual.
acapítulo 12 aborda em detalhe a questão do BDI.
12.Desbalanceamentoda planilha
Em tese,o BDI deveser aplicadouniformementesobre todos os serviços.Entretanto, como
forma de melhorar a situaçãoeconômicado contrato,o construtorpode realizara distribuição
não uniforme do preço totalnos itens da planilha.
adesbalanceamentopossibilitaobter vantagemda seguinteforma:
• Aumentando o preço de serviços que ocorrem cedo na obra e diminuindo o preço dos
serviçosque ocorrem maisperto do fim;
• Aumentando o preço dos serviçoscujo quantitativotende a crescere diminuindo o preço
daquelescujo quantitativotende a ser menor do que o da planilha.
adesbalanceamentoé uma"jogadadepreços"naplanilha, semalteraçãodo preço de venda.
a capítulo 13 aborda em detalhe o desbalanceamentoda planilha de preços.
« 30» Comoprepararorçamentosde obras
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ceamento
t
Planilha
depreços
Como preparar orçamentos de obras « 31»
Utilidadesdaorçamentação
opropósitodo orçamentonãoseresumeàdefiniçãodo custodaobra.Ele temumaabrangência
maior,servindode subsídioparaoutrasaplicações,taiscomo:
• Levantamentodosmateriaise serviços- a descriçãoe a quantificaçãodos materiaise
serviçosajudamo construtoraplanejarascompras,identificar fornecedores,estudarformas
de pagamentoe analisarmetodologiasexecutivas;
• Obtençãode índicespara acompanhamento- é com basenos índices de utilizaçãode
cadainsumo (mão-de-obra,equipamento,material)que o construtorpoderá realizaruma
comparaçãoentre o que orçou e o que estáefetivamenteacontecendona obra. Os índices
servemtambémcomo metasde desempenhopara asequipesde campo;
• Dimensionamentodeequipes- aquantidadedehomem-horarequeridaparacadaserviço
serve para a determinação da equipe. A partir do índice, determina-se o número de
trabalhadoresparauma dadaduraçãodo serviço;
• Capacidadederevisãodevaloreseíndices- o orçamentopodeserfacilmenterecalculado
apartir de novospreçosde insumose índicesdeprodução.Para isso,bastaqueoscamposde
valoressejamalterados,pois todo o restanteé produto de operaçõesaritméticassimples;
• Realização de simulações - cenários alternativos de orçamento com diferentes
metodologiasconstrutivas,produtividades,jornadasde trabalho, lucratividade,etc.;
• Geraçãode cronogramasfísico e financeiro - o cronogramafísico retrataa evolução
dosserviçosaolongo do tempo.O cronogramafinanceiroquantificamensalmenteoscustos
e receitasdessesmesmosserviços- é a distribuiçãotemporaldosvalores;
• Análise da viabilidadeeconômico-financeira- o balançoentre os custose as receitas
mensaisfornece umaprevisãoda situaçãofinanceirada obra ao longo dos meses.
« 32» Como preparar orçamentos de obras
Graus do
orçamento
BIBLIOTECA
Prgf. Rosàrio Farâni Mansur Guérios
CEFET·PR
Como preparar orçamentos de obras
Seja nosetorpúblico,sejanainiciativaprivada,antesmesmododesenvolvimentodetalhado
deumprojetoexecutivojáháumapreocupaçãodogestoremterumanoçãodocustototaldo
empreendimento.
É umapreocupaçãobastantecompreensível,porqueé apartirdessaavaliaçãopréviaqueele
iráoptarpeloprosseguimentodoprojeto,ouaumentá-Ioemseuescopo,oucortarpartes,ou
reduziro padrãodeacabamento,ou atémesmoabortá-Iosechegarà conclusãodequenão
dispõedosrecursosrequeridospararealizaraobra.A estimativapreliminardocustodaobraé
o primeiroingredientedequalquerestudodeviabilidade.
A dependerdotipodeobra,aestimativaconseguesermaisoumenorprecisa.Quandosetrata
deumaconstruçãoconvencional,comumprojetorelativamentetradicional,comosserviços
bemconhecidospelaconstrutora,comregistrosdecustosdeobrassimilarese semgrandes
indefiniçõeseinterferências,aestimativapodeproduzirnúmerosbempróximosdarealidade.
É o casodeedifíciosresidenciais,casaspopulares,adutorasdeágua,linhasdedistribuiçãode
energiaelétrica,etc.
Quandooprojetoépoucoconvencional,comoumaindústriasemprecedentesouumaponte
dedesigninovadoraserfeitacomumatecnologiaconstrutivapoucasvezesaplicada,aestimativa
decustosnaturalmentecarregaráemseubojoumaimprecisãomaior.
Nasempresas,a estimativade custossóserverealmenteparadara ordemde grandezado
empreendimento.Conformeexplicadono capítuloanterior,o orçamentopropriamentedito
requerolevantamentodasquantidadeseacomposiçãodecustosparacadaserviço.Oorçamento
detalhado(ousintético)geraum produtofinal muitomaiscompletoe confiáveldo quea
simplesestimativadecustos.
Grau dedetalhedo orçamento
A dependerdograudedetalhamentodeumorçamento,elepodeserclassificadocomo:
» Estimativade custo - avaliaçãoexpeditacombaseemcustoshistóricose comparação
comprojetossimilares.Dá umaidéiaaproximadada ordemde grandezado custodo
empreendimento;
»Orçamento preliminar - maisdetalhadodo que a estimativade custospressupõeo
levantamentodequantidadeserequerapesquisadepreçosdosprincipaisinsumoseserviços.
Seugraudeincertezaé menor;
» Orçamento analítico ou detalhado- elaboradocomcomposiçãode custose extensa
pesquisadepreçosdosinsumos.Procurachegaraumvalorbempróximodocusto"real",
comumareduzidamargemdeincerteza.
Estimativade custos
A estimativade custosé umaavaliaçãoexpeditafeitacombaseem custoshistóricose
comparaçãocomprojetossimilares.Dá uma idéia da ordemde grandezado custodo
empreendimento.
Emgeral,aestimativadecustoséfeitaapartirdeindicadoresgenéricos,númerosconsagrados
queservemparaumaprimeiraabordagemdafaixadecustodaobra.A tradiçãorepresentaum
aspectorelevantenaestimativa.
« 34» Como preparar orçamentos de obras
orçamento
~ocasodeobrasdeedificações,umindicadorbastanteusadoé o custodometroquadrado
construído.Inúmerassãoasfontesdereferênciadesseparâmetro,sendoo Custo Unitário
Básico(CUB) o maisutilizado.Cadaconstrutora,noentanto,podeir gerandoseuspróprios
indicadorescomo passardotempo.
Outrosindicadoresgenéricossão:
• Custopormetrolinearderedededrenagemouesgoto;
• Custoporhectaredeurbanização;
• Custopormegawattdeenergiainstalado(parausinashidrelétricas);
• Custodoquilômetrodeestrada;
• Custodoquilômetrodelinhadetransmissãodealtatensão.
Importante:A estimativadecustosnãoeliminaanecessidadedesefazeroorçamentoanalitico.
CUB
A Lei 4.591/64atribuiuà AssociaçãoBrasileirade NormasTécnicas(ABNT) a tarefade
padronizarcritériose normasparacálculode custosunitáriosde construção,execuçãode
orçamentose avaliaçãoglobaldeobra.Alei obrigaosSindicatosdaIndústriadaConstrução
estaduaisa calculare divulgarmensalmenteoscustosunitáriosda construçãona suabase
territorial,referentesadiversospadrõesdeconstrução.
A normacriadapelaABNT foi a NB-140,posteriormentesubstituídapelaNBR 12.721.Ela
defineoscritériosdecoleta,cálculo,insumosrepresentativoseosseuspesosdeacordocom
ospadrõesde construção(baixo,normale alto),que levamem contaascondiçõesde
acabamento,aqualidadedomaterialempregadoeosequipamentosexistentes.
O Custo Unitário Básico da ConstruçãoCivil (CUB) representao custodaconstrução,
porm2, decadaumdospadrõesdeimóvelestabelecidos.
OCUB decadaprojeto-padrãoécalculadoaplicando-seaoscoeficientesconstantesdosquadros
daNBR 12.721(lotesbásicos)ospreçosunitáriosdosinsumos(materiale mão-de-obra)ali
relacionados.EssespreçossãoresultantesdepesquisamensalfeitapelosSindicatos(batizados
de SINDUSCON namaioriadosEstados)juntoa expressivonúmerode construtoras,que
mensalmenteinformamosvalorespraticados.Quantoàmão-de-obra,éaplicadoumpercentual
correspondenteaosencargostrabalhistaseprevidenciários,decorrentesdalegislaçãoprópriae
daConvençãoColetivadeTrabalho.
Dessaforma,o CUB éo resultadodamedianadecadainsumorepresentativocoletadojunto
àsconstrutoras,multiplicadapelopesoquelheéatribuídodeacordocomopadrãocalculado.
Natabela,oscustosestãodivididosdeacordocomaunidadeautônoma(tipodeconstrução
enúmero de quartos),número de pavimentosepadrãodeacabamento.
Como preparar orçamentos de obras «35»
A terminologiaempregadaé a seguinte:
- H8-3 N~~/ \ ~
Tipo:
H - Habitacional
C - Comercial
Númerode
pavimentos:
1
4
8
12
16
Númerode
quartos:
2
3
Padrão:
B-Baixo
N-Normal
A -Alto
Custo do m2 (emR$)
Padrão habitacional •H
CUB Médio Habitacional:833,13
Padrão comercial
Númerode AndaresLivres - CL Salas e Lojas - CS
Pavimentos Baixo Normal Alto Baixo Normal Alto
783,60 580,71643,05841,38
892,59777,33
588,58645,48826,79
745,74
4 540,54 601,82
607,16 668,12
12 553,22 611,32
531,14 591,71
CUB MédioAndares Livres: 654,81 CUB Médio Salas e Lojas: 695,75
Padrão galpão industrial (CG)e casa popular(CP1Q)
CG - PadrãoGalpãoIndustrial:372,76 CP1Q- Casa Popular:567,14
Fonte: Sinduscon-BA, junho/2006
« 36» Comoprepararorçamentosde obras
Por setratarde um parâmetromédio,no valordo CUB nãoestãoconsideradososcustos
referentesàsespecificidadesda construção,comoo valordo terreno,fundaçõesespeciais,
paisagismo,elevadores,instalaçõeseequipamentosdiversos,obrascomplementares,impostos,
ta.~,honorários,etc.
É fácilestimaro custodeconstruçãodeumimóvelapartirdoCUBoBastabuscarnatabelao
,--alor doCUB correspondenteaopadrãoemultiplicá-Iopelaáreadeconstrução.
Exemplo: Sejaum edifícioresidencialde oitopavimentosde trêsquartos,de 300m2 por
pavimento,depadrãonormal,emSalvador.Calcularo custodeconstruçãoutilizandoo CUBo
•.\reaconstruídatotal=2.400m2
CUB Salvadorjunho/2006(H8-3N)=R$ 704,37/m2
Custototal= 2.400m2 x R$ 704,37/m2= R$ 1.690.488- R$ 1.700.000,00
Índice CUB
Há queseatentarparaa diferençaentreCUB e Índice CUBoO CUB éumvaloremreais.
Ele representao valor,por m2, daconstruçãodeumahabitaçãode acordocomospadrões
estabelecidospelaNBR 12.721.Comoo cálculoé feitocomumaperiodicidademensal,é
possívelcriarumasériehistóricadaevoluçãodosvaloresapartirdassuasvariaçõesmensais.
OÍndice CUB éavariaçãoacumuladadoCUB entreomêsanterioreoatual.É umpercentual.
Ele representaquantoo custodeconstruçãovarioudeummêsparao outro.É umparâmetro
importanteparacomparaçãoentreaaltadospreçosdaconstruçãocivileoutrosíndicesmais
genéricosdivulgadosnaimprensa- IGP-M, INPC, INCC, ICC, FIPE, etc.
CUB
índiceCUB
É o custo médio do metroquadrado construído.
Édadoem R$.
Indica a variação entre o CUB de dois meses
consecutivos. É dado em %.
CustoUnitárioPINI de Edificações
A PINI desenvolveuumametodologiaprópriade cálculodo custodo metroquadrado
construído.Trata-sedoCustoUnitário PINI deEdificações.Eleservecomoumareferência
paralelaaoCUBoPorterumprojetopadrãodiferentedaqueledoCUB, naturalmenteosdois
índiceslevamavaloresdistintos,porémnãomuitodistantesentresi. Cabeaoorçamentista
enquadrarsuaobranospadrõesadotadoseverificarqualo índicequemaisseadaptaaocaso.
Como preparar orçamentos de obras «37»
oCustoUnitárioPINI deEdificaçõeséveiculadonasrevistasdaEditoraPINI:
162,04678,81840,85
Comercial
Prédiocomelevadorfino
Industrial
Galpãodeusogeralmédio
JeRRAPJJ:MAGEM DIlfHiGEMDE~UAS PlUYIAIS
PAVIMENTAÇÃO I REDE DE,GAlERIAs
GUfASE lLUMIltAÇAO
lEVE
MÉDIOpwDO- SARJETASPÚBUCA
901,03
689,852390,756.643,09 2.756.742.422,138.333,251.391,34
abc
900,78690,472393,826.652,32 2.757,112.430,258.385,671.399.05
905,82
712,012.415,366.673,86 6.888.062.948,552.445,418.455,001.423,44
lun
944,42713,852.424,606.701,56 6.958,532.935,892.430,798.485,441.423,44
jul
946,95715,082.430,756.720,02 6.966,522.983,662.370,158.617,341.423,44
agn
987,20715,082.430,756.720,02 6.967,792.982,932352,288.619,031.423,44
se!
990,03732,322.516,906.978,48 7.028,932.983,182317,628.769,521.423,44
nu!
992.79732,322516,906.978,43 7.018,692.981,042.273,768.728,941.428,5837.181,35
nov
993,41732,322.516,906.978,48 7.023,303.004,462.278,638.755,991.431,1537.235,95
dez
997,85732,932.519,986.987,713516,207.004,763.002,202.287,309.016,411.431,1537.496,49
Jan
997,85733,552.523,066.996,943.522,297.015,503.002,822300,839.275,141.436,2937.804,27
t"
998,71733,552.523,066.996,943.525,357.041,153.004,212.311.129.325,86lA38,8637.898,81
Mar/06
991,13734,162.526.137.006,173.525.977.049,293.003,442.311,129.361,391.438,8637.947,66
VAIUAC;OES S' REFERENTES AO UL TIMD mês
·0.760.080,120,130,020,12'0.030,000,380,00Q,13
acum.ano
-0,670,170,240,260,280,640,041,043,830,541,20
acum.12meses
10,006,425,665,473,147,228,95-4,5812,343,426,83
Prédiosemelevadormédio
Uso da Edificação R$/m2
Global MAT MOO
Habitacional
Residencialpadrãofino
Fonte: ConstruçãoMercado, maio2006
Outrosíndices
Custos Unitários PINI de Edificações
Estado:Bahia
MêsdeReferência:abril2006
Existemoutrosparâmetrosdereferênciaparacustosdeconstrução,emsuamaioriaconcementes
aumsetorespecífico.
UmexemploéoCustode Urbanização- Avaliaçãode Glebas,calculadoparaummódulo
de1.000m2 deáreaútil.EssecustoéatualizadopelaPINI mensalmente:
Observação:Oscustosde urbanizaçãoapresentadosforamdimensionadosparaummóduiodemil m2 deáreaútil (áreadelotes),e foramcalculadoscombasenotrabalho"Avaliaçãode
Glebas- SubsidiasparaPré-Planos" daempresaGuilhermeMartinsEngenhariadeAvaliaçõesS/C Ltda.e fazparteda3" edição(1980)do livro"Construções.Terrenos"- EditoraPini.Os
valoressão atualizadosmensalmenteatravésdepesquisaemSâoPauio,Capital.
Fonte: ConstruçãoMercado, maio 2006
« 38» Comoprepararorçamentosde obras
'n'''ll ,,,.,ar-'
orçamento
••
Orçamentopreliminar
oorçamentopreliminarestáum degrauacimadaestimativade custos,sendoum poucomais
detalhado.Ele pressupõeo levantamentoexpeditode algumasquantidadese a atribuiçãodo
custode algunsserviços.Seugraude incertezaé maisbaixodo que o da estimativade custos.
~o orçamento preliminar, trabalha-se com uma quantidade maior de indicadores, que
representamum aprimoramentodaestimativainicial. Os indicadoresservemparagerarpacotes
detrabalhomenores,demaiorfacilidadede orçamentaçãoe análisede sensibilidadedepreços.
Em obras similares, a construtora pode ir gerando seus próprios indicadores. Embora os
prédios tenham projetos arquitetônicos distintos e acabamentosdiferentes, nota-se que os
indicadores não flutuam muito.
.\ seguirsãomostradosalgunsindicadoresúteisparalevantamentosexpeditosde construções
prediais. Embora cadaprédio tenhaseuprojeto particular,a relaçãoentreosquantitativosdos
principaisserviçosobedecea um comportamentogeral.
Volume de concreto
ovolume de concreto de um pavimento engloba pilares, vigas, lajes e escadas.Define-se
espessuramédiacomo aespessuraque o volume de concreto do pavimentoatingiria sefosse
distribuído regularmentepela áreado pavimento.
Indicador:espessura média.
Estrutura abaixo de 10 pavimentos _ entre 12 e 16 cm
Estrutura acima de 10 pavimentos _ entre 16 e 20 cm
Volume de concreto =área construída x espessura média
~rtante: aespessuramédiarefere-seapenasàsuperestruturadoprédio:nãoinclui concreto
de fundações(blocos,tubulões),quadrasesportivas,etc.
P!30de armação
Embora lajes,pilaresevigastenhamsolicitaçõesdistintase que sejamarmadoscom diferentes
densidadesde aço por metro cúbico de concreto,verifica-seque em construçõesprediais a
tIIIa de açomédia fica numa faixa.
Indicador:taxa de aço.
Em função do volume de concreto;
Estrutura abaixo de 10 pavimentos _ entre83 e 88 kg por m3 de concreto
Estrutura acima de 10 pavimentos _ entre88 e 100kg por m3de concreto
Peso de armação =volume de concreto x taxa de aço
Como preparar orçamentos de obras «39»
Áreadefôrma
Embora aquantidadedefôrmaparamoldagemdeum pilar sejabem maisrepresentativado que
paraumalaje,verifica-seque a utilizaçãomédiade fôrmacai semprenumadeterminadafaixa.
Indicador:taxa de fôrma
Em função do volume de concreto:
Entre 12 e 14 m2 por m3 de concreto
Área de fôrma =volume de concreto x taxa de fôrma
Exemplo.Estimar osquantitativosdeconcreto,açoe fôrmado edifício residencialdo exemplo
anterior.
Área construída total (A) = 2.400m2
Volume de concreto (V ) =
Ac x espessuram6dia =
2.400m2 x0,14m = 336 m3
Pesodearmação= V xtaxadeaço=
336m3x 85kglm3= 28.560kg = 28,6t
Área defôrma =V xtaxadefôrma =
336m3 x l:r;n2Im3 = 4.368m2
« 40» Como preparar orçamentos de obras
·-- n"
orçamento
Estimativadecustospor etapade obra
A estimativadecustospor etapadeobraéumadecomposiçãodaestimativainicial,levando
emconsideraçãoo percentualquecadaetapadaobrarepresentanocustototal.
_\tabeladepercentuaisé frutodeestudosdeobrassimilaresevemgeralmenteemfaixasde
,-alares.A decomposiçãoemetapaséútilporapresentarumvalorestimadoparacadaetapada
obra,alémdaimportânciarelativadecadaumadelas.
A tabelaaseguirdáumanoçãodarepresentatividadedecadaetapanocustototaldeumaobra
deedificações:
IHsde Referência:Junhof06
MÉDIO (5)PQPULAR{ó}
D,4JC,8
1,3;;:2,5
Oal
Da1DaICalDaI
334
334334
6,9a 7,5
3.6a4.22,234,11,9a2,53,634,24,435
15.9318,7
13,2318,311,5a14,629,2335,726,5333,122,6223,1
3,936,5
6,7 a lC,S6,9<312,22,783,83,7a 7,36,9a 11,8
2,6a5,2
7,3a l3,5S 313,36,9312)4,237,52,8a4,9
OaD,S
3,537,68,5316,8 O,6al,7
11,6a 13,7
11.5a 13,511,7a 12,710,8a12,69,9a 11,610,4a 11,4
],834,8
3,8<34,83,834,84,535,43,7a4,63,834,8
10,1aB,l
L).] "2 D]D,4iJD,S1,332,61,3;) 1,95a6,4
2C,8a28,1
23,7329,52.1,9330,217,8323,123,2a 29,521,5330,3
1,9a3.5
0,5310,9<11,81,533O,5aO,90,430,8
3,635,2
5.737.43,834,73,lD44,6Jó,22,5a3,3
1,932,9
0.530.60,5310,2a 0,3Oal0,5a1
2,733,3
~ as informaçõesreiativasàs tipO!OgiilSconstrutivasna tabelildo CUPE • CJsta UnitárioPini de Edificaçães
Fonte:ConstruçãoMercado, agosto2006
Cal
334
2:9'ã3.4
25,4830,4
/18aa134~1
9,5310,5
3,734,6
,1,9a 2~~
.0.4,98<: .•.
1,7a3,1
6,139,2
OaO,9
5,2a6,4
7,438,4
3,Sa4,7
6,4u7,8
15,9819,2
1,582,9
637,7
Oe7,7
Ao setrabalharcomaestimativadecustosporetapadeobra,deve-seteremcontadequeos
percentuaissãoapenasreferenciais.No casode seterumaobraatípica- implantadaem
aclivepronunciado,ouemterrenomuitofraturado,oucomgrandesbalançosnaestrutura,ou
comsofisticadapeledevidronafachada-, ospercentuaisdatabelacertamentenãoserão
muitoexatos.O idealcontinuasendosempreelaboraro orçamentoanalíticodaobra.
Como preparar orçamentos de obras «41»
Uma utilidade do orçamentopor etapaé que o orçamentistapode rapidamenteavaliarse a
cotaçãode um subempreiteiroestádentro ou fora da faixaesperada.
Exemplo.No mesmoexemplodo edifício residencialde 2.400m2 de áreaconstruída,o valor
estimadodo custode construçãopor etapade obra seria:
ETAPA % DO CUSTO TOTAL VALOR (R$)
Serviços preliminares 0,2aO,3% 3.400,00a5.100,00
Fundações
Superestrutura
3,Oa4,0%
29,2 a35,7%
51.000,00a68.000,00
496.400,00a606.900,00
Esquadrías 6,9a 12,7% 117.300,00a215.900,00
76.500,00a91.800,00
302.600,00a392.700,00
2,7a 3,3%
4,5a5,4%
1,3a.2,6%
17,8a23,1%
1,583,0%
3,1a4,0%
Instalações Elétricas
Pintura
Elevadores
Revestimento (pisos, paredes, forros)
Orçamentoanalítico
oorçamentoanalíticoconstituia maneiramaisdetalhadae precisade seprever o custoda
obra. Ele é efetuadoa partir de composiçõesde custose cuidadosapesquisade preços dos
insumos.Procura chegara um valor bem próximo do custo"real".
O orçamento analíticovale-sede uma composiçãode custosunitários para cada serviço da
obra, levando em consideraçãoquanto de mão-de-obra,materiale equipamentoé gastoem
suaexecução.Além do custodosserviços(custodireto),sãocomputadostambémoscustosde
manutençãodo canteirode obras,equipestécnica,administrativae de suportedaobra,taxase
emolumentos,etc. (custoindireto),chegandoa um valor orçadopreciso e coerente.
Uma explicaçãocompletaacercado orçamentoanalíticoé encontradanoscapítulosseguintes
destelivro.
« 42» Comoprepararorçamentosde obras
SBJqOepsOluewB6JOJBJBdeJdowo8
sapBp~luBnbap
oluawBluBJ\al
Dimensão Exemplo
Concreto, aço, tinta,areia, brita,
cimento,tijolo
Tubulação, meio-fio,cerca, sinalização horizontal de estrada, rodapé
Umpezae desmatamento,fôrma, alvenaria,forro, esquadria,pintl
impermeabUízação,plantiode grama
Concreto, escavação, aterro,dragagem, bombeamento
Armação, estrutura
Referem-se a serviços que não são pagos por medida, mas por
simples contagem:postes, portões, placas de sinalização, comportas
Ficam incorporados ao
produtofinal
Adimensionais
Lineares
Permanentes
Volumétricos
« 44» Como preparar orçamentos de obras
O levantamentode quantidadespode envolverelementosde naturezasdiversas:
Classe Característica Exemplo
Quanto à permanência,os materiaisempregadosem uma obra podem ser classificadosem
dois tipos:
Dimensões
A etapade levantamentode quantidades(ou quantitativos)é uma das que intelectualmente
maisexigemdo orçamentista,porque demandaleiturade projeto, cálculosde áreasevolumes,
consultaa tabelasde engenharia,tabulaçãode números,etc.
A quantificaçãodosdiversosmateriais(ou levantamentode quantidades)de um determinado
serviço deve ser feita com base em desenhosfornecidos pelo projetista,considerando-seas
dimensõesespecificadase suascaracterísticastécnicas.Por exemplo,aosemedir aáreadepiso
de um apartamento,deve-sesepará-Iapor tipo de revestimento.
O processodelevantamentodasquantidadesdecadamaterialdevesempredeixarumamemória
de cálculo fácil de ser manipulada,a fim de que as contaspossamser conferidaspor outra
pessoae queumamudançadecaracterísticasou dimensõesdoprojetonãoacarreteum segundo
levantamentocompleto. Em vista disso, são normalmenteusadosformulários padronizados
por cadaempresa.
oinício da orçamentaçãode uma obra requer o conhecimentodosdiversosserviçosque à
compõe. Não bastasaberquaísos serviços,é preciso sabertambémquantode cadaum deve
ser feito.
quantidades
Eventualmente,o construtorpode fabricar seupróprio material.Um exemploé uma obra de
estradaem que o agregadoprovémdabritageme peneiramentode blocos rochososescavados
a fogo. Nesse caso,o preço do material (sejaem metro cúbico ou em tonelada)é o preço do
desmonteda rocha maisseubeneficiamento.
A seguir,apresentamosem detalheo processode levantamentode quantidadesdosprincipais
serviçosque aparecemnasobras.
Demolição
o volume da estruturaa ser demolida "cresce"quandopassada construçãoao entulho. Isso
porqueo arranjodamassasedesfaze aumentadevolume.Esse "inchamento",bemsemelhante
aum empolamento,variade materialparamaterial,e de acordocom o métodode demolição.
Parademoliçãode alvenariadeblocos,comumemobrase reformas,recomenda-semultiplicaro volumepor 2. Em outraspalavras,1 m3 de alvenariageracercade 2 m3 de entulho quando
demolida.
Volume de remoção de entulho =Volume de demolição x 2
Fôrma
Para a determinaçãodo quantitativode fôrmas,é importanteque haja um projeto executivo,
com o detalhamentodasdiversaspeças.
Para fôrmas de madeira, normalmente encontram-se os seguintes componentes: chapa
compensada(resinada,plastificada),sarrafo,prego,desmoldante.Sócomum projetodefôrmas
éque o orçamentistapode estimarcom segurançao quantitativode todosesseselementos.
O exemploa seguirajudaa entendero levantamentodasquantidades.
Exemplo.Levantarosquantitativosdetodososmateriaisnecessáriosaoserviçode fabricação,
montageme escoramentoda fôrma da estruturaabaixo:
Como preparar orçamentos de obras «45»
li ~ 11 \i;; 11 11 "~ ,--, --li ~"'':;~''\.,.''Jl1§''i!.~~I4~-';:'~~"~1,.":~~~:l.. ,..... ~~~'~1f....•...t-~~~••.•.t~,~~1i!<:"'~t:rJ~~;jor"'tw'....".~""._ •..'jf-~~'f;l
Aço" 488kg
2 (e. 60)-11--i)--t:~
! iI
11
IIIIli
,
g
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1,10m
:1t
lf
!LJLJ
!íl
, c c~ e. 45e~ / C,ompensador---ini IhnMh
25em
Chapa compensada(dimensões2,20m x 1,10m):
Quantidadedechapasnadireçãohorizontal= 7,70m/ 2,20m = 3,5 - 4un
Quantidadedechapasnadireçãovertical=2,90m / 1,10m =2,6 - 3un
Total=3x4x2 lados=24un - 24unx2,20mx 1,10m =58,1m2
Sarrafo:
Vertical= 7,70m/ 0,45m =17,1 - 18unx2,90mx2 lados=104,4m
Horizontal=2,90m/ 0,60m =4,8 _ 5unx2 x 7,70mx2 lados=154m
Escora= 7,70m/ 1,35m =5,7
Piquete= 6 unx1,0m = 6 m
Total= 282,4m
- 6unx 3,Om=18m
« 46» Como preparar orçamentos de obras
--.-------====~~~~~ l!'
A cada2 cruzamentosnahorizontal= 5x 9 = 45un
Taxas por m2 de fôrma:
0,20 a0,25 kg/m2
0,101/m2
Prego
Desmoldante
o serviçodearmaçãoé estimadocombasenopeso(seriamaiscorretodizermassa)deaço
requeridodeacordocomoprojetoestrutural,queemgeraltrazumquadrode ferragemou
lista de ferros decadapeçaou conjuntodepeças,contendoosrespectivoscomprimentos,
bitolae quantidade.
Armação
Desmoldante:
Usartaxade0,10lIm2 - 7,70mx2,90mx 2 ladosx 0,10kg/m2=4,5 l
Tensormetálico:
Prego:
Usartaxade0,25kg/m2_ 7,70mx2,90mx2 ladosx 0,25kg/m2=11,2kg
'!IIJUM I"
quantidades
Agrupadospor bitola,o comprimentopodeserconvertidoempesopor meiodaseguinte
correspondência:
Peso de barras de aço por melro
Diâmetro kglm
mm polegada
5,0 3/16" 0,16
%.n
0,25
8,0
5/16" 0,40
10,0
3/f>J'0,63
12,5
V2" 1,00
16,0
5/8"1,60
20,0
3;.í" 2,50
22,3
7/8"3,00
25,0
1"4,00
32,0
1 14"6,30
Alguns projetistasacrescentam 10% de perdas no peso totalde aço
do quadro de ferragem. Nesse caso, o orçamentísta não precisará
introduziras perdas na composição de custos.
Exemplo.Levantaropesodearmaçãodaestruturacujoquadrodeferragemémostradoabaixo:
NQ " Comprimento Quantidade Comprimento
(mm) unitário(m) total(m)
1 8,0 4,502090,0
lia.
6,0050300,0
3
8,0 1,203440,8
45
12,5 4,8040192,0
Peso:
fJ Comprimento Peso por Peso
(mm) total(m) metro(Kglm) (kg)
8,0 90,0+40,8=130,8 0,40 52,3
12,5 32,0+192,0=224,0 1,00 224,0
Como preparar orçamentos de obras «47»
4,200000
m3
m3
kg
kg
kg
m3
kg
kg
kg
Argamassa adesiva para chapisco
Areia lavadatipo média
Areia lavada tipo média
Cal hidratadaCH 11I
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência:32,00 MPa)
Areia lavada tipo média
Areia lavadatipo média
Cal hidratada CH III
Areia lavadatipo média
Calhidratada CH 1II
09705.3.2.1
02060.3.2.2
02060.3.2.2
02060.3.2.2
02060.3.2.2
02065.3.5.1
02060.3.2.2
Código Componente Unido Coef.
Código Componente Unido Coef.
Código Componente Unido Coef.
Código Componente Unido Coef.
Código Componente Unido Coef.
Código Componente Unido Coef.
09505.8.2.2 EMBOÇOemteto com argamassamista de cimento,cal
hidratadae areia sem peneirartraço 1:2:9,e=20mm
Traçosde argamassae concreto
A tabelaabaixotraz algunstraçosde concretoe argamassaúteisparaorçamento:
09705.8.1.1 CHAPISCO para paredeinterna ou externa com argamasade
cimento e areia sem peneirartraço 1:3,e=5mm
09705.8.2.2 EMBOÇO/MASSAÚNICA para paredeinternacom argamassade
cimento e areia sem peneirartraço 1:3,e=20mm
09505.8.1.2 CHAPISCO emteto de concreto com argamassapré-fabricada
adesiva de cimento colante
09505.8.3.5 REBOCO emteto com argamassade cal hidratadae areia
peneiradatraço 1:2,e=5mm
09705.8.3.21 REBOCO para paredeinternaou externa, com argamassade cal
hidratadae areia peneiradatraço 1:2,e=5mm
« 48» Comoprepararorçamentosde obras
" quantidades
03310.8.1.18 CONCRETO estrutural virado em obra, controle "A", consistência
paravibração, brita 1 e 2, fck 20 MPa
Código Componente Unido Coef.
m3 0,901000
ma m3
0,627000
kg
Areia lavadatipo média
peclrabritada 1
Pedra britada2
Cimento Portland CPIl-E-32 (resistência:32,00 MPa)
02060.3.3.2
02060.3.2.2
03310.8.1.42 CONCRETO estrutural virado em obra, controle "C", consistência
paravibração, brita 1 e 2, fck 15 MPa
Código Componente Unido Coef.
02060.3.2.2
02060.3.3.2
Areia lavadatipo média
Pedra britada 1
Pedra britada2
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32,00 MPa)
m3
m'
m3
kg
0,913000
0,627000
03310.8.1.5 CONCRETO estrutural virado em obra, controle "A", consistência
paravibração, brita 1, fck 18MPa
Código Componente Unido Coef.
02060.3.2.2
02065.3.5.1
Areia lavadatipo média
Peclrabritada 1
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência:32,00 MPa)
m3 0,878000
lW
kg 305,000000
0,627000
0,890000
0,904000
0,627000
m3
m3
m3
m3
(resistência: 32,00 MPa)
Areia lavadatipo média
Pedra britada 1
Pedra britada2
Areia lavada tipo média
Pedra britada 1
Pedra britada2
Cimento Portland CP Il-E-32 (resistência:32,00 MPa)
02060.3.3.2
Código Componente Unido Coef.
02060.3.2.2
02060.3.2.2
02060.3.3.2
Código Componente Unido Coef.
03310.8.1.36 CONCRETO estrutural virado emobra, controle "B", consistência
paravibração, brita 1 e 2, fck 20 MPa
03310.8.1.35 CONCRETO estrutural virado em obra, controle "B", consistência
paravibração, brita 1 e 2, fck 18 MPa
I
l
i
f
t
!
f
~
I
Os volumesde britae areia totalizamaproximadamente1,65 m3para
cada 1 m3de concreto
it..
Como preparar orçamentos de obras «49»
Alvenaria
olevantamentodequantidadesdealvenariadestina-seaobteraáreadeparedeaseredificada,
portipo,assimcomodesmembraressaáreaemtermosdosinsumosqueentramnaexecução
do serviço.Em outraspalavras,primeirodetermina-sea áreade paredee, a partirdela,a
quantidadedeblocosedeargamassadelevantedaalvenaria.
A áreadealvenariaservirádebaseparaolevantamentodequantidadesdeoutrosserviços,tais
comochapisco,emboço,reboco,pinturae azulejo.
o levantamentodaáreadealvenariaa serlevantadanaobrapartedainterpretaçãodaplanta
baixadaedificação,associadaàselevaçõesmostradasnoscortestransversais.Pode-secalculara
áreadealvenariapelasimplesmultiplicaçãocomprimentoxaltura,ouperímetroxpé-direito.
A tabulaçãoindividualdasparedespermitea checagemdascontase consultasposteriores,
alémdeservircomoregistro(memóriadecálculo).
Quandonumpanodeparedeexistiremaberturas- portas,janelas,basculantes,elementos
vazados,etc.-, háalgumasregraspráticasparao levantamentodaáreadealvenaria:
• Áreadaaberturainferior a2 m2 - despreza-seovãodaabertura,istoé,nãosefazdesconto
algumnaparede;
• Áreadaaberturaigualou superiora 2 m2 - desconta-sedaáreatotaloqueexcedera2 m2.
Essaregrapartedopressupostoqueaexecuçãodaalvenarianasbordasdaaberturademanda
tempocomajustes,arestamento,escoramentodosblocos,colocaçãodevergaecontraverga,e
queessetemposeriaequivalenteaoqueo pedreirolevariaparapreenchero vãoseaparede
fosseinteira.A regranãoéperfeitaporquefazumacompensaçãodehomem-horapormaterial,
masaindaassiméumapráticamuitodifundidaentreosorçamentistas.
Vão na alvenaria<2 m2 _
vào na alvenaria ~2 m2 _
A análise éfeita vão
por vão, e não pela
soma dos vãos
-não se desconta a aberturadesconta-se o que exceder a2,0 m2Ex.: se forem duas janelas
desconta-se o que exceder
a 2,0 m2em cada uma delas
Exemplo.Calcularaáreadealvenariade:
(i) paredede6,0mx2,8mcomjanelade1,5mx 1,0m;
(ii) paredede6,0mx2,8mcomjanelade 1,5mx2,0m;
(iii) paredede6,0mx2,8mcom1janelade1,5mx 1,0mel janelade1,5mx2,0m.
« 50» Como preparar orçamentos de obras
quantidades
i) Área = 6,0m x 2,8m - °= 16,8m2.
ii) Área =(6,0m x 2,8m) - (1,5m x 2,0m - 2 m2) =16,8m2-1,0 m2=15,8m2.
.iii) Área =(6,0m x 2,8m) - °- (1,5m x 2,0m - 2 m2) =15,8m2.
Quantidadedeblocose argamassadelevante
A quantidadedeblocose argamassapormetroquadradodealvenariadependedadimensão
doblocoedaespessuradasjuntashorizontaiseverticais.
Chamandodebj e b2 o comprimentoe altura(emmetro)doblocono planodaparede,e
de eh e e, a espessura(emmetro)dasjuntashorizontaise verticais,respectivamente,a
quantidadedeblocosporm2seráobtidapeladivisãode1mOpelaáreadoblocoequivalente,
queé o blocoacrescidodajuntas.
Parametricamente:
bz
I
I
I
10
D=
1
(bj +eh) x (b2 +e)
Parao cômputodovolumedeargamassapor metroquadradode alvenaria,a maneiramais
práticaésubtrairde1m2aáreafrontaldosblocosexistentesnessaáreaemultiplicaroresultado
pelaespessuradaparede(b):
v = [1- n x (bj x b2)] x b3
Exemplo. Paraumaalvenariacomblocode 14cm(largura)x 19cmx 39cmejuntasde
1,5cm,calcularo consumoteóricodeblocosedeargamassadelevantepor m2 deparede.
1
n = ---------- =12,04unlm2
(0,39+0,015)x (0,19+0,015)
v =[1 -12,04 x (0,39x 0,19)]x 0,14=0,0151m31m2.
Como preparar orçamentos de obras «51»
A boa práticarecomendaa obrigatoriedadeda juntaverticalnas fiadas
de marcação,blocosem contatocom pilares,paredes muitoesbeltas,
paredessobre lajesem balanço,paredesque receberãorevestimento
fino (gesso), pavimentossuperiores de edifícios altos sujeitos a altas
cargas de vento, paredes periféricas (fachada) e paredes muito
seccionadas por embutimento de prumadas.Nos demais casos, a
junta verticalpode ser seca (sem preenchimento de argamassa).
Volume
Bloco(*) Junta Quantidade deagamassa
Larg. Alt. Comp. Horizontal Verticaldeblocos(n) Juntas Junta seca
(b3) (b2) (b,) (eh) (ej) un/m2 cheias vertical
cm cm cm cm cm m3/m2 m3/m2
A tabelaabaixomostraa quantidadeteórica(nominal)de blocose o volumede argamassapor
metroquadradodealvenariaparaváriascombinaçõesdedimensãodeblocose espessuradejunta.
Fica acargodo leitordeduzirafórmulado volumede argamassaquandoajuntaverticaléseca.
Quantidades de blocos e argamassa de levante por m2 de parede (para juntas de 1,5em)
9 19191,51,523,800,012690,00659
24
1,5 0,00659
9
19291,51,515,990,010690,00659
39
0,00659
9
9191,51,546,460,018500,01286
9
14241,51,525,300,013490,00871
11,5
19241,51,519,130,014680,00841
11,5
19391,51,512,040,012360,00841
14
19191,51,523,800,019740,01024
0,0178814
19291,51,515,990,016630,01024
39
1,51,5
19
19191,51,523,800,026790,01390
24
1,51,519,130,02426
19
19291,51,515,990,022560,01390
(0) Dimensõesnominaissegundoa XER 7171 « 52» Comoprepararorçamentosde obras
Exemplo.Calcular a quantidadede cada insumo necessáriopara a construçãode 1 m2 de
parededealvenariadeblocoscerâmicosde9cm(largura)x 14cmx19cm,comjuntashorizontais
e verticaisde 1,5cm de largura.A elevaçãoda parede consome0,90h de pedreiro por m2 e
igual incidênciade servente.
Adotam-seos seguintesconsumospara fabricaçãode 1 m3 de argamassa:
190kg de cimento
0,632m3 de arenoso
0,948m3 de areiamédia
10h de servente
• Quantidadedeblocospor m2dealvenaria:
1
n = --------- 31,47un
(0,19+0,015)x (0,14+0,015)
• Volumedearganwssapor nl dealvenaria:
V =[1 - 31,47x (0,19x 0,14)]x 0,09=0,01466m3
• Quantidadedosinsunwsdaargamassapor m2dealvenaria:
Cimento=190kglm3x 0,01466m3 = 2,79kg
Arenoso= 0,632m31m3x 0,01466m3 = 0,0093m3
_-\reia = 0,948m31m3x 0,01466m3=0,0139m3
Servente=10hlm3x 0,01466m3=0,1466h
• 11ão-de-obradeassentamentopor m2 dealvenaria:
Pedreiro=0,90h
Servente= 0,90h
Como preparar orçamentos de obras «53»
Elemento Multiplicadordovão-luz
Insumo Unidade índice
Multiplicador para cálculo de área de pintura
31,47unBloco
Elemento vazado (tipocobogó)
Esquadria de guilhotinasem batente
Pintura
A quantidadede tinta (etambémlixamento,seladore massacorrida,seaplicáveis)dependeda
áreatotal a serpintada.
Como portas,portões,janelas,gradesearmáriospossuemreentrâncias,ficaimpraticávellevantar
aárearealaserpintada.A regrausadaé aplicarum multiplicadorsobreaáreafrontal (vão-luz)
do elementoa ser pintado, conforme mostrao quadro:
o insumodeterminanteé,portanto, o cimento.Com os insumosem estoque,só se
consegueconstruir 215m2 de alvenaria.
Esquadrias chapeadas, onduladas, de enrolar
OBS.:Estacomposiçãoconsiderao consumonominaldosinsumos,semperdas.
Exemplo. No exemploanterior,sehouver no estoqueda obra 12 sacosde cimento, 3 m3 de
arenoso, 5 m3 de areia e 10.000blocos, qual a área de alvenaria que pode ser feita sem
compra adicional de material?
O cimentoésuficientepara(12sacosx 50kglsaco)12,79kglm2=215m2
O arenosoésuficientepara 3 m31 0,0093m3/m2 =322 m2
A areiaésuficientepara5 m310,0139m3/m2=359m2
Osblocossãosuficientespara10.000un131,47unlm2=317m2
• Composiçãodeinsumosporm2 dealvenaria(composiçãounitária):
Armário (pinturainterna e externa) 5
« 54» Comoprepararorçamentosde obras
~~ ~::::;:", 2-- -- - -- "'"- ~-_~~- ~-~"'V-C:~0~~~"~",11
~~~~~ ~ ~.~A PA~RAVQ"'~Jl1'JB1fA:~~~~~~"~~'0:j!~;~,:;~_-- ,,=~ - c
oconsumo de tintapor m2 é função do tipo de tintae das condições
do substrato.Como orientação, pode-se adotar 30-40 m2jgalãopor
demão (1 gal =3,6 I).
Formuláriosde levantamento
A maneiramaispráticadecalculare documentarosquantitativosdechapisco,emboço,reboco,
massaúnica, pintura de paredes,azulejo e rodapé é mediantea utilizaçãode um formulário
cujosdadosde entradasãoo perímetro e a alturade cadacômodo.Como estesserviçosestão
\inculados à áreaou perímetro de paredes,o cálculo fica maissimples.
Formulário para levantamento de revestimentos
:âmodo IPerímetroAltura Descontos'Chapisco Embaço Reboco Massa Pintura Azulejo Rodapé
I (m) (m) (m2) I (m2) (m2) (m2) corrida(m2) (m2) (m2) (m)
18,00 2,80
2,80
Dados de entrada
0,40 50,00
28,00
50,00 50,00 50,00 50,00 18,00
Sala 5x4 m; 2,80 m pé-direito;
janela 2x1,2 m, porta 2xO,8m
Banheiro 3x2 m; 2,80 m pé-direito;
basculante, porta;paredes de azulejo
Como preparar orçamentos de obras « 55»
Quatro águas
20,00
6,00
Duas águas
6,00
20,00 20,00Sala
Banheiro
Cobertura
Cômodo Área Piso Contrapiso Impermeab. Forro Pintura
Granito Cerâmica Porcelanato (m') (m) Gesso Madeira Teto
(m') (m') (m') (m') (m') (m') (m')
O levantamentode quantidadesdos serviçosde cobertura desdobra-seem madeiramentoe
telhamento,obviamenteno casode essesdois elementosestarempresentes.
Deve-sesempretomaremconsideraçãoainclinaçãodecadaáguado telhado,quenormalmente
é dadasob a forma percentual:
Outroformulárioserveparao levantamentoelasquantidadesdepiso,contrapiso,impermeabilização,
forro e pinturade teto.Issoporqueestesserviçosvinculam-secoma áreado cômodo.
Formulário para levantamento de pisos
« 56» Comoprepararorçamentosde obras
Comogeralmenteasdimensõesdo telhadosãoobtidasemprojeçãohorizontala partirda
plantabaixa,énecessárioobtera árearealdotelhado,ouseja,aolongodahipotenusa.Para
isso,bastamultiplicaraáreaemprojeçãohorizontalpelofatorabaixo:
Fator para cálculo de área de telhado
Inclinação% Graus Fator
0% O1,000
2,86
1,001
10%
5,711,005
8,53
1,011
20%
11,311,020
25%
14,041,031
30%
16,701,044
35%
19,291,059
40%
21,801,077
1,09750%
26,571,118
55% 60%
30,961,166
65% 70%
34,991,22180%
38,661,281
85% 90%
41,991,345
100%
45,001,414
Exemplo.Levantaraáreadotelhadomostradoabaixo.
E
~
Primeira água:Área= 240m2x 1,044=
Segundaágua:Área=96m2 x 1,077=
Total:
~40%
250,6 m2
103,4m2
354,0m2
ÍI
Como preparar orçamentos de obras « 57»
Critériosde mediçãoe pagamento
Ao fazero levantamentode quantidades,é importanteque o orçamentistaleia com atençãonas
especificaçõese desenhosquaisoscritériosde mediçãoe pagamentoestabelecidospelo cliente.
Um itemquegeralmentesuscitadúvidaséaterro.Seasespecificaçõestécnicasdaobradefinirem
queo preçodo aterrodeveincluir oscustosde escavaçãodajazida,carga,transporte,descarga,
espalhamentoe compactaçãodo material, o levantamentode quantidades deve ser feito
considerandotodas essasetapas.Um orçamentistaincauto, que não lesseas especificações,
calcularia o volume total de aterro e comporia um custo unitário apenaspara o serviço de
aterro,o que frustrariasubstancialmenteo orçamentoda obra. Para facilitar a composiçãodo
custo do aterro, o levantamentodeveria ser realizado por partes: primeiro calcular-se-iaa
quantidadede materiala ser escavadode cadajazida, a quantidadea ser transportada(devido
ao fenômenodo empolamento,é maior do que o volume escavado),a distânciade cadajazida
atéo aterro,e o volume de aterropor tipo de material.
Perdas
Durante a orçamentação,é necessárioque o construtor leve em consideraçãoasperdas de
materialque inevitavelmenteacontecem.Essas perdas têm diversasorigens e só podem ser
combatidas ou controladas até certo limite. Infelizmente, apesar de valores elevados de
desperdício,é comumentreasempresasconsiderarnormaisessesíndices,devidoà culturade
que eles fazemparte do processoconstrutivo.Esse fato contribui para que a implantaçãode
programasde melhoria da qualidadesejaintroduzida de forma muito lenta.
Há perdasquepodem ser evitadase outrasque sãoinerentesà atividade.É quaseimpossível,
por exemplo,pensarem umaarmaçãoestruturalcomperdazero,por melhor quesejaaequipe
e o detalhamentodo projeto. O que aconteceé que,pelo fato de semprehaverum pedaçode
vergalhãoque não tem como ser aproveitado,a perda é inevitável.
Com relaçãoaconcreto,por exemplo,hádesperdíciodematerialpor extravasãonaconcretagem,
deformaçãodas fôrmas,resíduo que fica na betoneira,excessona fabricação(faz-semais do
que o estritamentenecessário),materialutilizadoparamoldagemde corpos-de-prova,etc.As
maioresperdasde concreto,contudo,estãonadiferençadimensionalentreprojeto e campo
- uma lajeprojetadapara 10cm, quevenhaa ter dimensãofinal de 10,5cmjá representa5%
de perda, aindaque não sevejanenhum resíduo.
Diferençasdimensionaistambémsãosempreverificadasem emboço,chapisco,contrapiso,etc.
Já quando o materialé madeirapara fôrma, asperdassurgemprincipalmente dassobrasnas
atividadesde corte e montagem.
No decorrer de uma obra, o controle de perdas deve ser realizadopela equipe construtora.
Sãomuitososcasosem queprejuízosacontecem,fruto de desperdíciodesmedidode material.
Formulários de controle podem ser facilmenteimplementados.
Outras causascausadorasde desperdíciosão:
• Carga e descargamalfeitas- as operaçõesde retiradados materiaisdos caminhõesde
entregasãofontesimportantesdedesperdício.A quebradetijolosarremessadosdisplicentemente
sobreo soloou sobreoutrostijolos,e a descargade areiae brita sãoexemploscotidianos;
•Armazenamentoimpróprio - Sacosde cimento estocadossobreo chão,tijolos empilhas
disformes, montescompridos de areia e brita (quanto maior a áreade contatoda pilha com
« 58» Como preparar orçamentos de obras
li"
quantidades
o solo, maior é a perda, porque há uma incorporação das partículas ao solo subjacente e
também contaminaçãodo material), barrasde aço em contato com umidade, barras de aço
cortadassem etiquetasde identificação, etc.;
• Manuseio e transporteimpróprios - envolvea manipulaçãoincorreta de objetoscomo
tijolos, cimento e barrotes de madeira, como também o transporte inadequado de areia e
concreto (em carrinhos de mão que derramam o material no caminho), caminhões
supercarregadosque espalhamterrapelasviasde acesso,etc.
• Roubo - na construçãocivil o roubo é uma grandefonte de perdas.Excessode locais de
estoque,inexistênciade controle de entradae saídade materiaise ferramentas,almoxarifado
devassado,grandesestoques,mão-de-obrapouco confiávele faltadevigilânciasãofatoresque
contribuemparaqueo roubosejasignificativo.Auditoriasperiódicasno almoxarifadoe controle
de saídade materialpodem ajudara coibir essapráticanociva.
Algumasperdasusualmenteadotadassão:
Perdas de insumos
Insumo Perda Motivo
Aço
Cimento
Blocos de concreto
15%
5%
4%
Desbitolamentodas barras e pontas que sobram
Preparo de concreto e argamassa com betoneira
Transporte, manuseio e arremates
•••
Fonte:sitetDww.engwhere.com.breTCPO
Reaproveitamento
Os materiaispermanentes,por ficarem incorporados ao produto final, sãoutilizados apenas
umavez. Os materiaisnãopermanentes,no entanto,podem serempregadosmaisde umavez
naobra.Assim,enquantoum tijolo éutilizadoumaúnicavez,ospainéisdemadeiracompensada,
ospregose os tirantesmetálicosdasfôrmaspodem serusadosváriasvezes,emváriasfôrmas.
O reaproveitamentorepresentaumamaneirade economizarinsumos.Quantomaisreutilizado
um mesmomaterial,menor seráo custoda obra com aqueleinsumo.
O reaproveitamentodependedaqualidadedamão-de-obra,daqualidadedomaterial,docuidado
DO manuseioe, muitasdasvezes,do projeto. A padronizaçãoé essencialpara o aumentodo
~aproveitamento.Obrasprediaisem queosvãosdavigaserepetemmostramqueospainéisde
iDnnapodemser reutilizadosum número de vezesbem maiordo que emprédiosondeosvãos
sãomuitodiferentese exigemsucessivoscortesdospainéise a alteraçãonasfôrmas.
Sa composiçãode custos,quando um materialpode ser aproveitadon vezes,seu índice de
tItiliz.açãodeveaparecerdivididopor n. Por exemplo,seasfolhasde compensadosãousadasem
wma quatrovezes,esteinsumodeveaparecercomumaincidênciade apenas0,25m2por mZde
âma de compensado.
Como preparar orçamentos de obras «59»
Estudode caso
<>
dasfônnasnacava-, quantoeminclinação-,
comoo materialnãotemcoesãoparaser
verticalmente,seránecessárioataludaracava.
Para fins de composiçãodo preço do serviço
escavação,o orçamentista terá que levar
consideraçãocomo o serviço será
executadoeo critériodemediçãoepagamento.
notarqueo volumerealébemmaiordoqueo volume
segundoasUnhasdepagamento(3x3x3=27m3)!
3
A formacorretadeorçaré:
1. Arbitrarumtaludedeescavação- 1H:2Ve admitir1mdefolgadecadalado;
8
As especificaçõestécnicasde umaobrarodoviáriadefinemaslinhasde
pagamentodaescavaçãodassapatasdaseguinteforma:
Sendoimpraticável,quaseimpossível,escavar
oslimitesdepagamento,
teráqueescavaralémdaslinhas
2. Calcularo volumetotalaserescavado(troncodepirâmide):
V =seçãomédiadavalaxprofundidade=
6,5x 6,5x3 = 126,75m3
3. Quantificaro custototaldaescavação:
Suporqueo m3escavadocusteR$ 4,00- custodaescavaçãodasapata=
R$ 4,00/m3x 126,75m3 = R$ .507,00
4. Calcularo custounitáriodaescavaçãosegundoascondiçõesdepagamento:
R$ 507,00/27m3 =R$ 18,78/m3
« 60» Comoprepararorçamentosdeobras
_________ ••""'WilHi
SBJqoepSOlUeWBÓJOJBJBdeJdOWOO
SOlsnoap
o~ó~sodwo8
Dá-se o nome de composiçãode custosao processo de estabelecimentodos cu
incorridosparaa execuçãode um serviçoou atividade,individualizadopor insumoe de aco
com certosrequisitospré-estabelecidos.A composiçãolista todos os insumosque entram
execuçãodo serviço,com suasrespectivasquantidades,e seuscustosunitáriose totais.
As categoriasde custoenvolvidasem um serviçosãotipicamente:
material
A determinaçãodacontribuiçãorelativadecadaumadessascategoriasé aessênciadoprocesso
de estabelecimentode qualquercomposiçãode custos.Há aindacustosde subcontratose os
indiretos. Os custos indiretos são despesas gerais não diretamente ligadas ao servi
propriamentedito, masde ocorrênciainevitável.
Em geral,uma composiçãode

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